E aqui fica o vídeo - na íntegra - da quinta etapa da Grand-Am Rolex Sportscar Series, disputada nas ruas de Detroit no último sábado.
A vitória na categoria DP ficou com Max Angelelli/ Jordan Taylor (Corvete DP #10); na categoria GT, mais uma vitória para o Camaro #57 de John Edwards/Robin Liddell e na GX vitória para a dupla do Mazda 6 #00 de Joel Miller/Tristan Nunez.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
terça-feira, 4 de junho de 2013
Foto 206: V12
(Foto: Charger Le Mans) |
O carro #2 partiu da sexta colocação no grid, enquanto que o #1 largou da 12ª posição. Mas os dois carros não chegaram ao fim, devido a problemas na suspensão traseira que os limaram da prova com pouca diferença de voltas de um para o outro: o #2 saiu na volta 43 e o #1 na volta 60.
A vitória ficou para a Porsche, a última dela em Sarthe, depois de problemas com os Mercedes CLK GTR e com os Toyota GT ONE. Allan McNish / Stéphane Ortelli / Laurent Aiello levaram o Porsche 911 GT1 da Porsche AG ao primeiro lugar, seguido pelo outro carro da equipe que foi conduzido por Jörg Müller / Uwe Alzen / Bob Wollek. A terceira colocação foi dos japoneses Kazuyoshi Hoshino / Aguri Suzuki / Masahiko Kageyama com o Nissan R390 GT1 da Nissan Motorsport.
Para a BMW restou esperar por um ano para conseguir a vitória em Le Mans.
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Crash: Fórmula Renault 2.0 e Grand-Am
E o pessoal caprichou nas pancas neste final de semana nas provas da Fórmula Renault 2.0 em Spa (prova que abriu o campeonato) e na Grand-Am (quinta etapa, realizada em Detroit).
Enquanto que o britânico Gregor Ramsay e o alemão Stefan Wackerbaur foram experimentar a barreira de pneus da Eau Rouge após a largada da corrida da F-Renault 2.0, forçando a bandeira vermelha, John Pew e Memo Rojas também bateram após a largada da Grand-Am em Detroit, prova que foi realizada no sábado. Os pilotos nada sofreram.
Na F-Renault 2.0 a vitória ficou com Oliver Rowland na prova #1 e na segunda corrida a primeira posição foi do francês Matthieu Vaxiviere. Já na Grand-Am, a vitória foi da dupla Max Angelelli e Jordan Taylor.
Enquanto que o britânico Gregor Ramsay e o alemão Stefan Wackerbaur foram experimentar a barreira de pneus da Eau Rouge após a largada da corrida da F-Renault 2.0, forçando a bandeira vermelha, John Pew e Memo Rojas também bateram após a largada da Grand-Am em Detroit, prova que foi realizada no sábado. Os pilotos nada sofreram.
Na F-Renault 2.0 a vitória ficou com Oliver Rowland na prova #1 e na segunda corrida a primeira posição foi do francês Matthieu Vaxiviere. Já na Grand-Am, a vitória foi da dupla Max Angelelli e Jordan Taylor.
quinta-feira, 30 de maio de 2013
Indy 500: Emerson Fittipaldi, 20 anos atrás
Um ano após a espetacular chegada entre Al Unser Jr. e Scott
Goodyear na edição 76 das 500
Milhas de Indianápolis a expectativa era de uma corrida
ainda mais imprevisível do que a de 1992: Os Penskes de Emerson Fittipaldi e do
recém promovido e então jovem Paul Tracy, estavam em boa forma naquela
temporada. Do outro lado, num desempenho tão bom quanto, estava a Newman-Haas
com a sua dupla formada pelo atual campeão da F1 Nigel Mansell e o velho Mario
Andretti. Correndo por fora, mas não com tantas chances, aparecia Bobby Rahal
(atual campeão da CART), atual vencedor das 500 Milhas Al Unser Jr.,
Raul Boesel, Danny Sullivan e o sempre veloz e perigoso em provas de oval Arie
Luyendyk.
Apesar do aparente favoritismo pendendo para os carros de
Penske e Newmann-Haas, as demais não poderiam ser descartadas: Bobby Rahal,
atual campeão da CART, tinha formado a sua equipe em parceria com Carl Hoogan,
chamando-a de Rahal-Hoogan Racing e de imediato absorveram toda a estrutura da
Truesports, equipe pela qual Rahal tinha ganho o campeonato e Indy 500 de 1986.
Na Galles, equipe que vencera com Al Unser Jr a Indy 500, “Little Al” e Danny
Sullivan foram mantidos, mas a Galmer não era mais a fornecedora de chassi para
a equipe, sendo preterida pela Lola. Um terceiro carro foi destinado para Kevin
Cogan, exclusivamente para a disputa das 500 Milhas. Na Chip
Ganassi a presença de Arie Luyendyk significava uma chance de bom desempenho em
Indianápolis, uma vez que o piloto holandês tinha vencido em 1991 e em outras
edições conseguira bons resultados.
Entre os novatos para esta corrida, a estrela principal era
Nigel Mansell. O piloto britânico havia mostrado as suas credenciais na prova
de abertura disputada em
Surfers Paradise, na Austrália, quando venceu após duelar com
Emerson Fittipaldi. Mas pagou caro pela sua inexperiência nos ovais ao
subestimar a velocidade deste ao bater forte em Phoenix, durante os treinos
para esta corrida e tomar uma pancada de um dos pneus na cabeça vindo a causar
uma concussão na coluna. Foi operado e isso forçou a perder a prova de
orientação para novatos em Indianápolis (ele acabou sendo liberado pela USAC
para disputar a prova, já que a entidade entendeu que o piloto tinha
experiência suficiente). Nelson Piquet também estava de volta ao templo após um
ano do seu terrível acidente que quase lhe custou os pés. Os outros novatos eram
o sueco Stefan Johansson, o francês Stéphan Gregoire e o americano Robby
Gordon, que faria dupla com a lenda AJ Foyt.
Enquanto que alguns estreavam, nomes famosos que fizeram
parte de Indianápolis nas últimas décadas ficavam de fora: Gordon Johncock e
Rick Mears haviam se aposentado após a temporada de 1992; Tom Sneva também
saíra de cena ao final do ano anterior, mas ainda tentou um lugar para correr
em Indianápolis, mas não obteve sucesso; Michael Andretti, que colecionou
dissabores no Brickyard, estava agora a serviço da McLaren na Fórmula-1. Al
Unser Sr., Mario Andretti e AJ Foyt ainda eram os elos que ligavam a categoria
a uma distante época onde os pilotos desafiavam as altas velocidades do
Indianápolis Motor Speedway em carros de motores dianteiros e depois em bólidos
de extremamente potentes e letais, tanto quanto uma dose de eutanásia. Para os
dois primeiros, esta era a última participação numa edição desta prova – se bem
que Mario ainda se classificara para a corrida de 1994, mas não chegou a largar
devido a problemas com o sistema de combustível. AJ Foyt, a exemplo de seus
dois velhos rivais, chegou a treinar em Indianápolis, mas um acidente do seu
novato companheiro de equipe Robby Gordon antes do Pole Day, o fez mudar de
idéia. AJ tinha acenado com a possibilidade de se aposentar em 1991, mas
decidiu seguir em frente e o acidente de Robby fez florescer essa idéia
novamente. Foyt entrou no seu carro para a sua volta, mas a fez de forma lenta
e ao sair do carro disse que a sua carreira de piloto tinha terminado. Alegou
que o acidente de Robby Gordon pela manhã o fez ver que não conseguiria gerir
uma equipe e pilotar ao mesmo tempo e se quisesse o sucesso da equipe, ele
teria que gastar 110% dos seus esforços fora do cockpit. Chegava ao fim a
carreira de uma das maiores lendas do automobilismo americano e mundial,
detentor de quatro Indy 500, uma Daytona 500, uma 24 Horas de Le Mans e de 35
largadas ininterruptas nas 500
Milhas de Indianápolis iniciada em 1958.
Tom Carnegie entrevistando o então recém aposentado AJ Foyt em Indianápolis, 1993 |
A volta de Nelson Piquet à Indianápolis: abandono na 31ª e desejo realizado |
Luyendyk, Andretti e Boesel na primeira fila para a Indy 500 de 1993 |
Devido os acidentes do ano anterior algumas melhorias foram
feitas no Indianápolis, como a criação de uma pista de rolamento e colocação de
uma faixa de grama entre ela e a pista de forma que os pilotos não mergulhassem
até ela para fazer o tangenciamento. Dessa forma, as altas velocidades
alcançadas em 1992 não voltariam a se repetir e o velho Speedway se tornaria um
pouco mais lento.
A briga pela pole position foi dividida entre Luyendyk,
Mario Andretti e Raul Boesel, com os três a se revezarem nesta posição. No
final da tarde de 15 de maio, Arie Luyendyk cravou a pole com a marca de 223,967 mph (358.347Km/h) e foi seguido por Mario Andretti e Raul Boesel
formando assim a primeira fila. Al Unser Jr. garantiu a quinta posição; Emerson
Fittipaldi a nona colocação e Nigel Mansell a oitava posição. Stefan Johansson
era o melhor dos “Rookies” e tinha garantido uma ótima sexta posição. Nelson
Piquet, com o carro vermelho da Menards, garantiu a 13ª colocação e o veterano
de Indianápolis, Al Unser Sr., saíra em 23º. A decepção ficara por conta de
Bobby Rahal que não conseguira achar o acerto do seu carro e acabou ficando de
fora após várias tentativas frustradas.
O dia da corrida, ao contrario do
ano anterior que fora realizado sob um céu cinzento e de clima frio, agora
seria feito sob céu azul e sol. Mas havia uma possibilidade de chuva perto do
fim da corrida, que acabou não se concretizando.
A bandeira verde foi sinalizada e a
77ª Edição das 500 Milhas
de Indianápolis teve o seu início Raul Boesel saindo feito um raio e partindo
para ganhar a primeira colocação da reta oposta, deixando Arie e Mario na briga
pela segunda posição. A corrida transcorreu sem problemas até a 16ª volta
quando Jim Crawford rodou na saída da curva 2, mas não bateu. As bandeiras
amarelas foram mostradas e neste instante um pelotão se encaminhou para os
boxes, deixando a liderança a cargo de Kevin Cogan. Raul Boesel tinha sido um
destes que entraram nos boxes, mas ao sair dos pits ele estava atrás de Mario
Andretti na pista de rolamento. Como estava mais rápido, acabou ultrapassando o
piloto americano. Quando a relargada foi dada na volta 21, a punição foi dada á
Boesel pela manobra na saída dos boxes. Com isso, o piloto brasileiro pagou a
punição e despencou no pelotão.
Danny Sullivan bateu na volta 31,
numa altura que seu companheiro de Galles, Al Jr. liderava. A bandeira mais uma
vez foi mostrada e neste instante Nelson Piquet abandonara também, devido o
motor fundido. Após o período de bandeira amarela, a verde foi mostrada e o que
se viu depois foi uma batalha caseira entre Andretti e Mansell pela segunda
posição, com o “Leão” a ganhar disputa contra a “Raposa” e depois indo a ganhar
a liderança de Luyendyk. Mas nem pôde desfrutar dessa posição, já que teve que
entrar nos boxes em
seguida. A liderança voltaria para o seu comando após uma
série de pit-stops em bandeira verde.
Após algumas amarelas devido a
detritos e acidentes, a corrida chegava ao seu fim e cenário apontava a
liderança nas mãos de Mansell, seguido por Emerson Fittipaldi e Arie Luyendyk.
Emerson tinha passado todo o mês de maio trabalhando constantemente no carro
para a corrida e tinha naquele momento estava com um bom bólido ao seu comando,
mas não havia liderado uma volta sequer. Raul Boesel, que estava em franca
recuperação quando sofreu um stop-and-go por ter entrado nos pits quando este
estava fechado no momento do acidente de Robby Gordon, estava em quarto. Uma recuperação
magistral.
Raul Boesel com o Lola-Ford da Dick Simon: não fosse as punições, talvez tivesse ganho a prova |
Na volta 182 Lynn St. James bateu
seu carro na curva quatro, forçando outra bandeira amarela. Mas esta foi curta
e quando os carros passaram para abrir a184ª passagem, a bandeira verde foi
mostrada. Mansell partiu na frente e estava crente que havia conseguido uma
distância para Emerson e Arie, mas ele ficou surpreso quando viu que os dois
estavam colados no seu Lola-Ford. Nigel ainda tentou se defender dos ataques de
Emerson na reta oposta colocando o carro na linha interna, mas o brasileiro,
com maior experiência nos ovais, o passou por fora e de carona trouxe o
“Holandês Voador” Arie Luyendyk que assumiu o segundo posto. O sonho de vencer
a Indy 500 na sua estréia começava a desmoronar.
E as coisas tornar-se-iam ainda pior
quando Mansell, na tentativa de alcançar Arie, acabou tocando o seu carro no
muro da curva dois na 192ª volta. As bandeiras amarelas foram mostradas e
faltando cinco para o fim, a verde de agitada. Emerson, que havia construído
uma boa vantagem para Luyendyk nas voltas anteriores, começou a se afastar
rapidamente do holandês. Ele venceu a corrida com 2,8 segundos de avanço sobre
Arie. Mansell chegou em terceiro e Boesel, na sua espetacular escalada pelo
pelotão, terminou em quarto mostrando que tinha carro para ganhar aquela prova se
não fosse as punições. As três primeiras posições foram dominadas por pilotos
estrangeiros, fato que não acontecia desde 1917 e com a quarta posição de
Boesel, essa foi a primeira vez que nenhum americano chegava no Top Four. Mario
Andretti foi o americano melhor colocado, terminando em quinto. Para Mansell
o que lhe restou foi o prêmio de melhor estreante na Indy 500 e ao final do ano
o título da CART
No Victory Lane, Emerson Fittipaldi
não bebeu o tradicional leite que é servido ao vencedor da prova desde 1936.
Ele preferiu beber o suco de laranja que vinha de suas plantações do interior
de São Paulo, a fim de fazer propaganda, e isso gerou pesadas críticas da
imprensa, torcida e por parte dos tradicionalistas. Nem mesmo segurar a garrafa
ele quis, rejeitando-a algumas vezes enquanto procurava beber o suco.
Reza a lenda que esta quebra de tradição por parte de
Fittipaldi lhe rendeu vaias na semana seguinte em Milwaukee, quando a Indy se
reuniu para realizar uma etapa por lá e que até hoje, mesmo após ter explicado o
porquê daquela sua atitude, alguns torcedores ainda olham torto para o “Emmo”.
Tanto que quando foi convidado a pilotar o Corvete que foi o Pace Car na edição
de 2008, alguns ainda o vaiaram.
Ainda que o próprio Emerson tenha passado perto de vencer em
94 e de seu sobrinho Christian tenha ficado em segundo em 1995, outro piloto
brasileiro só venceria a Indy 500 oito anos depois com Helio Castroneves,
pilotando para a Penske.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Foto 205: Rush!
A foto de Niki Lauda e James Hunt na largada para o GP do Brasil de 1976. O piloto inglês cravou a pole com o tempo de 2'32''500 contra 2'32''520 de Lauda, mas o austríaco virou a primeira curva na liderança e no final ganharia o GP de abertura, seguido por Patrick Depailler e Tom Pryce. Hunt abandonaria na volta 32 por problemas na bomba de combustível.
terça-feira, 28 de maio de 2013
Foto 204: Stefan Bellof, 30 anos atrás
Bellof e sua lendária volta no Inferno Verde |
Na ocasião esse tempo foi alcançado pelo piloto alemão no classificatório para os 1000Km de Nurburgring, 3ª etapa do Mundial de Sport Prototipos e também do Europeu de Endurance e a média horária alcançada foi de 202Km/h. A volta de Bellof foi tão superior que a outra dupla da Porsche Racing International, Jochen Mass e Jacky Ickx, foram seis segundos mais lentos.
Apesar de Bellof/ Bell não terem vencido a prova - esta honra foi de Mass/ Ickx - devido um abandono na volta 19 por conta de um acidente -, Stefan ainda teve tempo de cravar outro recorde: ele fez a melhor volta naquele circuito com o tempo de 6'25''910, numa média de 194.333 Km/h.
Esta foi a última vez que o Nordscheleife recebeu os carros do Sport Prototipos no seu velho traçado. A partir de 1984 os 1000Km foi realizado no novo circuito.
segunda-feira, 27 de maio de 2013
Indy 500: A vez de Tony Kanaan
A tão sonhada vitória: Tony de punho fechado, festejando a sua primeira vitória nas 500 Milhas de Indianápolis (Foto: Randy Ballinger/Reuters) |
A temporada de 2004 para Tony Kanaan na Indy tinha sido
ambígua: se de um lado ele conquistara um título inédito para o automobilismo
brasileiro, por outro ele ainda se ressentia da chance que tivera de vencer as 500 Milhas de
Indianápolis. Ele estava no encalço de Buddy Rice, que liderava a prova, quando
a chuva caiu no mítico circuito. Na ocasião a chuva caiu na volta 178 e a
bandeira vermelha foi dada 180ª passagem e junto a dela a corrida encerrada. A
possibilidade de vencer a sua primeira Indy 500 tinha ido pelo ralo. Outras
chances apareceram e foram igualmente frustradas por problemas que o limaram da
corrida ou contratempos que o impediram de chegar a esta sonhada vitória.
A sua transferência para a KV Racing, um time de médio
porte, foi entendido por muitos como um passo atrás em sua carreira, mas Tony
sempre esteve forte na condução deste carro: abdicou do seu tradicional número
11 pelo 82 em 2011, devido o apoio da Lotus a equipe KV e esteve muito bem em
Indianápolis naquele ano com o número que foi imortalizado por Jim Clark em
1965, que venceu a edição das 500 Milhas daquele ano e em 2012 ficou longe da
vitória, mas não baixou os braços em momento algum. Outro duro golpe ele
receberia este ano ao disputar a São Paulo Indy 300 e sua equipe errar feio nas
contas do combustível – o que te sido corriqueiro neste time da KV – e lhe
tirar a chance de vencer na pista de rua do Anhembi. O choro foi incontrolável.
Página virada e agora era a vez da prova mais importante: a Indy 500.
Tony fez um bom pole Day e não teve problemas em colocar seu
carro na 12ª colocação. Para a maioria que não acompanha essa prova isso seria
uma péssima posição de largada, mas uma corrida que por muito pouco não premiou
pilotos que saíram da última colocação – como Kevin Cougan em 1980 e Scott
Goodyear em 1992 – a posição de largada é o que pouco importa. Tendo um carro
veloz e extremamente eficiente para andar no tráfego, você passa a ter ótimas
chances de vencê-la.
Se a F1 tem sido uma prova de economia por parte dos pneus,
esta edição 97 das 500
Milhas de Indianápolis foi uma prova de economia, com a
maioria optando por andar no vácuo do carro à frente para poupar combustível. O
máximo que algum piloto conseguia abrir era meia reta, sendo tragado pelo
pelotão logo depois. Uma verdadeira luta de vácuo. Ryan Hunter-Reay, o novato
Carlos Muñoz, Eddie Carpenter, AJ Allmendinger, Tony Kanaan, Marco Andretti e
Helio Castroneves, eram os pilotos a se revezarem na liderança da corrida e
Kanaan, junto de Andretti, foram os que estiveram mais vezes na primeira
posição, trocando-à volta a volta.
A corrida transcorreu tranquilamente, tanto que os acidentes
de Hildebrand e Saavedra não demoraram a ser resolvidos pelo resgate e a prova
retornou ao seu ritmo normal. Mas como manda o figurino são as últimas 50 ou 30
voltas que importam, com os pilotos a fazerem as suas últimas paradas de box e começarem
a colocar a estratégia principal em prática: pé cravado até o fim. Desse modo é
que Tony partiu co tudo para cima de Hunter-Reay e assumiu a ponta, mas logo
foi ultrapassado pelo norte-americano. Na briga direta apareciam, além dos
dois, Carlos Muñoz e Marco Andretti. Uma disputa direta entre a equipe Andretti
contra a KV de Tony Kanaan. Batalha que deixou a arquibancada de pé e que
nitidamente torcia pelo piloto brasileiro.
Mas o acidente de Graham Rahal na saída na curva dois, indo
bater no muro interno quando faltavam sete voltas para o fim, parecia indicar
que as coisas demorariam a ser resolvidas. Hunter-Reay era o líder e Tony o
segundo. Os destroços e o carro de Rahal tinham sido retirados a tempo e a
relargada foi dada, faltando três voltas para o fim. Friamente Tony conseguiu
pôr em prática sua relargada foguete e saiu de trás do carro de Ryan como um
“dragster” e junto dele trouxe Muñoz, que serviu para atrasar um pouco o piloto
americano. Os ponteiros já estavam na metade da reta oposta quando as bandeiras
amarelas foram mostradas: Dario Franchitti tinha encontrado o muro após a
relargada. Tony viu as luzes amarelas piscando, mas não tirou o pé do
acelerador e tirou rapidamente mais uma volta, ficando apenas duas para o fim.
Desse modo o resgate não teria tempo hábil para retirar o carro de Franchitti e
a relargada ser autorizada. A bandeira branca ainda foi dada sob o regime do
Pace Car e a dupla quadriculada mais famosa do automobilismo mundial, foi dada
a Tony. A derrota de 2004 tinha ficado de vez no passado.
No Victory Lane, ele foi recebido com o beijo da esposa e
com os abraços e cumprimentos do time da KV Racing e ele pôde, enfim, tomar e
se banhar com o leite da vitória. Depois festejou com seu amigo e
ex-companheiro de equipe Alessandro Zanardi – que depois ele presentearia com o
capacete que acabara de usar na vitória -
com Jimmy Vasser, chefe da sua equipe, que rasgou elogios ao piloto
brasileiro. Uma tarde histórica em Indianápolis, que infelizmente foi preterida
pelo futebol. A festa só foi vista pela internet, já que a Bandeirantes não
quis limar pelo menos meia hora de um jogo que não valia muita coisa – afinal
era apenas a primeira rodada do campeonato – para mostrar a premiação de Tony em Indianápolis. Uma
pena.
Mas muito mais que essa conquista de Tony tenha sido a
sétima de um piloto brasileiro nas 500 Milhas de Indianápolis – ele se junta a
Emerson Fittipaldi (1989 e 93), Helio Castroneves (2001, 02 e 09) e Gil de
Ferran (2003) – ela foi nada mais que a concretização de um trabalho que foi iniciado
ainda no Kart com o apoio de seu pai, que morreu quando Kanaan ainda era
criança. E todos os dissabores que ele sofreu nestas últimas edições e porque
não dizer, nestes últimos anos, foi recompensado agora.
Agora TK, como ele é chamado nos EUA, entrou de vez na vasta
lista dos senhores que venceram no Brickyard. Merecido.
(Foto: AP Photo/ Michael Conroy) |
Assinar:
Postagens (Atom)
Foto 1042 - Uma imagem simbólica
Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...
-
- Cadillac #2 em trabalho de box; voltou em nono com Aitken no comando - A linha de frente da LMP2 (#37, #22 e #183) realizando suas paradas...
-
Daqui algumas horas familias e amigos estaram reunidos para mais uma virada de ano. Hora de lembrar das coisas boas ou más que passaram nest...
-
- Toyota #7 roda e retorna na chicane Dunlop. Lopez vinha na casa dos 32 segundos atrás do Ferrari #50 de Nicholas Nielsen, mas viu a difere...