sábado, 6 de agosto de 2011

Foto 31: O pacto

O famoso pacto de não agressão na primeira volta do GP de San Marino de 1989. A foto é do grid da segunda largada com Prost e Senna a discutirem sobre não atacarem um ao outro na primeira curva. Bom, o resto da história todos já sabem e retratei isso ano passado num breve texto sobre o convívio deles entre 88-93.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Grande Prêmio da Áustria, 1977- Vídeos

O GP da Áustria de 1977 foi a 12ª corrida daquele ano, disputada em 14 de agosto. Largaram 26 carros e completaram 17. A pole foi feita por Niki Lauda com a marca de 1'39''320 e a vitória foi de Alan Jones, com a Shadow, marcando assim a sua primeira vitória na F1 e a única da equipe inglesa.
Abaixo ficam os vídeos da corrida apenas com áudio ambiente, sem qualquer tipo de comentário:







segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Foto 30: Iguais


Ao ver a cena de Heidfeld escapando rapidamente de seu Renault Lotus, lembrei-me logo de Ayrton Senna fazendo o mesmo na sua Lotus Renault durante os treinos para o GP do Brasil de 1985. E de certa forma, tem uma semelhança as fotos.

GP da Hungria- Corrida- 11ª Etapa

Durante o texto que escrevi sábado sobre o treino classificatório, destaquei em duas frases que esta prova tinha a cara de Jenson Button. Simples pensar assim, pois corridas caóticas com um número elevado de pit stops e/ou com a presença de chuva tem sido o lar do piloto britânico nos últimos anos. Basta lembrar-se da sua primeira vitória na F1 em 2006 (Hungria), das duas vitórias do ano passado (Austrália e China) e da sua recente e magnífica vitória no Canadá. Foram corridas em que as condições de tempo eram variáveis e que uma bela estratégia pode garantir uma vitória. E assim Button fez em todas estas se aproveitando bem do erro alheio e sabendo poupar integralmente os pneus, ganhou com irretocável maestria. Em Hungaroring, o mesmo palco que lhe proporcionou a sua primeira vitória cinco anos atrás e que hoje viu o piloto inglês completar seu GP de número 200, deu a ele mais uma vez a chance de vencer.
Mas Button alcançaria Hamilton nas últimas 30 voltas deste GP, caso não tivesse ocorrido o erro duplo de seu companheiro? Acredito que não. Hamilton estava na liderança da corrida desde a volta 4 e havia perdido-a nas duas vezes que entrara no boxes para trocar de pneus. Button foi o homem que havia liderado uma dessas vezes- a outra fora Vettel-, mas o inglês não ficou nem duas voltas no comando. A diferença entre ambos até a volta 51 era de 7 segundos e pouco que estava dentro de uma oscilação de 6 à 9 segundos, devido ao tráfego. A sorte virou de lado quando Hamilton rodou e voltou logo em seguida. Button aproveitou-se do erro de seu companheiro e estava à sua frente quando ambos duelaram pela liderança por duas voltas, trocando, pelos menos, três vezes de posições. Com a chuva caindo de moderadamente, Hamilton cometeu mais um pecado ao colocar pneus intermediários na volta 55. Exatamente neste momento que é divulgado um Drive Trough para... Lewis, que voltara da sua rodada de modo perigoso ao induzir uma saída de pista de uma das Force India. Agora com pneus intermediários, a chuva parara e Lewis vinha sofrendo com o desgaste rápido destes, quando Alonso o ultrapassou na briga pela terceira posição. Lewis parou na volta 55 para colocar Slicks e depois pagou sua punição na volta seguinte, voltando em sexto. A chance de vitória virou para Button, que apenas administrou a diferença que tinha sobre Vettel para vencer em Hungaroring.
Foi a segunda vitória consecutiva da Mclaren e a terceira derrota da Red Bull em seqüência neste campeonato. O mais interessante neste período, tirando fora a vitória da Ferrari em Silverstone, é que estas duas vitórias da Mclaren foram conquistadas com a temperatura baixa. Talvez o grande problema desses carros seja o alto desgaste de pneus. Só isso explica o fato deles conseguirem bons resultados com temperaturas baixas. Antes destas, Hamilton venceu na China neste ano com temperatura baixa, enquanto que Button conseguiu o mesmo ao vencer em Montreal, o que deixa ainda mais claro esta idéia de que eles sofrem com os pneus. Hamilton passou por isso em algumas provas neste campeonato quando parecia estar na briga pela vitória e os pneus não agüentaram. Daí que surge essa minha idéia sobre este bom desempenho deles em temperatura fria. A Red Bull teve Vettel na segunda posição e Webber chegando em quinto, fazendo uma corrida, apenas, para somar pontos, principalmente com Sebastian que vai caminhando tranquilamente rumo ao seu bi-campeonato. A Ferrari me surpreendeu negativamente no sábado ao ficar com seus dois carros em quarto e quinto, e na corrida teve algumas dificuldades pelo fato de Alonso ter pilotado além do limite o que o levou a cometer alguns erros, que resultaram em uma escapada e duas rodadas. Caso tivesse sido um pouco mais cauteloso, poderia até, quem sabe, ter pensado em vitória já que chegara 19 segundos atrás de Button. Massa foi sexto, mas fez uma boa prova ao imprimir boa velocidade em alguns momentos, mas seus pneus se desgastaram demais na parte final e isso lhe custaram a quarta e quinta posições, que foram ganhas por Webber e Hamilton na mesma volta.
Com as férias de três semanas que F1 entra agora, as equipes terão um período de trabalho intenso: enquanto que Mclaren e Ferrari tentarão achar evoluções para continuar na cola de Red Bull, esta trabalhará para voltar ao topo. Sabendo que Spa-Francorchamps tem um histórico de chuva e frio, a Mclaren já parte como favorita. E talvez, quem sabe, tenhamos algumas surpresas nessa prova belga. Mercedes tem um carro rápido de retas e a Force India nos últimos dois anos, tem feito ótimas provas por lá. Já estou contando os dias para essa corrida...



O grande duelo: Button e Hamilton se esbarraram algumas vezes na pista neste domingo. Se na largada Hamilton levou a melhor, na disputa pela liderança perto do fim da corrida foi vencida por Button que acabou por garantir a sua segunda vitória no ano, exatamente na pista onde vencera pela primeira vez em 2006 e que neste domingo lhe deu a chance de correr seu GP de número 200.

Fogo: o Renault Lotus de Heidfeld pegou fogo estranhamente após a sua parada de Box, na volta 25. O mais bizarro de tudo foi o resgate do carro, que foi rebocado, de ré, pela saída de Box. Vettel, que saía do seu pit, quase acertou o Lotus.Um descuido que poderia ter causado um acidente pior em Hungaroring ontem

Por aqui você não passa: Vettel espreme Hamilton na grama, mas o inglês levaria a melhor adiante

Resultado Final
Grande Prêmio da Hungria- Hungaroring
70 voltas- 31/07/2011- 11ª Etapa

1. Jenson Button (ING/McLaren) - 1h46min42s337.
2. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 3s588
3. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 19s819
4. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - a 48s338
5. Mark Webber (AUS/Red Bull) - a 49s742
6. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 1min23s176
7. Paul di Resta (ESC/Force India) - a 1 volta
8. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - a 1 volta
9. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 1 volta
10. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - a 1 volta
11. Kamui Kobayashi (JPN/Sauber) - a 1 volta
12. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault) - a 1 volta
13. Rubens Barrichello (BRA/Williams) - a 2 voltas
14. Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 2 voltas
15. Sergio Perez (MEX/Sauber) - a 2 voltas
16. Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a 2 voltas
17. Timo Glock (ALE/Virgin Racing) - a 4 voltas
18. Daniel Ricciardo (AUT/Hispania) - a 4 voltas
19. Jerome d''Ambrosio (BEL/Virgin Racing) - a 5 voltas
20. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania) - a 5 voltas

Não completaram a prova:
Jarno Trulli (ITA/Team Lotus): problema mecânico na 18ª volta
Nick Heidfeld (ALE/Lotus Renault): 24ª volta
Michael Schumacher (ALE/Mercedes): problema mecânico na 27ª volta
Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus): problema mecânico na 56ª volta

sábado, 30 de julho de 2011

A chicane da curva do Café

Trabalhei nestes dois dias na etapa do Campeonato Paulista de Automobilismo e puder ver um pouco da obra que está sendo feita por lá, para conserva a chicane mal feita que gerou todo aquela rebuliço no Brasileiro de Marcas de quinze dias atrás. 
O que eu vi dessa pequena obra é que a "zebra-guia" não existe mais. Isso já é um bom sinal. Mas ainda
tenho as minhas restrições com aquela chicane. Como todos sabem, principalmente os que me seguem no twitter, é que comentei inúmeras vezes que aquela chicane é a mesma que foi usada em fevereiro 2008 durante os testes de pré-temporada da Stock Car. Na época, pelo fato de ser uma asfalto antigo e que fora usado, apenas, em 1990 quando a Moto GP (na época, 500cc) visitou a pista paulistana, os asfalto estava se soltando e os pilotos preferiram não usá-la no segundo dia, voltando assim a contornar a curva do Café normalmente. Após o acidente fatal de Sondermann em abril, voltou-se a discutir a reutilização da chicane. Quando foram perguntados o porque do não uso daquela chicane após a morte de Sperafico em 2007, os pilotos disseram que aquele desvio era fora de mão, muito ruim. Pois bem, após um monte de blá blá blá reativaram de modo tosco e bem mal feito a chicane e quando os pilotos deram duas voltas na sexta-feira e viram que no lugar de uma zebra tinha uma guia, a casa caiu de vez e guerra estava declarada entre CBA, Administração de Interlagos e pilotos. O brasileiro de Marcas tinha o dever de ser a cobaia e reprovou a construção pavorosa naquele local. 



Durante a semana cancelaram dois dias de treinos (quarta e quinta) que a FASP reserva toda semana que antecede etapas do Campeonato Paulista de Automobilismo, para reformarem a chicane. Bom, o trabalho ficou melhor que o outro, mas como já disse, não me inspirou confiança: a princípio tiraram a guia fora, construíram zebras decentes com três palmos de largura e por dentro deixaram uma espécie de "corcunda", que tem por volta de três metros de comprimento e que fica por dentro da zebra interna. Na entrada e saída da chicane, pequenas zebras, com a mesma medida da interior, foram construídas e todas elas com essas pequenas corcundas. O que me deixa um pouco receoso são essas corcundas, pois quando o carro entrar na chicane e atacá-la pode bater em uma delas e acabar saltando de tal modo que pode, até,acontecer algum acidente. E outro detalhe é que tanto a entrada, quanto a saída, não foram alargadas. Esse é outro ponto que foi criticado pelos pilotos do Marcas. O muro, que dá de cara com quem sai da chicane, ainda está sem nenhuma proteção de pneus. Nesse caso, ainda há um tempo hábil para que seja colocado barreiras de pneus naquele local.
Não quero ser chato, mas talvez tenhamos mais um capítulo dessa guerra sobre a chicane do Café.  

GP da Hungria- Classificação- 11ª Etapa

Antes de tudo, digo-lhes que não assisti ao treino. Nenhum pedacinho se quer e graças a internet do celular soube que e pole de Vettel foi suada, sem aquela habitual folga de etapas passadas. Mas li algumas linhas em blogs e sites que o alemão teve que fazer a sua volta voadora com pneus super macios para tirar a a já garantida pole de Hamilton, que tinha, ao seu lado,o outro Mclaren de Button que constituía uma primeira fila dos sonhos para time britânico. Mas a velocidade do Red Bull Nº1 tirou essa chance de vermos, pela primeira vez no ano, algumas cores diferentes que as conhecidas azul-marinho, azul-grenar e amarela. Outro que tem algo para poder sorrir, é Massa que sai pela primeira vez nesta temporada na frente de Fernando Alonso que está completando trinta anos. É uma boa chance para ele, afinal tem feito boas largadas e também uma injeção de ânimo.
Essa prova húngara, pelo que sei e tenho lido, é uma corrida de pura resistência para os pneus e com esses compostos macios e super-macios que a Pirelli levou para lá, redobra ainda mais a chance de termos uma corrida pautada por estratégia de boxes, ou simplificando, quem poupar mais borracha será o grande vencedor. Vettel, como escrevi logo no início, usou um jogo de super-macios ao contrário de Hamilton que guardou um novo para amanhã. A grande vantagem de Sebastian é que ele largará do lado limpo e isso pode ajudá-lo caso consiga sair melhor na largada e alguém, Button ou Massa, passar Hamilton e segurar o ímpeto do piloto britânico que vem embalado pela sua magnífica vitória em Nurburgring semana passada. Aliás este tipo de corrida é a cara de Button. Largando em terceiro e tendo a fama de ultra-conservador para com os pneus, é uma aposta a ser levada em conta neste domingo. Já os Ferraris fiquei surpreso ao vê-los em quarto e quinto. Imaginava que teriam um desempenho parecido, ao menos, com o que foi apresentado em Mônaco e Valência por serem pistas naturalmente travadas. Mas um consolo é que o desempenho deles com estes pneus em corrida é satisfatório. Agora pensar em vitória já é outro caso.
Tendo essas variáveis sobre as paradas de boxes (que para alguns pode ter até alguém que se arrisque a fazer 5 paradas!) e derrepente um clima chuvoso, a prova ganha contornos interessantes. Agora se Vettel largar bem e desaparecer na frente, resta-nos apenas tirar uma cochilo na frente da TV, afinal a pista deste final de semana é Hungaroring.

GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DA HUNGRIA- 11ª ETAPA

1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1m19s815
2. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 1m19s978
3. Jenson Button (ING/McLaren) - 1m20s024
4. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m20s350
5. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m20s365
6. Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1m20s474
7. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m21s098
8. Adrian Sutil (ALE/Force India) - 1m21s445
9. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1m21s907
10. Sergio Perez (MEX/Sauber) - Sem tempo
Q2
11. Paul di Resta (ESC/Force India) - 1m22s256
12. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault) - 1m22s284
13. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - 1m22s435
14. Nick Heidfeld (ALE/Lotus Renault) - 1m22s470
15. Rubens Barrichello (BRA/Williams) - 1m22s684
16. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - 1m22s979
17. Pastor Maldonado (VEN/Williams) - Sem tempo
Q3
18. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus) - 1m24s362
19. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus) - 1m24s534
20. Timo Glock (ALE/Virgin) - 1m26s294
21. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania) - 1m26s323
22. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania) - 1m26s479
23. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1m24s070*
24. Jérôme d'Ambrosio (BEL/Virgin) - 1m26s510

* Punido com a perca de 5 posições pelo acidente com Heidfeld em Nurburgring, semana passada

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Foto 29: Um macaco na F1

Em 1992, no auge do domínio da Williams Renault, soltaram na imprensa que até um macaco seria campeão do mundo pilotando aquele carro. Mansell ficou bravo, claro. Mas se ele tivesse visto essa foto de 1972 não teria ficado tão revoltado assim. O macaco "pilotou" o Lotus 49 de Dave Walker em algum evento no circuito de Silverstone, em 1972. O resultado do teste com o pequeno primata é desconhecido.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...