(Foto: autox.com) |
A pole de Lewis Hamilton naquele aguaceiro que foi a
qualificação no Red Bull Ring, indicava que a o inglês estaria no seu nível
normal de pilotagem: 1’’2 segundos de vantagem sobre Max Verstappen – que ainda
teve a oportunidade de tentar diminuir ou até mesmo eclipsar a pole – mostrou que
ele estava disposto a redimir-se do final de semana desastroso que havia feito
na semana anterior ali mesmo, quando a corrida era nomeada como GP da Áustria.
Melhor ainda: o duelo dele contra Verstappen naquelas condições da qualificação
passa a ser como um dos momentos mais marcantes da temporada com os dois
melhores pilotos em pista molhada da atualidade trocando os melhores tempos a
cada passagem. Uma aula de como conduzir um monoposto em situações extremas que
ainda foi brindado com uma volta magistral de Hamilton que, acompanhada pela
onboard, mostrou a tamanha suavidade de como levar o carro com precisão e
velocidade a uma pole fenomenal.
A corrida de Hamilton foi apenas uma corrida de... Hamilton!
Não existiu qualquer ameaça que lhe desse alguma preocupação e nem mesmo a
presença de Verstappen ao seu lado, pareceu dar ao hexacampeão algum receio
tamanha segurança com a qual largou e também relargou, assim que o rápido
Safety Car saiu após a limpeza pista por conta do entrevero das duas Ferraris.
Lewis manteve uma boa diferença de três segundos para Max e passou aumentá-la
assim que a sua parada de box aproximava, e isso foi importante para que ele
voltasse do único pit-stop na frente de Max – que parara algumas voltas antes.
Hamilton precisou apenas administrar e ampliar a vantagem
sobre Max e depois sobre Valtteri para voltar ao lugar mais alto do pódio, numa
das vitórias mais tranquilas de suas 85 conquistadas até aqui.
Uma forma bem convincente de redimir-se da corrida de
abertura alí mesmo no Red Bull.
Os demais
(Foto: Times Famous) |
O fator principal para que o GP da Áustria fosse bem
movimentada, tinha sido a presença do Safety Car que proporcionou o
embaralhamento nas estratégias ao beneficiar alguns e deixar outros mais
expostos. Mas desta vez, no mesmo local, mas levando o nome de GP da Estíria,
um dos estados da Áustria, tudo corre de forma normal sem ter grandes mudanças
nas primeiras posições. Mercedes e Red Bull não tiveram adversários e do mesmo
modo, não se ameaçaram.
O cenário deste GP foi bem parecido com que vimos na última
semana, quando a Mercedes dominou com Bottas na liderança e viu Hamilton
procurar se recuperar após largar em quinto. Desta vez era o inglês quem estava
soberano na dianteira e Valtteri procurando subir na classificação após marcar
o quarto tempo. Max Verstappen, assim como tinha sido no GP austríaco, ficou
entre os dois Mercedes, mas sem conseguir aproximar-se de Hamilton e sem dar
muitas chances para Bottas tirar a diferença entre eles que estava em sete
segundos e foi baixando aos poucos. A solução foi resolvida nas paradas de box,
quando Valtteri ficou na pista dez voltas mais e teve pneus médios em dia para
poder atacar Max. Foi um duelo interessante que durou uma volta e meia, com o
finlandês superando e tomando o troco de Verstappen para depois, na infame
curva 4, tomar de vez o segundo lugar e dar a Mercedes a primeira dobradinha na
temporada. Em uma corrida realizada em condições normais, fica claro, mais uma
vez, que a Red Bull e Honda precisarão remar bastante para poder encostar um
pouco mais na Mercedes.
Se o pelotão dianteiro foi tranquilo, da quinta colocação
para baixo foi uma corrida bem disputada. Descontando apenas Albon, que ficou
na quarta colocação e teve certo período de pressão vinda de Sergio Perez sem
ter resultado em nada, o restante travou bons duelos: o próprio mexicano da
Racing Point fez uma corrida de recuperação muito boa ao realizar boias
ultrapassagens e até com boa dose de arrojo, como fez em Carlos Sainz na curva
cinco. Mas ao chegar em quinto – largara em 17º - empacou em Albon e numa
tentativa de ultrapassar o anglo –tailandês na curva quatro, acabou danificando
a asa dianteira após tocar em Alex fazendo com que seu carro perdesse
rendimento. Isso possibilitou para que o trio formado por Daniel Ricciardo,
Lance Stroll e Lando Norris se aproximassem e colocasse o mexicano no bolo da
disputa, onde o jovem Norris conseguiu ganhar três posições nas duas últimas
voltas e terminar num ótimo quinto lugar. Carlos Sainz era outro que poderia
ter feito muito mais, mas o péssimo pit-stop o jogou de quinto para nono e com
um ritmo mais lento teve que deixar Lando Norris ultrapassá-lo. Foi uma
oportunidade muito boa para a Mclaren ter somado mais pontos e sair da Áustria
com uma vantagem maior para a Red Bull no
(Foto: Planet F1) |
Apesar de sua ótima qualificação, era sabido que George
Russell não conseguiria algo de muito concreto nessa corrida. Como não teve a
série de quebras do último GP e nem chuva, o jovem inglês terminou na 16ª
posição, mas antes disso conseguira uma boa largada que lhe deu a nona posição
por um breve momento até que escapou na curva cinco e despencou na classificação.
Já a Ferrari teve um final para esquecer: a batida entre
Leclerc e Vettel na largada, por conta de uma manobra ousada de Charles em
tentar passar Sebastian na curva três, que resultou num salto do carro do
monegasco para cima de Sebastian que resultou na quebra da asa traseira do
alemão que ainda foi aos boxes para abandonar. Charles, que depois assumiria
toda culpa pelo acidente, abandonou na segunda volta por conta de danos no
assoalho. Porém, as melhorias levadas pela Ferrari, principalmente com o uso de
um novo assoalho, não deu o salto que a equipe pensava deixando ainda mais difícil
o final de semana de seus pilotos que terminou da forma mais bizarra possível.
Essas duas semanas no Red Bull Ring serviu para dar um panorama
que pode muito bem atravessar esse campeonato mundial, onde a Mercedes continua
a ser batida; Red Bull tentando alcançar como pode a Mercedes; uma batalha
interessante entre Mclaren, Racing Point e Renault; uma Ferrari claramente em
queda livre e, portanto, perdida; e Alpha Tauri, Alfa Romeo, Haas e Williams
tentando lutar para pegar as migalhas que aparecerem.
Mais uma ultima volta de sonho para o Lando. A continuar assim, temos ali um grande piloto.
ResponderExcluirA Ferrari foi um desastre, com um erro infantil do Leclerc.
Sobre a vitória do Hamilton, não há muito mais a dizer. É o melhor, vai continuar a ganhar e no fim vai ser campeão.
Abraço
visitem: https://estrelasf1.blogspot.com/