quinta-feira, 13 de maio de 2010

Alonso dá as cartas em Mônaco no primeiro dia de treinos

Por mais que Rosberg com sua Mercedes importunasse em alguns momentos do treino, Alonso foi absoluto e marcou o melhor tempo dos dois testes em Monte Carlo. O espanhol dominou as duas sessões e fez a marca de 1'14''904 cerca de 0''109 mais veloz que Rosberg. A terceira posição ficou com Vettel, seguido por Massa, Schumi, Kubica, Hamilton, Sutil, Button e Webber completando os dez primeiros.
Os outros brasileiros: Barrichello foi o 14º; Di Grassi terminou em 20º e Senna, com mais problemas em seu Hispania, fechou em 24º.
No final da última parte do segundo treino, caiu uma garoa que impossibilitou a melhora dos tempos.

TREINOS LIVRES- GRANDE PRÊMIO DE MÔNACO- 6ª ETAPA

1. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min14s904
2. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min15s013
3. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1min15s099
4. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min15s120
5. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1min15s143
6. Robert Kubica (POL/Renault) - 1min15s192
7. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 1min15s249
8. Adrian Sutil (ALE/Force India) - 1min15s460
9. Jenson Button (ING/McLaren) - 1min15s619
10. Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min15s620
11. Vitaly Petrov (RUS/Renault) - 1min15s746
12. Sebastian Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1min16s276
13. Nico Hulkenberg (ALE/Williams) - 1min16s348
14. Rubens Barrichello (BRA/Williams) - 1min16s522
15. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - 1min16s528
16. Pedro de la Rosa (ESP/Sauber) - 1min16s599
17. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - 1min16s818
18. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - 1min17s023
19. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - 1min18s184
20. Lucas Di Grassi (BRA/Virgin) - 1min18s478
21. Jarno Trulli (ITA/Lotus) - 1min18s667
22. Timo Glock (ALE/Virgin) - 1min18s721
23. Karun Chandhok (IND/Hispania) - 1min20s313
24. Bruno Senna (BRA/Hispania) - 1min21s688

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Interlagos, 70 anos




“Não existe outro circuito no mundo como Interlagos. É o segundo mais comprido, menor apenas que Nurburgring, e os seus 7.9 km de retas e curvas são compreendidos numa área relativamente pequena. Para os espectadores, portanto, é o circuito ideal. Já para os pilotos, ele parece uma combinação de três outros circuitos: Kyalami, Silverstone e Watkins Glen Mas uma coisa é certa: não há a menor possibilidade de a corrida ser monótona”.
Essas foram as palavras de Jody Scheckter após o GP do Brasil de 1977. E ele tinha razão. O velho Interlagos era fantástico, desafiador e dava aos pilotos a chance de mostrar o quanto eles eram bons nos quase 8 km de subidas e descidas, curvas velozes e travadas do autódromo paulistano.
Louis Romero Sanson, engenheiro britânico, construiu o autódromo de Interlagos durante os anos trinta no mesmo tempo que fez, também, o projeto de urbanização daquela região. O nome de Interlagos, que significa “entre - lagos” (ele foi construído entre as represas Billings e Guarapiranga) foi escolhido pela filha de Sanson. A pista foi entregue em 1940, mas já em 1939, Manoel de Teffé e outros pilotos fizeram uma pequena corrida no futuro autódromo. Foram gastos naquela construção 7.200 m3 de pedras, 135 km de arame farpado e 470 m3 de madeira para fazer os camarotes. Até então um empreendimento gigantesco.
Dr. Euzébio de Queiroz Matoso, então diretor da Auto Estradas de Interlagos e seu fundador Louis Romero Sanson, realizaram seus sonhos em 12 de maio de 1940 quando o GP Cidade de São Paulo inaugurou a nova casa do automobilismo paulista e nacional. Os portões foram abertos e pagava quem quisesse, afinal com o redor do terreno do autódromo ladeado de arame, ficava difícil de coibir a entrada de pessoas. A arrecadação foi de 5.000 contos de réis, uma fortuna na época. Na corrida inaugural, a vitória ficou com Arthur Nascimento Jr com Alfa-Romeo, seguido por Chico Landi pilotando uma Maserati.
Dez anos depois de sua inauguração, Dr. Sanson vendeu a área do autódromo de Interlagos, que era de 1,600.000 m2, para o grupo organizador que cuidaria dos festejos do IV Centenário da Cidade de São Paulo e assim esperava-se que para 1954, ano do 4º centenário, a pista recebesse melhorias. Isso não veio e controle do autódromo passou para o governo municipal.
Antes da grande reforma de 1966, Interlagos foi o celeiro para o grande desenvolvimento do automobilismo nacional nos anos 60 tanto no âmbito de competição quanto no de carros de rua. Todas as melhorias que eram encontradas nas pistas eram repassadas para os carros populares. Isso foi importante para erguer lendas automobilísticas como DKV-Vemag, Willys, Volkswagen, Ford entre outros. Ases do volante como Camilo Christofáro, Bird Clemente, Christian Heins, Fritz D’orey, os irmãos Fittipaldi, Luis Pereira Bueno, José Carlos Pace, foram uns dos que se formaram em Interlagos e fizeram história.
Interlagos 1973


Interlagos após a última revisão, em 2007


Comparação entre o velho e o atual traçado

A pista passou por reformas de 1966 até março de 1970, quando foi reaberta com a prova do campeonato Internacional de Fórmula Ford. Para atrair a F1, Interlagos voltou a sofrer mudanças para em 1972, numa prova extra-campeonato , a categoria máxima fizesse sua primeira aparição em solo brasileiro. Emerson Fittipaldi, com sua Lotus JPS preta, marcou a pole, liderou a prova inteira e perto do fim uma avaria o deixou a pé e o caminho aberto para o argentino Carlos Reutemann, com Brabham, vencer a corrida. Em 73 Emerson venceu com Lotus, repetindo a dose em 74 já na Mclaren, e Pace mantendo a invencibilidade brasileira no nosso GP, venceu com Brabham seguido por Emerson com Mclaren.
O GP do Brasil foi sediado em Interlagos até 1980, com uma interrupção em 78 quando a F1 foi para Jacarepaguá para realizar a prova. Com a pista já em estado crítico e com a prefeitura não querendo colocar dinheiro para mais uma reforma, o GP do Brasil mudou de endereço indo para o Rio de Janeiro a partir de 1981, onde a prova ficou até 1989. Foi uma década difícil para o belo autódromo, que ficou mal cuidado neste período.
Durante o ano de 1989 Interlagos ganhou a chance de sediar novamente o GP do Brasil, mas para isso tinha que adequar a pista à nova realidade da F1. Com obras feitas em quatro meses e sob a supervisão de Ayrton Senna, o velho traçado deu lugar a um menor. As curvas 1,2 retão oposto, curva 3, ferradura, Sargento e Laranja, deixaram de existir. A reta dos boxes foi ligada por um “S” em descida á curva do Sol, e todo esse traçado, passando pela antiga subida do lago até a saída da antiga ferradura, passaram a ser feitas na “contramão”, e assim a curva do Laranja passou a se chamar Laranjinha. O miolo se manteve quase o mesmo e a curva a junção foi recuada alguns metros. Naquele mesmo ano o circuito passou a se chamar José Carlos Pace, em homenagem ao grande piloto e busto foi colocado na entrada do autódromo.
Por mais que alguns entusiastas reclamem até hoje desta mudança, Interlagos foi elogiado ao máximo pela FIA e pilotos.
Sem mais nenhuma interrupção, Interlagos tem sediado grandes provas da F1, como as vitórias de Senna em 91 e 93; de Massa em 2006 e 2008; as decisões de títulos de 2005, 2006, 2007,2008 e 2009, todas com grande dose de suspense e emoção.
Por mais que Interlagos ainda tenha problemas na sua infra-estrutura, como infiltrações na torre de controle, alguns buracos em telas, pequenas rachaduras no asfalto, a drenagem que tem sido péssima entre outros, o autódromo recebe anualmente pequenas alterações por pedidos de Charlie Whiting, inspetor e diretor de provas da FIA, tornam a pista utilizável para a F1 e outras categorias internacionais.
Em época de circuitos insossos que se espalham ano a ano pelo mundo, Interlagos contínua sendo uma das grande maravilhas do calendário da F1.



Wilson e Emerson Fittipaldi com seus Fitti-Vê em Interlagos, nos meados dos anos 60

O circuito ainda com traçado em terra batida

Alonso e Schumacher em 2005: O piloto espanhol ganhou seu primeiro campeonato do mundo em Interlagos naquele ano, quando disputou o título contra Raikkonen.

domingo, 9 de maio de 2010

Análise dos dez primeiros- GP da Espanha

Mark Webber- Teve um fim de semana sensacional ao marcar a pole e vencer com total folga o GP. Domou Vettel e mostrou que o carro da Red Bull realmente era imbatível em Barcelona. Redimiu-se dos fracassos nas últimas provas.


Fernando Alonso- Foi o piloto mais cerebral da corrida. Manteve-se em quarto a corrida toda, não sendo importunado por ninguém. Na parte final da prova, passou a virar voltas cada vez mais velozes, aproximando-se de Vettel. Herdou duas posições com os problemas de Sebastian e Hamilton e assim pode chegar ao pódio. O carro não esteve ao seu gosto, mas foi brigador no final de semana.


Sebastian Vettel- Com um carro desequilibrado e com problemas de freios na parte final da corrida, deixaram o jovem alemão em condições adversas tanto que escapou para fora da pista quando faltavam dez voltas para o término. Não repetiu o bom desempneho dos treinos e a vitória de Webber deve ter acendido a luz amarela para o jovem astro na Red Bull.


Michael Schumacher- As melhorias do Mercedes para esta prova deixou o heptacampeão mais avontade e assim ele conseguiu fazer sua melhor prova após seu retorno. Travou um bom duelo com Button, no qual saiu vencedor. Mas o mais importante foi ter deixado Rosberg para trás nesta prova, sendo mais rápido que ele em todo fim de semana.


Jenson Button- Tinha um carro muito mais veloz que Schumi, mas não conseguiu ultrapassá-lo e assim desistiu tentando poupar motor para a próxima etapa. Ficou atrás de Hamilton desde os treinos, mas a sorte o ajudou quando seu companheiro abandonou a prova, afinal as coisas poderiam igualar dentro da equipe. Ainda mantém a liderança do mundial.


Felipe Massa- Péssimo final de semana para ele. Não achou o acerto em momento algum e tomou na classificação mais de cinco décimos de Alonso. A sua boa largada pulando de nono para sétimo o ajudou e no final da prova subiu para sexto, mas tudo anda difícil para ele na Ferrari.


Adrian Sutil- Saiu em 11º e mostrou habilidade ao escapar do entrevero entre Kubica e Kobayashi no início, assim conquistando duas posições. Manteve-se nas posições intermediarias a prova toda e subiu para sétimo no fim.


Robert Kubica- O enrosco com Kobayashi após a largada, arruinou qualquer chance sua. Teve que lutar contra Rosberg e Sutil na prova, mas está em ótima fase e terminou em 8º.


Rubens Barrichello- Saiu em 17º e sua largada foi fundamental para tentar algo durante a prova, quando pulou para 13º. Por mais que tenha terminado em nono, o carro ainda precisa e muito de evoluir.


Jaime Alguersuari- Outra bela prova do espanhol, com boas disputas e até batendo rodas com retardatários como ficou demonstrado quando tentou passar Chandhok arrancando-lhe a asa dianteira. Tomou um Drive & Trough por isso e voltou forte para garantir, no final, a décima posição.

Webber domina e vence em Barcelona


O largo sorriso de Mark Webber após a sua pole ontem em Barcelona era justificável. Ele sabia que, para conter seu companheiro de equipe, tinha que largar a sua frente e sustentar qualquer que fosse o ataque de Vettel durante a prova. Lembram-se: ambos tinham ficado separados por mísero 1 décimo, não só na disputa da pole, mas nos treinos em geral. Isso indicava um domínio absoluto do time austro-inglês.
Mark Webber largou bem, seguido por Vettel, Hamilton, Alonso e o restante. Basicamente um destes quatro sairia vencedor. Se bem que Hamilton e Alonso teriam que torcer e muito para haver algum problema com um dos dois carros da Red Bull para que isso acontecesse.
Nas dez voltas iniciais Webber mostrou estar mais rápido que Vettel e abriu boa vantagem, cerca de quase oito segundos, além claro de marcar sucessivamente a melhor volta da prova. Sebastian parecia estar em outra corrida ao não conseguir igualar o mesmo ritmo de Webber, tanto que Hamilton, antes das paradas para troca de pneus, estava atrás por apenas 1.5s. Isso saiu caro para ele, pois na volta de número 18, quando já havia feito sua parada, ele dividiu a primeira curva com Hamilton que acabava de sair dos pits. Por dentro se encontrava um retardatário que atrapalharam ambos e Sebastian teve que escapar para não colidir com Lewis e assim caiu para terceiro.
Webber tinha parado na mesma volta que Lewis e sustentado a primeira posição, assim ele ficaria até o final da corrida sem incomodo algum.
Lewis estava seguro a frente de Vettel e tinha até esboçado alguma reação para Webber, ao cravar por duas vezes a melhor volta da prova que era batida, em seguida, pelo australiano da Red Bull. Hamilton poderia ter ficado mais tranquilo na prova, principalmente quando Vettel, que estava no seu encalço, teve problemas nos freios e escapou na volta 54 e parou nos boxes em seguida, mas faltando uma volta para o fim, o desgaste excessivo dos pneus para se manter na frente de Vettel e tentar se aproximar de Webber, fez com que o pneu dianteiro esquerdo estousasse na rápida curva de raio longo após o ''S'' jogando o piloto da Mclaren para a brita acertando a barreira de pneus.
Isso foi ótimo para Alonso que poupou pneus após sua única parada (estratégia que foi adotada pela maioria dos pilotos) e herdou duas posições nas últimas dez voltas da corrida para passar em segundo. Vettel terminou em terceiro, sofrendo com problemas nos freios.
Boa prova para Schumi que largou em sexto e por ali ficou até herdar a quinta posição de Button após a parada deste. Foi um duelo que levantou a torcida, com Michael a denfender-se dos ataques de Jenson que tinha um carro muito mais rápido que o Mercedes. Mas ficou por isso mesmo, sem Button conseguir a ultrapassagem e sossegar na quinta posição.
Para os brasileiros o fim de semana foi mediano. Massa largou bem ao assumir a sétima posição e terminar em sexto, atrás de Schumi e Button. Barrichello foi outro a fazer ótima largada, pulando de 17º para 13º e garantiu dois pontos mais para ele e equipe Williams com a nona posição. Senna abandonou no início da prova e Di Grassi fechou em 19º e último, 4 voltas atrás do líder.



O que sobrou do Mclaren de Hamilton: o desgaste excessivo dos pneus de seu carro lhe saiu caro e o pneu dianteiro esquerdo arrebentou na parte mais veloz do circuito.


A melhor batalha da corrida: Schumi segurou os ataques de Button por mais de dez voltas e assegurou, no fina da corrida, o quarto lugar. O inglês reclamou aos montes depois.


Ainda saiu no lucro: após uma classificação sofrível, Massa saiu bem da nona posição para virar a primeira curva em sétimo após a largada, mas mostra não estar satisfeito com o seu Ferrari e espera melhoras em Mônaco, próxima etapa

RESULTADO FINAL
Grande Prêmio da Espanha- Circuito de Montmeló- Barcelona
5ª Etapa


1. Mark Webber (AUS/Red Bull) - 66 voltas em 1h35min44s101
2. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 24s065
3. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 51s338
4. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 1min02s195
5. Jenson Button (ING/McLaren) - a 1min03s728
6. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 1min05s767
7. Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 1min12s941
8. Robert Kubica (POL/Renault) - a 1min13s677
9. Rubens Barrichello (BRA/Williams) - a 1 volta
10. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - a 1 volta
11. Vitaly Petrov (RUS/Renault) - a 1 volta
12. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - a 1 volta
13. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 1 volta
14. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - a 2 voltas
15. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - a 2 voltas
16. Nico Hulkenberg (ALE/Williams-Cosworth) - a 2 voltas
17. Jarno Trulli (ITA/Lotus-Cosworth) - a 3 voltas
18. Timo Glock (ALE/Virgin-Cosworth) - a 3 voltas
19. Lucas Di Grassi (BRA/Virgin-Cosworth) - a 4 voltas

Não completaram:
Sebastian Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari) - a 24 voltas
Karun Chandhok (IND/Hispania-Cosworth) - a 39 voltas
Pedro de la Rosa (ESP/Sauber-Ferrari) - a 48 voltas
Bruno Senna (BRA/Hispania-Cosworth) - a 66 voltas
Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Cosworth) - a 66 voltas

Melhor Volta: Lewis Hamilton (Mclaren) 1min24s357

sábado, 8 de maio de 2010

Webber e Vettel marcam a primeira fila da Red Bull na Espanha com folga

Foi um domínio absoluto. Webber e Vettel mostraram a total força dos Red Bull ao colocar no terceiro colocado, Hamilton, mais de oito décimos mostrando que se a prova for disputada com pista seca à vitória ficará com um dos dois.
Para os demais, Hamilton, Alonso e Button que são teoricamente favoritos nessa prova, vão ter que depender da possível chuva que pode cair durante a prova de amanhã. Em condições normais não terão chance alguma.
Schumi, enfim, largará na frente de Rosberg pela primeira vez nesta temporada mostrando que o Mercedes melhorou e o trabalho da equipe para adaptar o bólido ao estilo de pilotagem do heptacampeão foi, por enquanto, perfeito.
Massa sai em nono reclamando e muito da falta de aquecimento dos pneus de seu Ferrari. Kamui Kobayashi, da Sauber, sai em décimo repetindo os bons desempenhos da equipe na pré-temporada e quem sabe, agora, completar a primeira prova dele na temporada.
Barrichello caiu na Q1 e sai em 17°, quatro posições atrás de Hulkenberg. Bruno Senna se benefeciou das punições de Di Grassi, Glock e Chandhok e vai largar em 21°.
A previsão do tempo para a prova, mais uma vez, é de chuva.

GRID DE LARGARDA PARA O GRANDE PRÊMIO DA ESPANHA- 5ª ETAPA

1º - Mark Webber (AUS) Red Bull-Renault - 1min19s995
2º - Sebastian Vettel (ALE) Red Bull-Renault - 1min20s101
3º - Lewis Hamilton (ING) McLaren-Mercedes - 1min20s829
4º - Fernando Alonso (ESP) Ferrari - 1min20s937
5º - Jenson Button (ING) McLaren-Mercedes - 1min20s991
6º - Michael Schumacher (ALE) Mercedes - 1min21s294
7º - Robert Kubica (POL) Renault - 1min21s353
8º - Nico Rosberg (ALE) Mercedes - 1min21s408
9º - Felipe Massa (BRA) Ferrari - 1min21s585
10º - Kamui Kobayashi (JAP) Sauber-Ferrari - 1min21s984
11º - Adrian Sutil (ALE) Force India-Mercedes - 1min21s985
12º - Pedro de la Rosa (ESP) Sauber-Ferrari - 1min22s086
13º - Nico Hulkenberg (ALE) Williams-Cosworth - 1min22s131
14º - Sebastien Buemi (SUI) Toro Rosso-Ferrari - 1min22s191
15º - Jaime Alguersuari (ESP) Toro Rosso-Ferrari - 1min22s207
16º - Vitantonio Liuzzi (ITA) Force India-Mercedes - 1min22s854
17º - Rubens Barrichello (BRA) Williams-Cosworth - 1min23s125
18º - Jarno Trulli (ITA) Lotus-Cosworth - 1min24s674
19º - Vitaly Petrov (RUS) Renault - 1min22s139*
20º - Heikki Kovalainen (FIN) Lotus-Cosworth - 1min24s748
21º - Bruno Senna (BRA) Hispania-Cosworth - 1min27s122
22º - Timo Glock (ALE) Virgin-Cosworth - 1min25s475*
23º - Lucas di Grassi (BRA) Virgin-Cosworth - 1min25s556*
24º - Karun Chandhok (IND) Hispania-Cosworth - 1min26s750*

* Punidos com a perda de cindo posições no grid de largada

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Vettel é o mais rápido na sexta em Barcelona


Sebastian Vettel mostrou mais uma vez que o carro da Red Bull ainda é o mais rápido da atual F1. Nos treinos livres de hoje em Barcelona ele marcou o melhor tempo com a marca de 1'19''965, sendo 0''210 mais rápido de seu companheiro de equipe Mark Webber que fechou em segundo.
Schumi apareceu em terceiro mostrando uma boa reação as melhorias feitas nos Mercedes e ficou nas duas sessões de treinos atrás, apenas, da dupla da Red Bull.
Alonso fechou o dia em quarto; Hamilton em quinto; Kubica em sexto; Rosberg em sétimo; Massa em oitavo; Button em nono; Sutil em décimo completaram a lista dos dez melhores da sexta.
Barrichello, estreando novo capacete, ficou em 15°; Di Grassi terminou em 22° e Bruno Senna fechou em 24°.

TREINOS LIVRES- GRANDE PRÊMIO DA ESPANHA- 5ª ETAPA

1: Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1min19s965
2: Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min20s175
3: Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1min20s757
4: Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min20s819
5: Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 1min21s191
6: Robert Kubica (POL/Renault) - 1min21s202
7: Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min21s271
8: Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min21s302
9: Jenson Button (ING/McLaren) - 1min21s364
10: Adrian Sutil (ALE/Force India) - 1min21s518
11: Pedro de la Rosa (ESP/Sauber) - 1min21s672
12: Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - 1min21s904
13: Kamui Kobayashi (JPN/Sauber) - 1min21s931
14: Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1min22s184
15: Rubens Barrichello (BRA/Williams) - 1min22s192
16: Vitaly Petrov (RUS/Renault) - 1min22s397
17: Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - 1min22s449
18: Paul di Resta (ESC/Force India) - 1min23s030*
19: Nico Hulkenberg (ALE/Williams) - 1min23s471
20: Jarno Trulli (ITA/Lotus) - 1min24s209
21: Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - 1min24s894
22: Lucas di Grassi (BRA/Virgin) - 1min25s066
23: Karun Chandhok (IND/Hispania) - 1min25s972
24: Bruno Senna (BRA/Hispania) - 1min26s152
25: Timo Glock (ALE/Virgin) - 1min26s340
26: Christian Klien (AUT/Hispania) - 1min27s250*

* Pilotos reservas

terça-feira, 4 de maio de 2010

GP da Espanha, 1980

As fagulhas lançadas da guerra FISA x FOCA no início dos anos 80, deixaram a F1 a beira de um colapso quase irreversível e o GP da Espanha, disputado em Jarama a 1º de junho, foi um capitulo triste deste confronto.
Sabe-se que a causa principal deste conflito entre as duas entidades iniciou-se ainda em 1979 quando Jean Marie Balestre, presidente da FISA (que era um braço esportivo da FIA, no qual o próprio Balestre também presidia), quis proibir de imediato o uso do efeito-solo nos carros já para o próximo ano. As equipes inglesas bateram pé e a FISA teve que ceder, mas a briga estava apenas começando. Em 1980 Balestre anunciou que para a temporada de 81 as minissaias móveis estariam proibidas e o peso dos carros aumentaria de 575kg para 585kg, o que favorecia os carros de motores turbo (Renault, Ferrari e Alfa Romeo) que necessitariam de mais potência e assim igualaria forças com as equipes de motores Cosworth e efeito-solo.
Ok, vamos embora: Renault, Ferrari e Alfa Romeo fizeram as malas e deixaram Jarama

Mesmo com essas regras que funcionariam a partir de 81, o que azedou de vez o já conturbado clima naquele ano foi outra coisa. A FISA tinha criado uma reunião obrigatória para todos os pilotos antes de cada GP, e aquele que não comparecesse nestas levaria uma multa de mais de 2.000 dólares e podia ter a sua super-licensa cassada. Mesmo assim alguns não estiveram presentes nas reuniões dos GPs da Bélgica e Mônaco e não pagaram as multas. Em Jarama tudo piorou com a não ida dos pilotos dos times que apoiavam a FOCA (liderados por Bernie Eclestone, presidente da entidade) e assim, antes da prova começar, uma reunião as portas fechadas foi feita entre FISA e FOCA. Após algumas horas nada foi definido e a FISA decidiu que a prova não se realizaria. Ela colocou em prática a ameaça inicial de que se nenhum piloto participasse da reunião, estaria automaticamente sem habilitação para correr o GP espanhol. Renault, Ferrari e Alfa Romeo, equipes que apoiavam os ideais da FISA se retiram do autódromo madrileño. A FOCA discordou e mesmo assim deu início a corrida apenas com suas equipes.
Na prova a batalha deu-se entre os Williams de Jones e Reuteman, a Ligier de Laffite e a Brabham de Piquet. Laffite, que tinha largado na pole, perdeu a posição para os Williams de Reutemann e Jones e ficou em terceiro. Com a corrida se desenvolvendo normalmente, Jones teve problemas de câmbio e caiu algumas posições e Laffite foi à caça de Reutemann. Piquet, que estava em terceiro, ficou de longe acompanhando a batalha dos dois. Faltando 45 voltas para o fim, os dois líderes foram colocar uma volta no retardatário Emilio de Villota. Reutemann passou-o por fora e Laffite, na tentativa de passar rapidamente e não perder contato com o líder, tentou por dentro mas acabou acertando o carro de Villota. O Ligier atravessou a curva e acertou o Williams. Os dois abandonaram e Piquet assumiu a liderança por oito voltas, mas o câmboi quebrou. Caminho aberto para Pironi com sua Ligier, mas este acabou perdendo o pneu dianteiro direito e também a prova.
A vitória ficou com Alan Jones da Williams, seguido por Jochen Mass da Arrows e Elio de Angelis da Lotus.

No dia seguinte a corrida, FISA manteve seu ponto de vista e a prova não contou pontos para aquele mundial de 1980.




O Ligier de Laffite e a Williams de Reutemann após o acidente que eliminou ambos da prova. O argentino teve um corte na perna

Que tal um joguinho?: Foi o que fizeram os mecânicos da Brabham e Williams para passar o tempo enquanto os poderosos decidiam o futuro da prova.



Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...