Final de prova em Hungaroring da F-3 Européia - 6ª Etapa - e Moisés Soriano (ESP) e Alexandre Cougnaud (FRA) resolveram dar uma emoção quando disputavam a nona colocação. Os dois tocaram rodas quando se ecaminhavam para a segunda curva do circuito, e Soriano acabou decolando seu carro e por muito pouco não acertou a cabeça do piloto francês
Na rodada tripla da Fórmula Abarth (aqui no Brasil ficou conhecida como F-Future, hoje extinta) disputada em Ímola, acidente antes da Tamburello entre Bruno Bonifácio (BRA) e Santiago Urrutia (URU). O piloto brasileiro dividia a primeira fila com o uruguaio, que atacou Bruno na entrada para a Tamburello e tocaram rodas. Urrutia decolou indo parar na brita mesmo que aconteceu com, Bruno que deslizou seu carro pela brita até bater na barreira de pneus
E no Camaro Cup, válido pelo Campeonato Sueco de Turismo, três carros envolveram-se num acidente na largada no circuito de Knutstorp.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
O início de algo grandioso
Emerson comemorando o título de 1972, conquistado em Monza. (Foto: Sutton Images) |
Uma vez com o caminho aberto, foi fácil presenciar a ida de um piloto brasileiro para a F1: Ingo Hoffman, Alex Dias Ribeiro, Nelson Piquet, Roberto Pupo Moreno, Ayrton Senna, Mauricio Gugelmin e outros tantos até chegar aos dias de Massa e Bruno. O resultado subseqüente de tudo isso, após o segundo título de Emerson em 1974, foram mais outros seis mundiais e 87 vitórias.
E aquela última volta do GP da Itália de 1972 representou algo muito além do título de Emerson Fittipaldi: o Brasil também poderia fabricar pilotos tão bons quanto os de qualquer outra parte do mundo.
GP da Itália: Hamilton, o novo desafiante
A pole de Hamilton no sábado tinha sido apenas a primeira
parte de algo de que denunciava ser uma tarde prateada no domingo. Para isso
era preciso dobrar a primeira chicane na frente e contar com uma dose de sorte
para não acontecer nenhum acidente. Acidente não houve, foi uma largada limpa,
mas Hamilton teve que fazer um esforço para segurar a primeira posição frente a
um ousado Felipe Massa que emparelhou seu Ferrari com a McLaren do
inglês, forçando-o frear um pouco mais tarde e sustentar uma liderança que
seria perdida apenas por algumas voltas após seu único pit-stop para a grande
sensação da tarde Sérgio Pérez, que fez uma das melhores, ou talvez melhor,
apresentação dele nestes quase dois anos de F1. O piloto mexicano largou com
pneus duros frente aos seus concorrentes que saíram com os médios, e isso lhe
deu vantagem de escolher parar mais tarde e usar de modo integral e sem sofrer
muito desgaste os pneus médios na parte final da corrida, podendo assim
arrancar de um quinto lugar para o segundo. E mais umas quatro, cinco ou seis
voltas, ele estaria pronto para ultrapassar Hamilton e assumir a ponta para uma
vitória inédita para ele e a Sauber.
Enquanto que Lewis estava intocável na liderança da prova, a
segunda colocação para baixo estava numa disputa fervorosa. Felipe tinha
conseguido acompanhar o ritmo de Hamilton nas voltas iniciais, mas os pneus do
seu Ferrari degradaram-se rapidamente dando à Button a chance de assumir a
segunda colocação. Uma posição dos sonhos para a McLaren, que tem vencido as
últimas etapas, mas o problema no pescador de combustível arruinou uma possível
dobradinha em Monza. Alonso foi brilhante na sua largada ao ganhar quatro
posições na primeira volta e aparecer em sexto na abertura do segundo giro. Ele
sabia que perder tempo atrás de Di Resta, Kobayashi, Raikkonen e Rosberg
arruinariam qualquer chance de tentar, ao menos, um pódio no GP italiano.
Encontrou alguma resistência por parte de Schumacher, que se beneficiava da potência
do motor Mercedes na reta para vencer os duelos contra o espanhol, que só foi
perdido quando Alonso conseguiu pegar o vácuo na reta dos boxes e efetuar a
ultrapassagem. Era visível que Fernando estava cauteloso nos duelos e com
Vettel, ele parecia ainda mais. Porém, após a troca de pneus, ele estava
disposto a ganhar a posição do alemão a todo custo quando aconteceu o lance do
dia: Vettel deu o lado de fora da Curva Grande para o espanhol, que mergulhou
para tentar assumir a quarta colocação. O espaço era pequeno e Fernando foi com
as quatro rodas na brita, conseguindo domar o Ferrari e voltando ainda em
quinto. Voltas depois ele voltou com carga máxima e passou o alemão antes da
chicane Roggia. Mas antes disso, reclamara veemente sobre a manobra de Sebastian
e algum tempo depois os comissários puniriam com um Drive Through o piloto da
Red Bull. Punição discutível, uma vez que Alonso, com o mesmo Vettel, fizera
algo parecido quando o alemão tentou a ultrapassagem por fora na Curva Grande
no GP do ano passado e saiu sem punição. Apesar de todo esse rebuliço, Vettel
abandonaria voltas depois por problemas no alternador e prova se tornou
desastrosa para a equipe quando Webber também saiu da corrida após uma rodada
na saída da Ascari. Um final de semana para ser esquecido.A vitória de Lewis em Monza coloca-o de volta na disputa pelo título. Está agora com 37 pontos de desvantagem para Alonso (179x142) e o McLaren é o melhor carro da F1 desde o GP da Hungria. Mas vale lembrar que o carro cromado de Woking é perfeito pára circuitos de alta, como ficou bem visto em Spa e Monza. Na Hungria, apesar da bela vitória de Hamilton, ele precisou domar o ímpeto do duo da Lotus para não perder a corrida. Ou seja, em pistas que requerem maior carga aerodinâmica, o McLaren talvez não tenha uma grande vantagem. Dessa forma ficará fácil para que Ferrari, Red Bull e, eventualmente, Lotus igualem as forças. A pista citadina de Cingapura será um palco perfeito para a queda de braço entre Alonso, Hamilton e Vettel já que eles são brilhantes naquele traçado. E os bons coadjuvantes dessa temporada estarão a postos para beliscar algo nessa corrida.
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Os 90 anos do Circuito Nacional de Monza
Cartaz da primeira corrida disputada no Parque Nacional de Monza, em 3 de setembro de 1922. |
Os dias do automobilismo italiano eram os melhores na
distante década de 20, mais precisamente no seu início. Ainda era uma época de
reconstrução da Europa, que havia sofrido os horrores da Primeira Guerra
Mundial, mas as competições tinham retornado de forma tímida em 1919 ao ser
realizado a Targa Florio com a participação de 17 carros. Um bom número,
diga-se, mas em sua maioria carros italianos. Os franceses que estavam na
frente antes do estouro da Guerra, não estavam em condições financeiras para
colocar seus carros em competições e muito menos apoiar pilotos privados. E
isso se refletiu na organização de corridas, em especial o seu tradicional GP
do ACF – ou GP da França, como queiram - que ficou engavetado até 1921 quando
foi realizado no circuito de Le Mans. De certa forma, não foi um regresso muito
feliz para o Automóvel Clube da França que esperava uma vitória caseira: Jimmy
Murphy, pilotando um Duesenberg, aniquilou a concorrência francesa e marcou uma
vitória histórica para o automobilismo americano por ser a primeira de um carro
construído nos EUA a vencer na Europa.
Para os italianos, que estavam no encalço dos franceses
desde o final da primeira década daquele século XX, o domínio no automobilismo
europeu se deu exatamente na casa dos seus rivais em 1922, quando o GP da
França foi disputado na pista de Estrasburgo. Apesar de ter sido uma corrida
trágica, com a morte do sobrinho de Felice Nazzaro, Biaggio, que capotou seu
FIAT após este ter um eixo quebrado – o mecânico que o acompanhava também
morreu -, o seu tio conquistou uma importante vitória naquela corrida e dando à
Itália a supremacia no automobilismo daquele continente que tanto ambicionavam.
Assim como seus rivais franceses as corridas na Itália eram
disputadas em ruas ou estradas, mas comercialmente não eram vantajosas. Era
preciso uma pista permanente e que desse ao público, e pilotos, a sensação de
estarem num circuito de estrada. Dessa forma o Automóvel Clube de Milão
conseguiu alugar, por 30 anos, uma parte do terreno que ficava nos jardins do
Palácio de Monza junto ao estado e o plano era fazer um circuito naquele local
em quatro meses para abrigar o GP da Itália, em setembro. As obras começaram
em maio, com uma cerimônia que teve a presença de Felice Nazzaro e Vincenzo
Lancia, ex-parceiros de FIAT e dois dos melhores pilotos italianos do início do
século, que lançaram a primeira pá de pedras naquele circuito. A pista ficou
pronta em agosto e os projetistas fizeram uma combinação de oval, com curvas
altamente inclinadas, e um circuito que poderiam ser usados separadamente ou em
conjunto formando um traçado de aproximadamente de 10 km. O GP italiano, em sua
nova casa, também ofereceria prêmios em dinheiro, algo em torno de 500 mil
liras para o vencedor.
A inauguração aconteceu em 3 de setembro com a presença de
200 mil espectadores – talvez nem todos pagantes, claro – e duas corridas para
serem realizadas: o Grande Prêmio para carros pequenos (Gran Premio Delle
Vetturette) e o Grande Premio da Itália (Gran Premio d’Itália). Para a
corrida dos carros pequenos – ou Voiturettes – dos 23 inscritos, apenas nove
alinharam para a corrida. As equipes da França e Inglaterra, prevendo um
massacre italiano por parte da FIAT, não quiseram participar. Sendo assim, foi,
de fato, um passeio dos FIATs comandados por Pietro Bordino que venceu a prova
seguido por Enrico Giaccone, Evaio Lampiano, e Carlo Salamano.
O grid para o GP da Itália (que também foi o primeiro a
levar a nomenclatura de GP da Europa), também teve um grid magro pelo mesmo
motivo que deixou vazio o da prova anterior: a supremacia italiana. Dos 31
inscritos nove estiveram presentes nos treinos, mas apenas oito largaram já que
Gregor Khun, piloto alemão da Austro - Daimler, morreu durante um teste. Apesar
de a corrida ter ficado com apenas três carros na disputa nas últimas 28 voltas
de corrida – de um total de 80 – o duelo entre Pietro Bordino e o velho Felice
Nazzaro foi o ponto alto. Pierre de Vizcaya, piloto espanhol que estava no
comando de um Bugatti T30, ainda teve fôlego para disputar com os FIATs dos
dois ases italianos, mas um problema nas velas acabou com a sua remota chance
de vitória. Mesmo com a sua experiência de muitos anos e com uma recente e
aclamada vitória no GP francês, Nazzaro não conseguiu acompanhar o ritmo da
nova estrela do automobilismo italiano Pietro Bordino que acabou por vencer a
corrida após 5 horas e 43 minutos de corrida, terminando com duas voltas de
avanço sobre Felice Nazzaro. Vizcaya ainda voltou para a corrida, fechando em
terceiro com quatro voltas de atraso.
A inauguração de Monza acabou por ver uma troca de guarda
entre gerações de pilotos, com o jovem Bordino a tornar-se o melhor piloto
daquele país frente à Felice Nazzaro que também já havia sido um dos melhores. Curiosamente
Bordino tinha iniciado a sua carreira em 1904 trabalhando como mecânico da FIAT
diretamente nos carros de Vincenzo Lancia e Felice Nazzaro.
Ele havia aprendido bem a lição.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Crash: Porsche SuperCup - Spa-Francorchamps
E antes que Grosjean resolvesse voar na largada da Fórmula-1, a Porsche SuperCup, com a sua prova suporte, deu um aperitivo ao público da reta Kemmel:
GP da Bélgica - Corrida - 12ª Etapa
Alheio a toda confusão da primeira curva, Button conseguiu a sua segunda vitória no ano de uma forma tranquila e de cabo a rabo, sem ter nenhuma ameaça. Nem mesmo a presença de Kimi Raikkonen o intimidou e ele pôde imprimir uma marcha interessante, sendo em volta quase um segundo mais veloz que o restante dos oponentes. Dessa forma o suposto favoritismo de Kimi foi por ralo abaixo e o finlandês teve que preocupar-se com duelos contra Hulkenberg e Schumacher que o atazanaram por algum tempo na prova, até a primeira parada de box. Hulkenberg, Schumacher, Di Resta e Bruno foram fruto do rebuliço da La Source e contribuíram bastante para os duelos que se seguiram na corrida, em especial na freada do final da reta Kemmel onde a asa-móvel era permitida onde três ou até quatro pilotos, entravam embutidos na busca do vácuo. Foram lutas interessantes que renderam belas ultrapassagens, como o punhado de manobras que valeu a Vettel a possibilidade de subir o pelotão e terminar na segunda posição da prova após largar em décimo. E na maioria dessas ultrapassagens, ou todas delas, foram executadas de forma inteligente no "Esse" da entrada da reta dos boxes, onde ele vinha por fora na saída da Blanchimont e posicionava seu carro de forma que fizesse a última perna do "Esse" por dentro, não dando chances ao oponente. Raikkonen também aprendeu bem a lição ao fazer o mesmo com Schumacher naquele ponto e apesar de ter perdido a posição para o mesmo no final da Kemmel, ele a retomaria na mais bela, e perigosa, manobra da corrida que foi ultrapassar o heptacampeão na entrada para a Eau Rouge, colocando por dentro. Valeu aplausos, mas duvido quem não tenha prendido a respiração naquela hora!
Apesar de a corrida belga ter sido bipolar, com momentos de pura adrenalina e depois com certo marasmo, a prova foi boa e destacou alguns bons desempenhos: Schumacher conseguiu andar entre os primeiros por um curto tempo; o duo da Force India esteve em boa forma, com Hulkenberg fazendo frente a carros mais velozes, como os Red Bulls; Massa andou bem e por um momento parecia forte para brigar pelo pódio; Vettel mostrou velocidade e vontade na mais bela recuperação da corrida; os Toro Rosso também estiveram bem nessa corrida belga, com Ricciardo, em certos momentos, a andar num ritmo parecido com o de Button; e Bruno Senna que parecia prestes a marcar mais dois pontos, acabou sendo traído por um pneu furado que o forçou parar nos boxes faltando quatro voltas para término e o relegou para a 12ª posição. O consolo foi à melhor volta da corrida.
A F1 deixa Spa com um campeonato efervescente. A diferença confortável de Alonso transformou-se em sinal de alerta em Maranello e Vettel passa a ser uma ameaça real. Também é de se considerar a evolução técnica da McLaren que dominou os dois últimos GPs e que em Monza pode repetir o mesmo desempenho da Bélgica. E ainda tem a Lotus, que levou seus pilotos ao pódio nestas últimas etapas.
E que venha o GP da Itália!
sábado, 1 de setembro de 2012
Foto 113: Bellof, 27 anos atrás
A largada dos 1000 Km de Spa-Francorchamps de 1985. Bellof é o terceiro colocado, logo atrás da Lancia LC1. (Foto: Sutton Images) |
Crash: GP2, Spa-Francorchamps
Os garotos da GP2, quando se trata de acidentes, não cortumam aliviar. E o holandês Nigel Melker seguiu essa linha ao destruir seu carro após uma escapa no topo da Eau Rouge, após a abertura da terceira volta. Com isso a prova ficou interrompida por bandeira vermelha, após a intervenção do Safety-Car. Após um longo período de espera, já que o helicóptero que levou Melker demorou à voltar para o autódromo, a prova foi reiniciada com nova largada e após 1h55min - na mais longa corrida da história da categoria - a vitória foi do sueco Marcus Ericsson, seguido por James Calado e Davide Valsechi. Luiz Razia e Felipe Nasr fecharam em sexto e oitavo respectivamente. Sendo assim, com o grid invertido, Nasr sairá na pole amanhã e Razia em terceiro na prova dois da GP2.
GP da Bélgica - Classificação - 12ª Etapa
O problema de você escrever um texto antes é o fato da FIA mudar uma parte do grid por conta de punições (em muitas delas, discutíveis), e desta vez quase que a linha de largada dos dez primeiros mudou pra valer. Kimi, Maldonado e Vettel estavam sob investigação após o treino, mas apenas o venezuelano pagou o pato por ter bloqueado Hulkenberg dentro dos boxes e assim ele perdeu a sua terceira posição ao despencar três colocações e sairá em sexto. Raikkonen se salvou da punição por causa do “corte” que deu no topo da Eau Rouge e ainda ganhou a posição do Pastor, e assim largará da terceira posição. Perez e Alonso subiram para quarto e quinto se beneficiando da punição do piloto da Williams. Vettel tomou uma multa de 10.000 Euros por praticar largada nos pits.
Sobre o treino, nada de especial já que Button dominou como quis ao imprimir um tempo muito bom na sua primeira saída no Q3, ao fazer uma volta com mais de meio segundo de vantagem sobre Raikkonen. O finlandês seria superado mais tarde por Kobayashi e Maldonado que foram as surpresas do treino. Apesar de os treinos de sexta terem sido inúteis por conta da forte chuva que caiu em Spa, Kobayashi já havia feito o melhor tempo ontem e nas duas primeiras partes do treino tinha conseguido boas marcas e apesar de ter ficado surpreso com a segunda posição, ele destacou que o ritmo de corrida do carro é muito bom. É algo animador, uma vez que Perez sairá em quarto e isso pode render um belo domingo para o time suíço.
O grid de largada também foi abençoado para Alonso, que largará na frente de seus concorrentes mais próximos na busca pelo título. Webber, que foi punido com a perda de cinco posições por trocar o câmbio, sairá em 11º; Vettel em décimo e Hamilton em sétimo. E se nada de anormal acontecer durante as 44 voltas da prova, Fernando poderá ter a sua vantagem ampliada quando sair da Bélgica. E é possível, ainda, que conquiste um pódio.
Com relação à corrida Button e Raikkonen são os favoritos, mas o finlandês terá um trabalho extra para livrar-se de Kobayashi e segurar Perez nas primeiras curvas. Jenson também tem que se preocupar com o ataque que o japonês pode fazer logo na primeira curva, mas acredito que os pilotos de Peter Sauber tenham sido instruídos a segurarem o ímpeto no início. Ficar de olho no meio dos dez primeiros onde Maldonado, Hamilton e Grosjean sairão próximos. Pode sobrar carros na virada da La Source.
Mesmo sem a previsão de chuva, a prova de Spa aparenta ser uma das melhores do ano. É o que esperamos.
Sobre o treino, nada de especial já que Button dominou como quis ao imprimir um tempo muito bom na sua primeira saída no Q3, ao fazer uma volta com mais de meio segundo de vantagem sobre Raikkonen. O finlandês seria superado mais tarde por Kobayashi e Maldonado que foram as surpresas do treino. Apesar de os treinos de sexta terem sido inúteis por conta da forte chuva que caiu em Spa, Kobayashi já havia feito o melhor tempo ontem e nas duas primeiras partes do treino tinha conseguido boas marcas e apesar de ter ficado surpreso com a segunda posição, ele destacou que o ritmo de corrida do carro é muito bom. É algo animador, uma vez que Perez sairá em quarto e isso pode render um belo domingo para o time suíço.
O grid de largada também foi abençoado para Alonso, que largará na frente de seus concorrentes mais próximos na busca pelo título. Webber, que foi punido com a perda de cinco posições por trocar o câmbio, sairá em 11º; Vettel em décimo e Hamilton em sétimo. E se nada de anormal acontecer durante as 44 voltas da prova, Fernando poderá ter a sua vantagem ampliada quando sair da Bélgica. E é possível, ainda, que conquiste um pódio.
Com relação à corrida Button e Raikkonen são os favoritos, mas o finlandês terá um trabalho extra para livrar-se de Kobayashi e segurar Perez nas primeiras curvas. Jenson também tem que se preocupar com o ataque que o japonês pode fazer logo na primeira curva, mas acredito que os pilotos de Peter Sauber tenham sido instruídos a segurarem o ímpeto no início. Ficar de olho no meio dos dez primeiros onde Maldonado, Hamilton e Grosjean sairão próximos. Pode sobrar carros na virada da La Source.
Mesmo sem a previsão de chuva, a prova de Spa aparenta ser uma das melhores do ano. É o que esperamos.
Button não marcava uma pole desde o GP de Mônaco de 2009, quando corria na BrawnGP. (Foto: AFP) |
Grid de largada para o Grande Prêmio da Bélgica - 12ª Etapa
1. Jenson Button (GBR/McLaren) - 1min47s573
2. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - 1min47s871
3. Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - 1min48s205
4. Sergio Pérez (MEX/Sauber) - 1min48s219
5. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min48s313
6. Pastor Maldonado (VEN/Williams) - 1min47s893**
2. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - 1min47s871
3. Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - 1min48s205
4. Sergio Pérez (MEX/Sauber) - 1min48s219
5. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min48s313
6. Pastor Maldonado (VEN/Williams) - 1min47s893**
7. Lewis Hamilton (GBR/McLaren) - 1min48s394
8. Romain Grosjean (FRA/Lotus) - 1min48s538
9. Paul di Resta (GBR/Force India) - 1min48s890
10. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1min48s792
11. Nico Hülkenberg (ALE/Force India ) - 1min48s855
12. Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min48s392*
13. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1min49s081
14. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min49s147
15. Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso) - 1min49s354
16. Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso) - 1min49s543
17. Bruno Senna (BRA/Williams) - 1min50s088
18. Heikki Kovalainen (FIN/Caterham) - 1min51s739
19. Vitaly Petrov (RUS/Caterham) - 1min51s967
20. Timo Glock (ALE/Marussia) - 1min52s336
21. Pedro de la Rosa (ESP/HRT) - 1min53s030
22. Charles Pic (FRA/Marussia) - 1min53s493
23. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min50s181*
24. Narain Karthikeyan (IND/HRT) - 1min54s989
*Punidos com cinco posições no grid de largada por trocarem a caixa de câmbio
**Punido por bloquear Hulkenberg durante o treino
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Documentário: A história da Audi
Apesar de ter sido construída com dinheiro e apoio nazista, não pode-se negar que as "Silver Arrows" escreveram uma parte importante na história do automobilismo de competição na segunda metade do anos 30, suplantando a até então imbatível irmandade italiana comandada por Enzo Ferrari, Tazio Nuvolari, Achille Varzi e Alfa-Romeo.
Neste documentário, de quase 55 minutos, a história da Audi é contada desde a sua formação no início dos anos 30; a sua participação vitoriosa e dominante a ao lado da Mercedes; o desaparecimento durante a Segunda Guerra Mundial até os eu reaparecimento nas competições pelo Rally, com seu mítico Audi Quattro Turbo no insano Grupo B dos anos 80. O vídeo é de 1992.
Neste documentário, de quase 55 minutos, a história da Audi é contada desde a sua formação no início dos anos 30; a sua participação vitoriosa e dominante a ao lado da Mercedes; o desaparecimento durante a Segunda Guerra Mundial até os eu reaparecimento nas competições pelo Rally, com seu mítico Audi Quattro Turbo no insano Grupo B dos anos 80. O vídeo é de 1992.
Crash: Mini Cooper Cup e Fórmula Ford
Provas bem agitadas na Grã-Bretanha neste fim de semana passado. Começando pela largada caótica no campeonato Celta da Mini Cooper Cup, na pista de Knockhill, com o capotamento de um dos concorrentes após o contorno da primeira curva:
E na Fórmula Ford, disputado sob chuva no veloz circuito de Snetterton, um triplo acidente após a saída do Safety Car. Nos dois acidentes, do Cooper e dos F-Ford, todos os pilotos saíram sem ferimentos.
Os 20 anos da primeira vitória de Schumacher na F1
Schumacher comemorando a primeira das suas 91 vitórias, em Spa 1992 (Foto: Getty Images) |
Aquele alemão queixudo, de cabelo com corte típico dos anos oitenta
que pouca gente conhecia, a não ser alguns que acompanhavam o Mundial de Sport
Protótipos, estreou e fez algum barulho na F1 quando levou o Jordan ao sétimo
lugar do grid do GP da Bélgica de 1991. Um feito notável, uma vez que ele nunca
tinha corrido por lá e Willy Webber, seu empresário, jurou de pé junto que o seu
garoto conhecia a pista belga muito bem. Enganou direitinho e caso o câmbio não
quebrasse após virar a La Source depois da largada, Michael poderia muito bem
ter se dado ao luxo de tentar algo muito melhor naquela prova, pois o
desempenho do Jordan naquela pista foi tão bom que Andrea De Cesaris chegou a discutir
a vitória com Ayrton Senna. Passado um ano, ele voltou e venceu em Spa como se tivesse
marcado hora e lugar para que a sua primeira vitória acontecesse lá. Foi astuto
ao trocar os pneus na hora certa em que a pista secava e teve a sorte de as
Williams sofrerem problemas mecânicos. Venceu bem e convenceu toda a crítica
que já via nele um futuro vencedor de Grandes Prêmios. Para Flavio Briatore,
que tinha desalojado Pupo Moreno um ano antes para dar lugar a Michael, o
investimento estava dando resultado e para Schumacher a caminhada para algo
maior estava apenas começando.
Mas Michael, como disse antes, era o mais bem apanhado
tecnicamente. O seu talento floresceu ainda mais em 93, apesar de ter conquistado
apenas uma vitória e em 1994, com um carro melhor ou do mesmo nível que a Williams, ele apareceu forte nas primeiras etapas ao derrotar Senna e
tomar conta do resto do campeonato quando o brasileiro morreu. Michael, apesar
de todas as controvérsias ao redor do desempenho do seu Benetton B194 - e também das suspensões e desqualificações que tivera -, ganhou o
mundial daquele ano. O pupilo da Mercedes tinha chegado ao topo em dois anos e
meio e daí em diante não pararia mais e a figura de ídolo que ele construiu nos
anos 90 motivou os garotos alemães a começarem a competir e isso de ajuda muito
o automobilismo em qualquer parte do mundo.
Os alemães tiveram uma época de ouro com os resultados das
imbatíveis Mercedes e Auto Union na segunda metade dos anos trinta. Rudolf Caracciola,
Bernd Rosemeyer, Hans Stuck, Manfred Von Brauschitsch e Hermann Lang eram os
nomes que haviam elevado a Alemanha à potência automobilística de competição
que foi quase dizimada após a Segunda Guerra Mundial. Mesmo com a volta da
Mercedes em alto estilo ao mundo das corridas, com títulos na F1 e nas
principais provas européias, ainda faltava-lhes um grande piloto e até a sua
saída em 1955, motivada pela tragédia de Le Mans, este não havia aparecido. Wolfgang
Von Trips, que parecia ser o piloto primeiro alemão a ser campeão do mundo,
acabou falecendo num acidente em Monza 1961, justamente quando decidia o título
contra seu companheiro de Ferrari Phil Hill. Os alemães esperariam por mais 23
anos até que Stefan Bellof, que tinha talento suficiente para tal conquista,
aparecesse e desaparecesse feito um raio ao morrer em Spa-Francorchamps num a
prova válida pelo Mundial de Sport Prototipos em 1985. Michael apareceria seis
anos depois, lá mesmo em Spa, como a mais nova esperança de um piloto alemão de
chegar ao olimpo. E este conseguiu.
Michael atingiu números inimagináveis e suas conquistas
motivaram os garotos. Da mesma forma que os títulos de Emerson, Nelson e Ayrton
influenciaram garotos que decidiram apostar no automobilismo e tentar a sorte
de um dia, quem sabe, chegar à F1, a “Schumachermania” também criou uma legião
de meninos que ingressaram no kart na segunda metade dos anos 90 e que agora
estão na F1: Vettel, Hulkenberg, Rosberg, Glock (que não é tão garoto assim) e
todos, ou quase todos, tiveram sucessos nas categorias por onde passaram. A
presença constante de Schumacher no topo da F1 foi vital para que o
automobilismo alemão voltasse a ser uma das forças do cenário em termos de
pilotos, e não apenas entres as fábricas. Aliás, aí está um fator interessante
para que o automobilismo de alguns países pegue pra valer: a falta de um piloto
vencedor, que motive os jovens também a competirem. Mas para isso as
Confederações precisam estar engajadas e aproveitar o momento para incentivar
ainda mais a prática do esporte motorizado, com parcerias para criações de
novas categorias – monopostos e turismo – com preços acessíveis para os novos
participantes e divulgação em massa para que o público possa lotar as pistas
para prestigiar e apoiar os novos valores que vão aparecer. O caminho traçado por Michael Schumacher está tendo
continuidade com Vettel, que ainda reinará por muito tempo como melhor piloto
alemão na categoria e com o passar do tempo, é bem provável que apareçam outros
pilotos alemães tão bons quanto o Sebastian e o velho Michael.
A história de
sucesso do automobilismo alemão, que deveria ter tido início pelas mãos de
Bellof durante os anos 80, foi abreviada em Spa e reaberta lá mesmo em 91, com
a estréia de Michael e confirmada pelo mesmo um ano depois no mesmo local. E de
quebra ele completará 300 GPs neste fim de semana em... Spa-Francorchamps.
De fato, um lugar especial para ele.
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