terça-feira, 23 de abril de 2013

Foto 191: Segrave

Henry Segrave ao volante do Talbot 700, durante o primeiro Grande Prêmio da Grã-Bretanha disputado a 7 de agosto de 1926 na pista de Brooklands. A corrida foi vencida pelos franceses Robert Sénéchal e Louis Wagner dividindo o comando num Delage 155B, após quatro horas de prova.
Henry Segrave foi o primeiro grande piloto britânico, tendo destaque em especial em 1923 ao derrotar os franceses no seu território quando levou o Sunbeam à vitória no GP do Automóvel Clube da França. Foi a primeira vez que um piloto inglês vencia um GP e pilotando um carro britânico.
Segrave ainda venceu outras corridas na Espanha e em Miramas, na França, quando decidiu abandonar as corridas de carros e partir para os recordes de velocidade.
Em 1926, pilotando um Sunbeam Tiger de 4 Litros, ele estabeleceu um novo recorde de velocidade terrestre ao chegar a marca de 152,33 mph (245,149 kmh) nas areias de Southport (ING). Um ano depois ele veio a recuperar esta marca que tinha sido quebrada por Parry-Thomas. No comando do HP Sunbeam Mistery "The Slug", Henry alcançou 203,79 mph (327,97 kmh) numa das estradas de Daytona Beach.
Em 1929, Segrave estabeleceu pela última vez um recorde sobre a terra: com o Golden Arrow, ele atingiu a marca de 231,45 mph (372,46 kmh) novamente em Daytona Beach. Depois ele seguiu para tentar o recorde sobre a água.
Ainda em 1929 ele duelou com o recordista de velocidade sobre a água, Garfield Wood. Ele desbancou o favoritismo de Wood na disputa realizada em Miami, sendo que o antigo recordista não perdia há nove anos. Após esta conquista, Segrave foi agraciado com o título de cavaleiro.
Henry Segrave morreu em 1930, aos 33 anos, quando tentava quebrar o recorde de velocidade na água. O seu barco, o Miss England II, bateu em uma pedra no lago de Windermere (ING) matando de imediato o seu mecânico Victor Helliwell. Segrave foi retirado com vida, apesar dos graves ferimentos. Foi levado ao hospital e lá recebeu a notícia de que havia quebrado o recorde. Poucos minutos depois, estava morto.

Foto 190: Na trilha de Michael

E Sebastian Vettel vai caminhando a passos largos para igualar, ou até quem sabe ultrapassar Michael Schumacher nas estatísticas da Fórmula-1.
Nesse quadro apresentado pela Sky Sports, os dois maiores pilotos que Alemanha já teve na F1 tem seus números comparados ao atingir 103 GPs. E Vettel leva vantagens em alguns quesitos, como no número de poles e de títulos.
E pensar que tão cedo veríamos alguém com chances de buscar as marcas estratosféricas de Michael Schumacher...

domingo, 21 de abril de 2013

Grand-Am: Road Atlanta, 4ª Etapa

E a quarta etapa da Grand-Am Rolex Series foi realizada na pista de Road Atlanta na tarde deste sábado. Entre os DPs a vitória foi do duo da Chip Ganassi no BMW/Riley #01 Scott Pruet/ Memo Rojas, seguidos por Alex Popow/ Ryan Dalziel com o Ford/Riley #2 da Starworks e a terceira colocação ficando com John Fogarty/ Alex Gurney com o Corvete DP #99 da GAISNCO Auto Insurance.
Na classe GT, vitória para John Edwards/Robin Liddell com o Chevrolet Camaro #57 da Stevenson Auto Group (a segunda vitória deles, repetindo o feito da última etapa disputada no Alabama). A segunda posiçõa foi de Patrick Lindsey/Patrick Long com o Porsche 911 #73 da Park Place Motorsports e a terceira com a dupla Jeff Westphal/Alessandro Balzan com a Ferrari 458 #63 da Scuderia Corsa.
Na GTX, reação da Mazda que enfim se impôs ao domínio da Porsche: vitória para Andrew Carbonell/Joel Miller com o Mazda 6 #00, seguido por Jim Norman/David Donohue no Porsche Cayman #38 da BGB Motorsports e em terceiro outro Mazda 6 pilotado por Tom Long/Sylvain Tremblay com o #70.
Já os brasileiros, melhor resultado para Pizzonia junto de Gustavo Yacamann que levaram o Ford/Riley #6 da Michael Shank Racing ao quarto lugar. Christian Fittipaldi junto do português João Barbosa, pilotando o Corvete DP #5 da Action Express Racing fechou em 12º entre os DPs.
Abaixo o vídeo completo da corrida que teve 120 voltas.

GP do Bahrein - Corrida - 4ª Etapa

"Foi uma corrida fantástica", Vettel sobre a sua vitória de número 28 na F1.
(Foto: AFP)
As três primeiras voltas do GP barenita lembraram muito o início da corrida da China, disputada semana passada. Naquela ocasião as Ferraris atacaram a Mercedes de Hamilton como uma matilha de cães caçando um coelho e os dois carros vermelhos resolveram a parada em pouco metros. Uma semana depois a cena se repetiu e uma Mercedes, a de Rosberg, foi atacada sem piedade por Alonso e Vettel. Este último foi mais impiedoso: perdeu a segunda colocação para Fernando na largada, recuperou-a  nos esses após uma bel ultrapassagem sobre o espanhol e partiu para cima de Nico Rosberg e efetuou a ultrapassagem na terceira volta. E depois disso ninguém mais viu Sebastian na corrida. Uma prova solitária, bem ao seu estilo, andando extremamente rápido para abrir uma larga diferença e vencer com tranquilidade. Uma conquista com a sua marca.
O sofrimento que Sebastian e Red Bull passaram na China com o alto desgaste dos pneus, não foi apresentado nessa etapa e o desempenho deles foi tão dominante quanto o de Alonso na semana passada. Vettel chegava a virar quase dois segundos melhor que seus adversários diretos: enquanto que um surpreendente Paul Di Resta marcava voltas na casa de 1'40/ 1'41, o piloto alemão cravava voltas excepcionais entre 1'39/ 1'40. E o ritmo continuou inabalável após os seus três pit-stops, tanto que ele cravou a melhor volta da corrida há poucas voltas do fim ao baixar para 1'37''9.
Para os demais a prova foi trabalhosa. O duo da Lotus escalou o pelotão para conseguir um pódio, com Kimi em segundo e Grosjean em terceiro - repetindo o pódio de 2012 lá mesmo no Bahrein. Os duelos foram os pontos altos desse GP, com destaques para a disputa interna da Mclaren entre Button e Perez que por muito pouco não resultou em acidente, principalmente quando o mexicano deu um leve toque no pneu traseiro direito do carro de Jenson. Mas foi de louvar o desempenho de Sergio, que foi cobrado fortemente por Martin Withmarsh dias atrás por não ser combativo e nesta corrida bateu rodas com Grosjean, Rosberg e Alonso para ganhar suas posições que resultou num belo sexto lugar. Outra disputa que animou foi a de Hamilton vs Webber pela quinta colocação, que durou um bom par de voltas com Lewis conseguindo ganhar a colocação. Paul Di Resta parecia forte para chegar ao seu primeiro pódio na categoria e o segundo da Force India na história, mas Grosjean estava em melhores condições e desalojou o escocês ddo terceiro posto. Parece que a presença de Sutil na equipe o forçou psicológicamente a andar bem. A Ferrari teve o seu dia de cão: se na China as coisas transcorreram quase que beirando a perfeição, essa corrida no deserto foi um balde de água fria no time vermelho. Os problemas no DRS de Alonso e os dois pneus furados de Massa, destruíram uma corrida que se desenhava para eles. Mesmo com estes contratempos, Alonso salvou um oitavo lugar fazendo quase que todo certame sem o uso da asa traseira.
A prova do Bahrein fecha por enquanto o ciclo da Fórmula-1 pela Oceania/ Ásia/ Oriente Médio e voltará para o seu habitat natural para a disputa do GP da Espanha que abrirá a temporada européia. Se as dúvidas que cercavam a categoria antes do seu início eram muitas, agora podemos dizer que estão bem respondidas: Red Bull, Ferrari e Lotus num nível acima das demais; Mercedes bem, mas não como gostariam e Mclaren batendo cabeça para tentar solucionar os problemas neste início de campeonato.
A verdade é que não há um super carro neste momento. Red Bull e Ferrari vão oscilar com boas e medianas apresentações devido o consumo de pneus, talvez a coisa pendendo um pouco para os rubro taurinos que paracem não ter um bom rendimento com os pneus macios e super macios. A Ferrari aparenta ter resolvido esse quesito nos seus carros e a Lotus é que apresenta um desempenho uniforme no trato com a borracha apresentada pela Pirelli neste ano.
A pista de Barcelona não é muito camarada com os pneus, mas até lá as equipes, ou até a mesmo a Pirelli, que já ascenou com possíveis mudanças, podem apresentar algumas novidades. E tempo para isso é que não vai faltar.

Resultado Final 
Grande Prêmio do Bahrein 
Circuito de Sakhir - 57 Voltas - 21/4/2013

1 - Sebastian Vettel (ALE/RBR) - 57 voltas        
2 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - a 9s1       
3 - Romain Grosjean (FRA/Lotus) - a 19s5       
4 - Paul di Resta (ESC/Force India) - a 21s7       
5 - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - a 35s2       
6 - Sergio Perez (MEX/McLaren) - a 35s9       
7 - Mark Webber (AUS/RBR) - a 37s2       
8 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 37s5       
9 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 41s1       
10 - Jenson Button (ING/McLaren) - a 46s6       
11 - Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a 1m06s4       
12 - Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) - a 1m12s9       
13 - Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 1m16s7       
14 - Valtteri Bottas (FIN/Williams) - a 1m21s5       
15 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 1m26s3        
16 - Daniel Ricciardo (AUS/STR) - a 1 volta       
17 - Charles Pic (FRA/Caterham) - a 1 volta       
18 - Esteban Gutierrez (MEX/Sauber) - a 1 volta       
19 - Jules Bianchi (FRA/Marussia)- a 1 volta       
20 - Max Chilton (ING/Marussia) - a 1 volta       
21 - Giedo van der Garde (HOL/Caterham) - a 2 voltas                 

Não completou a prova:
Jean-Eric Vergne (FRA/STR) - a 16 voltas

sábado, 20 de abril de 2013

GP do Bahrein - Classificação - 4ª Etapa

Foi a segunda pole de Rosberg na F1. A primeira foi na China, ano passado, quando venceu também o seu primeiro GP.
(Foto: REUTERS)
A exemplo de Lewis Hamilton conseguira na semana passada ao fazer a pole para o GP da China, Nico Rosberg também não deu chances aos concorrentes e cravou a segunda pole da Mercedes na temporada. A marca do alemão foi de 1'32''330 contra 1'32''584 de Sebastian Vettel, que superou Fernando Alonso no final do Q3. Mas o piloto espanhol talvez tivesse chances de conquistar até mesmo a pole, caso não errasse duas vezes na sua última tentativa. A desvantagem de Fernando para Nico foi de apenas 0''337 décimos e para Vettel de 0''083 centésimos. E os três sairão com os pneus médios para a prova.
A quarta colocação tinha sido feita por Hamilton, seguido por Webber. Mas com a punição de ambos -  Lewis perdeu cinco posições por ter trocado o câmbio e Mark foi punido com a perda de três devido ao acidente com Jean Eric Vergne durante o GP chinês - proporcionou a Massa pular de sexto para quarto no grid. A sua diferença para a marca alcançada por Nico chega a quase um segundo, mas isso tem explicação: o piloto optou pelo uso do pneu duro para a corrida. Na sequência aparecem os dois carros da Force India, com um ótimo trabalho feito por Paul Di Resta e Adrian Sutil; Mark Webber, Kimi Raikkonen, Lewis Hamilton e Jenson Button, fecham os dez primeiros. É de se destacar o trabalho de Button, que arrancou um lugar neste Top Ten no final do Q2 e mostra mais uma vez que a Mclaren tem um carro abaixo até mesmo da Force India neste momento.
Com relação a corrida de amanhã, é de se esperar uma briga intensa entre os três primeiros que estarão com os pneus médios, mas Felipe é o que aparece com boas condições de tentar algo por sair com os duros. Poderá retardar ao máximo a parada de box e pelo que os dois pilotos ferraristas declararam, a diferença entre os pneus médios e duros é muito pouca. Talvez isso seja uma verdade, tanto que Fernando Alonso fez a sua melhor marca (1'32''878) no Q1 com os pneus duros. Comparado ao que ele fez no Q3, o tempo foi 0''211 pior. Mas toda essa estratégia dependerá, também, de uma boa largada dele na corrida de amanhã.

Grid de Largada para o Grande Prêmio do Bahrein - 4ª Etapa

1 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) -  1m32s330
2 - Sebastian Vettel (ALE/RBR) - 1m32s584
3 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m32s667
4 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m33s207
5 - Paul di Resta (ESC/Force India) - 1m33s235
6 - Adrian Sutil (ALE/Force India) - 1m33s246
7 - Mark Webber (AUS/RBR)  - 1m33s078*
8 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus)  - 1m33s327
9 - Lewis Hamilton (ING/Mercedes)  - 1m32s762*
10 - Jenson Button (ING/McLaren) - sem tempo
11 - Romain Grosjean (FRA/Lotus) - 1m33s762
12 - Sergio Pérez (MEX/McLaren) - 1m33s914
13 - Daniel Ricciardo (AUS/STR) - 1m33s974
14 - Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) -  1m33s976
15 - Valtteri Bottas (FIN/Williams) - 1m34s105
16 - Jean-Eric Vergne (FRA/STR) - 1m34s284
17 - Pastor Maldonado (VEN/Williams) - 1m34s425
18 - Charles Pic (FRA/Caterham) - 1m35s283
19 - Jules Bianchi (FRA/Marussia) - 1m36s178
20 - Giedo van der Garde (HOL/Caterham)  - 1m36s304
21 - Max Chilton (ING/Marussia)  - 1m36s476
22 - Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber)  - 1m34s730*
 
* Mark Webber perde 3 posições no grid por acidente com Jean-Eric Vergne (STR) no GP da China; Lewis Hamilton perde 5 posições no grid por trocar a caixa de marcha da Mercedes; Esteban Gutiérrez perde 5 posições no grid por acidente com Adrian Sutil (Force India) no GP da China.
 

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Revista Speed - Edição 10

A edição de número dez da Revista Speed foi ao ar nesta manhã. O carro-chefe desta edição fica por conta de uma entrevista feita com Nicolas Costa, que foi campeão da Fórmula Abarth em 2012 e que este ano estará na GP3. Além disso, matérias sobre a F1, GP2 e MotoGP estão neste número.
Outro destaque fica para a matéria feita pelo Paulo Alexandre Teixeira que fala sobre o possível regresso da Honda à F1 pela equipe Mclaren em 2015, o que poderia reeditar uma das vitoriosas parcerias da categoria. Outras duas matérias também levam a assinatura do Speeder: sobre o belo e vitorioso Lotus 49 e os vinte anos do GP da Europa de Donington Park.
As tradicionais colunas "O grande Circo", "Bus Stop", "Fire Up" e "Papo Ligeiro" abordam temas como a tensão no Bahrein; a crise na Red Bull; as cobranças de Ecclestone para autódromo de Interlagos e difícil missão dos times pequennos para chegar na casa dos pontos.
A minha contribuição para esta edição foi o tributo ao "Barão" Wilson Fittipaldi e sobre a vitória de Ayrton Senna no GP do Brasil de 1993.
Espero que gostem desta edição:

O link da décima edição da Speed: http://speedrevista.wordpress.com/2013/04/18/speed-10-abril-2013/


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Foto 189: Rindt, 71

Jochen Rindt e sua esposa Nina, durante um passeio de lancha no lago de Geneva em 1970. O campeão post-mortem de 1970 estaria completando 71 anos hoje.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...