segunda-feira, 27 de junho de 2016

24 Horas de Le Mans 2016, Por Rubem Ferresi Jr.

Meu amigo Rubem Ferresi Jr., que já apareceu outras vezes aqui no blog, esteve em Sarthe para acompanhar as 24 Horas de Le Mans pela primeira vez, junto do camarada Alemiro Almeida que já conhece a prova de uma visita anterior. E aqui ele conta um pouco das suas impressões sobre a prova mãe do Endurance Mundial.


O que falar de Le Mans? Dizer que foi sensacional é pouco. Talvez o “Mythique. Unique. Magique!” seja uma prova de que é impossível descrever!
Mas vamos tentar resumir um pouco o que foi... Confesso que precisaria de pelo menos 24 horas escrevendo!

Depois de praticamente um ano de planejamento, incluindo passagens aéreas, compra de ingressos, conseguir amigos que topassem a empreitada, estadia/trailer, negociar os dias no trabalho... chegou o dia!
Embarquei na quinta-feira a tarde para Paris (aeroporto Charles de Gaulle). Apesar de 11:00 horas voando, foi muito tranquilo. E logicamente, na “classe cachorrada” (vide o filme “Meu nome não é Johnny”).
Ao pousar no aeroporto, a primeira surpresa: durante o taxiamento passamos perto de um Concorde! Jamais imaginei ver este avião.
Bem, ao sair do avião, o trajeto até a “imigração” é longo... e pensei que seria a mesma burocracia dos EUA (que pedem até seu exame de fezes!). Mas o agente mal olhou na minha cara, e sem desligar o telefone, carimbou o passaporte, e fez o sinal com a mão “por ali”. Pronto! Já estava liberado! Agora era partir rumo a Rambouillet encontrar o Alemiro, pegar a van/trailer, e seguir rumo ao templo.
Achar o metro/trem não foi fácil. Apesar do Mr. Le Mans Alemiro ter passado todas as coordenadas antes, não foi fácil. Mas vamos resumir:
- comprar os bilhetes em uma maquina tipo cash dispenser;
- subir e descer umas 4 escadas;
- pegar a primeira linha “B” por umas 15 estações;
- subir e descer umas 6 escadas;
- fazer baldeação e trocar para a linha “6”;
- subir e descer umas 4 escadas;
- andar umas 5 estações;
- descer na grande estação Gare Montparnasse (de onde sai o Trem Bala, e um monte de linhas secundárias), e pegar o trem “normal” para Ramboillet.
- pagar 1 Euro para ir no banheiro;
- subir e descer umas 4 escadas;
- andar uma hora até Ramboillet.
Porque destaquei as escadas? Porque minha mala era grande (para trazer minis, souvenirs, etc... então imagina o sacrifício nelas!!!

Bem, chegando em Rambouillet o Mr. Le Mans já estava lá com a van. E imediatamente partimos para o templo!

Os quase 200 kms que separam Paris até Le Mans foram tranquilos. Muito Rock n’Roll, uma bala mastigável que o Alemiro comprou que coloca o Halls preto como “infantil”, e vários carros pelo caminho a caminho do templo.

Ao chegar na cidade, as placas já deixavam a expectativa mais alta... até que chegamos! E para variar, um puta transito! O numero de pessoas/carros/trailers que já estava lá fazem do nosso GP Brasil brincadeira de criança. E carros de todos os lugares da Europa! Fora os esportivos e clássicos andando pelos acessos do autódromo.
Agora... chegar no local do estacionamento do trailer, praticamente uma hora da entrada do autódromo. Tinhamos que ir ao “Beuséjour”, o estacionamento amarelo. Depois de um tempão até chegar lá não pudemos entrar porque estava lotado. Nos mandaram para outro lugar, e praticamente voltamos o caminho todo até “Sapinettes”. Para quem conhece a pista, saímos das Curvas Porsches até a Tertre Rouge, ou uma
distancia de mais de 6 km (medi pelo Google). Mas não tínhamos o que fazer, então fomos até lá!
Chegamos lá, estacionamos a van, abrimos a primeira cerveja, e voltamos (a pé, logicamente) para a pista. Como era perto das 17:00, não dava pra ir a cidade ver o desfile dos pilotos. Andamos 1 km, e já estávamos entrando na pista, entrando pela Tertre Rouge. Alí já tinha um bloqueio da rodovia fechando o transito, mas conseguimos acessar a pista. Sensação indescritível estar ali!
Mas continuamos andando até próximo a ponte Dunlop. Nem preciso falar que o guia era o Mr. Le Mans... mas apesar dele estar lá pela segunda vez, também estava muito empolgado!

Fomos até o Paddok, que na sexta-feira está liberado... e entramos nos boxes. Mas nem paramos, fomos direto pra pista! Até a ponte Dunlop! Tinha gente andando pela brita, escrevendo nas zebras, deitando na pista... um monte de loucos! E dois brasileiros neste meio...

Voltamos para os boxes, vimos algumas equipes treinando pit stops... e fomos andar nas “lojinhas”. Mas não antes pararmos para a primeira cerveja oficial de Le Mans... e logicamente com o copo colecionável!
Começamos a subir pelas lojinhas, e chegamos na primeira... de miniaturas! Spark! Me segurei, e não comprei nenhuma. Subimos mais um pouco... e chegamos na segunda, genérica, mas com varias miniaturas. Já fiquei com 3, e o Alemiro algumas.

Após as primeiras compras chegamos na Modelissimo! Um crime esta loja! Se eu pudesse, comprava 100 minis ali! Eles não tinham muitas de F1, mas de Le Mans... praticamente tudo! Fui obrigado a comprar algumas!
Continuando nas lojinhas, passamos pela Aston Martin, loja oficial das 24 Horas, Toyota, Audi, varias genéricas... e chegamos na Gulf! Como o Alemiro disse para a atendente “ele vai comprar a loja toda”!
O estrago financeiro foi grande! Mas valeu a pena!
E fomos andar mais ainda...
Mas nesse meio tempo a chuva chegou! Paramos na Toyota, o Alemiro brincou em um dos simuladores, e esperamos ela diminuir um pouco.
E ao sairmos descobrimos uma das particularidades gastronômicas de Le Mans: pão/baguette com batata frita. Recheado com batata frita! Quando vocês forem em Le Mans vão entender!
Voltamos para o trailer... apesar de ainda estar claro, já passava das 20:00. E com um monte de gente chegando ainda! E muita gente atolando os carros na lama! Mas tudo era festa, e não tinha ninguém que não estivesse sorrindo! Montando barracas, fazendo churrasco, bebendo cerveja... Jamais vi este clima em qualquer lugar ou evento!
Mas o cansaço chegou. Bebi mais uma cerveja, e apaguei.

Sábado acordamos cedo! Hora do café da manhã (pão francês legitimo, jamon, queijo, suco brasileiro), e partiu pista!
Repetimos o mesmo caminho do dia anterior, mas logo que entramos o warm up começou, aí paramos na “S” de La Foret para as primeiras fotos. Após meia hora de fotos, bandeira vermelha. E o treino não reiniciou mais... Aproveitamos para ir até as curvas Dunlop.
Mais algumas fotos lá, e partimos para a passarela Dunlop. E andamos... sobe escada, desce escada, anda... e muita gente. Porém sem tumulto.
Ao passarmos para o outro lado da pista, onde estavam as arquibancadas, um monte de lojas! Andamos por elas, conhecemos todas (várias de miniaturas... hehehehe), mas sem compras, pois tínhamos que preparar para a largada!
Voltamos para a arquibancada Wimille, praticamente na frente da linha final da saída de box. E com um bom telão na frente.
E já começamos a ver a preparação das equipes para o “grid Le Mans”. Tocaram os hinos de todos os países com pilotos presentes. Os cerimoniais continuaram, e um convidado surpresa: a chuva.
Chegou, e a largada foi dada com Safety Car. E ele demorou muito pra sair!
A galera começou a vaiar porque ele estava demorando muito pra sair... e quando saiu, começou o espetáculo!
Pouco mais de uma hora de corrida a galera da arquibancada já dispersou.... Neste período descobrimos que o locutor oficial falava os nomes dos pilotos normalmente, exceto quando era o Mike Conway! O cara se empolgava mais que o Ademir em Interlagos! Era um tal de falar “... Mark Webber... Paul Dala Lana...  Sebastian Buemi.... MIKE CONWAY!!!
Bem, nisso também saímos da arquibancada e fomos nas lojinhas. Mais miniaturas, camisetas, bonés, meias quadriculadas (by Pescarolo). Com as sacolas cheias voltamos para o trailer e guardamos as compras.
Mais umas cervejas, e preparamos as câmeras para as fotos noturnas.  Mas antes, hora de estrear os
banheiros químicos. E podemos falar: até os banheiros franceses são cheirosos!
Voltamos para a pista, e começamos os rituais: tripé, regula camera, faz um teste, foto... testa novamente...
Muitas fotos, testes... frio! SC na pista. Caminhada, tripé, camera, foto. Escada, caminhada, tripé, câmera... Só de escrever novamente já fiquei cansado!
Passa pela passarela Dunlop, atravessa o show que estava rolando, e voltamos para a arquibancada, e mais fotos!
E sempre lembrávamos: MIKE CONWAY!!!
O frio chegou forte... e já na madrugada francesa voltamos para o trailer.

Após descansar um pouco, café da manhã, e pista!
Mas desta vez passamos no museu antes! Para não usar sempre o “sensacional”, vamos mudar a palavra: espetacular!
Carros históricos, a história de Le Mans está lá. E com muitas miniaturas!!!
Mas já estava chegando a hora do final... então voltamos para a arquibancada. E ouvimos algumas vezes ainda MIKE CONWAY!!!
A prova já encaminhava para o final, os japoneses do lado começaram a se preparar para festejar a vitória da Toyota! Estavam vestidos com camisas, jaquetas, bonés, tinham bandeiras... estavam radiantes.
E faltando poucos minutos para o final a arquibancada encheu. E todo mundo prestando atenção!
Até que faltando poucos minutos para o fim o carro japonês vem parando pela pista. Vocês não imaginam a narração do autódromo! A emoção que o cara passou no “eu não acredito”!
A arquibancada toda se levantou! E não acreditamos!
Dificil descrever o que estávamos vendo!
(Os japas do lado só faltaram chorar!)
E veio a bandeirada final! E uma coisa impressionante que vi: TODOS foram aplaudidos! Todo mundo que terminou a arquibancada saudou!
Só estando lá para viver isso!

Depois todo mundo indo pra pista! Portões abertos, e um monte de loucos já levando placas dos boxes, placas de propaganda... pedaços de pneus, cones, britas... gente beijando a pista... escrevendo nas zebras.
Fora os loucos que pegaram as bicicletas para andas nos 13,6 kms de pista!

Voltamos para o trailer, guardamos tudo, e voltamos para Ramboillet. No caminho, só trailers e carros espetaculares na rodovia. Mas voltamos realizados!

Le Mans é Mythique. Unique. Magique!” Por isso neste ano fora mais de 260 mil pessoas! E por isso as pessoas sempre querem voltar. Eu voltarei!

E não posso deixar de agradecer ao Mr. Le Mans Alemiro, um cara sensacional! Valeu meu amigo pela amizade, aprendizado e companhia! E que venham mais corridas!  


E... MIKE CONWAY!!!

quinta-feira, 23 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: A pior da Audi, em 17 anos

Não foi uma grande jornada esta da Audi em Sarthe. Havia, de antemão, uma situação bem complicada para a fábrica multi campeão de Le Mans pelo fato de correrem sem o terceiro carro, como bem acenou Dr. Wolfgang Ulrich quando questionado sobre isso. Mas havia um motivo pelo qual essa preocupação: sabia-se que os carros alemães tinham sofrido problemas nas provas anteriores e isso já ascendia o sinal amarelo por aquelas bandas. Isso não era de sua exclusividade, uma vez que Porsche e Toyota também tinham passado por isso, e cuidar para que estes problemas não interferissem, era a chave para tentar mais uma conquista em Sarthe.
O problema é que estes temores começaram cedo demais, ainda na quarta, quando o R18 #8 teve um problema elétrico que o limitou bastante para o restante do treino livre - onde havia desafiado e muito bem a Porsche, tanto que terminou em terceiro naquela prática - e que depois prejudicaria demais nos treinos classificatórios. Por mais que o carro #8 tenha conseguido um quinto lugar no grid, ultrapassando inclusive o #7, sua velocidade não era a mesma de logo cedo e que foi aumentando gradativamente. Os outros dois treinos classificatorios, que seriam uma boa oportunidade de avaliação do dois carros,foram realizados com chuva e isso complicou bastante o cronograma. Mas ainda foi suficiente para que percebessem que o #8 tinha problemas de freio e que o #7 teve um vazamento de combustível. As coisas não iam bem, de fato.
Apesar de um bom início do #8, conseguindo atacar até mesmo as Porsches na luta pela primeira posição,#7 teve sérios problemas no turbo que precisou ser trocado e só ali perdeu seis voltas ainda na segunda hora de corrida. O quadro pioraria ainda mais no decorrer das horas, quando a desvantagem aumentou para 17 voltas. O #8 ainda conseguiu acompanhar os ponteiros, mas nunca sem ter a velocidade suficiente para conseguir um ataque efetivo. O golpe de misericórdia para as já pequenas esperanças do time, veio quando o #8 foi aos boxes e perdeu duas voltas. Ainda que tivesse conseguido recuperar uma volta, as coisas acabariam de vez no momento que foram mais uma vez aos boxes para a troca da suspensão.
As coisas poderiam ter sido mais criticas para a Audi, uma vez que existia a possibilidade da marca ficar de fora do pódio pela primeira vez desde a sua estréia nesta prova em 1999. Mas a falha mecânica do Toyota #5 possibilitou que o carro #8 de Lucas Di Grassi/ Oliver Jarvis/ Löic Duval subissem ao terceiro lugar.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: A (inesperada) 18ª da Porsche

Até certo momento, para ser mais preciso até a última volta, era quase unânime que a Porsche teria que adiar a sua 18ª conquista em Sarthe por mais um ano. A Toyota estava formidável: não tinha aquela velocidade alucinante de dois anos atrás, mas a desse ano era suficientemente o bastante para confrontar a Porsche. E estava dando certo: Por mais que a fábrica alemã tivesse respondido bem durante a madrugada, a fábrica japonesa respondia a altura. Aliás, isso tinha sido a tônica por quase toda a prova e até aquele final, com mais de 1minuto e trinta de desvantagem, era compreensível que jogassem a toalha. Até que o imponderável apareceu e resolveu o assunto quando Nakajima, a bordo do TS050 #5, passou a gritar no rádio sobre a perda de potência no sistema elétrico de seu carro. E quando parou logo após a linha de chegada, restou apenas ao Porsche 919 Hybrid #2 arrancar para uma conquista histórica.
A Porsche foi impecável em todos os estágios, se contarmos a partir dos treinos livres: se a Audi aparecia como uma potência adversária, a Porsche tratou de confrontar essa possibilidade e com seus co-irmãos aparentemente de fora de uma batalha por causa dos problemas enfrentados desde a quarta, era de esperar que a Toyota fosse a grande rival. E como foi! Os japoneses esconderam bem o jogo desde os testes de quinze dias antes para jogar pesado no dia da corrida e entrar pra valer na disputa. A Porsche precisou mudar o jogo no meio da madrugada para não perder tanto terreno para os nipônicos ao fazerem stints continuos - entre três e quatro - com o mesmo jogo de pneus e apenas abastecendo e trocando os turnos dos pilotos. Isso foi essencial para que pudessem ficar próximos do duo da Toyota. E mesmo que não acreditassem mais numa possível vitória, a grande virada aconteceu quando não havia mais esperança para tal. O rosto dos integrantes da Porsche e a explosão de alegria de Romain Dumas e Marc Lieb mostram bem isso.
Temos de dizer que o Porsche #2 teve a benção de ser o único dos híbridos a não enfrentar nenhum problema crônico, coisa que o seu gêmeo #1 teve e os das Toyota e Audi também enfrentaram. Isso deu a grande chance para que pudessem fazer o grande trabalho que culminou nessa vitória pra lá de inesperada.
Foi a 18ª conquista da Porsche e apesar de seu favoritismo inicial, as coisas foram mudando de figura até chegar naquele desfecho cinematográfico. Mas o melhor de tudo foi vê-los reconhecer reconhecer a força e luta que a Toyota lhes deram nessa edição.
Foi um grande dia em Sarthe.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: A mais dolorosa para a Toyota

Sem dúvida foi o momento mais crítico da Toyota em sua história na pista francesa. E isso será lembrada por décadas.
(Foto: sportscar 365)
Quando tudo terminou daquela forma tão dramática, procurei lembrar-me da prova de 2014: a Toyota estava insuperável naquela edição! Um TS040 Hybrid gozando da melhor plenitude de seu sistema mecânico e elétrico, trucidou Audi e Porsche sem nenhuma piedade nas duas provas iniciais (6 Horas de Silverstone e 6 Horas de Spa) e isso foi mostrado com intensidade ainda mais forte em Sarthe, quando o #7 estava muito à frente da concorrência numa prova praticamente solitária, sem ter o incômodo das duas fábricas alemãs. Mas então aquele velho azar de outras edições, de quando eles estavam fortes, como em 1994, 1998 e 1999, resolveu dar as caras e fez com que o fabuloso TS040 #7 desaparecesse no meio da noite como um passe de mágica. As explicações vieram mais tarde, que um problema elétrico, proveniente de uma peça que custava o troco de uma bala, tinha sido o causador de tal desaire. Talvez o maior azar da Toyota nem tenha sido com este, mas com o outro carro, o #8: este havia se envolvido num acidente ainda nas primeiras horas, quando a chuva desabou. Conseguiu voltar para os boxes, após longo tempo para os reparos, e quando retornou deu tudo de si e conseguiu recuperar-se tremendamente bem, ao descontar cinco das oito voltas perdidas nesta parada forçada e ainda salvou um terceiro lugar, mostrando o quanto que aquela geração do TS040 Hybrid era tão sensacional.

Aquele filme de 2014 repetiu-se quase que da mesma forma: inicialmente, temos que reconhecer que a Toyota fez uma corrida brilhante a ponto de manter seus dois carros em pista sem grandes problemas, o que abria para eles uma oportunidade única. Ter visto os graves problemas enfrentados pelos dois Audis – especialmente o #7 – e também o #1 da Porsche – que foi o mais afetado dessa horda de carros híbridos, talvez tenha enchido os japoneses de confiança e também de cautela, uma vez que ainda tinha muito chão pela frente até chegar as 15:00 do domingo. Mas a estratégia em deixar os dois carros próximos um do outro, foi muito boa: caso algum tivesse problema, outro estaria pronto para assumir o posto. Foi assim durante boa parte da prova: enquanto o TS050 #6 ia para os boxes, ora o Porsche 919 Hybrid assumia a ponta ou o #5 da Toyota. Um desempenho sólido que levou boa parte daqueles que acompanhavam acreditar que a Toyota estava bem encaminhada naquela condição. Manter uma diferença de 10 segundos ou mais, conseguindo ampliar até um pouco mais de 1 minuto, dava a real sensação que tudo estava sob controle. Até mesmo o erro de Kamui Kobayashi, que estava no #6 e que teve de ir aos boxes fazer reparos, perdendo assim três voltas, não parece ter abalado tanto a confiança dos japoneses. A coisa parecia tão próxima da Toyota se tornar a segunda fábrica japonesa a ganhar em Sarthe, no exato ano em que se completa 25 anos da conquista da Mazda, que até mesmo a Porsche havia entregado os pontos naquelas voltas finais devido a grande desvantagem deles para o #5 que estava acima de 1 minuto. Mas ver o TS050 Hybrid #5 encostar-se à reta de chegada na abertura da última volta, acabou sendo o presente mais inesperado para a Porsche em sua longa história em Sarthe. O choro dos integrantes da Toyota com a perca de uma vitória que já estava quase que fechada, foi o triste resumo de algo que eles sabem que não é muito fácil de se conquistar e que já estiveram próximos de tal situação em outras oportunidades. Mas de longe, muito longe, essa é a mais sentida não apenas por eles, mas também por aqueles deixaram até mesmo de torcer pelo seu time de coração para dedicar aos japas toda uma torcida.
Mas quem sabe em outra oportunidade as coisas não revertam à seu favor. Se Le Mans escolhe de fato seus vencedores, quem sabe eles é que não sejam os escolhidos da próxima oportunidade. 

domingo, 19 de junho de 2016

84a 24 Horas de Le Mans: 22a Hora

Não tivemos nenhuma mudança significativa nesta penúltima hora em Sarthe. Mas podemos dizer que agora é o momento do tudo ou nada para a Porsche tentar alcançar o #6 da Toyota e uma hora para os japoneses chegarem a sua histórica conquista em Sarthe.

84a 24 Horas de Le Mans: 18a, 19a, 20a e 21a Horas

Nestas últimas horas, exatamente a 18a, 19a, 20a e 21a, o panorama na LMP1 modificou de forma considerável: se tínhamos no Toyota #6 o grande favorito da casa japonesa para essa possível conquista em Le Mans, o sonho começou a ruir quando Kamui Kobayashi errou em um dos estágios e o carro foi recolhido para os boxes, perdendo assim 3 voltas e praticamente dando adeus a possível conquista. Agora a luta se resume ao Toyota #5, que lidera, e o Porsche #2 que está um pouco mais de 30 segundos atrás do ponteiro. Para a Audi o calvário continuou com o #7 que perdeu mais algumas voltas - contabilizando agora 17 de atraso - e o #8 que teve problemas no eixo e perdeu um bom tempo nos boxes voltando ainda em quarto, mas 14 voltas atrás.
Na LMP2, a liderança continua forte com a Signatech #36 seguido pelo #26 da G-Drive e pelo #37 da SMP.
Na LMGTE-PRO a Ford assumiu o posto principal com o #68, mas a Ferrari #82 da Risi não está muito longe assim como o outro Ford GT #69. Os três estão na mesma volta.
Pela categoria AM o Ferrari #62 da Scuderia Corsa é o líder, com o Porsche #88 da Abu-Dhabi/Proton em segundo e o Ferrari  #83 da AF Corse em terceiro.
Agora falta menos de uma hora e meia para o fim.

84a 24 Horas de Le Mans: 17a Hora

Esta 17a hora foi, talvez, a mais movimentada até aqui. Enquanto que a LMP1 continua com a luta intensa entre o duo da Toyota e o solitário Porsche #2, outros carros acabaram dando uma movimentada numa prova que era tranquila até então: o carro da By Kolles teve um principio de incêndio, o que ocasionou a entrada do SC; antes disso, o Alpine #35 da Baxi acabou batendo e o #46 da Thiriet, então terceiro na LMP2, acabou encalhado na caixa de brita.
Na P1, liderança para a Porsche #2 com o Toyota #6 em segundo e o #5 em terceiro.
Na P2, a liderança liderança do #36 da Signatech - que até foi aos boxes para trocar pastilhas e disco de freio afim de evitar algo semelhante do que acontecera com o #35. Em segundo vem o #26 da G-Drive e em terceiro o #37 da SMP.
Na LMGTE-PRO, a Risi continua na liderança com seu Ferrari #82. Em segundo e terceiro vem os Ford GT #68 e #69.
Na LMGTE-AM a Scuderia Corsa é a líder com a sua Ferrari #62, com o Porsche #88 da Abu-Dhabi/Proton e em terceiro a Ferrari #83 da AF Corse.

84a 24 Horas de Le Mans: 16a Hora

A Porsche, através do seu #2, tratou de colocar Dumas pra baixar a bota ir à caça do Toyota #6. E surtiu efeito: ele está a 4 segundos do carro japonês. Na terceira colocação aparece o Toyota #5.
Na P2 nenhuma mudança: a liderança continua com o #36 da Signatech, com o #46 da Thiriet em segundo e o #26 da G-Drive em terceiro.
Na LMGTE-PRO a Ferrari #82 da Risi está na liderança. Em segundo aparecem os Ford GT #68 e #69.
Na LMGTE-AM a Scuderia Corsa se mantém em primeiro com a sua Ferrari #62, em segundo o Porsche #88 da Abu-Dhabi/Proton em segundo e a Ferrari #83 da AF Corse em terceiro.
No momento a prova se encontra com bandeiras amarelas na curva Dunlop, onde Tommy Milner acabou espatifando o Corvette #64 que estava em quinto na Pro.

84ª 24 Horas de Le Mans: 15ª Hora

Temos a chance de um belo duelo entre os três primeiros em Sarthe: por mais que a Toyota esteja muito bem até aqui, Marc Lieb tem feito um trabalho muito bom neste stint a bordo do Porsche #2 e já está 14 segundos do líder #6. Qualquer vacilo -ou problema - por uma dessa partes pelas próximas horas, pode estar se definindo o vencedor desta 24 Horas.
Na LMP2 a Signatech segue imaculada na primeira posição com seu #36 com mais de dois minutos de vantagem sobre o #46 da Thiriet. Em terceiro aparece o #26 da G-Drive, duas voltas atrás do Alpine da Signatech.
Na LMGTE-PRO o #82 da Risi segue liderando, agora com um conforto de mais de um minuto sobre o Ford GT #68 e terceiro aparece o outro Ford GT #69.
Na LMGTE-AM a Scuderia Corsa com o Ferrari #62 segue líder, com o Porsche #88 da Abu-Dhabi/Proton em segundo e o Ferrari #83 da AF Corse em terceiro.

84ª 24 Horas de Le Mans: 14ª Hora

O Porsche #2 teve um pequeno furo em um dos pneus, mas nada de alarmante, uma vez que conseguiu chegar aos boxes e trocar os pneus. Porém, despencou para terceiro quase uma volta atrás do líder Toyota #6 e do #5. A Rebellion não teve grande sorte nesta hora: o #13 ficou parado na Mulsanne e teve o carro recolhido para detrás do guard-rail e #12 parou quase que no mesmo local após rodar, mas conseguiu prosseguir e chegar aos boxes onde foi recolhido para a garagem.
Na P2 a Signatech com seu #36 continua firme na liderança, com o #46 da Thiriet em segundo e o #26 da G-Drive em terceiro.
Na LMGTE-PRO, a Ferrari #82 da Risi continua na liderança. A Ford recolheu o #69 para os boxes para troca das pastilhas e discos de freios e com isso o carro caiu para quarto. Em segundo aparece o outro Ford #68 e em terceiro o Aston Martin #95.
Na LMGTE-AM, liderança com a Ferrari #62 da Scuderia Corsa. Em segundo o Porsche #88 da Abu Dhabi/Proton e em terceiro a Ferrari #61 da Clearwater Racing.

sábado, 18 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: 13ª Hora

A Toyota perdeu brevemente a liderança para a Porsche quando o seu #6 teve que ir aos boxes para uma parada rotineira, e recuperou a ponta quando o #2 da fábrica alemã foi para o seu pit. No momento os japoneses lideram com o #6, Porsche em segundo com o #2 e o outro Toyota #5 em terceiro.
Na P2 a liderança ainda pertence ao Alpine #36 da Signatech, seguido pelo #46 da Thiriet e pelo #26 da G-Drive.
Na LMGTE-PRO a Risi se mantém a frente com sua Ferrari #82 e com o duo dos Ford GT em seguida, #69 e #68.
Na LMGTE-AM, a Abu-Dhabi/Proton enfim despencou para a segunda posição com seu Porsche #88 ao ser suplantada pela Ferrari #62 da Scuderia Corsa, que vinha em seu encalço já há algum tempo. A terceira posição é da Ferrari da Clearwater Racing #61.

84ª 24 Horas de Le Mans: 12ª Hora

Chegamos a metade da prova em Sarthe e dessa vez é o Porsche #2 que lidera a corrida, fato que não acontecia já a algumas horas. Foi um bom trabalho de Romain Dumas ao volante do 919 Hybrid, que ainda continua na batalha contra os Toyotas. Os dois carros japonenes vem logo em seguida, com o #6 e #5 respectivamente. Porsche #1 se encontra na 49ª posição, 38 voltas atrás do líder.
Na LMP2, o #36 da Signatech é quem lidera com o #46 da Thiriet em segundo e #26 da G-Drive em terceiro. Estes três times vem se revezando na liderança a pelo menos duas horas.
Na LMGTE-PRO, a Ferrari #82  da Risi continua na ponta e sempre com os Ford GT #68 e #69 na cola.
Na LMGTE-AM, a Abu-Dhabi/Proton continua firme e forte com seu Porsche #88. Em seguida aparece as duas Ferraris da Scuderia Corsa (#62) e da Clearwater Racing (#61)

84ª 24 Horas de Le Mans: 11ª Hora

Nenhuma mudança no comando da LMP1, com o Toyota #6 continuando em primeiro seguido de perto pelo Porsche #2 e na terceira posição o Toyota #5. O Porsche #1 já leva 39 voltas de desvantagem e ainda permanece nos boxes. É o 53º na geral.
Na LMP2, a G-Drive chegou a liderança com o #26 com o #46 da Thiriet em segundo e o #36 da Signatech em terceiro.
Na LMGTE-PRO, o #68 da Ford quem comanda com o Ferrari #82 da Risi em segundo e o outro Ford GT #69 em terceiro. De se destacar a aparição do Aston Martin #95 da Aston Martin Racing na quarta colocação, aproveitando-se bem dos problemas enfrentados pelos outros carros.
Na LMGTE-AM, o cenário é o mesmo da última hora: o Porsche #88 da Abu-Dhabi/Proton em primeiro, a Ferrari #62 da Scuderia Corsa em segundo e o outro Ferrari #61 da Clearwater em terceiro.

84ª 24 Horas de Le Mans: 10ª Hora

Por um curto espaço de tempo a Toyota chegou a ocupar as duas primeiras posições na LMP1, sempre com o #6 na liderança, mas após as paradas de box o Porsche #2 voltou ao segundo posto e agora tem 18 segundos de atraso para o #6. O Porsche #1 não teve melhor sorte: saiu dos boxes com 20 voltas de atraso para o líder e quando ganhou a pista, estava extremamente lento, mesmo usando u acelerador a fundo. A Audi, como #8, perdeu duas voltas e começa a se complicar na prova e #7 está em sétimo e com 9 voltas de atraso.
Na LMP2, a liderança pertence ao Alpine #36 da Signatech com o #26 da G-Drive em segundo e o #46 da Thiriet em terceiro. Uma pena mesmo é a Manor, que sempre figurou entre os ponteiros dessa classe e acabou despencando na classificação após apresentar problemas. O #47 da KCMG acabou encalhado na caixa de brita.
Na LMGTE-PRO, liderança para o Ford GT #68 com o Ferrari #82 da Risi em segundo e o Ford GT #69.
Na LMGTE-AM, a Abu-Dhabi/Proton continua firme na liderança com seu Porsche #88, seguido pelos Ferraris #62 da Scuderia Corsa e #61 da Clearwater Racing.

84ª 24 Horas de Le Mans: 7ª, 8ª e 9ª Horas

As últimas hora, principalmente esta última, foi das mais movimentadas para algumas classes: na LMP1 a Porsche #1 que tão bem lutou com a Toyota #6 pela liderança, teve um problema elétrico e já se encontra nos boxes - sob um cavalete - oito voltas atrás do líder e está pela sexta posição. Assim como o Audi #7, que também está nos boxes por problemas mecânicos, está logo a seguir do Porsche na sétima colocação. Podemos dizer que já que estão praticamente de fora da briga pela vitória, a não ser que aconteça uma grande reviravolta. A Toyota continua de forma imaculada na dianteira da prova com o #6, seguido pelo Porsche #2 e pelo outro Toyota #5.
Na LMP2, O #47 da KCMG que figurou boa parte da prova até aqui entre os primeiros, teve problemas elétricos e no momento se encontra nos boxes e praticamente fica de fora da briga pela vitória nesta classe. A Thiriet com seu #46 continua na ponta, sempre escoltada pelo #36 da Alpine e pelo #26 da G-Drive.
Na LMGTE-PRO, a Ford teve problemas em dois de seus carros (#66 e #67), mas o Ford #68 está na liderança com o Ferrari #82 da Risi em segundo e o outro Ford #69 em terceiro.
Na LMGTE-AM, a Porsche que esteve muito bem em todos os horários sempre com dois ou três carros nas primeiras posições, tem apenas o #88 da Abu-Dhabi/Proton em primeiro com o Ferrari #62 da Scuderia Corsa em sem segundo e o outro Ferrari #55 da AF Corse em terceiro.

84ª 24 Horas de Le Mans: 6ª Hora

Kamui Kobayashi fez um bom trabalho a bordo do Toyota #6, conseguindo manter sempre a vantagem em recuperar a liderança quando o Porsche #1 ia aos boxes. Neste momento o carro da equipe japonesa leva mais de um minuto de vantagem sobre o Porsche #1 e na terceira posição aparece outro Toyota #5. O Audi #7 já está entre os dez primeiros ocupando a sétima posição.
Na LMP2, a Thiriet se mantém na liderança com o seu #46 seguido pelo #36 da Signatech e pelo #47 da KCMG.
Na LMGTE-PRO, a batalha está restrita neste momento a Ford e Ferrari e com os italianos a liderarem a classe com o #82 da Risi. Em segundo e terceiro aparecem os dois Ford GT de números #68 e #69.
Na LMGTE-AM, o Porsche #88 da Abu-Dhabi/Proton lidera com o Porsche #78 da KCMG em segundo e o Aston Martin #98 em terceiro.

84ª 24 Horas de Le Mans: 5ª Hora

Como em horas anteriores, nada demais na LMP1. A liderança só teve mudanças por conta das paradas de box. A Porsche continua na liderança com o #1, seguido pelo Toyota #6 e pelo outro Porsche #2. O Audi #7 é o 15º neste momento.
Na LMP2, liderança é do #46 da Thiriet e a segunda posição é do Alpine #36 da Signatech, que é o único até agora a se intrometer no domínio quase que absoluto da Oreca nessa classe. Em terceiro aparece o #47 da KCMG.
Na LMGTE-PRO, trinca da Ford até aqui com o #68 a liderar; #66 em segundo e #69 em terceiro.
Na LMGTE-AM, a Porsche continua seu dominio agora com o #88 da Abu-Dhabi/Proton liderando a classe e o #78 da KCMG em segundo. A terceira posição é do Aston Martin #98.

84ª 24 Horas de Le Mans: 4ª Hora


A maior parte das movimentações na liderança da LMP1 foi por conta das paradas de box, até porque a diferença entre o líder e o segundo sempre foi de 10 segundos para mais. Neste momento a liderança pertence ao Porsche #1, com o Toyota #6 em segundo e o Audi #8 em terceiro. O Audi #7 é o 24º na geral, seis voltas atrás do líder.
Na LMP2, O #47 da KCMG é o líder com #36 da Signatech em segundo e o #44 da Manor em terceiro.
Na LMGTE-PRO, a Ferrari #82 da Risi lidera com os Fordo GT #68 e #66 logo em seguida.
Na LMGTE-AM, a Porsche faz a trinca com o #78 da KCMG; #88 da Abu-Dhabi/Proton e #86 da Gulf Racing.
A prova está em Slow Zone na freada para a Dunlop por conta do acidente do Porsche #89 da Proton Competition da LMGTE-AM.

84ª 24 Horas de Le Mans: 3ª Hora

Foi uma hora tranquila, sem muitas mudanças na LMP1 e quando aconteceram foi por conta das paradas de box. A Porsche lidera com o #1, seguido pelo Toyota #6 e Audi #8. O Audi #7 continua sua escalada, ainda seis voltas atrás e na 53ª posição na geral.
Na LMP2, a Oreca domina as três primeiras posições com o #44 da Manor na liderança, seguido pelo #46 da Thiriet e pelo #47 da KCMG.
Na LMGTE-PRO, briga boa entre Ford e Ferrari pela liderança neste momento com o Ferrari #82 a levar a melhor sobre o Ford #68. Em terceiro aparece o outro Ferrari #71.
Na LMGTE-AM, a Porsche domina a classe com o #88 da Abu-Dhabi/ Proton em primeiro; #78 da KCMG em segundo e o #98 da Aston Martin em terceiro.

84ª 24 Horas de Le Mans: 2ª Hora

A segunda hora de prova em Sarthe foi das mais animadas, com um duelo muito bom entre os Porsches 919 Hybrid, Toyota #6 e Audi #8. Por certo momento, o Toyota #6 esteve na liderança e que foi logo suplantado pelo Audi #8 e Porsche #2 conforme as paradas de box iam acontecendo. Quando as coisas se estabiliziram, Porsche #2 e Audi #8 travaram ótimo duelo pela primeira colocação. Posteriormente, com o aumento do tráfego, o Audi #8 ficou em segundo e foi duelar com o Toyota #6 pela segunda posição. Neste momento, devido as paradas de box, o Toyota #6 é líder com o Porsche #2 em segundo e Toyota #5 em terceiro. Audi #7 é que não teve grande jornada nesta segunda hora, perdendo seis voltas no box para troca do turbo. No momento é 58º na geral.
Na LMP2, o #44 da Manor lidera com o #46 da Thiriet em segundo e o #42 da Strakka Racing em terceiro.
Na LMGTE-PRO, a Porsche tem bom andamento ao liderar por boa parte desta hora e no momento lidera com o #92, com o Ferrari #51 da AF Corse em segundo e o outro Ferrari #82 da Risi em terceiro.
Na LMGT-AM, liderança continua com o #78 da KCMG; segundo para o Porsche #88 da Abu-Dhabi/Proton e terceiro para a Ferrari #55 da AF Corse. 

84ª 24 Horas de Le Mans: 1ª Hora

Não foi uma primeira hora como a maioria aguardava para este início de 24 Horas de Le Mans: por conta da chuva, a direção da prova decidiu largar com o SC e esse regime se manteve por mais de 50 minutos. Após a saída do SC, a prova foi iniciada e podemos ver um ataque feroz do Toyota #6 contra o Porsche #1 que nitidamente segurava o ritmo para uma escapada do #2 na ponta. Ao final dessa hora, o Toyota acabou por suplantar os Porsches e assumir a liderança na LMP1.
Na LMP2, o #26 da G-Drive é líder com o #36 da Signatech em segundo e o #35 da Baxi em terceiro.
Na LMGTE-PRO, a briga é intensa entre Ford, Porsche e Ferrari pelas primeiras posições, com o #68 da Ford a liderar o grupo seguido pelo #91 e #92 da Porsche.
Na LMGTE-AM, liderança para o Porsche #78 da KCMG seguido pelo outro Porsche #88 da Abu-Dhabi/Proton e pelo Ferrari #83 da AF Corse.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: O duelo da vez é com a durabilidade



Para quem acompanha bem a temporada do WEC deste ano, percebeu que as três principais fábricas da LMP1 tem tido o mais diverso dos problemas em seus carros desde a prova de Silverstone. E para esta 24 Horas de Le Mans, os olhos dos chefes destas equipes não estarão voltados apenas para os seus rivais, mas também para as reações que os seus bólidos possam apresentar durante todo o certame. Nos treinos realizados até aqui, Porsche e Toyota não tem muito que reclamar da durabilidade de seus carros. Foram bem em todos os estágios, mostrando boa velocidade. Já a Audi não pode dizer a mesma coisa: os dois carros enfrentaram problemas e a quinta-feira, que poderia ser um bom termômetro para saber em que condição está os dois R18, foi de chuva quase que torrencial, atrapalhando bem a programação deles.
A Porsche apresentou novamente uma velocidade bem ao seu estilo, cravando voltas extremamente velozes e fazendo pela segunda vez consecutiva a primeira fila em Sarthe. Talvez se os dois últimos treinos – ou apenas um deles – tivesse sido realizado em pista seca, poderiam ter baixado muito mais do que os 3’19’’733 feito por Neel Jani com o 919 Hybrid #2 – aliás, o suiço parece ter a mão do carro para este tipo de situação, uma vez que foi dele a marca impressionante de 3’14 no qualy do ano passado, o que lhe valeu o recorde absoluto do traçado francês. Assim como em 2015, aparenta que a Porsche possa andar com seus dois carros bem próximos, tentando garantir a segurança um do outro por conta de futuros ataques dos rivais.
A Toyota fez um bom trabalho até aqui. Dois carros muito bem postados e com tempos próximos da Porsche. Também não dá para dizer o quanto que possam estar à frente da Audi, sendo que o único duelo que tiveram diretamente com eles foi nos treinos livres. Mas mesmo assim, a diferença para os alemães foi pouca, o que sugere que vão lutar forte com os “Auto Union”. Mas não podemos descartar a Toyota de um possível ataque à Porsche, uma vez que em Spa os japoneses tiveram um ritmo bem satisfatório e poderiam muito bem ter discutido – e vencido – o Audi R18 #8 na prova belga, caso o TS050 #5 não tivesse pifado o motor. E a corrida em Spa tem sido um bom parâmetro nestes últimos anos.
A Audi sofre lá o seu calvário: até apresentaram um bom ritmo com o R18 #8 nos treinos livres, sendo superado pelos Porsches no final do treino, mas uma saída de pista após a primeira chicane, o carro apresentou uma lentidão incomum que foi logo descoberta: o sistema elétrico estava afetado. O carro mal andou no primeiro classificatório e quando esteve em pista, foi gradativamente ganhando performance, mas longe do que havia apresentado mais cedo. E ainda teve o agravante de um problema nos freios... Mesmo assim, conseguiu passar o seu gêmeo #7 na classificação para garantir um quinto lugar no grid. O R18 #7 esteve bem discreto, talvez trabalhando mais para a corrida, que no fim das contas é o que interessa. Mas eles tiveram seus problemas também, com uma fuga de combustível ontem. O pior é que a chuva desta quinta atrasou bastante qualquer avaliação em torno do desempenho dos carros após estes problemas, o que adiciona mais uma dor de cabeça para a fábrica das quatro argolas quando os carros partirem para prova. Mas uma coisa ficou certa nos treinos de quarta, tirando pelo ritmo, é que o #8 deverá ser o coelho deles.
Entre as equipes particulares, a Rebellion deve apresentar um duelo caseiro, já que esta classe apresenta apenas os dois carros da equipe suíça e mais o da By Kolles, que teve um principio de incêndio no treino livre e pouco participou das demais práticas.

As demais classes

Apesar dos Orecas terem apresentado uma boa velocidade na LMP2, não podemos descartar o bom andamento dos Alpine desde os treinos livres o que sugere uma batalha bem interessante nesta classe do início ao fim, como é de costume. Os Ligier, a primeira vista, terão que remar um pouco mais se quiser entrar nessa batalha.
A LMGTE-PRO é a classe onde se repousam as melhores expectativas de um duelo brutal pela vitória. O retorno da Ford com seus Ford GT já era algo de se animar nesta classe, mas o após o passo que eles apresentaram desde os treinos livres deixaram a concorrência de cabelo em pé e também um tanto critica, tanto que a Corvette reclamou veemente do desempenho de seus conterrâneos, uma vez que eles estavam muito acima do que poderiam depois do BOP realizado antes do inicio dos treinos. A Ford conseguiu cravar a primeira fila na PRO com tempos recordes, sendo o #68 conseguiu o tempo de 3’51’’185 e o #69
com a marca de 3’51’’497. Os outros dois Ford, #67 e #66, ficaram em quarto e quinto respectivamente. Não fosse a intromissão da Ferrari 488 GTE da AF Corse #51 na terceira colocação, o massacre dos carros americanos teria sido ainda maior. A Ferrari também esteve em boa forma: além do carro da AF Corse em terceiro, apareceu com outros dois na sexta e sétima colocação desta classe, sempre com um ritmo muito superior aos de outros carros que costumam estar brigando com eles pelas primeiras posições, como Porsche, Aston Martin e Corvette. Esse desempenho assombroso da Ford e Ferrari fez com que a ACO mexesse no Bop deles antes da prova de amanhã, fato inédito nas 24 Horas de Le Mans: A Ford teve redução na pressão do seu bi-turbo e recebeu um lastro de 10kg; a Ferrari também teve teve redução no turbo e um aumento no lastro para 15kg e também um aumento extra no tanque de combustível para 4 litros; Corvette teve uma abertura de 0,2mm no restritor de ar e mais dois litros no tanque de combustível; Aston Martin sofreu abertura no restritor de ar de 0,4 mm e aumento de dois litros no tanque; e a Porsche não recebeu nenhuma alteração.
Se havia uma disparidade entre estes carros, a corrida pode nos mostrar um cenário bem mais competitivo após estas mudanças.
E na LMGTE-AM, a Aston Martin que sempre tem apresentado um bom passo em Le Mans, talvez tenha que se preocupar com a Ferrari que apresentou um ritmo bem satisfatório, como bem mostra a pole conquistada pelo #61 da Clearwater Racing.
A verdade é que, para todas as classes, os duelos estarão bem garantidos, mas só nos resta saber se quem vai escrever o seu nome na história desta 84ª edição será um dos figurões de sempre (Porsche ou Audi) ou a tão sonhada primeira conquista (Toyota). Ou até mesmo uma bela zebra suíça... Quem sabe!


quinta-feira, 16 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: E a pole vai para... A Porsche

Podemos dizer que a chuva que se fez presente desde o segundo treino classificatório, invadindo o terceiro e último treino de classificação, facilitou e muito a vida da Porsche para que esta conquista pelo segundo ano consecutivo a primeira fila para as 24 Horas de Le Mans. Com a marca de 3'19"733 feita por Neel Jani no primeiro classificatório de ontem, ele e seus parceiros no Porsche 919 Hybrid #2, Romain Dumas  e Marc Lieb, ocupam a pole position pela segunda vez consecutiva em Sarthe. Na segunda colocação aparece o Porsche#1 de Mark Webber/ Brendon Hartley/ Timo Benhard, com o Toyota #6 em terceiro e o #5 em quarto. A Audi, que enfrentou problemas em seus dois carros ontem, tem o R18 #8 em quinto e o #7 em sexto. A Rebellion ficou em sétimo e oitavo com o  #13 e #12 respectivamente.
Na LMP2, a G-Drive marcou a pole com o seu #26 com o tempo de 3'36"605, com o Alpine #35 da Baxi DC em terceiro o outro Alpine #36 da Signatech em terceiro.
Na LMGTE-PRO, a Ford conseguiu a primeira fatia do seu bolo em comemoração aos 50 anos de sua conquista em Sarthe ao ter dois Ford GT na primeira fila, com o #68 a fazer a marca recorde para esta classe com o tempo de 3'51"185 e o #69 em segundo. A Ferrari 488 GTE #51 da AF Corse ficou em terceiro, sendo a intrusa entre os Ford já que os outros dois, o #67 e #66, aparecem logo em seguida.
Na LMGTE-AM, a pole ficou para a Ferrari #61 da Clearwater com o tempo de 3'57"827, seguido pelo Aston Martin #98 em segundo e pela Ferrari #88 da Abu-Dhabi Proton Racing.
As 24 Horas de Le Mans terá seu início às 15 horas da França (10:00 de Brasília).

quarta-feira, 15 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: Na primeira classificação, deu Porsche

Não foi muito difícil a Porsche chegar a marca de 3'19"733 com o #2, ainda na primeira hora do primeiro treino classificatório. O #1 ficou logo atrás, com a Toyota aparecendo em terceiro com #6. O outro Toyota #5, fez o quarto tempo. A Audi, que andou bem no treino livre, teve o atraso no #8 por conta de problemas - provavelmente ainda proveniente da escapada que este teve no treino de hoje cedo, quando voltou lento para os boxes e de lá não voltou mais. O #8 treinou, mas com o ritmo bem mais lento que os carros híbridos, para depois se acertar no fim do treino e conquistar o quinto posto, deslocando o #7 para sexto. Apesar de não ter sido um treino animador, o ritmo apresentado por eles, especialmente o #8 no treino livre, é de considerar que voltem forte amanhã.
Na LMP2, a G-Drive fez o melhor tempo com o #26 com a marca de 3'36"605 que foi melhorada perto do fim do treino. Em segundo aparece o Alpine #35 da Baxi DC e em terceiro o Alpine #36 da Signatech.
Na LMGTE-PRO, a Ford deu troco ao colocar seu #68 em primeiro e de quebra fazer o recorde da classe com o tempo de 3'51"185, rebaixando o outro Ford GT #69 para segundo no fim do treino. Em terceiro aparece a Ferrari 488 GTE #51 da AF Corse.
Na LMGTE-AM, a Ferrari #61 da Clearwater Racing continuou com sua boa forma ao fazer o primeiro tempo com a marca de 3'56"827. A Aston Martin Racing posicionou o seu #98 em segundo e na terceira posição a Ferrari #55 da AF Corse.
Os últimos dois treinos classificatórios acontecerão amanhã, para a definição do grid de largada.

84ª 24 Horas de Le Mans: Porsche comanda os treinos livres

Foi uma boa batalha com a Audi que a Porsche proporcionou neste treino livre de 4 horas de duração, que terminou a pouco por conta de uma bandeira vermelha causada pelo Morgan Nissan #28 da Pegasus, que escapou e bateu na barreira de pneus da curva Ford.
A Porsche colocou seus dois 919 Hybrid na ponta da tabela da LMP1, com o #2 fazendo a melhor marca com 3'22''011, seguido pelo #1 (0''539). A Audi teve o R18 #8 como o melhor dos dois carros, ficando em terceiro, 0''938 atrás do Porsche #2, mas este esteve em boa performance chegando até mesmo a ficar na liderança do treino em algumas oportunidades, enquanto que o #7 ficou em sexto. A Toyota manteve-se com um ritmo bem próximo dos dois Porsches e do Audi #8 em alguns estágios, mas ficou com o melhor carro, o #6, em quarto e o #5 em quinto. Entre os LMP1 não híbridos, melhor para o Rebellion #12 que marcou o tempo de 3'28''036. O carro da By Kolles #4 teve um principio de incêndio e pouco participou do treino.
Na LMP2, melhor tempo para KCMG #47 com a marca de 3'39''133 tomando o primeiro lugar do Alpine Nissan da Signatech no final. A terceira colocação foi da Ligier #23 da Panis-Barthez.
Na LMGTE-PRO, a batalha promete ser bem justa. Apesar de Corvette, Aston Martin e Porsche não terem aparecido bem neste treino livre, Ferrari e Ford estiveram bem, com os carros da marca americana conseguindo em certo ponto do treino livre as três primeiras posições. Mas coube a Ferrari #51 da AF Corse fazer a melhor marca da classe, com o tempo de 3'53''833 seguido pela Ferrari #82 da Risi Competizione e com o Ford GT #68 da Ganassi em terceiro.
Na LMGTE-AM, a Ferrari dominou as três primeiras posições: o #61 da Clearwater Racing ficou em primeiro com o tempo de 3'57''543, com o #62 da Scuderia Corsa em segundo e o #83 da AF Corse em terceiro.
Logo mais, às 17 horas daqui, inicia o primeiro treino classificatório.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Foto 579: Passado e Presente


A Ford levou os três GT40 MK II que fecharam a trinca para a marca em sua primeira vitória em Sarthe, há 50 anos. Os três carros foram alinhados no grid de largada nesta tarde com os rejuvenescidos Ford GT, que estarão para as 24 Horas deste fim de semana para tentar, cinco décadas depois, repetir os feitos de seus "irmãos" mais velhos.
A prova de 1966 foi vencida pelo duo neozelandês Bruce Mclaren/ Chris Amon (#2), seguidos por Ken Miles/ Denny Hulme (#1) e por Ronnie Bucknum/ Dick Hutcherson (#5), que estava com o Ford GT40 da equipe Holman&Wood/ Wissex Wire Corp.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Foto 578: Homenagem

Bela homenagem essa de Brendon Hartley, piloto da Porsche no WEC pela LMP1, para dois dos pilotos que abriram os caminhos do automobilismo europeu para a Nova Zelândia: Bruce Mclaren e Chris Amon são dois dos melhores pilotos da década de 60 e 70 do automobilismo mundial. Enquanto que Bruce ganhava corridas na F1 e fazia história ao criar uma das equipes mais icônicas do esporte a motor no mundo, a Mclaren, Amon teve serviços muito bem prestados na F1 - apesar de nunca ter ganho uma prova em carater oficial - e também nos sports car, um território onde ele sentia-se mais à vontade. E estes dois foram responsáveis ao colocarem a Ford no mapa das vencedoras de Le Mans há exatos 50 anos, quando venceram com o mítico Ford GT40.
E aproveitando o momento, Hartley resolveu mandar estilizar a parte superior do seu casco com as cores do capacete de Amon (azul e vermelho, com a faixa branca ao meio) e as fotos de Bruce e Amon de cada lado, com elas em cinza que remete a cor do capacete usado por Mclaren.
Uma bela homenagem daquele que representa a nova geração dos pilotos "kiwis" em Sarthe.

Foto 577: Descontraindo

E é bom descontrair um pouco antes de subir no carro e encarar um fim de semana intenso como estas 24 Horas de Le Mans, do próximo fim de semana.
E os "Toyota Boys" pegaram sua bicicletas e foram curvar, ao melhor estilo das provas de moto. E Anthony Davidson, o que vai a frente, parece bem confiante...

Foto 576: Ricardo Paletti, 34 anos atrás

Ricardo e sua Osella FA1C durante o fim de semana do GP do Canadá de 1982. Hoje completa 34 anos do seu desaparecimento, exatamente nesta prova em Montreal.

domingo, 12 de junho de 2016

GP do Canadá: Erradamente calculado

A forma com a qual Sebastian Vettel esteve hoje em Montreal, nos fez lembrar do velho Seb que aterrorizava e comandava os mundiais do início da desta década com uma tocada veloz e segura. As mudanças que a Ferrari levou para este GP do Canadá, lhe deu a oportunidade de arriscar um ataque maciço ao domínio da Mercedes e por muito pouco não deu certo: largou feito um foguete para assumir a ponta e teve um ritmo convincente para manter uma distância de um pouco mais de um segundo para Lewis, até que as paradas de box começassem a resolver o assunto.
Mesmo trocando para pneus supermacios e mantendo a velocidade intacta, Vettel conseguiu diminuir bem a diferença para Hamilton e quando este foi para a sua única parada - já que ele estava perdendo terreno para Sebastian -, o piloto alemão esteve na liderança e com uma margem que variava entre os nove e dez segundos. A obrigatoriedade em usar o pneus macios, acabou momentaneamente com as chances de Vettel, que foram reativadas quando seu ritmo era fortissímo e chegou a casa do 4.4 segundos, o que dava uma esperança de Sebastian conseguir uma épica vitória em Montreal. Mas os erros de Vettel - pelo fato de andar no limite extremo - e as rápidas respostas de um inteligente Hamilton, que souber gerenciar um pneu macio que durou incriveis 46 voltas sem mostrar desgaste, acabaram matando essa possibilidade. E no fim, Hamilton chegou a sua segunda vitória no ano e de forma consecutiva.
Para Sebastian, resta amargar uma terceira derrota onde tinha grandes chances de vencer. Melbourne e Barcelona foram os outros dois locais onde a vitória estava na mão e a estratégia da Ferrari acabou atrapalhando. Mas ele encarou o resultado com otimismo, uma vez que as novidades parecem ter surtido efeito.
Ainda precisamos avaliar bem os efeitos que essa melhora da Ferrari em Montreal possa refletir nas provas seguintes. Sabemos bem que a Ferrari tem ótimas informações dos três tipos de pneus macios e eles sabem usar muito bem isso. Portanto saber como vai ser o desempenho em temperaturas mais altas, será uma boa para vermos em que pé está a Ferrari.
A primeira vista, estão no caminho certo.

sábado, 11 de junho de 2016

Foto 575: Aperfeiçoamento

(Foto: Alejandro de Brito)
"Como eles conseguiram?", talvez é o que que se perguntassem Colin Chapman e Nigel Bennett ao observarem atentamente o Williams FW07, no fim de semana do GP do Canadá de 1979.
Patrick Head conseguiu aperfeiçoar tão bem o projeto do carro asa, introduzido pelo próprio Chapman com o Lotus 78 e refinado com o 79, que o FW07 passou a ser o carro mais temido grid tamanha a sua eficiência nas corridas.
Este sucesso culminaria no título de Alan Jones em 1980.

Vídeo: O Test Day para as 24 Horas de Le Mans 2016

Já para começar a esquentar os motores para a mítica prova em Sarthe...

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Vídeo: A primeira aparição da Corvette em Le Mans

O começo de uma bela história em Sarthe. A Corvette começou a sua história nas 24 Horas de Le Mans em 1960, quando inscreveu para grande prova quatro Chevrolet Corvette sendo que três era pela própria fábrica e um particular, que ficou aos cuidados da Camoradi (Cassner Motor Racing Division). Pela fábrica, os carros #1 (Brings Cunningham/ Bill Kimberly), #2 (Richard Thompson/ Fred Windridge) e #3 (John Fitch/ Bob Grossman). Pela Camoradi, com o #4, assumiu o volante Lee Lilley/ Fred Gamble. Todos os carros estavam na classe GT 5000 (4001/5000cc).
Dos quatro Corvette, o melhor posicionado foi o #3 que terrminou em oitavo na geral e em primeiro na classe GT5000. 

sábado, 4 de junho de 2016

Foto 574: Ali e Niki

Um gancho no campeão. Talvez Niki Lauda pode-se vangloriar-se por ter conseguido "nocautear" o grande Muhammad Ali em 1977, numa visita do futuro bi-campeão da F1ao Campeão Mundial de Boxe dos Pesos Pesados logo após o GP dos EUA. Dois dos grande ícones do esporte nos anos 70 numa bela foto,divulgada pela revista de fofocas alemã Bunte.
O grande Muhammad Ali morreu hoje, aos 74 anos.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

terça-feira, 31 de maio de 2016

Foto 573: Gilles Villeneuve, há 35 anos

E hoje completa 35 anos da conquista de Gilles Villeneuve em Monte Carlo, quando teve (mais) um dos vários duelos contra Alan Jones para conseguir a vitória após ultrapassar o australiano faltando quatro voltas para o fim. Nelson Piquet teve grandes hipóteses neste GP de Mônaco, quando bateu sozinho na Tabac no momento em que era líder absoluto na 54ª volta.
Na página da Triple Crown  no Facebook tem o vídeo das voltas finais daquele GP.

100ª Indy 500: O direito de arriscar

Ao fechar a fabulosa prova de número 100 da Indy 500, lembrei-me da corrida de 2012 quando Takuma Sato arriscou o tudo ou nada contra Dario Franchitti na abertura da última volta jogando-se por dentro da curva 1 e tentando a ultrapassagem na marra. O que sobrou para a coragem do japonês foi o muro e para Dario, a conquista de sua terceira e última vitória em Indianápolis. Para muitos, naquela ocasião, foi uma loucura desnecessária tentar algo ainda faltando quase que 90% da volta final para arriscar. Mas por outro lado, é assim que as coisas precisam ser feitas: provas como a Indy 500, que podem dar a glória maior para um piloto, precisam ser encaradas dessa forma. Ainda mais por pilotos que encontram essa rara chance. Takuma foi um caso desses: depois daquele final espetacular, ele teve mais alguma oportunidade de vencer a tradicional prova? Não! Apesar de que ainda deva correr outras edições, acredito que ele fez o certo naquela oportunidade.
Nesta centésima edição tivemos exemplos muito bons para se lembrar: Carlos Muñoz esteve bem próximo de conseguir a vitória, pois havia aparecido muito bem nas voltas finais como um foguete. Ele fez o certo: administrou bem a sua corrida por todo certame e foi atacar na hora que precisava de fato, que são nas últimas 50, 30, 20 voltas. É neste momento que as estratégias vão para o espaço e acelerar passa ser o quesito principal. Mas o estrategista de Muñoz, assim como de outros tantos, tiveram aquele medo de ficarem pelo caminho sem etanol e o mandaram para os boxes realizar um Splash & Go. Seria necessário naquela altura, faltando 6, cinco voltas para o fim? Particularmente imaginava que um piloto que passou parte da corrida ali pelo meio do pelotão apenas "cozinhando o galo", teria combustível suficiente para não precisar de uma parada extra. Outros pilotos que estavam em situação parecida com a de Carlos também precisaram fazer o mesmo: até certo momento imaginei de Scott Dixon faturaria a prova, pois não figurou nenhuma vez entre os três primeiros, vindo aparecer numa quinta posição há exatas cinco voltas para o fim. Mas ele teve que entrar para o seu pit-stop, assim como Tony Kanaan que esteve mais uma vez espetacular nesta Indy 500 e era sério candidato a vencer pela segunda vez no "Brickyard". Helio Castroneves era outro que havia feito uma corrida bem tática, conseguindo aparecer entre os primeiros na metade da prova e ficar com grandes chances de vencer - e até formar uma dobradinha com Tony -, mas os problemas na asa traseira após um toque de Townsend Bell no boxes e que foi agravado por Hildebrand em uma das relargadas, forçaram a sua ida ao box para trocá-la. Talvez até pudesse arriscar algo nas voltas finais, mas acabou sendo mais um a ir aos boxes.
Após uma série de pilotos ir aos boxes, surgiu a figura de Alexander Rossi. O novato foi muito bem em sua primeira experiência em Indianápolis ao se colocar em 11º no grid de largada e na corrida fez o "feijão com arroz": nada de especial, apenas cuidando bem do equipamento e se livrando das armadilhas que uma prova dessa proporciona. Mas quando a liderança apareceu para ele faltando cinco voltas, Bryan Herta apenas o mandou se segurar na pista como podia e Rossi, mesmo após ter dito que o carro estava falhando, passou a economizar o máximo possível para não ficar totalmente sem combustível naquelas voltas finais. Foi tanto que a duas voltas do fim, diminuiu drasticamente seu ritmo. A sua diferença para Josef Newgarden e posteriormente Muñoz era bem confortante, tanto que quando abriu a volta final estava com mais de uma reta de vantagem para eles. Ou seja: era apenas deixar o carro rolar na "banguela" para chegar a um triunfo histórico para o jovem americano. Para Carlos Muñoz, restou apenas as lágrimas e frustração.
Foi um final sensacional, sem dúvida. Devemos sempre lembrar que Rossi pilotou ano passado em algumas provas pela Manor na F1 e que agora estava ganhando uma das provas mais importantes do mundo. Tanto ele, quanto Herta, arriscaram algo que tinha tudo para dar errado, mas que na verdade era preciso quando viram que os grandes favoritos limparam a dianteira da prova por conta da dúvida se teriam ou não etanol suficiente para chegar ao fim.
Do mesmo modo que fizera Takuma Sato em 2012, arriscando o que deveria para tentar uma vitória, eles também arriscaram. Mas desta vez deu tudo certo. 

segunda-feira, 30 de maio de 2016

GP de Mônaco: Sorte e Azar

Fico imaginando o quanto que Daniel Ricciardo deve ter xingado a equipe em seu íntimo após este GP de Mônaco. Não se joga uma vitória na lata do lixo desta forma, como foi feito ontem.
E o que mais revolta o extrovertido australiano, que apareceu ontem - com total razão - com uma cara amarrada no pódio, foi o fato de estar num nível de pilotagem muito maior do que qualquer outro naquela pista. Foi uma pole soberba no sábado, aproveitando de forma única o ótimo balanceamento do Red Bull e na corrida voltas iniciais, após a saída do SC, que fazia qualquer um apostar na vitória dele no Principado.O problema é que a equipe acabou jogando contra, num momento crucial, exatamente quando a pista começava a secar: chamar um piloto para os boxes e não ter tudo preparado, é um erro imperdoável até mesmo para uma equipe amadora. Para se ter uma idéia de como Daniel teria chances de vencer, caso a equipe tivesse feito direito o trabalho, o australiano teria saído à frente de Lewis com uma diferença muito boa, talvez em torno dos 4,5,6 segundos, ou até mais. O momento que Ricciardo começava a subir a Ste. Devote foi o mesmo que Hamilton acabou ultrapassando-o. Mesmo lutando de forma incansável e correndo riscos de bater em algum trecho do circuito, Daniel foi combativo e só tirou o pé no final quando viu que a chance - ou os pneus super macios - tinham ido para o limbo.
Lewis Hamilton, aquele azarado que só se deu mal até a última corrida, viu o cenário reverter a seu favor quando a Mercedes pediu para o irreconhecível Rosberg lhe abrisse passagem. Naquele momento Ricciardo estava com mais de 15 segundos de diferença e para mostrar que era Nico quem estava ditando o ritmo de um longo trenzinho, Hamilton já cravou a melhor volta um segundo abaixo do tempo de Ricciardo. Mas o australiano tinha boa vantagem e apenas um erro dele ou da equipe, ou até mesmo uma quebra, poderia dar ao inglês a oportunidade de chegar ao topo. Nas trocas dos intermediários para os de pista seca é que a Red Bull foi generosa com Hamilton ao fazer o péssimo trabalho com Daniel. Apesar de uma pilotagem com uma manobra duvidosa, como o momento em que ele escapou na chicane do porto e deu uma fechada em Ricciardo, que quase fez o australiano bater um pouco antes da Tabac, Lewis soube administrar bem os ataques de Daniel ao cravar voltas velozes e usar de modo integral os ultramacios para chegar a sua primeira vitória no ano.
Apesar desta dose cavalar de sorte e azar em Monte Carlo, o que fica claro é que a Red Bull está cada mais próxima de suas rivais e neste atual cenário aparenta estar um pouco melhor que a Ferrari. Ela disputou palmo a palmo a vitória com a "Rossa" na Espanha e em Mônaco foi um osso duro de roer para a Mercedes.
Agora é esperar pelo GP do Canadá e torcer para que o cenário esteja completo, com as Mercedes e Ferraris sem nenhum problema para vermos a real força da Red Bull.
Será bem interessante.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Foto 572: Mclaren, 50 anos

Os dias atuais da Mclaren não recomendam muito festejo, mas mesmo assim é sempre bom relembrar e celebrar os passos iniciais que Bruce Mclaren deu há exatos 50 anos quando alinhou o Mclaren MB2-Ford na décima colocação do grid de largada para o GP de Mônaco de 1966. Num grid de 16 carros, era uma boa posição para um time estreante, mas os problemas de juventude da nova esquadra era mais que normal que aparecessem: Bruce abandonou na volta nove com vazamento de óleo, mas antes disso a experiência de seu criador tinha reservado a novata equipe um brilharete ao ocupar até a sétima posição no GP, quando aconteceu o problema. Foi um final de semana de muitas experiências para a equipe, que teve o seu Mclaren MB2 trazido a reboque por um Ford Fairlane por dois dias e ainda com a equipe, quase que toda, na rabeira do carro fazendo com que os faróis do Ford ficassem apontados para o alto devido o grande peso na traseira. Bruce Mclaren também teve suas histórias para contar, como quando deixou os calçados que seriam usados no treino de sábado no hotel  e tendo que usar um calçado menor que calçava. Situações assim sempre rendem boas histórias.
Passados estes 50 anos, comemorados no último dia 22, a Mclaren pode de vangloriar-se de seu passado tão glorioso, com vitórias e títulos na F1 que a tornaram na segunda maior equipe da história da categoria e numa das maiores do mundo. O momento da equipe não é dos melhores, mas o que pode-se esperar de seus pilotos, Alonso e Button, é que possam ter, ao menos, uma sorte melhor que a de Bruce há 50 anos.
Para os fãs da grande equipe, o que resta é torcer para que a equipe volta à linha de frente.

92ª 24 Horas de Le Mans - Uma Epopéia em La Sarthe

A segunda da Ferrari após o seu retorno à La Sarthe (Foto: Ferrari Hypercar/ X) Começar um texto sobre algo tão fantástico não é das melhore...