(Foto: Mercedes) |
Enfim a Fórmula-1 retomou suas atividades e logo num
circuito que nos ofereceu uma das melhores provas da temporada passada, mas
desta vez, no Red Bull Ring, pode não ter sido tão emocionante como a de 2019,
mas pelo serviu para dar um inicio de campeonato bem interessante.
A vitória da Mercedes em solo austríaco já era dada como
certa por conta de seu ritmo desde os treinos livres, com pelo menos meio
segundo mais veloz que os demais. Bottas e Hamilton tiveram um carro esplêndido
desde os primeiros minutos do primeiro treino livre na sexta e nem mesmo a
fúria de um Max Verstappen, que tem feito corridas consistentes na casa de sua
equipe, parecia ter uma chance de ameaçar uma possível dobradinha da agora “Black
Arrow”. Mas, ao menos, a oportunidade de tentar algo poderia aparecer assim
como algum problema mecânico que desse a equipe dos touros uma chance de atacar
a Mercedes. O problema realmente apareceu, mas foi com Verstappen que parecia
ter ritmo suficiente para acompanhar Bottas após largar da segunda posição –
herdada após a punição a Hamilton sobre ter desrespeitado as bandeiras amarelas
na saída de pista de Valtteri durante a qulificação. De inicio, o inglês não
foi punido por isso, mas perdeu a sua melhor volta por conta de ter excedido os
limites de pista. Perdeu a melhor volta, mas se manteve em segundo porque a sua
segunda ainda lhe garantia a segunda posição, mas o protesto movido pela... Red
Bull um pouco antes do GP acabou fazendo com que os comissários revissem o
acontecido e punissem o inglês com a perda de três posições, o rebaixando para
quinto no grid. Ms o jovem holandês nem teve tanto tempo para conseguir colocar
em prática alguma estratégia que desse a ele um poder de fogo para tentar
atacar Valtteri e, certamente, com essas relargadas, teriam aumentado bastante
suas chances contra o duo mercediano.
Por outro lado, por tudo que já foi mencionado acima, um
final de semana que se desenhava para ser perfeito para Lewis, se ruiu com sua
queda para quinto no grid, mas mesmo assim ele conseguiu avançar na
classificação ao superar Norris e Albon para pegar o terceiro lugar e mais
tarde herdar o segundo lugar após a quebra de Verstappen. Conseguiu diminuir a
diferença que o separava de Bottas – que chegou a quase sete segundos – e passou
ter hipóteses de tentar um ataque sobre seu companheiro, mas falhas nos
sensores dos Mercedes e mais tarde pequenas falhas no câmbio coibiram qualquer
chance dele tentar algo. O enrosco com Albon após a última relargada acabou
rendendo a ele uma punição de cinco segundos, que a primeiro momento ele havia
conseguido salvar um terceiro lugar, mas com uma volta brilhante Lando Norris
salvou o seu primeiro pódio e rebaixou Lewis ao quarto lugar. Sem duvida não
foi um dia bacana para o hexacampeão.
Se para Hamilton não foi um bom dia, Bottas conseguiu sair
de coadjuvante para peça principal nesta prova já no sábado quando cravou uma
bela volta que lhe deu a pole e foi perfeito na largada e nas duas relargadas,
ao não dar nenhum espaço para quem vinha atrás tentar alguma manobra: no inicio
da corrida aproveitou-se bem do uso dos pneus macios para criar uma boa gordura
frente a Max que usava os médios, mas o abandono do holandês podia significar
uma pequena paz para ele se não fosse Hamilton assumir o segundo lugar e conseguir
descontar a diferença que beirava quase sete segundos. Podemos dizer, também,
que o aparecimento de problemas com os sensores e câmbio nos Mercedes ajudou
bastante, mas Bottas estava muito bem e com ritmo suficientemente bom para se manter
a frente e até mesmo dar a Hamilton uma luta interessante pela vitória. Mas
temos que dizer que a estratégia da Mercedes em não trocar os pneus de seus
pilotos naquele último Safety Car foi de certa forma arriscada, principalmente
pelo grande ritmo apresentado por Alex Albon e Charles Leclerc naquelas voltas
pós Safety Car. Outra coisa que trás certa preocupação são os problemas
apresentados nos motores dos dois Mercedes, pelo que revelou Toto Wolf. Com uma
semana apenas entre as duas corridas, será um desafio interessante para saber o
que de fato terá acontecido e trazer as devidas soluções.
Para o piloto anglo-tailandês era uma oportunidade de ouro:
sem a presença de Max para eclipsá-lo, as atenções da equipe foram voltadas para
ele e a troca para os macios naquele último Safety Car foi uma sacada
importante para que ele voltasse forte e foi bem isso que aconteceu quando o SC
liberou a prova, com ele atacando Lando Norris e indo à caça de Hamilton onde
os dois acabariam por bater rodas e o Albon se dar mal. Vai saber o que ele
teria conquistado caso a ultrapassagem tivesse sido concretizado, mas temos que
levar em conta que o voltas depois de ter caído na classificação ele abandonou
com problemas no motor. No caso de Charles Leclerc as condições que pintavam
após uma classificação decepecionante por parte da Ferrari, eram de tentar
diminuir ao máximo os prejuízos que aquele treino tinha proposto, mas as
entradas do SC e principalmente o último, deram a ele e Ferrari a chance de
colocar novos pneus e partir para o ataque e salvar um impressionante segundo
lugar – este por conta da punição de cinco segundos a Hamilton – e fazer um
número de pontos que talvez nem ele mesmo sonhasse. Foi uma estratégia muito
bem vinda, mas que não mascara o final de semana tenso que a equipe italiana
teve m Spielberg. Sebastian Vettel estava numa situação bem parecida de Charles
e poderia, também, ter se dado bem nas variáveis que prova apresentou mais para
frente, mas o sua rodada ao perceber que acertaria Sainz na forte freada para a
segunda curva acabou o jogando para o fundo do pelotão – porém, ele salvou
ainda um ponto. A bem da verdade, os carros que usaram motores Ferrari não
foram bem nessa estreia e devem sofrer um pouco mais no próximo fim de semana
caso o cenário seja parecido.
A Racing Point poderia muito bem ter dado um passo
interessante nesta prova, caso tivessem feito a troca de pneus no carro de
Perez no Safety Car. Isso teria deixado o mexicano numa situação privilegiada para
tentar atacar os dois Mercedes, mas ter deixado Sergio com os pneus antigos o
deixou vulnerável para os ataques de Charles e Lando – e ainda tomaria punição
por saída perigosa
Lando Norris conquistou seu primeiro pódio (Foto: Mclaren) |
Se para alguns foi
frustrante ou especial, para Lando Norris o final de semana foi espetacular a
começar pela sua bela qualificação que lhe rendeu um quarto posto e que viraria
terceiro já um pouco antes da prova. E mesmo que não tenha ritmo suficiente
para lutar contra carros bem melhores como a Mercedes e Red Bull, ele conseguiu
ser o melhor do resto numa tarde onde a Mclaren foi muito bem com seus dois
pilotos, mesmo que Carlos Sainz não estivesse no mesmo ritmo do jovem inglês. A
sua espetacular volta na que lhe rendeu a melhor ao final da prova, foi
suficiente para tirar Hamilton do pódio e dar a Mclaren o segundo pódio em três
corridas – contando com a do Brasil onde Sainz foi terceiro, mas que foi ser
confirmada bem depois da corrida já terminada. De certa forma, foi um GP
interessante para a Mclaren que aos poucos tem marcado seu território e, quem
sabe, sonhar com voos mais altos a partir de 2022.
O número de abandonos foi o mais alto dos últimos anos com
um total de nove, seja por parte mecânica ou incidente. Mas com os carros
enfrentando uma temperatura mais alta, acaba sendo até compreensível que tenha
tido esse número até alto numa tempo onde os carros são quase a prova de bala –
e também temos que lembrar que foi a
primeira corrida após meses onde fizeram apenas testes, no já distante mês de
fevereiro.
Como o cronograma da próxima semana será o mesmo, é de se
esperar que o cenário seja bem parecido com este, mas talvez com uma gana bem
maior por parte dos pilotos que esperavam um final de semana bem melhor nesta
primeira etapa. Para um campeonato curto e que pode reservar boas surpresas,
foi um inicio bem interessante.
Quando estava, mais ou menos, a meio da corrida, cheguei a pensar que o Russell ainda poderia chegar aos pontos, pois estavam a acontecer bastantes abandonos nos pilotos da frente (o que no caso da Williams são todos, mas enfim...), tive pena que o inglês tivesse desistido.
ResponderExcluirFiquei surpreendido com o 2º lugar do Leclerc e com o 3º do Norris.
Uma coisa é certa e que acho que ficou provado já na temporada passada, esta fornada de novos pilotos que chegaram à F1, Leclerc, Norris, Russell, Ocon, Albon, até mesmo o Gasly e já para não falar do Verstappen, têm todos muita qualidade e dentro de poucos anos, de certeza, que os vamos ver a lutar pelos primeiros lugares.
Abraço
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