segunda-feira, 14 de março de 2011

Qual foi seu primeiro GP de F1?

Sebastian Vettel, durante à uma entrevista ao jornal espanhol "Marca", relembrou a primeira vez em que assistiu um GP de F1 na vida: "Lembro da primeira corrida que vi na TV, que foi a única que Ayrton Senna venceu no Brasil. Não me lembro muito bem porque era muito pequeno. O câmbio quebrou, ele ficou sem uma marcha durante toda a corrida. Mas ganhou e acabou dilacerado. Estava destruído no pódio, não podia segurar nem o troféu".
GP da África do Sul, 1985 e...
GP do Brasil, 2003
A declaração de Vettel me fez lembrar do meu primeiro GP que assisti de casa. Foi o GP da África do Sul, Kyalami, de 1985 que tive a oportunidade de ver uma corrida de F1 pela primeira vez. Das imagens em preto e branco daquela prova de 85, só guardo, com muito carinho, de uma Lotus preta saindo do box e descendo a reta dos boxes à toda velocidade. Não sei exatamente se era De Angelis ou Senna que estava ao volante, mas cena não sai da minha memória. Já a minha primira corrida in loco foi o GP do Brasil de 2003, quando trabalhei como bandeirinha. E pra minha sorte estava na curva do sol, onde se deu o estacionamento de carros batidos após aquaplanarem no "rio" que atravessava a curva.
E você leitor, que sempre passa neste humilde blog todos dias, qual foi seu primeiro GP de F1?

domingo, 13 de março de 2011

GP da Itália, 1967

Em setembro do ano passado tinha escrito um post sobre a a genial recuperação de Jim Clark no GP italiano, após um furo em um dos pneus. O vídeo abaixo mostra as imagens de quando Jim assumiu a liderança da prova ao ultrapassar Jack Brabham (Brabham) na reta dos boxes (no mesmo instante em que o então líder Graham Hill, Lotus, abandonou a prova) e depois, na última volta, quando o escocês perdeu a liderança para John Surtees (Honda) e Jack Brabham na saída da primeira curva de Lesmo. O post você confere aqui.

sábado, 12 de março de 2011

Foto 9: F1 Futebol Clube

Não sei exatamente onde foi tirada esta foto e nem o ano(talvez em 84 ou 85). Aqui os pilotos perfilados para uma pelada, para descontrairem das pressões de um fim de semana de Grande Prêmio. Em pé: Bellof, Patrese, Mansell, De Cesaris, Cecotto, Alboreto, Cheever e Winkelhock. Agachados: De Angelis, Alliot, Warwick e Senna.
Quem ganhou o jogo? Não sei, mas garanto que eram muito melhores ao volante do que com a bola nos pés.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

O acidente de Streiff

Por um longo tempo apenas tinha visto fotos do acidente que acabou com carreira do piloto Phillippe Streiff, ocorrido durante testes particulares em Jacarepaguá. Hoje pude ver o vídeo, curto, onde pode-se ver sua AGS escapando na rápida curva do "Cheirinho" e seu carro sendo jogado ao ar após pegar uma zebra. Com isso o AGS passou por cima do guard-rail caindo de ponta cabeça. O problema é que com impacto, o santantonio acabou por quebrar e Streiff ficando com o peso do carro sober sua cabeça. O piloto francês ainda conseguiu sair andando, mas por um corte em uma das pernas ele acabou por ser levado para o centro médico onde ficou constatado fraturas na clavícula direita e suspeitas de lesões na coluna.
Mesmo sendo levado para uma clinica, onde foi confirmado a suspeita da lesão na coluna entre a 4ª e 5ª vértebras, não pode ser operado de imediato pela falta de um aparelho. Foi levado para São Paulo, mas acabou por perder a coordenação motora durante a viagem.
Um dos principais erros, que foram apontados pelos críticos para o agravamento do estado do piloto, foi o fato de Streiff não ter saído da pista imobilizado numa maca.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Foto 8: Uma carona para Jackie Stewart

Talvez por alguma avaria no seu Tyrrell durante um dos treinos para o GP da Bélgica de 1970, Jackie Stewart não pensou duas vezes e pulou na Brabham alugada de Derek Bell para conseguir chegar o mais rápido possível nos boxes. Mas na prova a sorte não lhe sorriu e o motor Cosworth o deixou na mão na volta 14. Derek Bell também não finalizou a corrida, abandonando na primeira volta com problemas no câmbio. A vitória foi de Pedro Rodriguez, com BRM, nesta que foi a última visita da F1 à Spa-Francorchamps na década de 70. 

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

F1 Batlles- Alain Prost vs Nigel Mansell, GP da Bélgica 1989


Nigel Mansell já protagonizou belos duelos contra Senna, Piquet, Berger entre outros. Neste vídeo do GP da Bélgica de 89, ele batalhou nas últimas sete voltas para tomar a segunda posição de Alain Prost. Por mais que nitidamente tivesse seu Ferrari com condições muito melhores que o Mclaren do francês para tomar a posição, o piloto britânico pecou nos erros. Caso tivesse efetuado a ultrapassagem, poderia ter buscado Senna que estava rodar mais lento que os seus rivais. Mas fora uma bela perseguição, antes de tudo.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O perigo oculto dos guard-rails

O acidente que Robert Kubica sofreu domingo passado durante um rali na Itália, mostrou o quanto que os guard-rails podem ser letais. Por mais que a função destes seja de proteger carros desgovernados, a sua má fixação ou posicionamento pode causar sérios danos como que aconteceu com o piloto polonês.
As barreiras de Armco (assim eram chamados os guard-rails) começaram a aparecer nas competições automobilísticas no início da década de 60, em pontos estratégicos: apenas locais onde havia um perigo eminente para pilotos e público eles eram montados. A sua aparição serviu principalmente para substituir cercas de arame farpado, que estupidamente eram usados em alguns circuitos de estrada. As árvores também eram um perigo constante em várias pistas, como Nurburgring e Spa, por exemplo, e a chegada da estrutura metálica foi bem vinda.
A construção dos guard-rails eram em pontos estratégicos, mas apenas uma lâmina era colocada para segurar os carros e por baixo ficava um espaço de mais ou menos 1 palmo, suficiente para que um carro baixo passasse por debaixo dessa. E estes carros eram os monopostos, onde a cabeça dos pilotos ficava desprotegida. Já na década de 70 as maiorias das pistas construíam os guard-rails com duas lâminas, o que melhorava a eficácia caso um carro batesse. Porém, ao invés de proteger, matavam. Se não servissem de catapultas para lançarem um carro longe, este poderia passar por baixo e decapitar o piloto. John Love teve sorte em não perder a cabeça em Kyalami, durante uma prova local. A mesma sorte teve Regazzoni quando seu Tecno, na F3, passou por baixo de um na saída da chicane em Mônaco. Mas a sorte não acompanhou o pobre Helmut Koiningg, que passou por baixo do guard-rail em Watkins Glen durante o GP dos EUA de 74. Seu Surtees saiu reto e ele bateu na lamina inferior que estava mal fixada, assim acabou por ter sua cabeça arrancada. Aliás, esse era outro mal cuidado que havia durante a montagem. Por preguiça, redução de custos, ou seja, lá o que for, alguns rails eram mal montados causando acidentes como este de Koiningg. Em 75 Emerson Fittipaldi reclinou ao não disputar a prova de Montjuich pelo fato da pista estar com guard-rails mal fixados. Ele foi para a prova e deu apenas uma volta, recolhendo seu Mclaren em forma de protesto o que foi seguido por outros pilotos. No final a desgraça aconteceu quando o Hill-Ford de Rolf Stommelen bateu em um dos rails soltos da pista espanhola, voando contra algumas pessoas que assistiam a corrida matando cinco delas. Por milagre, Stommelen saiu apenas com fraturas. Cevert e Revson também foram vítimas dos rails. Ambos os acidentes foram parecidos, (Cevert morreu em Watkins Glen 1973 e Revson em Kyalami 1974) com os carros subido por sobre as lâminas e seus corpos sendo dilacerados por estas. E ainda teve o Mcnish que varou uma dessas proteções durante os treinos para o GP do Japão em 2002, na pista de Suzuka. Por sorte saiu sem nenhum ferimento, mas os médicos o vetaram para a prova. Assim a Toyota foi com apenas uma carro para a corrida.
No caso do Kubica ele deve ter batido em uma emenda do guard-rail, que é de uma lâmina só normalmente usada em ruas e rodovias, só isso explica o fato da lamina ter entrado carro adentro. Por sorte, muita sorte,ela não tirou a vida de Robert.
Em 2005 cheguei a presenciar uma cena de como um guard-rail pode ser letal. Durante os treinos para a etapa de Vitória (ES) da extinta F-Renault, um dos carros escapou na longa reta que dá acesso à reta de largada. Ele saiu reto e foi bater nas duas lâminas de guard-rail que protegia eu e meu ajudante. O carro acertou bem no fio de corte do rail. Quando a equipe de resgate retirou o carro, a lâmina tinha quase rasgado o cockpit onde estava o piloto. Foi um descuido, pois naquele ponto, de alta velocidade, deveria ter uma barreira de pneus que pudesse vedar aquele fio de corte. Após o acidente, foi providenciado pneus para formar a proteção naquele lugar.
Hoje estas estruturas são bem montadas e inspecionadas antes de qualquer evento e por sorte, pelos menos em provas de monopostos, estes desastres não tem acontecido mais. Mas de todo modo ainda oferece algum perigo. E o acidente de Kubica só serviu para alertar.


Regazzoni abaixou a cabeça no momento certo, enquanto que...

...John Love teve a sorte do seu carro parar antes de mergulhar por baixo da estrutura.



 A mesma sorte não acompanhou Cevert, Revson e Koinigg que morreram no local, vítimas dos guard-rails

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...