sexta-feira, 29 de março de 2019

Foto 720: Brawn GP, Melbourne 2009

Aquele momento em que a abóbora virou carruagem: Jenson Button e Rubens Barrichello dão a primeira dobradinha a equipe Brawn em Melbourne

Foi interessante ver toda aquela epopéia de Jenson Button, Rubens Barrichello e Ross Brawn desde o anúncio da retirada da Honda da Fórmula-1, passando pelas incertezas nas carreiras de Button e Barrichello, até chegar no nascimento da Brawn GP no meio dos escombros do que foi um dia a equipe japonesa.
O que é esperado de uma equipe novata é que ande do meio para trás do pelotão, ainda mais se tratando da F1 onde as cobras estão em qualquer canto a espreita. Mas os tempos velozes que Button e Barrichello - este último sendo decidido nos "acréscimos", após um pequeno vestibular do qual Bruno Senna também esteve presente, para saber quem tomaria partido do segundo carro - imprimiram nos testes de pré-temporada até surpreenderam, mas foi entendido como um blefe, afinal a nova equipe não tinha um patrocinador master. Mas aqueles carros brancos com detalhes em verde limão e equipados com os motores Mercedes, reservariam um pouco mais para a abertura do mundial em Melbourne.
Apesar dos treinos livres terem tido uma Williams-Toyota forte - especialmente com Nico Rosberg - as BrawnGP estavam bem entre os seis primeiros, mas sem mostrar grande força. Tanto que Barrichello foi o melhor da equipe nos três treinos livres, ao marcar o segundo melhor tempo na TL 2. Porém, é na classificação que as coisas começam a se revelar: as duas BrawnGP foram soberanas, com Jenson Button a marcar a pole e Barrichello cravar o segundo melhor tempo.
Na corrida, apesar da má largada de Barrichello - que ainda se envolveria num enrosco com Webber na primeira curva -, a BrawnGP teve um Jenson Button uma corrida tranquila e sem nenhum problema com  adversários. A recuperação de Rubens até a segunda posição foi importante para mostrar o quanto que o BGP 001 era bem balanceado e resistente. A festa no pódio com a dobradinha da equipe, mais Jarno Trulli da Toyota, foi quase como um alivio para alguns caras que até meses antes nem saberiam se estariam no grid de 2009.
Uma melhor interpretação do regulamento por parte de Ross Brawn - que desenvolvera o "difusor duplo" por conta de um engenheiro da Honda que havia achado uma brecha no regulamento onde a tal inovação podia ser criada, mas que poucos engenheiros deram atenção -, foi o principal trunfo da equipe que dominou amplamente a primeira parte do mundial e ao final do ano estaria comemorando os títulos de Pilotos (Jenson Button) e Construtores.A BrawnGP teria papel importante também para a história do automobilismo brasileiro dentro da categoria, pois foi através dela que Rubens Barrichello venceu seus últimos GPs em Valência - válido como GP da Europa - e Monza, que a foi a última vez que o hino nacional tocou em um Grande Prêmio.
Aquela equipe que chegara fazendo estardalhaço e vencendo os dois campeonatos da categoria, não existia mais ao final do ano: a Mercedes comprara toda a estrutura e reiniciava a sua caminhada na Fórmula-1.
E para a BrawnGP restou apenas entrar nos livros de história com estilo e respeito. E melhor: invicta!

quinta-feira, 28 de março de 2019

Foto 719: Tony Brise, Montjuich Park 1975

Tony Brise fazia parte de um pequeno grupo de pilotos que despertaram os comentários e possíveis previsões do que poderia ser a sua carreira, principalmente por causa da sua ótima condução para a equipe Embassy Hill do bicampeão Graham Hill.
A sua estréia pela Williams no GP da Espanha de 1975 poderia colocar medo em qualquer novato que entrasse naquele incêndio que foi o GP espanhol, por conta da falta de segurança que foi avistado pela GPDA em Montjuich. naquele final de semana do dia 27 de abril.
Mas Brise estava confortável: classificou-se em 18º e escapou de todos enroscos que ali apareceram, inclusive uma pancada que recebera de Tom Pryce que o fez ir aos boxes e perder bastante tempo quando ocupava a sexta colocação. Mas a sua condução madura e eficaz já dava nas vistas, e logo no seu primeiro GP.
O pavoroso acidente de Rolf Stommelen pôs fim a corrida com o hasteamento da bandeira vermelha e Brise terminou num honroso sétimo lugar, frente o que foi aquele caótico GP. Sua atuação chamou atenção de Graham Hill que logo lhe ofereceu um contrato e no GP da Bélgica o jovem britânico já estava ao volante do Hill-Ford no lugar do recém aposentado Graham.
Tony Brise completaria hoje 67 anos.

Foto 718: Hubert Hahne, Nurburgring 1968

Hubert Hahne e o seu Lola BMW durante o GP da Alemanha de 1968, disputado em Nurburgring, onde o piloto alemão largou na décima oitava posição e terminou em décimo, dez minutos atrás do vencedor Jackie Stewart.
Foram poucas aparições de Hahne na F1: além dessa de 1968, esteve em 1967 - abandonou por conta de uma quebra de suspensão; em 1969 não largou, apesar de ter conseguido a 17a posição no grid e em 1970, com um March-Cosworth, não conseguiu se qualificar. Todas no GP da Alemanha.
No entanto, Hubert teve uma boa carreira em categorias de acesso ao conseguir títulos em categorias de turismo na Alemanha (com um BMW 1800 Ti em 1964) e no ano seguinte conquistando o campeonato europeu.
Hubert Hahne foi o primeiro piloto a rodar abaixo de dez minutos no Nurburgring com um carro de turismo, quando venceu uma prova preliminar da F1 em 1966 ao fazer uma volta em 9'58"5 com um BMW 2000ti. No mesmo ano Hahne venceria, em parceria com Jacky Ickx, as 24 Horas de Spa com um BMW 2000ti. Hubert encerrou a sua carreira em 1970.
Hoje o piloto alemão completa 84 anos.

quarta-feira, 27 de março de 2019

Foto 717: David Coulthard, Le Mans 1993


David Coulthard também se aventurou em Le Mans, no distante ano de 1993 quando compartilhou o volante do Jaguar XJ220 #50 com David Brabham e John Nielsen. O carro foi inscrito pela TWR, equipe de Tom Walkinshaw.
Naquela edição de 1993, que teve o retorno dos GTs a grande prova após longo hiato, o Jaguar #50 acabou por ser o vencedor da classe GT. Mas acabou sendo desclassificado por irregularidades e desse modo a vitória foi para o Porsche 911Carrera RSR #47 da Larbre Compétition (Joël Gouhier/ Jürgen Barth/ Dominique Dupuy).
David Coulthard completa hoje 48 anos.

Foto 716: Long Beach, 1983


Conseguir "salvar" os pneus e ver o pote de ouro no final do arco-íris. Para as Mclarens de John Watson e Niki Lauda foi a solução para conseguir escalar o pelotão do GP dos EUA do Oeste, realizado em Long Beach, e partir para um resultado até então impensável até a voltas finais da corrida.
Enroscos entre Rosberg e Tambay; Jarier e Rosberg; problemas de desgaste de pneus do Williams de Laffite depois problemas no Brabham de Patrese e mais um pelotão compactado, ajudaram bastante o duo da Mclaren a subir na classificação e conquistar uma dobradinha impressionante para a equipe inglesa com Watson vencendo seu quinto GP e o quarto da Mclaren na era de Ron Dennis.
Para a história ficaria também o ponto conquistado por Johnny Cecotto - e último da Theodore Racing. Foi a última aparição da Fórmula-1 em Long Beach, que passaria a fazer parte do calendário da CART a partir de 1984.

Foto 715: Interlagos, 25 anos atrás




Se havia uma grande expectativa era aquele GP do Brasil de 1994. Com Ayrton Senna ao volante do Williams Renault, as apostas eram grandes sobre o brasileiro. Pelo menos duas delas eram as mais corriqueiras: quantas provas ele venceria e em qual ele encerraria o campeonato a seu favor.
Mas as coisas se revelaram bem diferentes quando eles alinharam para o GP: mesmo com uma pole soberba de Senna, o brasileiro não conseguia abrir distância para um impressionante Michael Schumacher que estava em grande forma com a Benetton, que ficaria ainda mais evidente quando o alemão assumiu a liderança e teve um stint perfeito ao abrir boa vantagem sobre Ayrton.
Para o brasileiro restou apenas tentar tirar a diferença no braço e quando parecia que poderia alcançar Schumacher, acabou rodando na subida da Junção. Uma tarde frustrante para a torcida, que esperava uma vitória do grande ídolo. Porém, foram poucos que viram a ótima quarta colocação que Rubens Barrichello conquistara.
Hoje completa exatos 25 anos do GP do Brasil.

terça-feira, 26 de março de 2019

Foto 714: Didier Pironi, Brands Hatch 1980

(Foto: @Digione_79/ Twitter)
Com uma pole cerca de quatro décimos mais veloz que seu companheiro Jacques Laffite, Didier Pironi alinhou seu belo Ligier JS11 Cosworth na posição de honra do GP da Grã Bretanha de 1980 realizado na montanha russa de Brands Hatch.
Aproveitando-se de um carro bem equilibrado Pironi esteve em grande forma, apesar dos infortúnios que uma roda quebrou quando ele liderava tranquilamente. Mesmo que tenha caído para vigésimo primeiro, o francês conseguiu escalar o pelotão e mostrar a sua destreza e coragem até chegar na quinta colocação quando a prova já a estava na 63 volta. Infelizmente neste momento é que a roda novamente apresentou problemas e o Didier teve que abandonar.
A sua grande atuação foi bem vista por Enzo Ferrari e tempos depois já estava com contrato assinado com a Ferrari para 1981.
Hoje o piloto francês completaria 67 anos.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...