terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Foto 55: Tin tin
E aqui fica um pôster de um dos melhores desenhos que já existiu, e que agora está nas telonas do cinema: Tin Tin
Foto 54: E terminou...
A foto em questão é do GP da Itália de 2008, aquela que Vettel, de modo soberbo, venceu e assombrou o circo com uma mirrada Toro Rosso frente a Ferraris e Mclarens que se matavam pelos títulos de pilotos e construtores. Lá trás, o drama: tanto Barrichello, quanto Button, lutavam por algo naquela corrida. Mas nada veio: Jenson foi o 15º e Rubens o 17º.
No GP do Brasil, última etapa, aquele clima de decisão tinha os dois lados: a batalha entre Hamilton e Massa pelo título monopolizava o ambiente, mas do outro lado a decisão vinha do time da Honda, onde Barrichello parecia viver seus últimos instantes. Cheio de perguntas sem respostas, Rubens usou naquele final de semana o capacete de Ingo Hoffman, homenageando o piloto brasileiro que correu na F1 nos anos 70 pela Copersucar. Não foi um grande final de semana, pois terminou em décimo quinto. E parecia que os seus dias haviam terminado. E parecia, claro, afinal ninguém, nem mesmo o próprio, tinha idéia do que iria acontecer no futuro principalmente depois da Honda anunciar que não participaria do mundial de 2009.
E de repente, num daqueles contos de fada que acontecem de tempos em tempos, Ross Brawn assumiu o comando, fundou uma equipe e deu à Barrichello a chance de mais uma temporada. E ao seu lado Button. Foi uma bela temporada, muito além do que todos poderiam imaginar: a novata equipe foi campeã de pilotos com Button e de construtores, e Rubens pôde voltar à linha de frente e vencer mais dois GPs na sua carreira.
Terminado o sonho, ele seguiu rumo à Williams, para realizar o sonho de competir pela equipe de Grove. Foram duas temporadas, medianas, que chegou ao fim hoje com o anúncio que Bruno Senna havia sido o escolhido para fazer dupla com Maldonado.
Foram dezoito temporadas de ódio e paixão em doses igualmenete cavalares, onde ele inflou a torcida de esperanças e depois teve que arcar com as inúmeras chacotas por não conseguir resultados que o público e, porque não, imprensa esperava.
Agora Rubens está à pé e, pela sua obsessão doentia pela F1, ele deixou de ter uma despedida decente da categoria que por tantas vezes declarou sua paixão. Mas ele soube aproveitar bem os momentos que passou ali, talvez tanto qualquer um piloto quew tenha passado ali.
O que faltou: o mundial e uma vitória o Brasil, claro. Mas se tiver gana, pode conquistar outras vitórias em outras praças. É só querer.
sábado, 14 de janeiro de 2012
Vídeo: CART Indycar Rio 400, 1996
Segunda etapa do campeonato da CART em 1996, a categoria desembarcava pela primeira vez no Brasil para realizar uma corrida no novo "oval" construído na pista de Jacarepaguá.
A pole position foi de Alessandro Zanardi (Chip Ganassi) com a marca de 40''162 e a vitória ficou com André Ribeiro (Tasman) após 2 horas de corrida. Al Unser Jr. (Team Penske) foi o segundo e Scott Pruett (Patrick Racing) fechou em terceiro.
Abaixo fica o vídeo, com o resumo da prova, e o resultado final:
(Clique para ampliar)
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Foto 53: Multidão
As provas de rali são emocionantes, principalmente as dos anos 80, onde as pessoas desafiavam os poderosos carros turbo do saudoso Grupo B.
Nesta foto o Lancia 037 abre caminho em meio a multidão, que arrisca a vida por uma foto.quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Foto 52: Peterson e Emerson
Uma linda correção de Peterson com a fracasada Lotus 76, bem na frente de Emerson durante o GP da Bélgica de 74, disputado em Nivelles.
O piloto brasileiro venceu aquele GP e Ronnie abandonou na volta 56 com vazamento de combustível.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Taça Gordon Bennett - 1ª Parte
A evolução dos carros de corrida do final do século 19 ao virar do século 20 estavam em franca ascensão. As potências e velocidades alcançadas na primeira corrida da história, a Paris-Bourdeaux vencida por Koechlin (FRA) com um Peugeot à média de 19,56Km/h eram apenas uma sombra ao final daquele século. Em 1900 René de Knyff (FRA), pilotando um Panhard, alcançou 69,77Km/h na sua vitória em Pau mostrando que os progressos tinham sido rápidos em apenas 5 anos. As potências também tinham se elevado. O Panhard-Levassor do segundo colocado da Paris-Bourdeaux de 1895, Emile Levassor, debitava 4 cv de potência. Já em 1900 o Mors de Levegh tinha 24cv. Esse crescimento era fruto do desenvolvimento em grande escala da indústria automobilística francesa, que estava anos luz à frente de qualquer outra naquela época e isso refletia nas suas competições, que serviam de laboratórios paras as fábricas e também como propaganda para que estas vendessem seus carros.
Em 1900 James Gordon Bennett, editor do jornal americano New York Herald, decidiu financiar uma corrida internacional a fim de motivar outros países, inclusive os EUA seu país natal, a melhorarem seus carros através da competição e de algum modo, desafiar o poderio francês que até então estava intacto.
A prova aconteceria anualmente e cada país teria o direito de inscrever até três carros e esta inscrição quem deveria fazer era o automóvel clube do país e não o construtor. Também foi introduzido pela primeira vez as cores que identificavam a qual nação aquele(s) carro(s) representava(m): Amarelo para a Bélgica; Azul para a França; Verde para a Grã-Bretanha; Branco para a Alemanha; Vermelho para os EUA. Anos mais tarde a cor vermelha foi passado para os italianos e aos americanos foi acrescentado a cor branca. O país que tivesse o carro vencedor organizaria a prova do ano seguinte.
O ACF (Automóvel Clube da França) foi incumbido a organizar a primeira corrida e o trajeto escolhido foi de Paris-Lyon. Mas os acidentes em corridas de estrada aberta estavam a crescer e tudo se agravou após o grave acidente da prova Paris-Roubaix onde várias pessoas se machucaram após serem atingidas por dois carros. Alguns estados franceses acabaram por banir as provas de suas cidades, e assim a corrida de Gordon Bennett quase não aconteceu. A indústria francesa persuadiu o governo argumentando da importância da competição para o desenvolvimento de seus carros. Sendo assim, convenceram o governo e a primeira Gordon Bennett pode ser realizada.
O senhor James Gordon Bennett
A CORRIDA
Para a primeira corrida, 8 participantes de quatro países:
EUA: Alexander Winton e Anthony Riker pilotando os Winton
BÉLGICA: Camille Jenatzy pilotando um Snoek Bolide
FRANÇA: Fernand Charron, René de Knyff e Léonce Girardot pilotando os Panhard 40
ALEMANHA: Eugene Benz pilotando um Benz
O outro participante era Pierre Velghe (que usava nas provas o apelido de "Levegh") que correu com um Mors. Estes eram franceses e estavam inscritos na prova para desafiar os Panhard tudo por causa da escolha do ACF, que foi feita de modo secreto, quando escolheu os três pilotos que a representaria na prova. Mas eles eram pilotos Panhard e a Mors se sentiu prejudicada, já que seus carros eram mais competitivos e assim decidiu entrar na prova, mas sem apoiar país algum.
No dia 14 de junho, 6 carros estavam presentes na para a partida em Paris. Eugene Benz e Anthony Riker tiveram problemas em seus carros e nem apareceram. A largada foi dada e assim, como a tentativa da organização desta prova, também foi caótica. Levegh tinha sumido na frente abrindo 30 minutos de diferença para Fernand Charron, segundo colocado, mas o piloto do Mors viria a ter problemas mecânicos o que acabou lhe roubando a vitória. Ele terminaria a corrida no segundo lugar.
Os outros concorrentes também tiveram problemas. Girardot teve problemas com a direção do seu Panhard, o que lhe privou de brigar pela vitória; De Knyff abandonaria a prova assim como Camille Jenatzy; Winton também apresentou problemas com umas das rodas que acabou quebrando.
Mas Charron foi quem teve mais problemas. De ínicio, quando era segundo na prova, passara sobre uma pequena vala entortando o eixo traseiro do seu carro. Após os reparos feitos por seu mecânico Henri Fournier, Charron continuou na prova, mas Fournier teve que jogar óleo nas correntes durante o resto da corrida para que a roda não travasse. Mais tarde, já líder, Charron estava numa descida quando acabou atropelando um cachorro. Por mais que acabasse voltando para a prova após terem retirado o cão morto do seu carro, o seu Panhard teve uma avaria na bomba d'água causada pelo atropelamento. Fournier também teve que bombear água manualmente além, claro, de jogar óleo nas correntes até o final da prova.
Charron, mesmo com todos os problemas, venceu a corrida seguido pelo valente Levegh e a terceira posição ficando com Girardot.
Enfim a primeira prova de Gordon Bennett tinha terminado e a França realizaria, novamente, a corrida do ano seguinte.
Taça Gordon Bennet - 2ª Parte
1901- Segunda Edição da Taça Gordon Bennett- Paris-Bourdeux
1902- Terceira Edição da Gordon Bennett - Paris-Viena
FRANÇA: Henri Fournier pilotando um Mors; Léonce Girardot e René de Knyff pilotando os Panhard. GRÃ-BRETANHA- Montague Graham- White e Arthur Callan pilotando os Wolseleys; Selwyn Edge pilotando um Napier.
Leonce Girardot concentrado antes do início da segunda edição da Taça Gordon Bennett, e1901
A primeira corrida tinha sido complicada, tanto ao tentar organiza-lá quanto no decorrer dela, quando aconteceram vários problemas com os carros dos participantes. Para a prova de 1901 esperava-se tranqüilidade, mas acabou sendo uma decepção. Apenas a França inscrevera seus carros com dois Panhard pilotados por Fernand Charron e Léonce Girardot e o Mors, enfim conseguindo sua vaga na equipe francesa, pilotado mais uma vez por Levegh. Deveria ter a participação britânica, mas o Napier de Selwyn Edge não estava adequado para esta prova.
O ACF, vendo a que a procura pela Taça Gordon Bennet estava baixa, decidiu incluir a prova junto da Paris-Bourdeaux que seria disputado por outras categorias.
Com apenas três à disputar a taça, Levegh assumiu a liderança mas abandonaria mais tarde por problemas de câmbio. Charron também não conseguiu completar a corrida e assim a vitória da segunda prova de Gordon Bennett ficou para Léonce Girardot. Na prova principal, a Paris-Bourdeaux, ele fechou em nono.
Selwyn Edge, que levou a Grã-Bretanha à sua primeira vitória internacional em 1902
As provas na França estavam numa situação delicada. Alguns acidentes, incluindo a morte de um garoto na prova do Paris-Berlim disputada em 1901, tinham sido mal vistas pelas autoridades francesas que, de ínicio, pensou em tentar limitar a velocidade dos carros, mas o governo achou melhor proibir a competição em estradas.
Mesmo assim o ACF decidiu realizar a prova entre Paris-Viena que contou com o apoio imediato, após algumas conversas, do governo austríaco. A corrida passaria pela Suíça, mas com a condição de que seria uma etapa neutra, sem disputa alguma. A indústria francesa mais uma vez sentou para argumentar com o governo que, novamente, cedeu e autorizou a realização da grande corrida.
Mais uma vez a Gordon Bennett seria integrada a essa prova, mas num limite de 650 Km que terminaria em Innsbruck, Áustria.
Dois países se inscreveram para a prova com três carros cada:
FRANÇA: Henri Fournier pilotando um Mors; Léonce Girardot e René de Knyff pilotando os Panhard. GRÃ-BRETANHA- Montague Graham- White e Arthur Callan pilotando os Wolseleys; Selwyn Edge pilotando um Napier.
Na largada Fournier saiu na frente e liderava com folga até que problemas na caixa de câmbio o deixaram de fora da briga pela vitória, abrindo caminho para que de Knyff assumisse a ponta.
Girardot ficou pelo caminho e os dois Wolseleys também caíram fora sobrando apenas de Knyff e Edge na prova. O francês, que ainda liderava, acabou tendo uma quebra no diferencial durante a passagem do comboio pela Suíça, que era uma etapa neutra. Edge ficou sozinho na prova, mas quando se aproximava do final, perto de Innsbruck, ele escapou para fora da pista e para voltar foi empurrado pelos espectadores o que era proibido. O piloto inglês venceu, mas os franceses entraram com protesto pelo acontecido em Innsbruck. Mais tarde de Knyff retirou o recurso, e assim os britânicos poderam festejar sua primeira vitória nas competições autobilísticas..
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