sexta-feira, 22 de outubro de 2010

E Webber é o mais rápido no poeirento circuito de Yeongam

Webber cravou a melhor volta em Yeongam, no primeiro contato dos F1 nos circuito recém feito da Coréia. Pista que aliás esteve longe de estar em perfeitas condições, devido a poeira grossa que estava no asfalto. Vale lembrar que alguns dias atrás, pelo fato de ainda minar óleo do asfalfo, foi jogado uma fina camada de cimento para sugar o óleo.
Fora estes problemas, a pista passou no primeiro teste, se bem que alguns pilotos reclamaram  da falta total de aderência. Ora, isso é normal para uma pista totalmente nova. Mas num todo o novo circuito foi aprovado, se bem que haverá mudanças nas curvas 16 e 18: na primeira, a mudança é na lavadeira que é mais baixa que a pista. Durante a noite será aumentada. Na 18 o problema também é a zebra, que será mais baixa que o ápice da curva tornando-a assim um tanto mais traiçoeira para os pilotos. Além de todas essas reformulações, a pista também será limpa.
Os treinos foram parelheiros: de manhã deu Hamilton e a tarde, Webber marcou o melhor tempo. Alonso fechou em segundo, seguido por Hamilton, Kubica, Button, Massa, Vettel, Petrov, Rosberg e Kobayashi. Barrichello foi o 13º; Di Grassi 22º e Bruno Senna, que teve uma quebra de suspensão traseira no primeiro treino, fechou em 24º no geral.

TREINO LIVRE PARA O GRANDE PRÊMIO DA CORÉIA- 17ª ETAPA

1º Mark Webber (AUS/Red Bull): 1min37s942
2º Fernando Alonso (ESP/Ferrari): 1min38s132
3º Lewis Hamilton (ING/McLaren): 1min38s279
4º Robert Kubica (POL/Renault): 1min38s718
5º Jenson Button (ING/McLaren): 1min38s726
6º Felipe Massa (BRA/Ferrari): 1min38s820
7º Sebastian Vettel (ALE/Red Bull): 1min39s204
8º Vitaly Petrov (RUS/Renault): 1min39s267
9º Nico Rosberg (ALE/Mercedes): 1min39s268
10º Kamui Kobayashi (JAP/Sauber): 1min39s564
11º Nick Heidfeld (ALE/Sauber): 1min39s588
12º Michael Schumacher (ALE/Mercedes): 1min39s598
13º Rubens Barrichello (BRA/Williams): 1min39s812
14º Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India): 1min39s881
15º Adrian Sutil (ALE/Force India): 1min39s971
16º Nico Hulkenberg (ALE/Williams): 1min40s478
17º Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso): 1min40s578
18º Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso): 1min40s896
19º Heikki Kovalainen (FIN/Lotus): 1min42s773
20º Jarno Trulli (ITA/Lotus): 1min42s801
21º Timo Glock (ALE/Virgin): 1min43s115
22º Lucas di Grassi (BRA/Virgin): 1min44s039
23º Sakon Yamamoto (JAP/Hispania): 1min45s166
24º Jerome D'Ambrosio (BEL/Virgin): 1min46s613*
25º Bruno Senna (BRA/Hispania): 1min46s649

* Treinou no lugar de Di Grassi no primeiro treino

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Os dias de Senna e Prost

Uma família feliz: o "Dream Team" da Mclaren de 1988.
Houve um momento no final dos anos oitenta em que as coisas estavam tensas. A F1 vivia sua transição final dos motores turbo para os aspirados de 3.500cc e enquanto isso, dentro da até então poderosa Mclaren, uma briga nascia a passos largos e que pelas próximas temporadas estremeceria o chão por onde passasse. Senna e Prost protagonizaram lances e farpas que foram mostradas e trocadas pela TV e imprensa, tornando-se num dos capítulos mais interessantes da F1 moderna. Foi uma disputa que ultrapassou todos os limites, sem exceção alguma, e que de algum modo quase os levou a conseqüências mais sérias.
Sabe-se que Ron Dennis sempre teve um olho em Ayrton Senna, desde a época da F3 inglesa no ano de 83. Naquele mesmo ano deu ao piloto brasileiro a chance de pilotar um Mclaren, junto dos pilotos Brundle e Bellof. Ele foi o melhor do teste, mas Ron já havia acertado tudo com Prost e Lauda para a próxima temporada. Senna seguiu para Toleman em 84, na mesma altura em que a Mclaren começava seu domínio na F1. Passaram-se as temporadas e quatro anos após seu famoso teste na Mclaren, ele assinou com o time de Woking por três temporadas levando consigo os motores Honda, que tinham arrasado a concorrência em 87 com os títulos de pilotos e Construtores com Williams, sem contar, claro, que ele tinha experiência com esses motores da temporada passada, quando os usou na Lotus. Chegando à Mclaren, ele teria certo trabalho para se entrosar, o que é natural para qualquer piloto recém chegado numa equipe e pior quando se depara com um bicampeão do mundo, como era Prost naquela altura. Uma equipe formada e que trabalhava junto há alguns anos e tinha em Alain seu grande líder. Furar a bolha não seria nada fácil.
No meu modo de ver, para Prost, a entrada de Senna foi encarada normalmente sem enxergar no brasileiro um ameaça. Ele havia trabalhado nas outras 4 temporadas anteriores na Mclaren com Lauda, Rosberg e Johansson sem ter nenhum problemas com estes. Com Lauda foi companheiro em 84 e 85, perdendo o mundial para o austríaco por meio ponto no primeiro ano enquanto que no segundo já pegou Niki numa fase mais desmotivante da sua carreira. Já Rosberg, também foi um bom convívio, se bem que o finlandês em algumas oportunidades chegou a importuná-lo, mas por azares de quebras, não conseguiu êxito. Stefan Johansson foi mais tranqüilo ainda, era com se ele não tivesse um companheiro. Talvez por isso não tenha implicado com a entrada de Senna na Mclaren, apostando num bom relacionamento dentro e fora da pista. Se fosse outro teria barrado Ayrton, assim como Piquet o barrou em 84 na Brabham. Engraçado que Senna aprendeu bem a lição e também brecou a intenção da Lotus em trazer o desempregado Warwick para a temporada de 86. Seria uma tática muito usada durante os anos 90.
Um dos raros momentos de conversa entre Senna e Prost. A foto é de 88.
John Watson, ex-piloto da Mclaren, havia conversado com Senna no inicio de 88 focando o assunto em como poderia superar Prost. O irlandês se surpreendeu com a resposta de Senna, quando ele, Watson, aconselhou o piloto a não ter um confronto direto com Alain tentando apenas superá-lo na astúcia. John relembrou a resposta de Senna: “Ele falou-me que iria derrotar Prost com maior preparação física, maior motivação e maior dedicação e que ia fazer tudo para conseguir pilotar mais depressa, mais consistentemente e durante mais tempo do que o francês”. Realmente ele estava disposto a bater Prost naquela temporada. Daí pode tirar em que grau de confiança se encontrava Senna naquele momento. Para Jo Ramirez, ex-coordenador da Mclaren, Senna poderia ser massacrado por Prost que tinha um domínio cerebral absurdo sobre seus companheiros. Foi assim que aniquilou com facilidade Rosberg em 86, tanto que o finlandês encerrou sua carreira no final daquele ano. Será que Senna bateria o bicampeão facilmente ou ele seria destroçado pelo francês?
A resposta veio durante a temporada de 88. Era o último ano dos motores turbo que seriam substituídos de vez pelos aspirados em 89. Naquele ano, apenas Mclaren, Ferrari e Lotus ainda usavam os turbo, que pelo regulamento, passariam a ter pressões de 2,5 bar ao invés dos habituais 4; capacidade do tanque caiu de 195 para 150 litros e a potência despencou dos quase 1000cv para cerca de 680cv. A Honda produziu um motor com as novas especificações que se revelou um canhão e também ultra confiável, tanto que a única quebra no Mclaren foi em Monza com Prost. Também vale dizer que Gordon Murray contribuiu e muito para o sucesso do duo. Baseando-se no seu fracassado projeto “Brabham Skate”, o BT56, ele fez um carro parecido naquele ano que ficou denominado como MP4/4. Juntando o ótimo chassi mais o potente motor Honda, Prost e Senna conquistaram 15 vitórias em 16 GPs disputados naquele ano para a Mclaren, tornando-se um recorde que foi igualado pela Ferrari em 2002 e 2004. Ayrton venceu oito corridas contra sete de Alain, conseguindo assim seu primeiro mundial. Mas as primeiras faíscas entre eles aconteceram, se bem que um pouco tardio, quando Senna espremeu Prost no muro dos boxes em Estoril no momento que ambos disputavam a liderança da prova. Tinha sido uma reação do piloto brasileiro a primeira largada (a prova teve duas largadas devido um múltiplo acidente na primeira partida), ao pensar que Alain o tinha jogado para a grama. Isso causou um mal estar entre os dois, que mesmo após uma conversa a sós, não foi totalmente resolvida.
A primeira rusga: Senna prensa Prost no muro do circuito de Estoril, mas o francês leva a melhor e vence a corrida
O ano de 89 foi explosivo entre os dois contendores. Disponibilizando agora do Mclaren MP4/5 com motor Honda, desta vez aspirado, as batalhas foram mais freqüentes se bem que mais via imprensa do que nas pistas. Mas o fato que se deu a abertura da porteira para que se deflagrassem rivais assumidos, foi o tal pacto de não ultrapassagem antes da primeira curva no GP de San Marino entre eles caso um estivesse na frente do outro, algo parecido como propuseram Villeneuve e Pironi sete anos atrás lá mesmo em Ímola, que foi, como todos sabem, ignorado por Didier. A prova de 89 teve duas largadas pelo fato de Berger ter-se acidentado na quarta volta. Na primeira Senna saiu melhor e na segunda Prost conseguiu passá-lo na largada mas na entrada da Tosa, Ayrton emparelhou e passou por Alain. O trato havia sido quebrado e as coisas agora na Mclaren viraria um inferno. Foram meses de trocas e mais trocas de farpas entre os dois rivais e nesse caminho, Prost foi somando mais pontos que Senna que lutava contra seus inúmeros azares. Também vale dizer que Ayrton errou em algumas ocasiões, principalmente quando bateu rodas com Berger e Patrese na largada em Jacarepaguá e quando disputou contra o desclassificado Mansell em Estoril e ambos enroscaram rodas, com Senna a levara a pior e ficar de fora da prova.
Você quebrou as regras: Senna passa Prost na Tosa, derrubando o acordo de não ultrapassar na primeira curva. Ali a guerra se iniciava.

O famoso enrosco de 89: Senna ainda voltou, venceu, mas não levou. Prost é campeão.
O brasileiro chegou à Suzuka com 60 pontos contra os 76 de Prost (já contando com os quatro descartes) e precisando da vitória para levar a decisão para Adelaide, Austrália. Senna marcou a pole, mas falhou na arrancada deixando assim que Prost assumisse a primeira posição. Foi uma perseguição no estilo gato e rato, com Prost a aumentar a diferença e Senna diminuindo em seguida. Na 47ª passagem, na entrada da chicane, Ayrton vê a chance de ultrapassar Prost e este lhe fecha a porta e dois Mclarens saem enganchados para a área de escape. Alain abandona, Senna volta pra pista com ajuda dos comissários de pista, vence a corrida, mas é desclassificado em seguida por ter evitado a chicane. Assim o título mundial é dado para Prost e Senna revolta-se. A Mclaren até tentou reverter a situação nos tribunais, mas foi irreversível. Com mais este acontecimento, os problemas de Senna aumentaram ainda mais. Agora sua briga não era só com Prost, mas também com outro francês, o presidente da FIA Jean Marie Balestre no qual ele, Senna, havia acusado o presidente da FIA e FISA de favorecer Alain. Isso complicou de vez sua situação e Balestre, furioso com suas declarações, disse que se o piloto não se desculpasse publicamente sua superlicença seria retirada e assim ele não poderia participar da temporada de 90. Foi uma jogada pesada do presidente e isso fez com que Ron Dennis corresse para tentar convencer Ayrton a se desculpar. Ron conseguiu e em fevereiro de 90, algumas semanas antes do inicio do mundial, Senna enviou para toda imprensa e também Balestre, uma carta dizendo que havia se excedido nas suas declarações e que a prova de Suzuka nunca fora manipulada. Balestre acabou por liberar a superlicença e Senna pode correr. Passados alguns anos, Balestre disse que realmente favoreceu Prost com a punição dada a Ayrton. Talvez os dois tenham acertado as contas lá no céu, ou ainda estão por acertar...
Passado toda essa turbulência, as coisas pareceriam calmas no inicio de 90. Prost tinha saído para a Ferrari, formando dupla com Mansell e Senna teria como parceiro Berger na Mclaren, ou seja, uma troca entre as grandes. A Mclaren tinha a força do motor Honda e os trabalhos de Senna e a Ferrari formando uma dupla fortíssima, tendo em Prost a esperança de voltar a ser campeã mundial após dez anos.
Mas as coisas andaram diferentes para os dois oponentes. Enquanto que Senna viveu maravilha na Mclaren por não ter um companheiro que o importunasse, Prost fez o inferno na Ferrari ao reclamar da falta de pulso firme na direção da equipe no episódio de Estoril, quando Mansell, no estilo Senna, prensou-o no muro dos boxes após a largada fazendo-os perder a dobradinha que tinham conquistado nos treinos para Senna e Berger. O leão venceu e Prost teve que se contentar, de cara amarrada, a ficar atrás de Ayrton.
Um ano depois Senna e Prost voltaram a dividir as atenções pela disputa de um título. Desta vez era Ayrton quem tinha a vantagem na pontuação com 78 contra 69 pontos de Prost e assim o francês deveria bater Ayrton para levara a decisão para Austrália. Assim como em 89 Senna marcou a pole, mas ao invés de largar da parte limpa a posição do pole foi mudada par a parte interna, a mais suja da pista. Ayrton não ficou satisfeito, claro, e isso era mais um fato para esquentar ainda mais a rivalidade entre os dois, que esteve a ser a sinalizada uma trégua em Monza durante a coletiva após a prova em que os dois responderam a uma pergunta se fariam a pazes, dando tapas nas costas um do outro. O tapa maior viria na largada de Suzuka.
Como era de se esperar, por estar na parte limpa, Prost saiu melhor e Senna o seguiu de muito perto e quando o francês mergulhou para fazer a primeira curva, Ayrton já se encontrava com o bico de seu Mclaren colado na lateral do Ferrari. O resultado: ambos bateram e foram para a caixa de brita. Prost teve sua asa traseira arrancada enquanto que Senna foi para parar perto da barreira de pneus com a frente do carro avariada. O mundial de 90 tinha sido decidido e Senna se vingado de Prost com uma batida, talvez um tanto mais agressiva, pois naquele ponto poderia ocorrer um desfecho trágico. Ambos voltaram pra os boxes sem trocar uma só palavra pelo caminho. Mas via imprensa, soltaram os cachorros:
Ayrton Senna- “ Acho que conquistei estes título tijolinho por tijolinho, em todos os GPs, num trabalho longo, meu e de toda equipe. Em 1989 fiz um campeonato e perdi nas circunstâncias que todos conhecem. Naquela vergonha. Depois foi toda aquela confusão.
Por tudo que fiz este ano, ganhando mais poles, mais vitórias, mais segundos, e mais terceiros, acho que mereci o campeonato. Claro que gostaria de ter ganho aqui no Japão defronte desta torcida maravilhosa, mas não aconteceu.
Se eu tivesse largado da posição que pedi aos organizadores, teria pulado na frente.
Dedico esta vitória no campeonato a todos que lutaram contra mim. Eles fizeram-me muito mal. Pra eles esta é a demonstração de quem é o verdadeiro campeão mundial."
“Depois de duas semanas ainda continuo a ver o caso da mesma forma: foi um acidente de corrida, inesperado para mim naquelas circunstâncias. Mas aconteceu, e não havia muito o que eu pudesse fazer no momento em que eu realizei que ia dar naquilo quando o Prost decidiu voltar para a trajetória. Foi muito triste terminar a corrida assim.Acho que quem não poderia arriscar, o fez na hora errada. Ele abriu e sabia que eu tinha de tentar passar por dentro. Tentei e ele fechou a porta. Sei que estava numa posição difícil. Se entrasse por fora, eu o passaria por dentro na aproximação. Se fechasse demasiado a curva sairia por fora, e eu o passaria nessa altura. Deveria ter mantido a trajetória, porque tinha um carro muito melhor que o meu e muitas voltas para ganhar a corrida.
Mas tudo começou errado quando não quiseram trocar o lado da ‘pole position’.”
Alain Prost- “Pensava que o Ayrton era um piloto correto,mas hoje mostrou ser capaz de tudo para ganhar um campeonato. Não posso aceitar perder um título desta forma. É preciso fazer alguma coisa nos regulamentos para que isto não se repita. Assim realmente não estou interessado em continuar”
“Estou absolutamente seguro que ele me bateu deliberadamente. 100% seguro. Foi numa curva que eu faço de pé em baixo, em 5ª marcha, e o que ele fez foi cortar a curva e bater na minha asa traseira. Vejam bem que ele na me bateu na roda, mas sim no meio do aerofólio traseiro, sem mesmo bater na roda. Literalmente empurrou-me por detrás! Por isso que não quero falar mais a este respeito, porque de nada serve para mim, para F1 ou para o esporte. Tudo é muito ruim. Chegou a um ponto em que é muito difícil trabalhar e, como disse no Japão, isso pode-me levar até a abandonar. Tenho filho, um de 9 anos, e será muito desagradável sentir que ele pode pensar que estou a proceder de modo errado no esporte. Quero ver como as coisas podem mudar e como a FISA pode controlar este tipo de acidentes, para me decidir continuar, até porque gostaria muito de continuar a trabalhar com a equipe Ferrari”
Não vou tirar o pé: Senna já havia alertado isso após terem lhe negado a troca da posição do pole. Prost saiu melhor e Ayrton o pegou, na primeira curva.
Toda ação gera uma reação, em qualquer que seja o segmento. Senna foi um tanto imprudente em bater daquela forma em Prost e num ponto tão veloz como é aquela entrada de curva de Suzuka, os carros poderiam ter enroscado as rodas e a coisa podia ter ficado grave. Mas Ayrton também já estava enfurecido com tudo que lhe havia sido feito naquele ano, desde a Suzuka 89 até Suzuka 90, e a não troca da posição da pole naquela largada foi apenas a gota d’água. Já Prost também estava engasgado com algumas atitudes da Mclaren. Ele sabia que com certa freqüência, Senna copiava as suas regulagens de chassi (assim como Hamilton fez com Alonso, lá mesmo na Mclaren, em 2007). E sem contar que Alain também publicou que Ayrton era favorecido com motores mais potentes, isso fora o ranço deixado pelas manobras em Estoril 88 e Ímola 89. As duas batidas não são justificáveis, mas foi o modo que acharam, de um uma incorreta e retardada, de se vingar um do outro.
Passados todas as hostilidades, a rivalidade adormeceu. Senna ainda continuou no topo e conquistou seu tricampeonato em 91, ao mesmo tempo em que Prost quebrou o pau na Ferrari e foi mandado embora. No final de 92, após um ano de recesso, Prost assinou com a Williams para 93 e no seu contrato, a seu pedido, Senna não poderia ir para equipe enquanto ele estivesse lá o que acabou com as chances dele tentar pilotar os “carros de outro mundo”.
Senna se prepara para passar por Prost e assumir a liderança em Donington, 1993
  Os dois rivais duelaram na primeira parte do mundial, mas Prost venceu a batalha por ter um carro muito equilibrado e confiável do que Senna. Na proiva final, em Adelaide, Ayrton venceu com seu Mclaren-Ford com Prost chegando mais de dez segundos atrás, com seu Williams-Renault. No pódio, a cena que marcou o fim de uma era, foi o momento em que Senna pegou e a mão de Prost o cumprimentou.
Alain encerrou a cerreira e Senna partiu para a Williams, onde veio falecer em maio de 94. Antes da prova de Ímola Prost conversou com Senna via rádio, no qual o brasileiro disse “Alain, você faz falta aqui”. Realmente parecia que os antigos rivais entrariam num consenso, mas nem deu tempo.
Foi uma batalha maravilhosa que confesso, será difícil de ser vista outra igual novamente e por tudo àquilo que aconteceu tenha sido chato, ficou como lição para os mais jovens. Talvez isso que tenha tornado a F1 um tanto chata pela falta de uma briga assim entre dois pilotos.
Talvez se Senna não tivesse assinado com a Mclaren, certamente teríamos perdido uma dos mais fantásticos capítulos que a F1 já viu.
O último duelo: os dois rivais posam para foto antes da disputa de um prova de kart organizada pelo ex-piloto Philippe Streiff, realizada em Paris-Bercy. Prost venceu.

Fontes: Anuários do Francisco Santos, temporadas 89/90 e 90/91 e Recordando Ayrton Senna, de Alan Henry

domingo, 17 de outubro de 2010

F1 Battles- Gilles Villeneuve vs Mario Andretti, Brands Hatch 1979

Era a disputa da Corrida dos Campeões em Brands Hatch, 1979. Villeneuve, a bordo da Ferrari 312T3, e Mario Andretti, na Lotus 79, travaram uma bela disputa. Inicialmente foi pela segunda posição, com o itálo-americano pressionando o canadense e quando Gilles assumiu a liderança, após Lauda (Brabham BT48- Alfa Romeo) ter deixado a liderança para ir aos boxes devido a problemas, errou em uma das curvas propiciando a chance de Andretti o ultrapassá-lo, para assumir a ponta da corrida. Como de costume, Gilles não baixou a guarda e foi à busca de Mario. Colado na caixa de câmbio do Lotus, Villeneuve passou duas voltas a pressionar Andretti e na abertura da volta 28 passou o itálo-americano na entrada da Paddock, reassumindo a liderança.
Gilles venceu a prova, seguido por Nelson Piquet (Brabham BT48- Alfa Romeo) e Mario Andretti.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Euroboss

Já imaginaram os F1 disputando freadas e curvas com o s Indycars ou até com os antigos Super Nissan? Pois bem, existe. Criada em 1997 essa categoria conta com até 20 carros num grid muito variado: Tyrrels, Benettons, Indycars Reynard , Simteks, Arrows entre outros, todos com motorização Judd V10.  Vou postar alguns vídeos aqui, entre eles, uma prova completa disputada em 2009 no autódromo holandês de Zandvoort:












Informações sobre a categoria, visite o site oficial deles: http://euroboss.com/

Lauda vs De Cesaris, Las Vegas 1982

Fuçar no Youtube é uma delícia. Você sempre encontra algo de interessante por lá e dessa vez achei mais um bom vídeo de disputa na F1. Desta vez os pilotos em questão são Lauda (Mclaren- Ford #8) e De Cesaris (Alfa Romeo #22) disputando curva a curva a sétima posição no GP de Las Vegas, disputado no estacionamento do hotel/cassino Caesar's Palace. Niki venceu a briga mas não completou a prova, abandonando na volta 53 por problemas de motor. De Cesaris terminou em nono, duas voltas atrás do vencedor Michelle Alboreto (Tyrrel- Ford) que vencia seu primeiro GP na F1. Aquela prova também decidiu o mundial à favor de Keke Rosberg (Williams- Ford). 

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Análise dos dez primeiros- GP do Japão 2010

Sebastian Vettel- Enfim uma corrida tranqüila. Largou da pole, liderou boa parte da prova, exceto algumas voltas em que ficou atrás de Button após seu pit stop. Foi mais veloz que Webber o fim de semana todo e isso o ajudou muito na sua concentração para vencer pela segunda vez em Suzuka. Está 14 pontos atrás de Webber na classificação.


Mark Webber- Não foi páreo para Vettel em momento algum em Suzuka, mas chegou tranqüilo na segunda posição da prova sem ser ameaçado por Alonso. Ganhou uma folga na tabela de pontos, mas não pode se descuidar com o espanhol e principalmente com seu companheiro de equipe, que estão empatados com 206 pontos.


Fernando Alonso- Admitiu no fim da prova que não tinha condições de brigar com as Red Bulls e que o terceiro lugar foi o máximo que pode conseguir. Mas está na luta e na espera de um briga entre Vettel e Webber nessa reta final de campeonato, para embolsar seu terceiro mundial.


Jenson Button- Arriscou uma estratégia de tentar ficar o máximo de tempo na pista com pneus duros, que não se mostrou eficaz. Fez sua parada e voltou atrás de Hamilton, mas graças a um problema no câmbio deste pode subir para quarto e ainda tem esperanças de conseguir seu segundo mundial.


Lewis Hamilton- A sua cota de azar nessas últimas provas não pára. Nos três dias de atividades em Suzuka teve um forte acidente na sexta; não tinha asa dianteira para treinar no sábado, tanto que Mclaren mandou vir as pressas um mecânico da Inglaterra com esta peça; trocou o câmbio para a classificação- perdendo cinco posições no grid- e este, que estava novo, quebrou a terceira velocidade durante a prova. E isso pode lhe custar a chance de tentar seu segundo título.


Michael Schumacher- Boa prova, talvez a melhor dele neste ano. Travou bom duelo com Rosberg pela sexta posição, mas foi agraciado com o abandono de Nico no final da prova. Mostrou bom ritmo durante a corrida.


Kamui Kobayashi- Saiu em 14º, o que de início pareceu uma decepção, mas ele foi buscar suas posições na raça. Fez seis ótimas ultrapassagens, todas no Hairpin, inflando a torcida japonesa a cada ultrapassagem. O japonês é dos bons.


Nick Heidfeld- Esteve muito bem durante a corrida, lutando nas posições intermediárias com Barrichello e Sutil. Contra seu companheiro, não pode fazer nada, pois o japonês estava endiabrado. Mas em duas provas fez que De La Rosa na 14 vezes que o espanhol esteve ao volante do Sauber.


Rubens Barrichello- Na classificação pela manhã, durante a Q1, seu carro esteve entre os primeiros mas logo em seguida despencou algumas posições, mesmo assim era um bom presságio para a corrida. Mas o desempenho da manhã não se repetiu a tarde e isso o fez cair algumas posições, de sexto para nono. Reclamou da falta de aderência na pista toda.


Sebastien Buemi- Corrida fraca do suiço, que superou seu companheiro apenas no final da corrida.

domingo, 10 de outubro de 2010

Vettel passeia em Suzuka e Kobayashi faz a festa japonesa

Antes de mais nada, tenho que dizer que adoro Suzuka! Desenhado por John Hulgenholz à pedido da Honda para ser seu circuito de testes em 1962, este autódromo é o único com o formato de "8" no mundo. Com bons trechos em esses de média velocidade e com curvas velozes , como a maravilhosa e igualmente perigosa 130R, é uma pista que se equipara a Spa no que se diz respeito desafio aos pilotos e por isso eles adoram Suzuka. Mas por ser antigo, a pista tem suas deficiências como ficou demonstrado no sábado quando a chuva forçou o adiamento do treino classificatório por causa dos riachos que cortavam várias partes da pista. Isso a torna, ainda mais, traiçoeira mas é ai que mora a graça destes velhos circuitos mesmo que isso a deixe totalmente perigosa.
De um modo a chuva de sábado ajudou a Red Bull. Eu não acreditava neles para marcar uma primeira fila no grid que já se desenhava desde sexta, quando dominaram com folga os dois treinos livres. E com a pista seca no treino classificatório deste domingo pela manhã em Suzuka, tudo ficou mais fácil. Vettel e Webber repetiram a dobradinha dos treinos livres e saíram na frente, para não ser incomodados por mais ninguém com a vitória ficando para Sebastian, que conseguiu seu segundo triunfo consecutivo em Suzuka, e Mark terminando em segundo. Nem mesmo Alonso, que está em fase crescente no mundial, viu nenhuma chance alguma de ameaçá-los. Já o duo da Mclaren, que também estão no páreo pelo título, terminaram próximos: Button arriscou na tentativa de surpreender os ponteiros ao esticar seu stint, que não foi o mais correto e assim  terminou em 4º graças a mais um azar de Hamilton, que teve o câmbio trocado para esta prova e assim perdeu cinco posições no grid, largando em oitavo. O pior é que o mesmo câmbio, novinho, deu problemas ao perder a terceira marcha perto do fim da corrida no mesmo momento que se aproximava de Alonso para disputar a terceira posição. E assim foi o desempenho dos cinco que brigam pelo título deste ano. Pelo que pareceu não quiseram arriscar, para não dar margens à erros. Isso ficou claro, principalmente, na disputa caseira da Red Bull que não teve em momento algum duelo direto pela primeira posição.
A corrida não foi boa, como de se esperar até por causa do domínio esperado da Red Bull, mas ao menos os poucos que teve foram legais. Os acidentes da largada de Petrov com Hulkenberg e de Massa com Liuzzi, forçaram a única entrada do safety car, que não influênciou em nada. A disputa de Schumi com Rosberg também foi interessante, com o alemão mais novo a não deixar o mais velho ultrapassá-lo. Nico acabou fora da corrida quando o pneu traseiro esquerdo soltou-se na subida da rápida curva Dunlop, fazendo-o rodar e bater na barreira de pneus. De todos estes personagens e acontecimentos o melhor foi Kobayashi. Confesso ter ficado um pouco decepcionado com seu desempenho na classificação, quando largou em 14º, mas ele mostrou mais uma vez que tem talento e arrojo de sobra ao protagonizar uma série de ultrapassagens de coragem, todas no Hairpin. Sutil, Barrichello, Heidfeld e Alguersuari, por duas vezes, provaram da esperteza do japonês. A melhor delas foi em Alguersuari, na segunda ultrapassagem, quando ele pegou o espanhol por fora na saída do Hairpin. Terminou em sétimo e o mais importante de tudo foi ver qua torcida japonesa, enfim, terá por quem torcer pelos próximos anos.
Para os pilotos brasileiros a prova foi bem distinta: Di Grassi nem correu por ter batido na volta de instalação do grid na curva 130R. Pelo que parece foi uma quebra de suspensão que ocasionou a escapada seguida de batida; Massa saiu na primeira curva após a largada, quando tentou passar Rosberg pela grama. Desse modo escapou e foi acertar o pobre Luizzi do outro lado; Barrichello teve bom início de prova ao andar em sexto, mas não pode lutar contra carros velozes e fechou em nono; Bruno Senna fechou em 15º, na frente de Yamamoto.
Os resultados de Suzuka deixam Webber mais folgado na liderança do mundial, agora com 220 pontos contra 206 dos empatados Alonso e Vettel. Hamilton aparece em quarto com 192 pontos e Button em quinto, com 189. Teoricamente estes dois últimos terão suas cartas jogadas na prova da Coréia, daqui quinze dias, mas vale lembrar que o problema no câmbio de Hamilton pode jogá-lo mais uma vez cinco posições para trás no grid e isso pode azedar de vez suas chances. Button também tem que jogar tudo na Coréia, afinal sua diferença é de 29 pontos de desvantagem para Webber. Ainda restam 75 pontos em jogo, três pilotos na briga direta pelo título e dois correndo por fora, rezando por um milagre. Que belo campeonato!

Os acidentes da largada: na foto acima, Petrov atravessou na frente de Hulkenberg, que vinha lento, rodou e bateu no guard-rail; Massa fez da grama asfalto e se deu mal, ao escapar e levar junto dele Liuzzi, que não tinha nada com a história. O russo foi punido com a perda de cinco posições no grid do GP coreano e Massa saiu ileso, do acidente e também da punição

A briga dos alemães: Schumi tentou de todas as formas passar por Rosberg, mas não obteve êxito. No fim, Nico perdeu a roda traseira esquerda e abandonou e Schumi fechou em sexto, na sua melgor apresentação no ano.

O showman da prova: Kobayashi fez a alegria dos seus conterrâneos com belas ultrapassagens, como esta que ele aplicou em Alguersuari por fora. E também aumentou seu fã clube mundo afora também

RESULTADO FINAL
Grande Prêmio do Japão- Circuito de Suzuka
10/10/2010- 16 ª Etapa



1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull): 1h30min27s323
2. Mark Webber (AUS/Red Bull): a 0s905
3. Fernando Alonso (ESP/Ferrari): a 2s721
4. Jenson Button (ING/McLaren): a 13s522
5. Lewis Hamilton (ING/McLaren): a 39s595
6. Michael Schumacher (ALE/Mercedes): a 59s933
7. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber): a 1min04s038
8. Nick Heidfeld (ALE/Sauber): a 1min09s648
9. Rubens Barrichello (BRA/Williams): a 1min10s846
10. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso): a 1min12s806
11. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso): a 1 volta
12. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus): a 1 volta
13. Jarno Trulli (ITA/Lotus): a 2 voltas
14. Timo Glock (ALE/Virgin): a 2 voltas
15. Bruno Senna (BRA/Hispania): a 2 voltas
16. Sakon Yamamoto (JAP/Hispania): a 3 voltas
17. Nico Rosberg (ALE/Mercedes): a 5 voltas

Não completaram:

Adrian Sutil (ALE/Force India): a 9 voltas
Robert Kubica (POL/Renault): a 51 voltas
Nico Hulkenberg (ALE/Williams): a 53 voltas
Felipe Massa (BRA/Ferrari): a 53 voltas
Vitaly Petrov (RUS/Renault): a 53 voltas
Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India): a 53 voltas
Lucas di Grassi (BRA/Virgin): bateu antes da largada

Melhor Volta: Mark Webber (Red Bull) 1min33s474

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Alan Jones, Silverstone 1979

O meu amigo GPto, num comentário que deixou no post Warwick vs Pironi,  pediu um vídeo dos carros asa. Tentei buscar um das Lotus, mas não achei. No caminho encontrei o da Williams com Alan Jones em Silverstone 1979, quando a equipe de Frank estreou o FW07. Jones marcou a pole e Regazzoni se encarregou de levar a equipe à primeira vitória na F1 ao vencer o GP inglês. E quem quiser saber sobre os carro asa, é só clicar aqui para ler o texto. Abaixo segue o vídeo:

A Red Bull não dá chances a ninguém e crava dobradinha nos treinos em Suzuka.

Os primeiros treinos em Suzuka para a disputa da 16ª etapa do mundial da F1, a red Bull mostrou um domínio absurdo ao não dar chances a ninguém. Vettel e Webber cravaram a dobradinha nos dois treinos desta sexta e isso coloca a já favorita Red Bull, numa situação ainda mais confortável para a prova de domingo.
Kubica, que foi terceiro nos dois treinos, ficou 0’’735 atrás do tempo de Vettel, que marcou 1’31’’465. Ele esteve soberano e nem Webber foi páreo para ele nos dois treinos. Alonso e Massa, que fecharam em quarto e quinto, respectivamente, sabiam que a equipe energética estaria forte em Suzuka, mas não tanto. Felipe chegou a dizer que será impossível superá-los no final de semana e Fernando espera ainda para ver o comportamento deles amanhã. Pudera afinal o classificatório pode ser disputado com chuva intensa, o que vir a embaralhar todo o grid e ai fica sua esperança e dos demais.
A Mclaren foi mediana e as melhoras na traseira e dianteira do carro, parecem não ter surtido efeito. Button foi o sexto e Hamilton, que bateu de manhã, ficou em 13º. Barrichello, que havia ficado com o sexto tempo pela manhã, terminou o dia em 14º com problemas de motor; Di Grassi ficou em 21º e Senna em 23º.

RESULTADO- TREINO LIVRE PARA O GP DO JAPÃO- 16ª ETAPA

1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull Renault): 1min31s465
2. Mark Webber (AUS/Red Bull Renault): 1min31s860
3. Robert Kubica (POL/Renault): 1min32s200
4. Fernando Alonso (ESP/Ferrari): 1min32s362
5. Felipe Massa (BRA/Ferrari): 1min32s519
6. Jenson Button (ING/McLaren Mercedes): 1min32s533
7. Vitaly Petrov (RUS/Renault): 1min32s703
8. Michael Schumacher (ALE/Mercedes): 1min32s831
9. Adrian Sutil (ALE/Force India Mercedes): 1min32s842
10. Nico Hulkenberg (ALE/Williams Cosworth): 1min32s851
11. Nico Rosberg (ALE/Mercedes): 1min32s880
12. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber Ferrari): 1min33s471
13. Lewis Hamilton (ING/McLaren Mercedes): 1min33s481
14. Rubens Barrichello (BRA/Williams Cosworth): 1min33s564
15. Nick Heidfeld (ALE/Sauber Ferrari): 1min33s697
16. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso Ferrari: 1min34s005
17. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso Ferrari): 1min34s055
18. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India Mercedes): 1min34s310
19. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus Cosworth): 1min36s095
20. Jarno Trulli (ITA/Lotus Cosworth): 1min36s333
21. Lucas di Grassi (BRA/Virgin Cosworth): 1min36s630
22. Timo Glock (ALE/Virgin Cosworth): 1min36s834
23. Bruno Senna (BRA/Hispania Cosworth): 1min37s352
24. Jerome D'Ambrosio (BEL/Virgin Cosworth): 1min37s778
25. Sakon Yamamoto (JAP/Hispania Cosworth): 1min37s831

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

As obras de Interlagos

Aproveitando minha passagem pelas proximidades do autódromo de Interlagos, entrei para para ver em que pé está as reformas na pista.Há exato 1 mês do GP do Brasil, pude ver que assim, como em outros anos, não tem nada de especial. Apenas o mais do mesmo, com a troca e arrumação de algumas barreiras de pneus, principalmente as do final da reta dos boxes, que estavão desarrumadas devidos os últimos acidentes que aconteceram ali.
As arquibancadas já estão quase prontas, faltando apenas a colocação de cobertura nos setores D, E, F, H, N, K e R que ficam na curva do Sol. O paddock, tão critícado por Ecclestone meses atrás, não tem nenhuma novidade.
Na pista a única grande reforma é na saída da curva do Lago, na parte externa. Naquele ponto, onde havia só grama, está sendo arrumado por causa do aparecimento de grandes buracos formado pelas infiltrações das chuvas dos últimos 10 meses. Ainda não sabem se aquele ponto voltará ser gramado ou se será asfaltado. Na saída da curva colocarão piso-grama (são blocos de concreto com o formato de colméia, e dentro de cada repartição é plantado a grama).
E pos último o asfalto. Num todo ele está bom (o recapeamento foi feito em 2007), mas no S do Senna, logo na sua entrada, há uma faixa bem danificada e mais à frente rachaduras que estão ali faz meses. Não se sabe será ou não arrumado aquele ponto.

As imperfeições na entrada do S do Senna


Saída do Lago com sua reforma para melhorar a drenage naquele ponto. Vários buracos já se formaram naquele ponto devido as infiltrações

Nova lavadeira na saída do Laranjinha. A antiga estava muito gasta.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Derek Warwick vs Didier Pironi

Eis um grande duelo entre o britânico Derek Warwick (Toleman Hart) e Didier Pironi (Ferrari) pela segunda posição no GP da Inglaterra, em Brands Hatch. Warwick anbandonou a corrida com problemas em seu carro e Pironi chegou em segundo, 26s depois do vencedor Niki Lauda. Confiram:

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Emerson Fittipaldi, 40 anos atrás

Louis Stanley, chefe e dono da BRM, lamentou muito ter perdido o GP dos EUA quando Pedro Rodriguez teve que fazer uma parada de última hora por falta de gasolina. Assim o mexicano abria caminho para um jovem brasileiro vencer a primeira corrida de um país, que estava mergulhado numa violenta ditadura e que também era conhecido pela boa música, belas mulheres, praias e pelo futebol, recém tri-campeão do mundo. O nome dele: Emerson Fittipaldi.
Foi uma dupla vitória para ele e a Lotus. A conquista de Emerson garantiu o título para o já falecido Jochen Rindt e para a equipe o título de construtores. Para o brasileiro significou mais. Colocou o Brasil no centro das atenções e dentro de dois anos, transformou o país numa das potências do automobilismo mundial ao vencer o mundial de 72 pela mesma Lotus.
Com isso estava aberto o caminho. Emerson venceu o mundial de 74, pela Mclaren, e outros brasileiros seguiram seus passos como Pace, Ingo Hoffman, Alex Dias Ribeiro, Luís Pereira Bueno, seu irmão Wilson Fittipaldi (todos estes nos anos 70) e os campeões Nelson Piquet e Ayrton Senna que continuaram o legado do "Rato" nos 24 anos que se seguiram desde a primeira vitória.
Emerson não se deu por satisfeito e também foi abrir caminho nos perigosos ovais da América na metade dos anos 80. Venceu pela primeira vez na Indy em 85 nas 500 Milhas de Michigan, ganhou o campeonato de 89 e levou o as 500 Milhas de Indianápolis em 89 e 93. Desse modo, como em 1970, ele também abriu as portas para que uma leva de jovens brasileiros, como Gil de Ferran, André Ribeiro, seu sobrinho Christian, Hélio Castroneves, Cristiano Da Matta, e Tony Kanaan atmbém conquistassem seus espaços e sucesso na América.
Se hoje você, assim como eu, é fã e de automobilismo também temos que agradecer ao Emerson.
Ah, e sobre a falta de gasolina no carro de Pedro Rodriguez naquela prova em Watkins Glen, Louis Stanley disse que eles perderam a corrida por "meio copo de combustível".
Passados exatos 40 anos da vitória de Emerson, é de se agradecer aquele "meio copo" de gasolina a menos no BRM de Rodriguez.

sábado, 2 de outubro de 2010

A cartada de Eddie Jordan

Na metade de 1991 Ayrton Senna estava indeciso sobre a sua continuação ou não na Mclaren para o ano de 92. Alguns rumores, como sempre naquela época, o colocavam em conversa com Ferrari e Williams. Claro que Senna nunca escondeu de ninguém seu sonho de pilotar para ambas as equipes: na Williams, como uma forma de gratidão pelo primeiro teste que Frank o proporcionou em 1983, ele teria o melhor carro da F1. Na Ferrari teria toda uma torcida apaixonada pela equipe, mas lá o trabalho para reerguer os vermelhos seria um desafio e tanto.
Vendo o impasse de Ayrton para a próxima temporada, Eddie Jordan, que havia estreado com sua equipe naquela temporada de 91 e com certo sucesso, faz uma proposta extremamente ousada: oferece a Senna um lugar na sua equipe para o campeonato de 92 dizendo “Eu quero que você pilote para mim. Mas eu não vou te pagar nada”.
Foi uma coragem e tanto. Senna ouviu o convite de Jordan, mas não levou muito adiante. Senna e Jordan já se conheciam de longa data, mais precisamente em 82 quando irlandês lhe deu a chance de pilotar um F3 pela primeira vez e o brasileiro o ajudou quando este estava para ingressar na F1 com sua equipe oriunda da F3000, convencendo Bernie a aceitá-lo na categoria.
Realmente a proposta de Senna guiar para ele em 92 sem receber um tostão se quer era loucura, mas  Eddie não é nenhum idiota: só o salário que Ayrton faturava na Mclaren em 91, estimado em 15 milhões de dólares, era praticamente todo o orçamento de sua equipe Jordan para aquele. O seu pensamento era de que Senna vendesse os espaços de seu macacão e com isso geraria o dinheiro que cobriria o salário do piloto brasileiro e também deixava algum para sua equipe. Isso daria a Senna a chance de pegar parte da equipe e quem sabe comprar a equipe por inteiro no futuro.
Por fim o sonho não se concretizou como era de se esperar. Senna não foi para Ferrari e nem tão pouco para Williams, ficando na Mclaren. Eddie Jordan ficou sem a sua grande cartada para a temporada de 92, que foi pífia ao marcar apenas 1 ponto com Stefano Modena em Adelaide.
Ainda sobre a tentativa de levar o brasileiro para sua equipe, ele acreditava no sucesso dessa parceria: "Ayrton teria sido visto como aquele que transformou a equipe, sua equipe, em um vencedor. Você só pode fantasiar sobre o que poderia ter acontecido, mas, juntos, poderíamos ter vencido corridas".
Será?
Caso Senna tivesse aceitado o convite de Eddie Jordan, ele pilotaria o Jordan 192- Yamaha de 1992 que foi conduzido por Maurício Gugelmin (foto) e Stefano Modena. A equipe marcou apenas um ponto naquela que foi sua segunda temporada na F1, quando Modena chegou em sexto no GP da Austrália. 

Foto 1039 - Bernd Rosemeyer, Roosevelt Raceway 1937

  (Foto: Adam Gawliczek)  Um momento de descontração antes do embate dos europeus vs americanos pela 13ª edição da Vanderbilt Cup, realizada...