sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Sobre a eleição dos carros mais belos da história da F1

Desde a segunda-feira passada, dia 26, estou divulgando por aqui, Facebook e Twitter a minha intenção de fazer uma eleição sobre os carros mais belos da F1. Vou explicar como funcionará.
Pedi para os meus leitores que me mandassem uma lista com os dez carros mais belos da categoria, e a  minha intenção é reunir 20 listas ao todo. 
Como funcionará a eleição? Vou reunir as listas e pontuá-las de acordo com a pontuação vigente da F1 e com isso definir as listas que vão ao ar aqui no Volta Rápida. E claro, o nome de todos que participarem desta eleição aparecerá na lista final que terá os dez carros mais belos. 
Uma eleição idêntica a essa foi feita pela revista inglesa "F1 Racing" em 2007, e reuniu 75 carros na lista dos mais belos da história da F1. E quero contar com a ajuda de vocês para fazer uma eleição desse porte por aqui.
Mais uma vez reforço o convite: mandem suas listas para o email speed-world@hotmail.com. 
Desde já o meu obrigado!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Foto 37: Tazio Nuvolari, GP da Tchecoslováquia 1934


Sentindo o gosto de uma Auto Union. Na foto, Tazio Nuvolari durante o final de semana do Grande Prêmio da Tchecoslováquia realizado no colossal circuito de Brno - o traçado tinha 29,142 km - quando ele teve a oportunidade de pilotar um Type A da fábrica alemã. O mantuano utilizou o carro que foi de Hermann zu Leiningen na etapa da Espanha realizada uma semana antes e para aquela prova em Brno era o carro reserva - em Lasarte Leiningen utilizou o #22, enquanto que para a etapa de Brno o piloto alemão utilizou o #32. O tempo de volta alcançado por Tazio naquele teste em Brno foi de 14min 15s, que foi baixado pelo mesmo no sábado quando fez a volta em 14 minutos. A exemplo de Nuvolari, Hans Stuck também testou um carro diferente: o piloto da Auto Union testou um Mercedes Benz W25, alacançando a marca de 14min 05s. Tazio já conhecia bem o carro, uma vez que fez o primeiro teste com Auto Union no circuito de Lasarte uma semana antes, utilizando o mesmo #22.

Desde que as fábricas alemãs invadiram o cenário dos Grand Prix em 1934, Tazio Nuvolari sempre mostrou o seu desejo em pilotar para uma das duas grandes fábricas.
Ao final de 1934, após ter brigado com Enzo Ferrari por causa do baixo rendimento das Alfa Romeo P3, flertou com as duas fábricas, mas recebera uma carta da Auto Union dizendo que seus pilotos não o queriam por lá - principalmente por conta de Achille Varzi, seu grande rival da época da Alfa Romeo e com quem teve grandes desavenças no período em que foram companheiros. Sem equipe para a temporada de 1935, voltou-se para a equipe de Enzo que relutou a não recebê-lo novamente. Mussolini interveio nas negociações e fez com que Ferrari, a contra gosto deste, recontratasse Tazio.

Após dois anos e meio de decepções Tazio viu uma oportunidade de pilotar uma das Auto Union no GP da Suíça de 1937, disputada no circuito de Bremgartem. A Alfa havia retirado seus carros após o grande fracasso na Copa Acerbo e sendo assim, Tazio ficou livre para pilotar os carros alemães.
Nuvolari, acostumado com carros de motor dianteiro, não adaptou-se com Type-C da Auto Union, naturalmente com motor central, e acabou marcando o quarto tempo. As demais equipes protestaram porque disseram que a marca havia sido feita por Bernd Rosemeyer, e não pelo piloto italiano - naquela ocasião Luigi Fagioli, Bernd Rosemeyer e Tazio Nuvolari se revezaram nos três carros durante os treinos e foi onde o piloto alemão acabou por fazer a melhor marca. Após as discussões, Nuvolari foi relegado à 7ª posição no grid.

O resultado final daquele GP mostra que Tazio terminou a prova na 5ª e 7ª posições. Nuvolari tinha começado com o carro #6, mas por estar pouco à vontade naquela máquina, a equipe o chamou para os boxes na oitava volta (quando ocupava a oitava posição) e entregou o carro para Rosemeyer que abandonara logo no início com o carro #8. Bernd terminou a corrida na quinta posição. Tazio voltou para a corrida na volta 22 quando substituiu Luigi Fagioli no carro #4, que abandonara a prova prova por estar sentindo dores nos quadris. Terminaram a corrida em sétimo.

O piloto mantuano voltou para a Alfa Romeo e no início de 1938, após testes com o novo Alfa Type C, este pegara fogo e ele decidira sair de vez da equipe. Na mesma época a Auto Union encontrava-se sem um piloto de referência para o desenvolvimento de seu novo Type-D após a morte de Bernd Rosemeyer que falecera em janeiro durante uma tentativa de quebra de velocidade em Darmstadt. Nuvolari, enfim, pode realizar a sua vontade de ser piloto oficial da Auto Union e isso duraria até o final da temporada de 1939, quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial.


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

GP de Singapura - Corrida - 14ª Etapa

A prova realizada nas ruas de Marina Bay, em Singapura, é uma das mais cansativas do ano para os pilotos por causa do forte calor acompanhado da umidade. E para nós, espectadores, também é difícil de nos mantermos ligados na prova que quase todo ao beirar a marca de 2 horas de corrida. Fora estes problemas, tivemos a chance de ver uma vitória magistral de Vettel que fez da sua vitória um passeio, algo que, confesso não me lembrar de tal domínio faz algum tempo.
Sim, Vettel dominou a corrida como quis. E não teve nenhuma ameaça ao decorrer da prova. Apenas Button que chegara perto nas voltas finais, mas sem ameaçá-lo veemente. Sebastian tinha a prova sob total controle e apenas diminuiu o ritmo no final para preservar os componentes. Em média ele foi de 8 décimos à 1.2 segundo mais rápido que Button durante a corrida. A sua diferença poderia ter sido muito maior, caso o SC não tivesse entrado em ação após o acidente de Schumi com Pérez na metade da prova. Com certeza uma das vitórias mais tranqüilas de sua carreira na F1.
Enquanto que Vettel e Button fizeram provas calmas, os outros concorrentes ao título tiveram uma prova trabalhosa e muito por conta dos pneus que estavam se desgastando rapidamente. Nesse quesito quem mais cortou dobrado foram os Ferraris. Alonso até tinha chances de terminar no pódio, mas os pneus, tanto os macios quanto os super, estavam se degradando com certa rapidez. Ainda sim teve tempo de fazer uma boa largada, pulando de quinto para terceiro, e duelar com Webber pela terceira posição. Com um carro mais balanceado o australiano conseguiu vencer as batalhas com o espanhol, mas ficou evidente que, mesmo tendo um carro parecido com o de Vettel, a sua performance foi muito abaixo e isso vem de tempos. Massa vinha com uma boa quinta posição até parar nos boxes na volta 12 junto de Hamilton. Após saírem dos boxes, ambos disputavam a sétima posição e isso rendeu um toque de Lewis no pneu traseiro esquerdo de Massa mais à frente. Felipe teve o pneu furado e Hamilton à asa dianteira quebrada. Mais tarde isso deu à Lewis uma punição com a passagem por dentro dos boxes, enquanto que Massa teve a sua corrida prejudicada despencando para os últimos lugares. O SC ajudou-os a se recuperarem: Hamilton chegou em quinto e Massa em décimo. Essa corrida confirmou a queda de rendimento da Ferrari neste campeonato após a pausa de agosto. Antes disso, pegando como exemplo as provas de Mônaco e Valência, duas pistas de ruas onde foram usados os mesmo compostos macios e super-macios utilizados nesta prova de Singapura, Alonso conseguiu dois segundos lugares andando bem próximo de Vettel. É um sinal que já estão a trabalhar no carro de 2012 e jogaram para o alto este mundial bem antes do retorno do recesso.
Di Resta e Pérez fizeram bons trabalhos em Marina Bay: o escocês chegou a andar em terceiro em um período da prova e fechou na sétima posição, à frente de Sutil. Pérez marcou pontos mais uma vez e esteve muito bem frente a carros mais velozes, como os Mercedes. No acidente com Schumi, ainda é um tanto discutível, pois para alguns o mexicano chegou a mover o carro bloqueando o alemão. Michael assumiu a culpa pelo acontecido.
Sem hipóteses de marcar pontos Bruno Senna fechou em décimo quinto, mas antes disso, ainda no início da prova, tivera um problema na asa dianteira e acabou por trocá-la. Voltou no meio das Hispanias e a intervenção do SC também o ajudou a recuperar-se na corrida fechando na frente de Petrov. Barrichello não teve a mesma sorte. Largou em 12º e fechou em 13º, atrás de Maldonado.
A corrida em Marina Bay não passou nem perto do que foi a de Monza, mas ela teve os seus brilhos conquistados por curtos duelos durante o certame. O título de Vettel não veio, por um ponto, e isso ficará reservado à Suzuka que é a eterna casa das decisões da F1. E isso não acontece desde 2003, quando Schumacher venceu seu sexto mundial. E por coincidência, é outro alemão que estará prestes a fazer história novamente na F1. Continuando neste ritmo e tendo todo o apoio da Red Bull, que parece ser um lar inabalável, Sebastian está iniciando uma nova época de supremacia na categoria. E de um modo rápido e aniquilador. 
 A largada: foi o único momento em que Vettel teve alguma "pressão". No canto Webber bloqueia Hamilton
 Os pneus: Alonso sofreu aos montes com o desgaste excessivo dos compostos, tanto os macios quanto os super. Atrás Webber se prepara para atacá-lo
 Além de Vettel, Button foi outro que fez uma corrida super tranquila. E pelo andar da carruagem, já é o primeiro piloto do time.
 Ops!: Hamilton toca no pneu traseiro direito do Ferrari de Felipe, que fura instantaneamente. Mais tarde Massa foi dar os parabéns ao inglês.

RESULTADO FINAL
Grande Prêmio de Singapura
Circuito de Marina Bay - 15ª Etapa
61 voltas - 25/09/2011


1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 61 voltas em 1h59min06s
2. Jenson Button (ING/McLaren) - a 1s7
3. Mark Webber (AUS/Red Bull) - a 29s2
4. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 55s4
5. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - a 1min07s7
6. Paul di Resta (ESC/Force India) - a 1min51s0
7. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a uma volta
8. Adrian Sutil (ALE/Force India) - a uma volta
9. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a uma volta
10. Sergio Perez (MEX/Sauber) - a uma volta
11. Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a uma volta
12. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - a uma volta
13. Rubens Barrichello (BRA/Williams) - a uma volta
14. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - a duas voltas
15. Bruno Senna (BRA/Renault) - a duas voltas
16. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - a duas voltas
17. Vitaly Petrov (RUS/Renault) - a duas voltas
18. Jerome d'Ambrosio (BEL/Virgin) - a duas voltas
19. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania) - a quatro voltas
20. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania) - a quatro voltas
21. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - a cinco voltas

Abandonaram:
Jarno Trulli (ITA/Lotus) - a 14 voltas/motor
Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 33 voltas/colisão
Timo Glock (ALE/Virgin) - a 52 voltas/colisão

FOTOS: ITV.COM

sábado, 24 de setembro de 2011

GP de Singapura - Classificação - 14ª Etapa

Confesso que estamos num estágio parecido com o que acontecia cerca de nove, dez anos atrás, em que estava difícil encontrar palavras para descrever como havia sido o dia de treino e corrida pelo tamanho domínio que Michael Schumacher exercia sobre os demais. Hoje a estrela da vez é Vettel, que tem estraçalhado seus concorrentes sem piedade. E as vezes nem dá graça você ver o treino, porque na maioria das vezes ele vai lá e pimba! toma a liderança do rival com total facilidade como aconteceu hoje no Q3, quando desbancou Hamilton da pole provisória sendo 0''428 mais rápido que o inglês da Mclaren. A marca alcançada (1'44''381) foi a que lhe garantiu a 11ª pole deste ano, a vigésima sexta da sua carreira igualando Hakkinen.
Webber até que fez um esforço para conseguir a pole ao fazer o primeiro trecho melhos que Sebastian, mas as duas parcias seguintes não foram boas e ele acabou ficando em segundo. Button e Hamilton fecharam a segunda fila para a Mclaren, assim como Alonso e Massa para a Ferrari na terceira fila. Os Mercedes de Rosberg e Schumacher ficaram na quarta fila e os Force India de Sutil e Di Resta ficando com quinta. Ou seja, filas gemêas em Singapura. Barrichello fechou em 12º e Bruno na 15ª posição.
Para mim Vettel vencerá fácil, mas o título não será conquistado. Se a prova de amanhã acabar do modo que está o grid, Sebastian ficaria à um ponto da conquista já que Webber ficaria 124 pontos atrás dele e faltando 5 provas para o fim apenas 125 pontos estarão em jogo.
Vettel fará a sua parte e o destino se encarregará do resto.

GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DE SINGAPURA - 15ª ETAPA

1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1min44s381
2. Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min44s732
3. Jenson Button (ING/McLaren) - 1min44s804
4. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 1min44s809
5. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min44s874
6. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min45s800
7. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min46s013
8. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - sem tempo
9. Adrian Sutil (ALE/Force India) - sem tempo
10. Paul di Resta (ESC/Force India) - sem tempo
11. Sergio Perez (MEX/Sauber) - 1min47s616
12. Rubens Barrichello (BRA/Williams) - 1min48s082
13. Pastor Maldonado (VEN/Williams) - 1min48s270
14. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1min48s634
15. Bruno Senna (BRA/Renault) - 1min48s662
16. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - 1min49s862
17. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - sem tempo
18. Vitaly Petrov (RUS/Renault) - 1min49s835
19. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - 1min50s948
20. Jarno Trulli (ITA/Lotus) - 1min51s012
21. Timo Glock (ALE/Virgin) - 1min52s363
22. Jerome d'Ambrosio (BEL/Virgin) - 1min52s404
23. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania) 1min52s404
24. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania) - 1min52s810

FOTO: GETTY IMAGES

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Foto 36: Mass e Villeneuve

Uma das mais belas imagens com Villeneuve a perseguir Mass, que pilotava o a jóia dourada do Arrows A2, durante os treinos para o GP da França de 1979, em Dijon-Prenois.
Três anos depois a cena se repetiria, mas de forma trágica.

Em duas rodas

Marcus Grönholm, bi-campeão do WRC nos anos 2000 e 02, venceu a a quinta etapa do Europeu de RallyCross disputado no circuito de Lydden Hill, no Reino Unido. Até aí tudo bem, mas a vitória veio num lance de pura habilidade do piloto finlandês:

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Damon Hill, Suzuka 1996

Aí as imagens de Damon Hill testando um Ligier JS41, pintado com as cores da Bridgestone, em Suzuka. O carro fora arrendado pela fábrica afim de iniciar seus testes já na metade de 96. Jos Verstapen, Ricardo Rosset, Jörg Muller e Tarso Marques foram os outros que andaram neste carro.
Em novembro daquele ano, lgo após a conquista do seu mundial, Hill foi testar os pneus nipônicos. Damon foi só elogios aos novos compostos que estreariam dentro de 4 meses na F1.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...