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Chove, chuva! A Ferrari deu o troco na Jaguar e levava a edição de 1954, debaixo de muita chuva |
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Chove, chuva! A Ferrari deu o troco na Jaguar e levava a edição de 1954, debaixo de muita chuva |
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O Oreca 07-Gibson da United Autosport do trio formado por Phill Hanson/ Filipe Albuquerque/ Paul Di Resta, que largará da pole na LMP2 (Foto: United Autosport/ Twitter) |
Apesar de todo peso que está levando nesta edição e mais
algumas restrições em torno do combustível, a Toyota parece não ter sentido
tanto essas imposições, mas devemos observar como será o seu passo de corrida
nas mais variadas situações que esta prova nos reserva. A volta canhão de Kamui
Kobayashi foi quatro décimos mais lento que o recorde que ele estabeleceu em
2017, quando também fez a pole – e ficou chateado por não ter quebrado este
recorde, uma vez que uma de suas voltas foi anulada por exceder o limite de
pista e extamente nessa ele estava bem abaixo. Porém ficará a duvida, que será
sanada durante a corrida, de como será o comportamento dos dois TS050 por conta
do peso e da pequena demora em reabastecê-los, já que o diâmetro do tubo de
reabastecimento é de 19mm – a mesma medida do último ano – enquanto que a
Rebellion terá mais velocidade neste quesito, já que a medida é de 24mm. Outro
ponto favorável para a Rebellion é o kg de combustível por stint: enquanto os
suíços terão 55,4 kg, a Toyota terá 35,1. Isso dará um bom ganho em autonomia
para os Rebellion, influenciando bastante na hora trabalhar estratégias para a
corrida que costumam variar bastante. Isso sem contar os problemas mecânicos,
que costumam aparecer bastante e outras situações como toques, escapadas de
pista que pode comprometer bastante o andamento. Um outro trunfo para a
Rebellion é o fato do carro #1 ter trocado o motor durante o segundo treino
livre, o que significa que tenha uma quilometragem bem mais baixa e que pode
forçar mais durante o certame.
Enquanto que a Toyota e Rebellion vão discutir a vitória, a
ByKolles terá a missão de completar a sua primeira 24 Horas de Le Mans que foi
sempre abreviada por inúmeros problemas. Em relação a seu ritmo, comparado em
outras oportunidades, onde os carros da LMP2 ficaram próximos ou até mesmo mais
velozes, teve uma pequena melhora.
O fator chuva também deve ser levado em conta, já que se
espera uma chuva mais moderada no sábado – no decorrer da prova – e outra mais
pesada para o domingo.
A LMP2 sempre promete boas emoções e desta vez não estará
reduzida a uma batalha entre G-Drive e Signatech Alpine, como aconteceu no ano
passado: a presença da United Autosport, Racing Team Nederland, Jackie Chan DC
Racing e JOTA Sport, promete trazer uma boa disputa naquela classe – isso sem
contar com outras equipes que possam aparecer durante a corrida para tentar
beliscar uma parte ou até mesmo todo bolo.
Em comparação aos outros anos, onde a classe estava bastante
concorrida com a presença de Ford, Corvette e BMW, a LMGTE-PRO aparece reduzida
apenas aos carros oficiais da Aston Martin, Ferrari e Porsche e mais o Ferrari
da Wheater Tech Racing. Mas isso não tira o brilho, uma vez que durante os
treinos livres e classificação a Aston Martin ter dado o ar da graça como a
principal favorita. Porém, a categoria ganhou um fôlego com a reação da Porsche
que não foi muito bem no primeiro treino livre, mas que reagiu nas atividades
seguintes para arrancar em direção a uma grande pole conquistada por Gianmaria
Bruni no Porsche #91. A Porsche ainda teve uma pequena mudança após a
Hyperpole, onde a capacidade do tanque foi aumentada em 1 litro. Mesmo sem
mostrar o brilho de outras edições, é sempre bom ficar de olho na Ferrari que é
a atual vencedora desta classe em Le Mans.
Mesmo com essa diminuição no contingente, é de se esperar
que a batalha nesta classe seja tão boa quanto as dos anos anteriores. E ficará
difícil arriscar quem possa ser o favorito real nessa luta.
Por último a LMGTE-AM que aparenta ter uma das edições mais
equilibradas. A Aston Martin também apareceu forte por lá nos treinos, mas a
reação das equipes com carros da Ferrari e da Porsche dão um tom diferente para
esta corrida. E é sempre uma classe onde as coisas nem sempre estão resolvidas
até a última passagem, mesmo quando se aparenta total tranquilidade.
Quando a quadriculada for baixada ao final do domingo,
saberemos que entrou mais uma vez a rica história de Le Mans.
A Toyota sairá da pole position nesta 88a edição das 24 Horas de Le Mans com uma sensacional volta de Kamui Kobayashi, que levou o TS050 ao primeiro lugar nesta primeira Hyperpole que estreou seu formato de apenas 30 minutos, para os seis melhores de cada classe, em Sarthe. O japonês atingiu o tempo de 3'15"267 e terá ao seu lado o trio do Rebellion RB13 #1 que, através de Gustavo Menezes, fez o ótimo tempo de 3'15"822 e rebaixou o Toyota #8 para terceiro no grid. Sem dúvida uma grata surpresa, já que esperava-se uma dobradinha japonesa na primeira fila.
Na LMP2 a United Autosport, através do #22 conduzido por Paul Di Resta, chegou a pole position nessa classe ao fazer 3'24"528, eclipsando o favorito #29 da Racing Team Nederland que foi muito bem nos treinos de quinta, mas a escapada de Nick De Vries logo no início do treino atrapalhou um pouco as ações e o belo carro amarelo sairá em terceiro. A segunda posição nessa classe ficou para o #26 da G-Drive.
Na LMGT-PRO, sem dúvida a maioria apostava numa dobradinha da Aston Martin para está classe, precisando apenas adivinhar qual dos dois carros sairia na pole. Mas a Porsche conseguiu uma grande volta através de Gianmaria Bruni (3'50"874) para colocar o Porsche #91 na pole desta classe. O Ferrari #51 da AF Corse também esteve em boa forma e sairá em segundo, enquanto o primeiro Aston Martin, o #95, aparece em terceiro.
Assim como na PRO, esperava-se uma pole vinda da Aston Martin na LMGTE-AM, mas igualmente foi uma bela surpresa ver que a Ferrari #61 da Luzich Racing fez a melhor marca dessa classe e desbancou até além da Aston outros favoritos que poderiam bater os carros ingleses. Côme Ledogar fez uma bela volta com o tempo de 3'51"266 - que inclusive o colocou em quarto entre os PRO - e fez a pole para a Ferrari nesta classe, seguida pelo Porsche #77 da Dempsey-Proton Racing e pelo Porsche #56 do Team Project 1.
A largada será amanhã, às 9:30 (horário de Brasília).
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A primeira vitória da Ferrari em Sarthe. E logo na sua primeira aparição. |
Três meses após o adiamento da edição deste 2020 por conta
da pandemia do Covid-19, os carros do Mundial de Endurance puderam, enfim,
invadir a pista de Sarthe para dar inicio às atividades para esta edição de
número 88 das 24 Horas de Le Mans.
As atividades constituíram em quatro fases: a realização de
dois treinos livres (de três horas cada), seguido pela qualificação que serviu
para definir o grid de largada do sétimo para trás de cada classe e definindo
os seis primeiros das quatro classes que passaram para a Hyperpole, que será
realizada na sexta. Por fim, a terceira sessão de treinos livres que durou quatro
horas começando a tarde e invadindo a noite.
LMP1
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(Foto: Toyota Gazoo Racing/ Twitter) |
A Toyota ditou o ritmo nessa classe sem tomar conhecimento das demais. Desde o primeiro treino livre já mostrava que, mesmo com o peso adicional, parecia ter afetado em nada a sua performance. Kazuki Nakajima, com o Toyota #8, fez a melhor marca do primeiro treino livre ao chegar em 3’21’’656 e colocar 0’’334 décimos sobre o gêmeo #7 que fez o tempo de 3’21’’990. A Rebellion, com seu #1, ficou em terceiro naquele treino com a marca de 3’23’’155 e a quarta colocação ficando para o outro Rebellion #3 que fez o tempo de 3’25’’216. A ByKolles aparece em quinto com seu ENSO CLM P1/01-Gibson em quinto, atingindo o tempo de 3’28’’442.
O segundo treino livre foi ainda melhor para a Toyota,
quando o #8, agora conduzido por Sebastien Buemi, chegou a melhor marca desta
atividade ao fazer 3’19’’719. Foi quase um segundo (0’’8 décimos, precisamente)
que o Toyota #7 que ficou na casa de 3’20. Para a Rebellion foi uma sessão que
eles contaram apenas com a presença do carro #3 na pista que marcou o terceiro
tempo. O #1 da equipe, conduzido por Bruno Senna/ Norman Nato/ Gustavo Menezes,
ficou praticamente de fora deste segundo treino já que precisou trocar o motor.
O ByKolles ficou em quarto nessa classe e quinto no geral, uma vez que ficou
atrás do Oreca LMP2 da Racing Team Nederland que ocupou o quarto posto na classificação
geral.
No treino classificatório, foi a vez do Toyota #7 dar as
cartas e fazer a marca de 3’17’’089 vindo pelas mãos de Kamui Kobayashi que
colocou dois décimos sobre o seu compatriota Kazuki Nakajima que fez o segundo
melhor tempo. O Rebellion #1 aproveitou bem da saúde do novo motor para cravar
o terceiro tempo, mesmo que ainda tenha ficado quatro segundos de atraso em
relação aos Toyotas. A Bykolles mostrou alguma velocidade e se meteu entre as
duas Rebellion ao ficar em quarto. O Rebellion #3 ficou em quinto. Como a
classe tem apenas cinco carros, eles passaram automaticamente para a Hyperpole.
A terceira sessão de treinos, que incluiu a parte da tarde e
a noite em Sarthe, viu a Rebellion tomar de assalto a primeira colocação quando
Louis Deletraz pôs o #3 da equipe suíça no topo com a marca de 3’19’’158. A
Rebellion ainda mostraria força nesta sessão, quando o #1, com Gustavo Menezes
no comando, ficou em terceiro com o tempo de 3’19’’775. A segunda colocação foi
ocupada pelo Toyota #7 que fez o tempo de 3’19’’638 com Kamui Kobayashi ao
volante. O Toyota #8 ficou em quarto e o ByKolles #4 acabou em quinto na classe
e 18º na geral, após ter tido a frente danificada numa escapada na Tertre Rouge
quando Bruno Spengler pilotava.
Apesar do maior peso que é levado pelos dois Toyotas, a
equipe japonesa não pareceu sentir os efeitos e dominou com certa folga estas
atividades que aconteceram mais cedo. A esperança dos entusiastas é que a
Rebellion esteja escondendo o jogo, justamente para jogar as cartas na mesa
quando realmente precisa que é na maratona das 24 Horas, mas sua performance no
terceiro treino joga uma luza de esperança
nesta expectativa.. Em relação a ByKolles, a única expectativa é que
consigam, ao menos, ter um breve melhora nas próximas atividades e que tenham
uma jornada decente.
LMP2
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(Foto: Racing Team Nederland/ Twitter) |
A Racing Team Nederland aparece como a favorita neste primeiro dia em Sarthe, após liderar as primeiras atividades do dia especialmente o segundo treino livre e a qualificação.
No primeiro treino livre eles tinham a liderança até pouco
antes do final, quando Keita Yamashita, da High Class Racing, ao fazer o tempo
de 3’29’’873 contra 3’29’’918 que alcançado por Giedo Van Der Garde no Oreca 07
da Racing Team Nederland. A terceira colocação ficou para o #38 da JOTA Sport.
O segundo treino livre teve a liderança absoluta do time
holandês, que fez o tempo de 3’27’’185 com Nicky De Vries ao volante. Este
tempo foi suficiente para coloca-los na quarta posição na geral, superando o
ByKolles. Com quase um segundo de atraso, apareceu na segunda posição o #37 da
Jackie Chan DC Racing e em terceiro o #38 da JOTA Sport. Esta atividade foi
marcada pelos dois acidentes com os dois Oreca 07 da IDEC Sport que se
acidentaram em momentos distintos do treino: o #28, pilotado por Paul Lafargue,
bateu na saída da segunda chicane, danificando bem a dianteira do carro ainda
na primeira hora de treino. Quando este estava sendo levado aos boxes, o #17
conduzido por Dwight Merriman, bateu um pouco antes de chegar na entrada dos
boxes e, a exemplo do #28, também danificou bem a dianteira. Será um trabalho
bem puxado para a equipe que, logicamente, não participou da qualificação.
Na qualificação a
Racing Team Nederland continuou a andar forte e estabelecer a melhor marca
dessa classe com o tempo de 3’26’’648, feito novamente por De Vries. O #37 da
Jackie Chan DC Racing, #22 da United Autosport, #26 da G-Drive Racing, #32 da
United Autosport e o #33 da High Class Racing, passaram para a Hyperpole.
No terceiro treino livre foi o Oreca 07 #30 da Duqueine
Racing que fez a melhor marca desta atividade, com o tempo de 3’28’’013 feito
por Tristan Gommendy. A segunda posição ficou para o #32 da United Autosport e
a terceira posição para o #26 da G-Drive.
LMGTE-PRO
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(Foto: Aston Martin Racing/ Twitter) |
Assim como foi em 2019, a Aston Martin teve um bom inicio de trabalhos em Sarthe ao liderar a primeira sessão de treinos e a qualificação, sempre com dobradinhas. A única equipe a importunar os carros ingleses foram os Porsche no segundo treino livre.
Na primeira atividade os dois Aston Martin Vantage ocuparam
as duas primeiras colocações, com o #97 chegando a marca de 3’’53’’930 – com Alex
Lynn ao volante – e o #95 ficando em segundo com o tempo de 3’54’’992, que foi
alcançado por Nick Thiim. A terceira posição foi do Ferrari 488 GTE Evo da AF
Corse #51 com 3’55’’186.
A Porsche apareceu muito bem após ocupar as duas últimas
posições dessa classe no primeiro treino livre, sentindo bem a falta de um
treino que pudesse ambientar o novo 911 RSR-19 antes da batalha que é em
Sarthe. No entanto, o segundo treino livre foi uma lufada de ar fresco para
eles, que puderam se colocar em primeiro e terceiro na segunda prática, com o #92
e #91 respectivamente. O Porsche #91 fez o tempo de 3’52’’783 com Michael
Christensen ao volante. A segunda posição ficou com o Aston Martin #97.
A qualificação voltou a ver os Aston Martin Vantage ditarem
o ritmo com o #95 ficando em primeiro (3’50’’872) e o #97 em segundo (3’50’’925).
As demais posições foram ocupadas pelos dois Ferrari da AF Corse e pelos dois
Porsche da Porsche GT Team que avançaram para a Hyperpole.
O terceiro treino livre voltou ver a Porsche em primeiro na
tabela de tempos, com o #92 liderando com o tempo de 3’52’’177 feito por Kevin
Estre. Os dois Aston Martin vieram em seguida, com o #97 fazendo a marca de 3’52’’442
e o #95 com o tempo de 3’52’’632.
LMGT-AM
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(Foto: Aston Martin Racing/ Twitter) |
Assim como na PRO, a Aston Martin teve uma boa jornada com seu carro oficial, o #98 pilotado por Paul Dalla Lana/ Ross Gunn/ Augusto Farfus, que lideraram o primeiro treino livre (3’55’’484) e o classificatório (3’52’’778). A Porsche, através do #77 da Dempsey-Proton Racing, liderou a segunda sessão de treinos com a marca de 3’53’’961 – inclusive, se colocando entre os carros da PRO ao ficar atrás dos quatro mais rápidos daquela classe.
Além do Aston Martin #98, passaram para a Hyperpole o Aston
Martin #90 da TF Sport, o Porsche #86 da Gulf Racing, o Ferrari #61 da Luzich
Racing, o Porsche #77 da Dempsey-Proton Racing e o Porsche #56 da Team Project
1.
A terceira atividade foi dominada novamente pela Aston
Martin #98 que fez o tempo de 3’54’’590, seguido pelo Ferrari #60 da Iron Lynx
e pelo Porsche #88 da Dempsey-Proton Racing. Essa classe ainda viu o acidente
do Ferrari #62 da Red River Sport se acidentar na freada para a primeira
chicane, quando Bonamy Grimmes estava ao volante.
As atividades continuam amanhã, com a definição das três
primeiras filas de cada classe na Hyperpole e depois com o quarto treino livre
que terá duração de 1 hora.
Resultados: Treino Livre 1, Treino Livre 2, Qualificação e
Treino Livre 3