Um olhar distante e pensativo. Este era Peter Gethin nos boxes de Edmonton antes da sua estréia pela Mclaren na Can-Am, em substituição à Bruce Mclaren que havia falecido em junho de 1970. Gethin estreou bem naquela prova ao chegar em segundo fazendo a dobradinha com o vencedor, e parceiro de equipe, Denny Hulme.
Peter venceu naquele ano em Elkhart Lake e ficou em terceiro no campeonato, vencido com folga por Hulme.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Procar BMW - Hockenheim, 1979
Confesso que é raro você encontrar vídeos sobre as corridas da exinta Procar, que utilizava os belos e potentes BMW M1 em algumas provas pré-liminares da F1 em 79 e 80. O vídeo em questão é do final de semana do GP da Alemanha, realizado em Hockenheim. A vitória nesta prova da Procar, então 5ª etapa daquele campeonato, ficou à cargo de Niki Lauda, seguido por Hans Joachim Stuck e Hans Georg Burger.
Lauda veio à ganhar aquele compeonato com 78 pontos, contra os 73 de Stuck. Nelson Piquet ganhou o campeonato de 1980 com 13 pontos de vantagem sobre Alan Jones, para quem viria a perder o mundial de F1 naquele ano.
sábado, 3 de dezembro de 2011
GP de Long Beach, 1982 - Vídeo
O GP de Long Beach foi a terceira etapa do campeonato de 1982, disputado em 4 de abril. Dos 25 carros que largaram, apenas 10 completaram. A pole foi feita por Andrea De Cesaris (Alfa Romeo) 1'17''316, esta que foi a sua única pole na F1. Para variar, ele bateu seu carro na volta 33.
A vitória ficou com Niki Lauda (Mclaren), seguido por Keke Rosberg (Williams) e Ricardo Patrese (Brabham).
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Foto 48: Newman-Haas em três takes
A primeira foto é de um teste de Mario Andretti em Pocono, em 1983 quando a equipe, recém fundada, estreava na Indy.
Passados 10 anos, já consolidada na categoria, conquistou a terceira a posição na Indy 500 com Nigel Mansell que viria a conquistar o campeonato daquele ano justamente no seu ano de estréia.
Em 2004 começou o reinado do team na então Champcar, com o francês Sebastien Bourdais, que conquista o primeiro dos seus 4 títulos consecutivos (2004, 05, 06, 07).
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Os dez melhores pilotos de 2011
Vida ingrata de quem faz uma lista dessas. Você pode cometer a injustiça de colocar e de não colocar um piloto neste tipo de eleição, mas como nem tudo é unânime é aí que fica a graça.
Com relação à minha lista de 2010, não coloquei nem Webber e Massa entendendo que por ter carros melhores que o restante (no caso de Mark, o melhor carro do grid e um dos melhores da história), suas performances não foram dignas de estarem no top 10. Nem a vitória de Webber me comoveu para tal, a não ser que ele tivesse feito uma corrida épica.
Nas três primeiras posições, os melhores das equipes grandes que massacraram seus companheiros num ano totalmente deles. Fiz questão de enfatizar, também, o bom trabalho que os pilotos do meio do pelotão fizeram neste 2011.
Antes que me joguem pedras, eu não coloquei Sergio Pérez na lista por achar que ele fez pouco a bordo da Sauber, apesar de reconhecer que ele é um piloto de grande talento e, com este ano de aprendizado, ele estará forte para o ano que vem.
1º Sebastian Vettel – Se os seus números neste ano foram surpreendentes, o modo como ele os conquistou foram ainda mais impressionantes. Sebastian esteve num nível absurdamente acima dos seus rivais, com performances que fez lembrar, em quase todas as corridas, as mesmas que Schumacher fazia nos seus tempos de domínio absoluto na primeira metade da década passada. As suas poles, conquistadas com folga ou com voltas canhão, que mais pareciam ter sido tiradas da cartola (vide Suzuka e Abu Dhabi), são de uma finesse insuperável. Pode-se dizer que Vettel amadureceu muito desde os seus dias tempestuosos que quase lhe custaram o título do ano passado, mas exatamente, após esta fase infeliz, ele cravou belas performances nas últimas provas de 2010 e quando voltou para a primeira prova deste campeonato, nem parecia que esteve de férias, tamanha a facilidade com que dominou a corrida em Melbourne. O RB7 pode ter facilitado a sua vida, claro, mas se você olhar o que Webber, aquele mesmo que quase o destronou ano passado, não fez com um carro idêntico, verá o quanto que Sebastian esteve empenhado para dominar o seu veterano companheiro, como para conquistar o seu segundo título. Resumindo: ele não teve rivais.
2º Jenson Button – A segunda temporada a serviço da Mclaren revelou-se totalmente positiva para o campeão de 2009. Se em 2010 ele foi derrotado por Hamilton, este ano ele esteve acima do seu badalado companheiro, que atravessou um ano de azares. Button venceu três corridas com desempenhos soberbos e, enquanto Lewis ficava pelo caminho, ele colecionava pontos e ganhava ainda mais a admiração e confiança do time. O seu estilo super suave na condução foi perfeito para domar o brutal desgaste dos compostos da Pirelli, que esfarelavam facilmente. Mas isso não o privou de pilotagens totalmente agressivas, como aconteceu em Barcelona ou então na sua hipnótica perseguição à Vettel nas voltas finais do GP canadense. Tivesse largado melhor em algumas corridas e/ou contado com um carro melhor desde o início do mundial, poderia ter feito frente ao domínio quase absoluto de Sebastian.
3º Fernando Alonso – Com relação à lista que fiz ano passado, Alonso despencou duas posições. Mas não foi por culpa dele. A Ferrari esteve num ano totalmente improdutivo no campo técnico, com vários problemas para resolver e isso refletiu no resultado do espanhol nesta temporada. Fernando continuou lutando bravamente contra Red Bull e Mclaren, que tinham carros muito superiores. Enquanto esteve com pneus macios e super macios, foi um tormento para estas equipes e suas largadas foguete em Barcelona e Monza, aonde chegou a liderar suportando toda a pressão, mostraram do que é feito o Bicampeão. Apesar da mutreta armada pela Ferrari para tirar os difusores aquecidos de Red Bull e Mclaren para a prova de Silverstone, Alonso foi brilhante ao levar a equipe para a sua única vitória no ano pilotando o carro no limite extremo, algo que foi totalmente corriqueiro nesta temporada. As suas voltas tentando alcançar Hamilton em Abu Dhabi, trazendo o Ferrari feito um kart, resumem bem como foi 2011 para ele.
4º Lewis Hamilton – O talento de Lewis nunca esteve tão em xeque quanto neste ano. Dono de uma tocada agressiva e que na maioria das vezes encanta quem o assiste, teve uma face desastrada em 2011. Acidentes e incidentes que podiam ser evitados estragaram uma temporada que se desenhava para ele ser o maior oponente de Sebastian na luta pelo título. Apesar de duas vitórias convincentes nos GPs da China e Alemanha, a sua temporada entrou em parafuso com inúmeros incidentes e a separação da sua namorada só o afetou ainda mais, fazendo-o perder o foco nas pistas. As novelas com Massa, onde os dois sempre trocavam esbarrões durante as corridas, foi o ponto negativo para ambas as partes. Mas Hamilton esteve em grande forma quando não tinha Felipe pelo caminho: duelou com Vettel em Shanghai, disputou roda a roda com Webber a terceira posição na Coréia por várias curvas e a grande disputa por inúmeras voltas com Schumacher em Monza, foi o ponto alto da temporada. A falta de paciência lhe custou caro este ano.
5º Nico Rosberg – A sexta temporada do filho de Keke na F1 foi parecida com a do ano passado: boas provas, apagado em algumas e sofrendo com um carro inconstante. Mas a sua principal disputa, como sempre, foi com Schumacher, de quem ele conseguiu sair 16 vezes na frente nas tomadas de tempos. E foi assim, também, na tabela dos pontos, onde ele marcou 89 contra 76 de seu companheiro. Uma melhoria no carro da Mercedes, que é esperada por todos desde o ano passado, pode ser uma chance dele, enfim, ingressar no clube dos top drivers da categoria.
6º Jaime Alguersuari – Desde a sua estréia em 2009 no GP da Hungria pela própria Toro Rosso, que observo a evolução deste piloto. Em 2010 ele conseguiu chegar próximo de Buemi e este ano, com uma carga maior de experiência, pode mostrar o seu valor: conseguiu levar o carro algumas vezes à casa dos pontos, lutando bravamente pelas posições sem tirar o pé (em especial contra as Force Índia) e fez algumas classificações que chamaram a atenção, como o seu sexto lugar em Spa. Buemi pode até ter conseguido mais vezes largar à sua frente (13x6), mas o espanhol ganhou mais pontos (26x15). Caso continue nesta crescente em 2012, pode, quem sabe, pleitear um lugar na Red Bull quando Webber sair. Mas é claro, a disputa será feroz.
7º Adrian Sutil – A chegada de Di Resta a Force India poderia ter desestabilizado o reinado deste piloto que está na equipe desde 2007. Apesar das boas performances de seu novo companheiro, Sutil esteve tranqüilo quanto a isso. Trabalhou serenamente e os resultados apareceram e ele colocou o seu talentoso parceiro no bolso. Mas as classificações foram apertadas, com o alemão ganhando por 10x9. Se hoje a Force India é algo, isso se deve muito à Adrian que deve estar de saída para outra equipe em 2012. Provavelmente a Williams.
8º Vitaly Petrov – Sem Kubica, a sua referência maior, a Renault Lotus teve que apostar as suas fichas no trabalho de Heidfeld. Mas foi Petrov quem assumiu as rédeas e surpreendeu a todos com uma tocada firme no comando desta equipe dentro da pista. Apesar da queda de rendimento do carro, o russo esteve sempre forte e apesar da chegada badalada de Senna, com quem teve um pouco mais de serviço, ele conseguiu se impor. Para o ano que vem apenas uma vaga está aberta na Lotus (Kimi Raikkonen é o outro piloto) e ele terá que lutar contra Bruno e Grosjean. Pelo que fez este ano e com dinheiro polpudo dos russos, acredito que a vaga já é sua.
9º Kamui Kobayashi – Vida difícil deste piloto japonês neste ano. Assim como em 2011 ele não teve boas performances nos classificatórios, o que o deixou em condições difíceis para tentar melhores posições de chegada. Os melhores exemplos ficam reservados à sua primeira parte no mundial, onde marcou pontos em 7 provas de dez disputadas, principalmente em quatro delas onde ele largou muito mal. As quebras na segunda parte do mundial, os erros e péssimas apresentações, contrastaram com a subida de produção de Pérez. O GP do Canadá, quando chegou a andar em terceiro antes da interrupção da corrida, num momento em que lutava até com os líderes. Foi o seu melhor momento no ano.
10º Paul Di Resta – Com o título da DTM no bolso e mais a fama de ter sido um dos poucos a derrotar Vettel nas categorias de base, este escocês, primo de Dario Franchitti, teve um aprendizado muito bom neste ano. Foi o novato que mais marcou pontos dentre os que estrearam neste ano (27) e foi, também, uma pedra no sapato de Sutil que cortou um dobrado com este piloto. Caso Sutil saia da equipe, Di Resta passará a ser a referência na Force India. Mas caso seu companheiro seja o veloz Hulkenberg, podemos ter um dos melhores duelos entre companheiros equipe em 2012.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Foto 47: A volta do campeão de gelo
Uma comemoração tímida, mas suada. A foto em questão neste post foi tirada por este que vos escreve em 2007, na corrida que consagrou Kimi Raikkonen como o mais novo campeão da F1, naquele momento. Eu trabalhei nos boxes naquele fim de semana, mas precisamente no posto de sinalização e direção de provas, mais conhecido por nós comissários de pista como PSDP, e digo que tirei esta foto, e outras mais, a base de cotoveladas e espremido no meio de uma multidão que queria um instantâneo daquele momento. E digo que, como reles bandeirinha, nem deveria estar ali no meio da imprensa tirando fotos porque somos “proibidos” de fotografar durante todo o evento. Coloco entre parênteses porque sempre conseguimos tirar umas fotinhas às escondidas, sem que ninguém perceba.
A foto em si é apenas uma deixa para falar um pouco do Kimi, que voltará ano que vem para a F1 pela ex-Renault Lotus que se chamará apenas Lotus em 2012. Confesso que fiquei surpreso, mas no meio de tanta fumaça feita desde o ano passado sobre a sua volta uma hora o fogo tinha que aparecer. A sua incursão nos Ralis e, rapidamente no mundo da NASCAR, não foi tão satisfatória assim e creio que ele volta para F1 como um garoto rebelde que saiu da casa dos pais e quebrou a cara no mundo lá fora. Como ele voltará ano que vem? Não sei, mas torço para que não seja uma chicane ambulante, ou onde todos queiram tirar uma casquinha como fazem com o Schumacher hoje. Para o marketing da F1, é uma volta louvável, pois a categoria contará com 6 campeões mundiais na ativa. Algo inédito na categoria. Por outro lado a presença do Ice Man impede que pilotos mais jovens, sedentos por oportunidades, cheguem à F1. Petrov, Senna e Grosjean, se estapearam num leilão para ver quem dá mais para ser o segundo piloto do time. No meu ver, Petrov sai com vantagem e não apenas pela grana (que é gorda), mas pelo fato de ter feito um bom trabalho neste ano – dentro da suas possibilidades – numa altura que a equipe ficou sem sua referencia maior que é o Kubica. Grosjean, caso perca, acredito que ainda ficará como “piloto de testes” e Bruno, apesar do trabalho decente que fez nestes oito GPs em que esteve na equipe, não o vejo muito forte por lá. Tenho a impressão que a sua popularidade lá dentro não anda tão em alta quanto foi em Spa e Monza, apesar de possuir um apoio financeiro muito forte também.
Independentemente de qual seja os seus resultados, que o regresso de Kimi Mathias Raikkonen seja, pelo menos, satisfatório.
FOTO: Arquivo Pessoal
Foto 46: Um grande dia para todos nós
Foto: Cibele Pereira
Foto: Alexandre Antunes
Foto: Artur Penteado Teixeira
Como a maioria que me conhece, ou me segue pelo twitter e facebook, sabe que não trabalhei este ano no GP do Brasil de Fórmula-1. É o terceiro ano consecutivo em que fico de fora, ou melhor, toda a equipe da qual faço parte desde 2002 Speed Fever, está sem trabalhar na corrida. Mas digo-lhes, que mesmo de longe, fiquei feliz para caramba com as voltas que Nelson Piquet deu a bordo da Brabham BT-49C do seu primeiro mundial de pilotos, conquistada 30 anos atrás numa prova de resistência que foi aquela de Caesar’s Palace. E claro, deu um pontinha de vontade de estar lá, pelo menos naquelas voltas, para ver este momento histórico assim como no ano passado, quando o Emerson Fittipaldi andou com a sua Lotus 72 JPS momentos antes da largada. E ao contrário daquela eterna picuinha entre Sennistas e Piquetistas, que foi muito alimentada pela imprensa, eu gosto do estilo despojado do Nelson Piquet. Sua irreverência, malandragem, esperteza, criatividade, contribuíram muito para o folclore da F1 dos anos 80, época que considero um das melhores da categoria.
As suas voltas em Interlagos no domingo passado foram demais, e ainda teve o adendo dele ter corrido empunhado uma bandeira do Vasco da Gama – seu time de coração – para provocar, em especial, os corintianos. E este gesto gerou vaias das arquibancadas e que alguns classificaram de falta de respeito com o momento. Sim, se formos observar pela homenagem que foi feita, realmente faltaram com respeito com aquele momento mágico. Mas o Nelsão não estava nem aí para o que havia acontecido, ou que estava para acontecer. Ele curtiu como um garoto que pilotava pela primeira vez um F1 e isso se pode ver assim que ele desceu do carro: um sorriso largo e constante. E como ele definiu bem, após uma pergunta da Mariana Becker se ele havia chorado, “tenho que chorar por coisas ruins, e sorrir das boas”. Ele sabe o que diz.
Voltando a minha vidinha daquele domingo, de frente às migalhas que a Globo jogava na TV, abri a internet do celular e vi duas fotos dos meus amigos, que lá estavam trabalhando como comissários de pista, especialmente dedicada para mim: da Cibele Pereira “Para você Paulo Abreu, com todo meu carinho” e do Alexandre Antunes “Em homenagem ao Sr. Paulo Abreu”. Na segunda-feira, outra foto, mandada pelo grande Artur Teixeira, estava encabeçando a minha lista de e-mails. Todas estas três fotos eram do Nelsão passando em cada local onde eles trabalharam neste fim de semana passado. Fiquei feliz pela lembrança, mas não chorei. Segui a dica do Nelsão, claro.
E aqui vos agradeço, mais uma vez! De coração!
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