segunda-feira, 13 de maio de 2019

GP da Espanha 2019 - Resultados


Resultados – Grande Prêmio da Espanha – Circuito da Catalunha – Dias 10, 11 e 12 de Maio – 5ª Etapa – Treinos Livres/ Classificação/ Resultado Final



1º Treino Livre

Tempo: 22.2-22.8°C Sol e Seco
Asfalto: 32.7-39.4°C Seco
Humidade: 46.9%
Vento: 1.0 m//s
Pressão do ar: 998.6 bar

Pos
No
Driver
Team
Lap Time
1st Gap
Laps
Tyres
1
77
Valtteri Bottas
Mercedes
1:17.951

 19
Soft
2
5
Sebastian Vettel
Ferrari
1:18.066
+0.115s
 20
Soft
3
16
Charles Leclerc
Ferrari
1:18.172
+0.221s
 20
Soft
4
44
Lewis Hamilton
Mercedes
1:18.575
+0.624s
 22
Soft
5
8
Romain Grosjean
Haas
1:18.943
+0.992s
 25
Soft
6
55
Carlos Sainz Jr.
McLaren
1:19.155
+1.204s
 31
Soft
7
20
Kevin Magnussen
Haas
1:19.180
+1.229s
 27
Soft
8
10
Pierre Gasly
Red Bull
1:19.285
+1.334s
 30
Medium
9
26
Daniil Kvyat
Toro Rosso
1:19.364
+1.413s
 34
Soft
10
27
Nico Hülkenberg
Renault
1:19.450
+1.499s
 25
Soft
11
3
Daniel Ricciardo
Renault
1:19.511
+1.560s
 24
Soft
12
33
Max Verstappen
Red Bull
1:19.844
+1.893s
 14
Hard
13
18
Lance Stroll
Racing Point
1:19.855
+1.904s
 28
Medium
14
99
Antonio Giovinazzi
Alfa Romeo
1:20.021
+2.070s
 28
Soft
15
23
Alexander Albon
Toro Rosso
1:20.030
+2.079s
 25
Soft
16
4
Lando Norris
McLaren
1:20.066
+2.115s
 33
Soft
17
11
Sergio Pérez
Racing Point
1:20.459
+2.508s
 26
Medium
18
7
Kimi Räikkönen
Alfa Romeo
1:20.591
+2.640s
 22
Soft
19
88
Robert Kubica
Williams
1:20.889
+2.938s
 27
Medium
20
63
George Russell
Williams
1:20.990
+3.039s
 23
Medium

2º Treino Livre

Tempo: 24.0°C Sol e Seco
Asfalto: 42.7-41.8°C Seco
Humidade: 44.1%
Vento: 1.4 m//s
Pressão do ar: 998.8 bar


Pos
No
Driver
Team
Lap Time
1st Gap
Laps
Tyres
1
77
Valtteri Bottas
Mercedes
1:17.284

 35
Soft
2
44
Lewis Hamilton
Mercedes
1:17.333
+0.049s
 35
Soft
3
16
Charles Leclerc
Ferrari
1:17.585
+0.301s
 42
Soft
4
5
Sebastian Vettel
Ferrari
1:17.673
+0.389s
 41
Soft
5
33
Max Verstappen
Red Bull
1:18.035
+0.751s
 30
Soft
6
8
Romain Grosjean
Haas
1:18.153
+0.869s
 42
Soft
7
10
Pierre Gasly
Red Bull
1:18.238
+0.954s
 34
Soft
8
20
Kevin Magnussen
Haas
1:18.355
+1.071s
 40
Soft
9
55
Carlos Sainz Jr.
McLaren
1:18.658
+1.374s
 45
Soft
10
26
Daniil Kvyat
Toro Rosso
1:18.722
+1.438s
 40
Soft
11
7
Kimi Räikkönen
Alfa Romeo
1:18.727
+1.443s
 30
Soft
12
23
Alexander Albon
Toro Rosso
1:18.779
+1.495s
 44
Soft
13
18
Lance Stroll
Racing Point
1:18.839
+1.555s
 33
Soft
14
27
Nico Hülkenberg
Renault
1:18.861
+1.577s
 43
Soft
15
3
Daniel Ricciardo
Renault
1:18.934
+1.650s
 40
Soft
16
4
Lando Norris
McLaren
1:19.041
+1.757s
 43
Soft
17
99
Antonio Giovinazzi
Alfa Romeo
1:19.427
+2.143s
 37
Soft
18
11
Sergio Pérez
Racing Point
1:19.448
+2.164s
 40
Soft
19
63
George Russell
Williams
1:20.191
+2.907s
 38
Soft
20
88
Robert Kubica
Williams
1:20.781
+3.497s
 23
Soft

3º Treino Livre

Tempo: 21.0-19.8°C Nublado e Seco
Asfalto: 29.0-26.1°C Seco
Humidade: 65.1%
Vento: 1.0 m//s
Pressão do ar: 1024.9 bar

Pos
No
Driver
Team
Lap Time
1st Gap
Laps
Tyres
1
44
Lewis Hamilton
Mercedes
1:16.568

 14
Soft
2
16
Charles Leclerc
Ferrari
1:17.099
+0.531s
 16
Soft
3
77
Valtteri Bottas
Mercedes
1:17.123
+0.555s
 9
Soft
4
5
Sebastian Vettel
Ferrari
1:17.172
+0.604s
 15
Soft
5
8
Romain Grosjean
Haas
1:17.192
+0.624s
 15
Soft
6
20
Kevin Magnussen
Haas
1:17.530
+0.962s
 15
Soft
7
33
Max Verstappen
Red Bull
1:17.558
+0.990s
 12
Soft
8
23
Alexander Albon
Toro Rosso
1:17.864
+1.296s
 16
Soft
9
7
Kimi Räikkönen
Alfa Romeo
1:17.969
+1.401s
 17
Soft
10
55
Carlos Sainz Jr.
McLaren
1:18.003
+1.435s
 17
Soft
11
26
Daniil Kvyat
Toro Rosso
1:18.105
+1.537s
 17
Soft
12
27
Nico Hülkenberg
Renault
1:18.350
+1.782s
 17
Soft
13
11
Sergio Pérez
Racing Point
1:18.656
+2.088s
 12
Soft
14
10
Pierre Gasly
Red Bull
1:18.693
+2.125s
 12
Medium
15
18
Lance Stroll
Racing Point
1:18.734
+2.166s
 16
Soft
16
99
Antonio Giovinazzi
Alfa Romeo
1:18.740
+2.172s
 14
Soft
17
3
Daniel Ricciardo
Renault
1:18.974
+2.406s
 14
Medium
18
4
Lando Norris
McLaren
1:19.007
+2.439s
 14
Medium
19
63
George Russell
Williams
1:19.421
+2.853s
 16
Soft
20
88
Robert Kubica
Williams
1:20.570
+4.002s
 18
Soft

Classificação

Tempo: 20.8-21.6°C Sol e Seco
Asfalto: 33.5-36.2°C Seco
Humidade: 61.4%
Vento: 3.0 m//s
Pressão: 1004.6 bar

Pos
No
Driver
Team
Q1
Q2
Q3
Laps
1
77
Valtteri Bottas
Mercedes
1:16.979
 1:15.924
 1:15.406
 18
2
44
Lewis Hamilton
Mercedes
1:17.292
 1:16.038
 1:16.040
 17
3
5
Sebastian Vettel
Ferrari
1:17.425
 1:16.667
 1:16.272
 18
4
33
Max Verstappen
Red Bull
1:17.244
 1:16.726
 1:16.357
 12
5
16
Charles Leclerc
Ferrari
1:17.388
 1:16.714
 1:16.588
 19
6
10
Pierre Gasly
Red Bull
1:17.862
 1:16.932
 1:16.708
 17
7
8
Romain Grosjean
Haas
1:18.042
 1:17.066
 1:16.911
 16
8
20
Kevin Magnussen
Haas
1:17.669
 1:17.272
 1:16.922
 15
9
26
Daniil Kvyat
Toro Rosso
1:17.914
 1:17.243
 1:17.573
 20
10
3
Daniel Ricciardo
Renault
1:18.385
 1:17.299

 19
11
4
Lando Norris
McLaren
1:17.611
 1:17.338

 14
12
23
Alexander Albon
Toro Rosso
1:17.796
 1:17.445

 14
13
55
Carlos Sainz Jr.
McLaren
1:17.760
 1:17.599

 12
14
7
Kimi Räikkönen
Alfa Romeo
1:18.132
 1:17.788

 14
15
11
Sergio Pérez
Racing Point
1:18.286


 12
16
27
Nico Hülkenberg
Renault
1:18.404


 7
17
18
Lance Stroll
Racing Point
1:18.471


 9
18
99
Robert Kubica
Williams
1:18.664


 8
19
63
George Russell
Williams
1:19.072


 8
20
88
Robert Kubica
Williams
1:20.254


 9
Nota:
  • Daniel Ricciardo (Renault) perde três posições por conta do incidente na prova do Azerbajão
  • George Russell (Willaims) perde cinco posições por trocar o câmbio.

  • Resultado Final

    Tempo: 19.7-19.8°C Sol e Seco
    Asfalto: 41.8-38.8°C Seco
    Humidade: 58.5%
    Vento: 1.9 m//s
    Pressão do ar: 1007.1 bar

    Pos
    No
    Driver
    Team
    Time
    Laps
    Grid
    Pts
    1
    44
    Lewis Hamilton
    Mercedes
    01:35:50.443
    66
    2
    26
    2
    77
    Valtteri Bottas
    Mercedes
    01:35:54.517
    66
    1
    18
    3
    33
    Max Verstappen
    Red Bull
    01:35:58.122
    66
    4
    15
    4
    5
    Sebastian Vettel
    Ferrari
    01:35:59.610
    66
    3
    12
    5
    16
    Charles Leclerc
    Ferrari
    01:36:03.804
    66
    5
    10
    6
    10
    Pierre Gasly
    Red Bull
    01:36:10.019
    66
    6
    8
    7
    20
    Kevin Magnussen
    Haas
    01:36:18.602
    66
    8
    6
    8
    55
    Carlos Sainz Jr.
    McLaren
    01:36:22.785
    66
    12
    4
    9
    26
    Daniil Kvyat
    Toro Rosso
    01:36:23.499
    66
    9
    2
    10
    8
    Romain Grosjean
    Haas
    01:36:25.084
    66
    7
    1
    11
    23
    Alexander Albon
    Toro Rosso
    01:36:25.888
    66
    11
    0
    12
    3
    Daniel Ricciardo
    Renault
    01:36:27.201
    66
    13
    0
    13
    27
    Nico Hülkenberg
    Renault
    01:36:29.684
    66
    20
    0
    14
    7
    Kimi Räikkönen
    Alfa Romeo
    01:36:32.246
    66
    14
    0
    15
    11
    Sergio Pérez
    Racing Point
    01:36:37.320
    66
    15
    0
    16
    99
    Antonio Giovinazzi
    Alfa Romeo
    01:36:38.134
    66
    18
    0
    17
    63
    George Russell
    Williams
    01:36:50.228
    65
    19
    0
    18
    88
    Robert Kubica
    Williams
    01:36:57.514
    65
    17
    0
    Ret
    18
    Lance Stroll
    Racing Point
    Acidente
    44
    16
    0
    Ret
    4
    Lando Norris
    McLaren
    Acidente
    44
    10
    0

    Fastest lap: 1:18.492 - Lewis Hamilton (Mercedes) na volta 54 (213.499 km/h)
    Speed Trap: 338.2 km/h - Lando Norris (McLaren)

domingo, 12 de maio de 2019

GP da Espanha: Imparáveis

Tomar seis décimos de Valtteri Bottas na classificação pode ter soado como um alerta acompanhado de uma certa humilhação que Lewis acabou transparecendo no cumprimento frio que deu ao seu parceiro de equipe, longe das outras felicitações efusivas que dera ao finlandês nos outros resultados que este conseguira nesta temporada. Assim como fizera nos treinos para o GP da China, conseguindo se recuperar de uma sova que levara de Bottas, ao tomar meio segundo e uma das práticas e reverter para uma grande vitória no domingo, Lewis repetiu a lição para este GP espanhol.
A largada seria o momento crucial para que o inglês pudesse tomar a liderança e essa foi uma situação tensa: apesar da ótima largada, Bottas conseguiu emparelhar e se colocar ligeiramente a frente, enquanto que do outro lado Vettel conseguira uma partida excelente e se pôs a frente do duo de forma breve. A tamanha velocidade que o alemão conseguira, acabou forçando-o a travar o pneu dianteiro direito. Enquanto que Sebastian freava para não escapar da curva, Bottas se viu espremido entre o Ferrari e Lewis que vendera bem caro a disputa, ao conseguir a liderança. Podemos dizer que a prova foi decidida nestes metros inciais, com três pilotos numa gana impressionante para conquistar a liderança. Valtteri ainda deu uma rabiada, conseguindo controlar uma possível rodada que podia ter sido catastrófica. Para Vettel a travagem na primeira curva o deixou com o pneu "quadrado", e isso permitiu o assédio de Leclerc que ainda ficou algumas voltas atrás até que Sebastian lhe desse passagem. Algum tempo depois a manobra seria feita novamente, mas desta vez com Charles deixando Vettel passar. Foi um fim de semana bem decepcionante para a Ferrari, que se viu até mesmo atrás da Red Bull em termos de ritmo de prova.
No duelo caseiro, Hamilton esteve em outro nível ao abrir boa vantagem sobre Bottas nos dois estágios da prova - antes e depois da entrada do SC, causado pelo acidente entre Norris e Stroll. A relargada e as voltas seguintes de Lewis, conseguindo abrir três segundos de forma rápida e precisa, mostraram que o inglês tinha sobra suficiente para se defender de qualquer ataque vindo de Bottas.
A corrida em si, foi bem morna. Talvez o duelo entre os dois pilotos da Haas - Magnussen e Grosjean - é que tenha dado um certo interesse - principalmente por sabermos do teor explosivo que aquela dupla pode proporcionar nas disputas. O enrosco entre Stroll e Norris, já mencionado acima, também ajudou a despertar e dar uma nova luz com o acionamento do SC. Com todos os pilotos da dianteira com pneus novos, esperava-se possíveis duelos, que logo foram se esvaindo pelas 14 voltas restantes.
O GP da Espanha, que pode ser o derradeiro, já que a prova da Holanda deve substituir esta, viu a quinta dobradinha consecutiva da Mercedes num domínio impressionante que até meses atrás, lá mesmo na Catalunha, era imaginável que fosse da Ferrari. A Silver Arrow soube bem esconder o jogo e dar as cartas de forma firme até aqui e mesmo com todas as atualizações levadas para lá pelas suas rivais, as coisas não se mostraram eficazes para incomodar este domínio que pareceu se ampliar também por conta das melhorias também levadas pela Mercedes.
Pelo menos, a primeira vista, a briga deve ser entre os dois carros prateados para poder elevar ainda mais os impressionantes números alcançados até aqui pela Mercedes. 

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Foto 759: GP de San Marino, 1988






“A segunda etapa, o GP de San Marino, foi uma amostra ainda mais assustadora do que tinha sido o domínio da McLaren em Jacarepaguá quase um mês antes. Tanto Prost, quanto Senna haviam acenado para uma evolução do MP4/4 que ambos julgavam ainda estar fora do equilíbrio ideal. Quando todos os carros foram para as classificações pode-se verificar que, salvo algum problema nos dois McLaren, a corrida estava fadada a ser de um dos dois pilotos da casa de Woking: Ayrton chegava a sua segunda pole e desta vez teria Prost ao seu lado, mas o que impressionou – mais uma vez – o restante dos pilotos foi ver que na tabela de tempos Senna havia enfiado três segundos sobre o terceiro colocado Nelson Piquet (precisamente 3.352 segundos) e oito décimos sobre Alain. Se eles procuravam o equilíbrio ideal, encontraram facilmente... Fechando os seis melhores, Nannini colocou o Benetton num belo quarto lugar, seguido por Berger e Patrese com a Williams-Judd. Dois aspirados entre os seis primeiros, nada mal...
A corrida tornou-se um passeio solitário de Ayrton pela pista de Ímola, já que Prost não conseguira sair bem e caíra para sexto. Mas já estava em segundo na oitava volta e apesar de tentar chegar próximo de Senna, o piloto do carro 12 estava pronto para responder com a melhor volta.
Apesar de parecer ter sido fácil, Ayrton sofreu com o câmbio durante o GP e a grande diferença que abrira para Alain ainda no início da prova, lhe salvou a pele. Outro que sofreu, mas com o consumo de combustível, foi Piquet que precisou economizar a gasolina perto do fim da corrida e ainda se defender dos ataques de Nannini, Patrese, Mansell. Nelson ainda teve um alívio quando tomou uma volta do McLaren de Senna, o que significou que teria uma volta a menos para se preocupar com o consumo e terminar a corrida em terceiro.
Ayrton chegou a sua primeira vitória no ano com Prost em segundo, Piquet novamente em terceiro, Boutse em quarto, Berger em quinto e Nannini em sexto. A classificação do mundial ainda tinha Prost na ponta da tabela com 15 pontos; Senna era o segundo com 9; Piquet e Berger empatados em terceiro com 8, e Warwick com Boutsen com 4 pontos cada fechando os seis melhores.” 

Trecho extraído do especial sobre o Primeiro Título de Ayrton Senna

terça-feira, 30 de abril de 2019

Foto 758: GP de San Marino, 1995








Um ano após os acontecimentos que tornaram o GP de San Marino de 1994 um dos mais traumáticos da história da categoria, a F1 voltava ao circuito de Ímola para a realização da terceira etapa do campeonato de 1995.
O remodelamento da pista, com adição de “S” na Tamburello e na curva Villeneuve e mais alterações na Acqua Mineralli e Rivazza, deixava a pista com boa média de velocidade. O tempo da pole obtida por Michael Schumacher naquele ano (1’27’’274) foi  5.7 segundos mais lento que a marca alcançada por Ayrton Senna em 1994 (1’21’’548), mostrando que os trabalhos para que pista e carros de 1995 ficassem mais lentos – até 2006, ano que a pista de Ímola fez parte do calendário, a marca da pole ainda não havia atingindo a marca de 1’21, ao ficar na casa de 1’22 quando Michael Schumacher cravou a última pole.
A corrida acabou por ser uma batalha particular entre Ferrari e Williams, com a equipe inglesa a levar a melhor no final. Michael Schumacher acabou se acidentando ainda no inicio da prova, abandonando na quinta passagem e deixando caminho aberto para que Berger assumisse a liderança, com Damon Hill em segundo, Coulthard em terceiro e Alesi na quarta colocação. Para Coulthard a prova acabou sendo um grande azar: não bastasse exceder a velocidade no pit-lane durante o seu pit-stop, a asa dianteira estava avariada. Com isso, ele precisou ir aos boxes para pagar a punição e voltar em seguida para trocar o bico. Acabou por terminar em quarto. Hill conseguiu superar a Ferrari de Berger no pit-stop e abriu grande vantagem – mesmo que tivesse um contratempo em sua parada de box – para vencer o seu segundo GP na temporada. Alesi e Berger fecharam o pódio.

Fotos: Motorsport Images

segunda-feira, 29 de abril de 2019

GP do Azerbaijão: Mercedes 4 x 0 Resto

Hamilton e Bottas lado a lado em Baku: foi o melhor momento da corrida, ainda na largada.



É interessante chegar nessa fase do campeonato e observar, com a ótica que maior parte observava após os testes de Barcelona, o quanto que o panorama mudou de forma drástica. Enquanto que havia uma esperança de que a Ferrari pudesse igualar e até mesmo passar a Mercedes, a equipe alemã trabalhou quieta nos testes e quando chegou em Melbourne a lavada foi enorme sobre uma Ferrari que não se encontrou ritmo em momento algum. Apesar de um breve lampejo por parte de Charles Leclerc em Sakhir, onde quase venceu, a Ferrari voltou a patinar na China e ontem em Baku, na realização da quarta etapa do mundial. Enquanto que a Ferrari continua sem achar aquele ritmo avassalador de Barcelona, a Mercedes vai reescrevendo os recordes: se na China eles chegaram a terceira dobradinha consecutiva – igualando a marca da Williams de 1992 – ontem acabaram por estabelecer o novo recorde ao chegarem a quatro dobradinhas, divididas em duas vitorias para Lewis e Bottas.
O piloto finlandês esteve em grande forma mais uma vez, repetindo a performance de Melbourne e agora com a vantagem de ter largado da pole - uma vez que nenhum piloto até agora tinha conseguido tal feito. A sua largada defensiva, não dando chances a Lewis Hamilton, que andou lado a lado pelas primeiras curvas do traçado azeri, foi o ponto alto de uma corrida que foi marcada pela cautela dos pilotos em tentar sobreviver as armadilhas já conhecidas daquela pista. A prova de ontem só não foi pior que a de 2016, quando esta foi realizada sob o nome de GP da Europa. Valtteri soube controlar as últimas voltas com bastante tranquilidade e contando, também, com dois pequenos erros de Hamilton que custou uma melhor aproximação para tentar a ultrapassagem em uma das grandes retas. Com um gerenciamento bem melhor dos pneus, tanto na questão da temperatura, quanto no desgaste, a Mercedes tem conseguido sanar um dos seus grandes problemas que tanto incomodou a equipe desde antes do inicio da “Era dos V6 Turbo Hibridos” e isso tem feito uma enorme diferença no ritmo de prova de seus dois pilotos.
Do lado oposto, a Ferrari tem sofrido bastante em conseguir achar a temperatura correta da borracha – curiosamente foi um dos trunfos da equipe italiana nesta batalha contra a Mercedes, que se estende desde o ano de 2017. Charles Leclerc podia ser o cara a bater de frente com as Mercedes na classificação, mas acabou achando a barreira de pneus na temida subida do castelo no Q2 num momento que vinha bem na classificação que apenas confirmava a sua grande performance após três treinos livres com ritmo forte e liderança convincente. A oitava colocação no grid privou ele de conseguir algo melhor na prova, apesar de ter conseguido um bom ritmo e até mesmo liderado parte da corrida. Mas a troca obrigatória para os macios o relegou para a quinta posição, onde ficou até o fim – fazendo até uma segunda troca por outro jogo de pneus macios já no final da prova, para tentar a melhor volta que acabou por conseguir na passagem 50. Já Sebastian Vettel não foi a ameaça que se esperava para as Mercedes, ao não conseguir ameaçar o duo prateado em momento algum – mesmo que tenha chegado próximo em algumas situações, mas que logo foi respondido com eficácia por Hamilton. Assim como Charles, Vettel também não conseguiu gerar a temperatura correta para os seus pneus e ainda teve que lidar com a perigosa aproximação de Max Verstappen que foi logo desfeita assim que o Virtual Safety Car saiu da pista – após o incidente bizarro entre Ricciardo e Kvyat – onde Max também não conseguiu aquecer os pneus de forma adequada e acabou não ameaçando mais Sebastian. A verdade é que o acidente de Leclerc e a ineficiência dos estrategistas da equipe acabaram prejudicando bastante uma oportunidade de tentar, ao menos, quebrar a sequencia fabulosa da Mercedes.
Sergio Perez mostrou que sabe bem os caminhos daquele circuito ao largar na quinta posição e fechar a corrida em sexto numa corrida tranquila e seu companheiro de Racing Point, Lance Stroll, colocou o segundo carro na nona posição. A Mclaren também esteve num final de semana bem positivo ao pontuar com os dois carros, com Sainz em sétimo e Norris em oitavo.  Kimi Raikkonen fez ótima recuperação e terminou em décimo.
A próxima etapa sendo em Barcelona a expectativa é como será o desempenho especialmente da Ferrari. Mas temos que levar em conta que as equipes levarão para a pista catalã melhorias – inclusive a Mercedes, que nos últimos anos tem guardado o que há de melhor para esta corrida.
Será que Ferrari destravará, enfim, o poder de fogo do seu carro e iniciará uma virada ou a Mercedes continuará a sua assombrosa performance?
Veremos...

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...