1º Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - 1min34s484
2º Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) – 1min34s761
3º Fernando Alonso (ESP/Ferrari) – 1min34s788
4º Nico Rosberg (ALE/Mercedes) – 1min34s861
5º Felipe Massa (BRA/Ferrari) – 1min34s933
6º Romain Grosjean (FRA/Lotus) – 1min35s364
7º Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso) - 1min35s998
8º Jenson Button (ING/McLaren) – 2min05s673
9º Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) – sem tempo
10º Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) – sem tempo
11º Paul Di Resta (ESC/Force India) – 1min36s287
12º Sergio Pérez (MEX/McLaren) – 1mi36s314
13º Adrian Sutil (ALE/ Force India) – 1min36s405
14º Pastor Maldonado (VEN/Williams) – 1min37s139
15º Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso) – 1min37s199
16º Valtteri Bottas (FIN/Williams) – 1min37s769
17º Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber) – 1min37s990
18º Jules Bianchi (FRA/Marussia) – 1min38s780
19º Max Chilton (ING/Marussia) – 1min39s537
20º Charles Pic (FRA/Caterham) – 1min39s614
21º Giedo van der Garde (HOL/Caterham) – 1min39s66
*22º Mark Webber (AUS/Red Bull) – 1min36s679
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Foto 189: Rindt, 71
Jochen Rindt e sua esposa Nina, durante um passeio de lancha no lago de Geneva em 1970. O campeão post-mortem de 1970 estaria completando 71 anos hoje.
Foto 188: Clark e Spa
Se havia um circuito que Jim Clark não gostava, este era o desafiador Spa-Francorchamps. Irônicamente era uma prova que ele dominava em qualquer que fosse a situação, tanto que a venceu quatros vezes de forma consecutiva (1962, 63, 64 e 65).
Na foto acima, o piloto escocês caminhando para a sua segunda vitória no GP da Bélgica de 1963 com a sua Lotus 25-Climax após ter largado da oitava posição. Ele terminou quatro minutos à frente de Bruce Mclaren.
Na foto acima, o piloto escocês caminhando para a sua segunda vitória no GP da Bélgica de 1963 com a sua Lotus 25-Climax após ter largado da oitava posição. Ele terminou quatro minutos à frente de Bruce Mclaren.
segunda-feira, 15 de abril de 2013
GP da China - Corrida - 3ª Etapa
A julgar pelo ritmo apresentado durante as 56 voltas do GP
chinês, dificilmente alguém seria páreo para Fernando Alonso naquela rara tarde
de sol em Xangai. Após
uma classificação onde Lewis Hamilton ditou o ritmo e Kimi Raikkonen mostrou
mais uma vez a força da Lotus ao colocá-la na primeira fila, era difícil prever
se a Ferrari teria ritmo para brigar, principalmente, com a Mercedes de
Hamilton. Mas a má largada de Kimi e o ataque maciço do duo ferrarista na
abertura da terceira volta, ao ultrapassar Lewis na reta de largada, facilitou
a vida de Alonso que teve apenas o trabalho de construir uma vantagem que lhe
deu o conforto de fazer os pit-stops e voltar na frente ou próximo dos seus
rivais diretos.
As câmeras on-board e as externas mostraram o quanto que a
pista chinesa é porosa. Devido ao tempo fechado dos últimos anos, ora por
poluição, ora por causa da chuva, isso ficou camuflado e pouco podíamos ver o
quanto que ela é abrasiva. Com a Pirelli levando seus pneus macios e médios, as
equipes tiveram um quebra cabeça infindável neste fim de semana e que por
incrível que pareça, foi dominada amplamente por um carro que tinha sérios
problemas de desgaste de pneus nos últimos anos. A Ferrari parece ter resolvido
esta questão, pois até o ano passado este era o grande calcanhar de Aquiles da
equipe vermelha. Se eles acertassem o carro para andar bem com um tipo de
pneus, quando o outro fosse usado certamente o ritmo de corrida seria
prejudicado. Ontem Alonso não demonstrou nenhum tipo de dificuldade com isso,
tanto que quando seus pneus médios já deveriam estar na lona, ele conseguia
manter um bom passo frente aos demais.
Na sua luta por um lugar no pódio, Vettel parecia ter condições de tirar de
Fernando a chance de ganhar a corrida quando fez a sua parada na volta 34. Ele
alcançara Raikkonen e Lewis rapidamente na luta pela 2ª e 3ª posições e seus
tempos de volta eram muito bons e sua desvantagem para Alonso era de 23
segundos. Mas após seis voltas e depois de ter superado seus dois rivais,
Sebastian se encontrava com 19 segundos de desvantagem e essa diferença ficou
oscilando nessa casa até que Alonso parou nos boxes em torno da volta 40-43 e
voltou em segundo, bem próximo de Vettel. Uma volta foi o suficiente para o
espanhol passá-lo e abrir larga vantagem. Para Sebastian ainda restava a chance
de colocar os macios e fazer um curto stint no ritmo de classificação. Isso foi
possível faltando quatro voltas para o fim e ele descontou uma diferença de 7-8
segundos para Lewis em três voltas, virando tempos na marca de 1’36 – num
momento que os demais já viravam na casa de 1’39-1’40. Mas os dois erros na
entrada e contorno do curvão que antecede a reta oposta, o privou de passar
Hamilton na reta na última volta e conseguir o terceiro posto.
Devido a esta característica abrasiva, a corrida ficou
ligada ao consumo dos pneus e quem soube melhor administrá-los é que se saiu
bem. Fernando Alonso foi o vencedor, mas Button também brilhou neste quesito
que lhe é habitual. Com um carro nitidamente abaixo de Red Bull, Ferrari,
Mercedes e Lotus neste momento, o piloto inglês conseguiu retardar ao máximo as
sua paradas de boxes e livrou um honroso quinto lugar, sendo que chegou a ficar
em segundo em algumas ocasiões, e fez apenas duas paradas contra três dos
quatro primeiros. Com um carro em melhor condição, podia ter subido ao pódio.
Lewis, com a sua Mercedes, aparentava estar em grande para este GP quando
cravou uma pole com certa folga e o desempenho do seu carro com pneus médios
era satisfatório a ponto de ser indicado como favorito a uma vitória. Esse
desempenho não apareceu e Hamilton teve que contentar-se em brigar com Kimi
Raikkonen pela segunda posição. O piloto finlandês mostrou bom desempenho mais
uma vez, mas os danos de um incidente com Pérez num estágio da corrida, que por
pouco não resultou num grave acidente, o atrasaram bastante. E nem o Lotus, que
mostrou ser um carro bem econômico no trato com os pneus, não escapou de fazer
três paradas de box. Apesar de Mark Webber ter sido limado na primeira metade
da corrida, devido um pneu solto, a Red Bull sofreu com os desgastes dos pneus
no carro de Vettel. Largando com os médios e arriscar apenas duas paradas, essa
idéia foi para o ralo quando Sebastian parou na volta 14 para fazer a sua primeira
troca de pneus. O restante da corrida foi uma batalha intensa do tri-campeão
com os compostos para tentar conservá-los ao máximo. Ao que parece, este deve
ser o grande desafio dos rubro taurinos durante esta primeira parte do mundial:
tentar diminuir o alto desgaste dos pneus e dar a Sebastian a chance de lutar
pela pole, sem ter que sacrificar essa oportunidade como aconteceu na China.
A Ferrari apresentou uma melhora nos seus carros e, pelo
menos neste momento, parece ser o melhor carro do lote e isso pode se confirmar
na corrida da semana que vem, no explosivo GP do Bharein. Uma semana não parece
ser suficiente para que os concorrentes consigam correr atrás de evoluções para
que possa alcançar o time italiano. Mas isso pode muito bem ser apenas um acerto
feliz que Alonso conseguiu para esta etapa. A verdade mesmo é que a Pirelli
acena com a possibilidade de mudar a composição dos pneus para a corrida da
Espanha, a quinta etapa. E se a Ferrari conseguiu entender o “segredo da
borracha”, talvez desfrute muito pouco dela.
Resultado Final - Grande Prêmio da China - Circuito de Xangai - 56 Voltas - 3ª Etapa - 14/04/2013
1- Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1h36m26s945
2- Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - a 10s100
3- Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - a 12s300
4- Sebastian Vettel (ALE/RBR) - a 12s500
5- Jenson Button (ING/McLaren) - a 35s200
6- Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 40s800
7- Daniel Ricciardo (AUS/STR) - a 42s600
8- Paul di Resta (ESC/Force India) - a 51s000
9- Romain Grosjean (FRA/Lotus) - a 53s400
10- Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) - a 56s500
11- Sergio Perez (MEX/McLaren) - a 1m03s800
12- Jean-Eric Vergne (FRA/STR) - a 1m12s600
13- Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a 1m33s800
14- Valtteri Bottas (FIN/Williams) - a 1m35s400
15- Jules Bianchi (FRA/Marussia) - a 1 volta
16- Charles Pic (FRA/Caterham) - a 1 volta
17- Max Chilton (ING/Marussia) - a 1 volta
18- Giedo van der Garde (HOL/Caterham) - a 2 voltaS
2- Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - a 10s100
3- Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - a 12s300
4- Sebastian Vettel (ALE/RBR) - a 12s500
5- Jenson Button (ING/McLaren) - a 35s200
6- Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 40s800
7- Daniel Ricciardo (AUS/STR) - a 42s600
8- Paul di Resta (ESC/Force India) - a 51s000
9- Romain Grosjean (FRA/Lotus) - a 53s400
10- Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) - a 56s500
11- Sergio Perez (MEX/McLaren) - a 1m03s800
12- Jean-Eric Vergne (FRA/STR) - a 1m12s600
13- Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a 1m33s800
14- Valtteri Bottas (FIN/Williams) - a 1m35s400
15- Jules Bianchi (FRA/Marussia) - a 1 volta
16- Charles Pic (FRA/Caterham) - a 1 volta
17- Max Chilton (ING/Marussia) - a 1 volta
18- Giedo van der Garde (HOL/Caterham) - a 2 voltaS
Não completaram:
Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - na 22ª volta
Mark Webber (AUS/RBR) - na 16ª volta
Adrian Sutil (ALE/Force India) - na 6ª volta
Esteban Gutierrez (MEX/Sauber) - na 5ª volta
Volta mais rápida: Sebastian Vettel (ALE/RBR) - 1m36s808
sábado, 13 de abril de 2013
WEC: Dobradinha para a Toyota no grid das 6 Horas de Silverstone
E os Toyotas dominaram a primeira fila do LMP1 para as 6 Houras de Silverstone. (Foto: Toyota Motorsports) |
Apesar de um confuso treino classificatório, que agora é contado a partir da soma das quatro voltas dadas pelos dois pilotos de cada carro, e que ainda foi agravado pela chuva que caiu no intervalo entre as duas tomadas de tempo, ocasionando uma demora na correção dos tempos, Nicolas Lapierre e Alexander Wurz levaram o TS030 Hybrid #7 a pole com a marca de 1'48''021, contra 1'49''995 do trio Anthony Davidson/ Sebastien Buemi/ Stephane Sarrazin, que conduziram o outro Toyota #8.
A Audi aparece com o #2 pilotado por Tom Kristensen/ Loic Duval/ Allan McNisch na terceira colocação, seguida pela surpreendente Rebellion Racing com a sua Lola-Toyota em quarto, conduzida por Nick Heidfeld/ Nicolas Prost/ Neel Jani. O Audi dos campeões de 2012 André Lotterer/ Bernard Tréluyer/ Marcel Fässler ficou apenas em quinto.
Na LMP2 a melhor marca ficou para o trio Antonio Pizzonia/James Walker/Tor Graves, que pilotaram o Delta-ADR #25. O Morgan LMP2 Nissan, pilotado por Alex Brundle/Olivier Pla/David Heinemeier-Hänsson, ficou em segundo e em terceiro o Oreca Nissan #26 da G-Drive que será conduzido por Roman Rusinov/John Martin/Mike Conway.
A Aston Martin fez miséria nas duas classes destinadas aos GTs: fez a dobradinha na LMGTE-PRO e na LMGT-AM e parece. Na LMTG-PRO, o trio Darren Turner/ Stefan Mücke/ Bruno Senna fizeram a pole no Aston Martin #97, seguidos pelo outro Aston Martin #99 de Fred Makowiecki/Pedro Lamy/Paul Dalla Lana e na terceira posição aparece o Porsche #91 de Timo Bernhard/Patrick Pilet/Jörg Bergmeister. Kamui Kobayashi, que dividirá a Ferrari 458 #71 da AF Corse com Tony Villander e que fará a sua estréia amanhã no WEC, ficou na última posição deste grupo. Na LMGTE-AM, o Aston Martin #96 de Jamie Campbell-Walter/Stuart Hall/Roald Goethe foi o pole, com o #95, pilotado por Christoffer Nygaard/Kristian Poulsen/Allan Simonsen, logo na cola. Em terceiro sairá a Ferrari #61 do trio Jack Gerber/Matt Griffin/Marco Cioci.
A prova terá transmissão pelo canal do WEC no Dailymotion à partir das 8:00 da manhã (horário de Brasília).
Abaixo o grid de largada para as 6 Horas de Silverstone.
(Clique para ampliar) |
“Um tiro psicológico na concorrência.”
No último 11 de abril completou-se 20 anos da magnífica
vitória de Ayrton Senna em
Donington Park, quando ele conquistou cinco posições na
primeira volta numa pista totalmente molhada devido à chuva que caíra minutos
antes e disparando para uma de suas melhores performances na categoria.
Como de costume, os grandes pilotos brasileiros tinham uma
coluna na Revista Quatro Rodas onde falavam sobre as suas corridas e as
perspectivas para as próximas etapas e Ayrton Senna relatou aquele GP da
Europa que foi publicada na edição de maio de 1993.
Ayrton Senna – Depoimento Exclusivo
Parece que a Ford não está interessada em ganhar
muitas corridas na F1
Cheguei a mais uma
vitória na Fórmula 1, a
101ª da McLaren, que está quase igualando o recorde de 103 corridas da Ferrari.
Não preciso provar mais nada para conseguir um motor igual ao da Benetton. Só
espero que algum iluminado da Ford perceba que ela mesmo está perdendo a grande
chance de ganhar mais provas. O propulsor fornecido à Benetton é bem superior
ao nosso. Num teste realizado em Silverstone, a diferença chegou a três quartos
de segundo. Depois da vitória no Brasil, pensei que dificilmente teria outra
satisfação semelhante. Mas Donington Park foi incrível. Naquele autódromo, pela
primeira vez em minha carreira, pilotei um carro de Fórmula 1 e, por ironia do
destino, um Williams. Lembro que o próprio Frank Williams estava presente e
anotou todos os meus tempos. Até hoje guardo as cópias dessas anotações. Depois
do GP da Europa, tenho mais uma ótima recordação para arquivar na memória. Tudo
influiu na minha vitória: a chuva, a primeira volta, as paradas de boxes, os
retardatários...
A primeira volta foi
um tiro psicológico na concorrência. Não larguei tão bem assim como comentaram
e fui espremido pelo Schumacher no canto da pista. Tive que colocar duas rodas
para fora, mas recuperei a posição antes da primeira curva. Mas aí havia o
Wendlinger, que largou uma posição atrás de mim. Passei por fora no trecho
seguinte, um mergulho, o trecho mais veloz da pista. Ainda restavam os dois
FW15 e, atrás de Damon Hill, atrasei a freada e logo fiquei em segundo. A próxima
vítima era Prost e tive de esperar os “esses”, onde há uma chicane. Ele freou
bem antes do normal e abriu uma brecha perfeita para mim.
Na volta seguinte, eu
estava com boa vantagem sobre os demais.
Não demorou muito para que a chuva parasse e a pista começasse a secar. Não
tive outra opção, senão entrar nos boxes no final da 18ª volta e colocar pneus
slick. Prost fez o mesmo na volta seguinte e mantive a liderança. Todos sabem:
os Williams são muito melhores do que qualquer outro carro, que se nivelam um
pouco debaixo de chuva. Quando saí dos boxes com slick, resolvi puxar o máximo
para garantir uma vitória. Mas eu estava entre a cruz e a espada, porque é
preciso tomar muito cuidado ao dirigir com pneus de pista seca num asfalto
úmido. Por outro lado, se diminuísse o ritmo, os pneus perderiam pressão e
temperatura. Quanto mais frio, menor a aderência e o carro fica sem
estabilidade.
Guiar no úmido com
slick em dois momentos da prova definiu a minha vitória. A pressão é
indescritível. Não se pode relaxar nem mesmo nas retas e Donington Park tem
algumas curvas “cegas”, que não colaboram nos aspecto da segurança. Por isso,
redobrei a preocupação com quem estava à minha frente. Também tive problemas no
pit stop. Na terceira troca de pneus, a roda traseira direita não queria sair
de jeito nenhum e a demora parecia uma eternidade. O Prost, que foi para os
boxes no mesmo instante, retornou ao local cinco vezes mais tarde. Então
recuperei a liderança – com slick em pista úmida! Segurei a até a volta 57,
quando, literalmente, fiz uma visita aos boxes. Por culpa do nosso novo sistema
de rádio, ninguém compreendeu quando avisei que estava chegando para colocar
pneus de chuva. Ao encostar o carro, vi os mecânicos saindo da garagem com os
pneus nas mãos. Passei reto, não tinha outro jeito.
Esse não foi o único
problema provocado pelo mau funcionamento do rádio. Demorei um tempo razoável
para entender o que os mecânicos me avisavam a respeito de problemas de
consumo. No grid, antes da largada, quando meu engenheiro Giorgio Ascanelli e
eu achamos que seria melhor adicionar um pouco mais de combustível, fomos
avisados sobre a impossibilidade da operação. Devido a um problema de vazamento
e a falta de tempo em repará-lo, os mecânicos selaram meu tanque. Portanto, o
meu consumo ficaria no limite. Mudei meu estilo de dirigir, trocando as marchas
em rotações mais baixas. Tirava o pé do acelerador um pouco antes da entrada
das curvas e freava com menos ímpeto. Pequenos detalhes que pouparam litros
preciosos no final. Em piso seco, a briga será dura até com os Benetton. E não
há piloto ou pista que possa superar no relógio a diferença a favor dos
Williams.
Se Ayrton foi magistral naquela tarde fria de Donington, o
que dizer da condução de Rubens Barrichello? Ele estava em sua terceira corrida
na F1 a serviço da Jordan e as suas duas primeiras corridas tinham sido
frustrantes devido a quebras do carro, mas a sua habilidade já tinha sido
demonstrada nas corridas de Kyalami e Interlagos.
A sua largada foi tão brilhante quanto a que Senna fez, ao
sair de 12º para quarto na primeira volta, e mostrou qualidades nas constantes
mudanças de condições de pista e tempo que foi aquele GP europeu. Correu boa
parte da prova entre os cinco primeiros e faltando seis voltas para o fim,
estava em terceiro até que o carro parou com problemas.
Assim como Ayrton, ele também escreveu sobre a sua corrida
para a Quatro Rodas:
O pódio escapou de Rubinho
“De um lado, estava
Jean Alesi. Do outro, Michael Schumacher. Aí eu pensei ‘Vai ser dureza’.
Comecei a acelerar e abrir distância. Peguei confiança e me achei o máximo. Em
Donington, eu tinha um carro acertado para a chuva, resultado da confiança
mútua entre mim e Jordan. Penso que estou progredindo. Ao rememorar o GP da
África do Sul, sinto que aprendi demais. Tenho um entendimento muito especial
com o Gary Anderson e isso reflete no acerto do carro, que, na terceira prova,
melhorou demais. Por exemplo: em sete trocas de pneus, só faltou a sintonia uma
vez. Eu ia parar, mas resolvi dar mais duas voltas, porque achava que ainda
estava andando rápido. Aí cometemos um engano ao colocar pneus para pista seca,
quando o certo seria justamente o contrário. Poderíamos esperar mais um pouco
para a troca. Infelizmente, enfrentamos o problema da bomba de gasolina, na
sucção do combustível para o motor.
Minha maior
dificuldade é a falta de tempo. Ainda não pude fazer uma corrida simulada,
rodar uns 300Km para desenvolver o carro, experiência que proporcionaria mais
informações sobre a máquina. Afinal, a meta é preparar o Jordan e ambicionar um
terceiro ou segundo lugar. Nosso objetivo é competir com as escuderias
favoritas, como fizemos no GP da Europa, onde larguei bem, ultrapassei o
Herbert e Alesi e depois alcancei Schumacher. Foi um susto, porque meti o carro
por dentro e só não batemos porque ele notou a minha presença e puxou o
Benetton de lado. Pedi desculpas aos Senna pela bobagem no momento em que ele
me passou. Eu pensava estar em terceiro, à frente dele. Os comissários não
deram bandeira azul (ultrapassagem obrigatória) e, por isso, mantive a minha
trajetória.
Levei em conta que não
adiantava estar em terceiro lugar e dar uma rodada. Puxa vida, eu havia
arriscado tudo até ali e achava que era o momento de maneirar. Mas eu era tão
mais rápido que Damon Hill e acabei não resistindo a uma ultrapassagem. Eu até
me imaginei subindo ao pódio quando estava na terceira posição. Mentalizei meu
pai assistindo à corrida. Nesse instante, me distraí, cometi um erro e disse:
‘Pai, saí fora’. Também pensei no pessoal do Brasil no instante que em que
deixei o Schumacher passar na 22ª volta para rodar logo em seguida, bem na
minha dianteira. Suspirei e disse: ‘É hoje. É hoje o dia da minha realização.
Não vou marcar só um ponto, vou marcar um monte. Até que o carro pifou... Tudo
bem, vamos em frente.”
Apesar de ter ficado pelo caminho, a atuação de Barrichello
rendeu elogios de Senna no final do GP: “Rubinho
conduziu o Jordan sem tomar conhecimento de máquinas mais potentes. Seu talento
dispensa comentários”.
Assim como acontecera em 1938, quando Tazio Nuvolari venceu
com a Auto Union naquela pista, Donington nunca mais realizou uma corrida em
grande nível. Mas fora abençoada com o espetáculo que foi aquele Grande Prêmio.
GP da China - Classificação - 3ª Etapa
A primeira pole: Hamilton foi absoluto nos três estágios do treino, ao marcar o melhor tempo em todos eles. É a sua primeira pole pela Mercedes. (Foto: EFE) |
Hamilton levou a sua primeira pole pilotando pela Mercedes ao fazer a marca de 1'34''484, contra 1'34''761 de Raikkonen que levou a Lotus um ótimo segundo lugar. Alonso fez o terceiro tempo e Rosberg o quarto, com Massa ficando em quinto e Grosjean em sexto.
Com um olhar direcionado para a estratégia, Vettel ficou apenas com a nona colocação, mas sairá com pneus médios enquanto que os ponteiros largarão com os macios. Button também teve uma boa apresentação neste treino ao colocar a Mclaren em oitavo e assim como Sebastian, ele largará com os médios. A surpresa foi o desempenho de Daniel Ricciardo com a sua Toro Rosso, ao levá-la ao sétimo posto. Mark Webber, que teve ficou pelo caminho na Q2 por falta de combustível, sairá na última posição devido a falta de 1 litro de gasolina que é usado para análise.
A Mercedes ratificou a boa apresentação feita nos treinos livres e a pole de Hamilton só confirmou o seu favoritismo para a corrida de amanhã. Eu particularmente apostava numa dobradinha da equipe, mas Raikkonen e Alonso estiveram em melhor forma que Nico. Mas apesar do favoritismo da Mercedes, o bom mesmo é olhar atentamente para a Lotus, principalmente a de Kimi Raikkonen. Eles não apareceram tão bem nos treinos anteriores e o finlandês fez um ótimo trabalho ao conseguir essa segunda colocação. O fato de largar na frente diminui bastante o perigo de ficar preso em um duelo, como aconteceu na Malásia com os dois carros negros. Kimi e Romain fizeram três paradas cada, uma a menos dos que ia à frente, mas o atraso com disputas deixou o duo de fora da briga pela vitória em Sepang, sendo que tinham um bom ritmo. Largando mais a frente, é de se esperar que possam fazer bons stints e surpreender a por enquanto favorita Mercedes.
Já a Ferrari esteve bem e aparentemente seria a segunda força nos treinos, mas a aparição das Lotus deixará o trabalho ainda mais pesado para Alonso e Massa que se mostraram satisfeitos com o ritmo dos dois carro. Com relação a Red Bull, eles optaram pela estratégia em tentar pegar os seus rivais durante a corrida, tanto que Vettel abdicou da pole ao usar um jogo de pneus médios enquanto boa parte usava os macios. Sairá em 9º e apostará no desgaste excessivo dos demais para subir de posições.
Grid de Largada para o Grande Prêmio da China - 3ª Etapa
*Desclassificado
quinta-feira, 11 de abril de 2013
E vai começar...
E neste domingo, em Silverstone, a segunda temporada do Mundial de Endurance, o WEC, terá o seu início com as 6 Horas de Silverstone. E no canal do FIAWEC no youtube foi disponibilizado agora pouco um vídeo promocional da categoria, que mostra as batalhas que teremos este ano nas 4 categorias que participam do mundial. Mas claro que o duelo a ser acompanhado de perto é da Audi vs Toyota, que terá um capítulo à parte em Sarthe no mês de junho.
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