segunda-feira, 23 de setembro de 2013

GP de Cingapura - Corrida - 13ª Etapa

Mais uma pra conta: 33ª vitória na carreira após uma noite perfeita em Marina Bay.
(Foto: Getty Images)
As maçantes 61 voltas do GP cingapuriano - que por alguns momentos pareciam intermináveis -, serviu para que Sebastian Vettel ratificasse o que já havíamos visto durante os treinos livres e o de classificação sobre o seu favoritismo naquela pista montada em Marina Bay. O único adversário para o piloto alemão foi únicos segundos que Nico Rosberg permaneceu na liderança - se é que podemos dizer isso, afinal o piloto da Mercedes chegou a efetuar a ultrapassagem, mas alargou muito na saída da primeira perna da chicane e perdeu a liderança para Vettel em seguida após um "X". Feito isso, a única visão que os adversários tiveram de Vettel foi durante a intervenção do SC, devido a batida de Ricciardo - que belo modo de se apresentar como futuro piloto Red Bull - e depois no pódio. Foi outra corrida impecável do piloto alemão, futuro tetra campeão do mundo. A minha única reclamação nessa prova é que o número de voltas que são realizadas na pista de Marina Bay. Um circuito com uma extensão de 5.2 Km e 61 voltas é deveras cansativo para o público, e foi possível ver que a alguns nativos da região, devidamente sentados nas arquibancadas, bocejavam a toda hora. E outra coisa: além da prova beirar as duas horas limite, o alto consumo de combustível também é crítico naquela pista. O que tem salvado de acontecer uma "epidemia" de pane seca nos carros, são as entradas do Safety Car durante essa corrida. Desde 2008 que pelo menos uma vez o SC é acionado para que seja removido o carro, ou carros, de lugares perigosos e isso tem sido bem vindo. Por outro lado, as inúmeras voltas atrás deste atrasa ainda mais a corrida. Ontem, por exemplo, a prova terminou exatamente com as duas horas limite já estouradas. Estranho apenas o fato das equipes não ter reclamado algo sobre um diminuição das voltas - algo em torno de cinco ou seis - que já deixaria a prova menos sonolenta para o público e sanaria um pouco a possibilidade de uma hecatombe de carros sem gasolina pela pista.
Voltando a corrida, Vettel fez um trabalho brilhante ao abrir uma diferença que oscilou entre nove e dez segundos para Rosberg após a largada e apenas administrou. Ele sabia bem que ficando atrás da Mercedes, seus pneus poderiam se deteriorar facilmente e isso causaria um atraso imenso. E mais uma vez vimos essa aula quando a relargada foi dada e em quatro voltas ele já possuía nove segundos de avanço sobre Nico Rosberg. Sebastian apenas administrou e quando era preciso, ele apertava o pedal da direita para construir essa vantagem como aconteceu após a sua última parada de box e já via Alonso no seu retrovisor. Com as reservas que Vettel tem em seu RB9, ele pode muito bem variar as condições que a corrida pede e não precisará se preocupar tanto com o desgaste de pneus, que foi um pesadelo que incomodou a Red Bull durante as primeiras etapas do ano. Aquela vantagem que Horner e Marko tanto falavam e que era barrada devido aos pneus de farinha da Pirelli, apareceu de forma brutal nessa fase final do mundial.
Para os seus rivais, a prova não foi de todo mal: Alonso fez uma largada brilhante e já era terceiro após a chicane e foi esperto ao trocar pneus durante o SC e aguentar 30 voltas com estes quando assumiu a segunda posição após as paradas de Rosberg, Webber e Hamilton e ficar nesta colocação até o fim. Raikkonen, com as suas costas doloridas, escalou no pelotão e fechou num ótimo - e inesperado - terceiro lugar. Para os Mercedes, restaram apenas ficar com a quarta colocação de Rosberg e a quinta de Hamilton e dois pilotos visivelmente não satisfeitos com o desempenho do carro. E Felipe Massa teve um desempenho mediano, apresentando apenas algum brilhantismo nas voltas finais.
Depois deste "massacre em Marina Bay", o que restou de otimismo por parte dos que ainda esperavam tentar deter Vettel, agora é mirado para 2014. Isso significa que Vettel e Red Bull já passam a contar os quilômetros que restam para que equipe e piloto possam comemorar o duplo tetra campeonato - mundiais de pilotos e construtores.

Resultado Final
Grande Prêmio de Cingapura 
Circuito de Marina Bay - 61 Voltas 
22/9/2013 - 13ª  Etapa

1) Sebastian  Vettel (ALE/RBR): 61 voltas em 1h59m13s132    
2) Fernando Alonso (ESP/Ferrari) + 32s627                     
3) Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) + 43s920              
4) Nico Rosberg (ALE/Mercedes) + 51s155                    
5) Lewis Hamilton (ING/Mercedes) + 53s159                      
6) Felipe Massa (BRA/Ferrari) + 1m03s877                     
7) Jenson Button (ING/McLaren) + 1m23s354             
8) Sergio Pérez (MEX/McLaren) + 1m23s820            
9) Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) + 1m24s261             
10) Adrian Sutil (ALE/Force India) + 1m24s668            
11) Pastor Maldonado (VEN/Williams) + 1m28s479             
12) Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber) + 1m37s894             
13) Valtteri Bottas (FIN/Williams) + 1m45s161             
14) Jean-Eric Vergne (FRA/STR)+ 1m53s512      
15) Mark Webber (AUS/RBR) + 1 volta        
16) Giedo van der Garde(HOL/Caterham) + 1 volta             
17) Max Chilton (ING/Marussia) + 1 volta            
18) Jules Bianchi (FRA/Marussia) + 1 volta           
19) Charles Pic (FRA/Caterham) + 1 volta             
 
Não completaram:
Paul Di Resta (ESC/Force India) +  7 voltas           
Romain Grosjean (FRA/Lotus) + 24 voltas             
Daniel Ricciardo (AUS/STR) + 38 voltas

sábado, 21 de setembro de 2013

GP de Cingapura - Classificação - 13ª Etapa

Faltou unha para o Vettel: 41ª pole na carreira
(Foto: Getty Images)
A imagem de Vettel roendo as unhas nos minutos finais da classificação em Marina Bay, lembrou a sensação de um vestibulando em saber se havia sido aprovado, ou não, para a tão sonhada universidade. Mas o que estava em jogo mesmo era a pole. Por mais que a sua volta tenha sido brilhante, com cerca de quase um segundo sobre o segundo colocado, a presença das Mercedes ainda requeria cuidados. De fato havia sido uma volta brutal - 1'42''841 - a visão inicial era de que ele podia muito se dar ao luxo de entrar no boxes e acompanhar o restante do treino, agarrado a uma garrafa d'água e analisar tranquilamente as voltas de seus adversários... em outros tempos ele até pôde fazer isso com certa paz, como ficou registrado em algumas classificações de 2011. Desta vez a tranquilidade deu lugar a um nervosismo incomum e Vettel roía as unhas mais e mais a cada parcial de Nico Rosberg e Mark Webber. Certamente não havia mais o que roer quando ele constatou que Rosberg passara à 0''091 centésimos acima da sua marca... um gelo na espinha que quase lhe custou a 41ª pole de sua carreira.
Mas o desempenho de Sebastian com os pneus super macios foi extremamente positivo. Um exemplo disso ficou no Q2 quando ele enfiou oito décimos em Webber e nove em Rosberg. Uma volta que impressionou bastante. Mas no Q1, onde usou os médios, o desempenho não foi tão poderoso, tendo ficando em terceiro, atrás de Hulkenberg - que usara super macios - e de Webber. Talvez nesse ponto de usar os pneus médios, é que haja uma possibilidade de equilibrio. Mas claro, é apenas uma impressão deste pobre mortal.
Enquanto que Vettel destruía os tempos - e as unhas -, seus rivais tinham um desempenho mediano: Raikkonen ficou de fora do Q2 - 13ª colocação - e com fortes dores nas costas que quaseo limaram da classificação; Fernando Alonso não pôde fazer muito frente ao fraco desempenho da Ferrari no Q3 e sairá em sétimo, logo atrás de Massa que assinalou a sexta posição. Hamilton ficou com a quinta posição.
Não há muito o que falar sobre o que pode ser da corrida de amanhã. O certo mesmo é que Vettel mais uma vez é disparado favorito para vencer em Marina Bay colocar mais alguns dedinhos na taça de tetra campeão do mundo. Rosberg terá que fazer uma largada foguete para tentar pensar em algo e barrar um possível "sumiço" de Sebastian na dianteira da corrida.

Grid de Largada para o Grande Prêmio de Cingapura - 13ª Etapa

1) Sebastian Vettel (ALE/RBR) 1m42s841             
2) Nico Rosberg (ALE/Mercedes) 1m42s932  +0s091    
3) Romain Grosjean (FRA/Lotus) 1m43s058  +0s217    
4) Mark Webber (AUS/RBR) 1m43s152  +0s311    
5) Lewis Hamilton (ING/Mercedes) 1m43s254  +0s413    
6) Felipe Massa (BRA/Ferrari) 1m43s890  +1s049      
7) Fernando Alonso (ESP/Ferrari) 1m43s938  +1s097    
8) Jenson Button (ING/McLaren) 1m44s282  +1s441    
9) Daniel Ricciardo (AUS/STR) 1m44s439  +1s598    
10) Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber) sem tempo
11) Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) 1m44s555 
12) Jean-Eric Vergne (FRA/STR) 1m44s588    
13) Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) 1m44s658
14) Sergio Pérez (MEX/McLaren) 1m44s752    
15) Adrian Sutil (ALE/Force India) 1m45s185    
16) Valtteri Bottas (FIN/Williams) 1m45s388  
17) Paul di Resta (ESC/Force India) 1m46s121   
18) Pastor Maldonado (VEN/Williams) 1m46s619    
19) Charles Pic (FRA/Caterham) 1m48s111
20) Giedo van der Garde (HOL/Caterham) 1m48s320     
21) Jules Bianchi (FRA/Marussia) 1m48s830    
22) Max Chilton (ING/Marussia) 1m48s930

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Pole Lap: Juan Pablo Montoya, Detroit 1999

Juan Pablo Montoya em um das suas famosas voltas alucinantes em classificações, desta vez na sua estadia na CART em 1999 na pista de Detroit. Ele cravou a pole - e com direito a uma "beliscada" no muro.
O colombiano, que voltará para a Indy em 2014 pela Penske, completa hoje 38 anos.

Foto 254: Mclarens

Um gif muito legal com alguns Mclarens que ajudaram a construir a história da fábrica de Bruce Mclaren. A arte é do pessoal da Art Of The Automobile.

Foto 253: Silverstone, 1991

Nigel Mansell e sua Williams FW14 em Silverstone, durante o final de semana do GP da Grã-Bretanha. Os temores de Ayrton Senna estavam se confirmando e a FW14, sob os comandos do "Il Leone" e Ricardo Patrese, já havia ganho no México (com Patrese) e na França (com Mansell).
O inglês venceu o GP bretão conquistando um Hat-Trick e foi por seguido por Berger, Prost e Senna. 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Foto 252: Catalunya

Não sei de que ano é a foto, mas é o que menos importa perante a beleza do instantâneo registrada no circuito da Catalunya. Uma jóia.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Indycar: O retorno de Montoya

"Estou realmente excitado por me juntar a esta lendária equipa a partir da próxima temporada", começou por dizer o piloto colombiano. Tive a oportunidade de guiar com algumas das melhores equipas do mundo e sempre admirei Roger Penske pela sua organização. Considero uma honra que que me foi oferecida uma oportunidade de guiar para eles"
Estas foram as palavras de Juan Pablo Montoya, divulgadas no site da Penske hoje a tarde. O piloto colombiano de 38 anos se juntará a Helio Castroneves e Will Power na equipe do senhor Roger Penske, que alinhará, assim, três carros para a próxima temporada.
Roger Penske também falou sobre o novo contratado: "Juan é um vencedor mais do que provado em todos os niveis desportivos. Venceu uma série de corridas e campeonatos e tem uma multidão de fãs apaixonados atrás de si. Estamos ansiosos por construir uma relação de sucesso e acreditamos que vai ser uma mais valia para a Penske".
Montoya retornará a um território onde mostrou do que foi capaz no biênio 99/2000, quando esteve a serviço da Chip Ganassi. Venceu o campeonato de 1999 da extinta CART e ganhou com sobras as 500 Milhas de Indianápolis pela mesma equipe em 2000, sem contar as inúmeras vitórias e duelos que fez a sua fama de "Win or Wall"ganhar força e mais a sua coragem extrema. Como não se lembrar das voltas finais em Michigan quando ele e Michael Andretti praticamente tocaram rodas a todo percurso, em 1999?
A verdade é que este acaba sendo um grande reforço para a Penske e também para a IRL, que anda mal das pernas. Montoya ainda tem aquela gana que o fez conquistar fãs pelo mundo, mas andou adormecido neste seu período da NASCAR. As suas atuações na Grand-Am, onde conquistou por três vezes as 24 Horas de Daytona (2007, 2008 e 2013) comprovam isto.
Conseguindo perder os quilinhos a mais que conquistou com os churrascos, milk shakes e big macs da vida, certamente será uma das estrelas do campeonato do ano que vem e incomodará o sossego de Helinho e Power a todo momento.
E quem sabe, caso vire a realidade da Penske retornar ao Endurance via a Porsche, o colombiano não de o ar da graça por lá também... 

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...