quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Prost tem razão

O texto abaixo foi extraído do site Total Race, publicado hoje a tarde:

A F-1 mudou, mas habilidade é a mesma da minha época, diz Prost

Crédito da foto: James Moy
Tetracampeão dos anos 1980 e 1990 lembra que hoje há mais eletrônica, mas não acha que isso substitui o talento
‘Na época do Senna era campeão quem tinha mais talento, agora é só o carro’. Que fã brasileiro da categoria nunca ouviu uma frase desta? Mas um dos grandes personagens daqueles tempos, o tetracampeão Alain Prost, não concorda. Para o francês, tudo é difícil de ser comparado, menos a necessidade de habilidade por parte dos pilotos.
“Eles nunca conviveram com acidentes, com o risco, e isso gera uma mentalidade diferente. A maneira como eles trabalham agora com os carros e as equipes é obviamente distinto, é muito mais eletrônico, muito mais organizado, e não dá para comparar. Mas a habilidade, a perícia, o talento ainda estão lá. E temos uma boa geração de pilotos”, defende o francês.
Prost também destaca a juventude dos novos pilotos, que amadurecem já ganhando corridas e títulos.
“Eles mudaram, mas é normal. A sociedade mudou, assim como a maneira como eles começam. Olhe para Sebastian, ele será tetracampeão nesta temporada, com 26 anos. Eu venci minha primeira corrida com 26 anos, não dá para comparar, é uma geração diferente.”
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Normalmente não uso um texto completo de site ou blog, mas neste caso achei interessante reproduzir na sua totalidade.
Já há algum tempo que tenho uma opinião formada sobre essa história de que "os caras de antigamente que eram bons... os de hoje não são tudo isso". Agora pouco escrevi um comentário no grupo Oversteering, no Facebook, e que reproduzo aqui. É a minha opinião, claro, e respeito quem discordar de mim:
"Foi bom o Prost falar isso. Certa vez me vi no meio de um discussão exatamente sobre os pilotos de hoje não serem tão competitivos dos que de antigamente. Eu, há muito tempo atrás, antes de criar o blog, também achava que os caras de hoje não seriam páreo para os pilotos das antigas exatamente por achar que hoje a coisa é uma "boiada" perto do que era na época dos turbos, por exemplo.
Mas depois eu pesquisando mais a fundo a história, percebei que piloto de corridas é piloto de corridas. Não importa qual carro ele esteja pilotando, mas ele fará o trabalho dele e poderá tirar o máximo do seu bólido, Pode ser que em certa categoria ele não consiga fazer nada de especial, mas em outras ele sobressaia fantasticamente. Um exemplo bom é o Sebastian Bourdais que detonava todos na ChampCar e quando veio pra F1 tomou uma sova do Vettel. 
E outro cara que onde pilota é sensacional, é o Sebastien Loeb. Não importa qual carro ele estará conduzindo, mas sempre ficará entre os primeiros (vide GT Series, algumas incursões em Le Mans e testes na F1). Para mim, é o melhor piloto do mundo na atualidade.
Portanto os caras de hoje da F1, Vettel, Alonso, Hamilton, Raikkonen, no meu ver, não devem nada aos caras do passado. São ótimos pilotos e certamente fariam frente aos grandes drivers do passado."

Vídeo: Hakkinen e Coulthard ao volante dos Mclarens

Está saindo melhor do que encomenda estes especiais da Mclaren sobre os 50 anos da equipe. Desta vez, junto da BBC, ela levou David Coulthard e Mika Hakkinen para Silverstone para que eles pudessem pilotar os clássicos M23 (campeão de 1974) e o MP4/4 (campeão de 1988). Depois lhes foi entregue as outras duas jóias da casa: o MP4/13 (campeão de 1998) e o MP4/23 (campeão de 2008).
Claro, Mika esteve ao volante do MP4/13 que lhe proporcionou o primeiro de seus dois títulos mundiais. As lembranças afloraram, com certeza.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Crash: Rali de Hellendorn, Truck Racing Championship e Blancpain Endurance Series

Um Porsche batendo, capotando e caindo num lago durante o Rali de Hellendorn, na Holanda; o acidente na largada do Campeonato Europeu de Caminhões em Zolder e uma batida durante os 1000Km de Nurburgring, válidos pelo Blancpain Series, foram os acidentes deste fim de semana no Motorsports.

WEC: 6 Horas de Austin (vídeo)

E para aqueles que não assistiram a prova realizada no Circuito das Américas, eis a corrida completa dividida em três partes.
Foi a quinta vitória da Audi no ano e 100ª da fábrica das quatro argolas na categoria LMP. Assistam:

GP de Cingapura - Corrida - 13ª Etapa

Mais uma pra conta: 33ª vitória na carreira após uma noite perfeita em Marina Bay.
(Foto: Getty Images)
As maçantes 61 voltas do GP cingapuriano - que por alguns momentos pareciam intermináveis -, serviu para que Sebastian Vettel ratificasse o que já havíamos visto durante os treinos livres e o de classificação sobre o seu favoritismo naquela pista montada em Marina Bay. O único adversário para o piloto alemão foi únicos segundos que Nico Rosberg permaneceu na liderança - se é que podemos dizer isso, afinal o piloto da Mercedes chegou a efetuar a ultrapassagem, mas alargou muito na saída da primeira perna da chicane e perdeu a liderança para Vettel em seguida após um "X". Feito isso, a única visão que os adversários tiveram de Vettel foi durante a intervenção do SC, devido a batida de Ricciardo - que belo modo de se apresentar como futuro piloto Red Bull - e depois no pódio. Foi outra corrida impecável do piloto alemão, futuro tetra campeão do mundo. A minha única reclamação nessa prova é que o número de voltas que são realizadas na pista de Marina Bay. Um circuito com uma extensão de 5.2 Km e 61 voltas é deveras cansativo para o público, e foi possível ver que a alguns nativos da região, devidamente sentados nas arquibancadas, bocejavam a toda hora. E outra coisa: além da prova beirar as duas horas limite, o alto consumo de combustível também é crítico naquela pista. O que tem salvado de acontecer uma "epidemia" de pane seca nos carros, são as entradas do Safety Car durante essa corrida. Desde 2008 que pelo menos uma vez o SC é acionado para que seja removido o carro, ou carros, de lugares perigosos e isso tem sido bem vindo. Por outro lado, as inúmeras voltas atrás deste atrasa ainda mais a corrida. Ontem, por exemplo, a prova terminou exatamente com as duas horas limite já estouradas. Estranho apenas o fato das equipes não ter reclamado algo sobre um diminuição das voltas - algo em torno de cinco ou seis - que já deixaria a prova menos sonolenta para o público e sanaria um pouco a possibilidade de uma hecatombe de carros sem gasolina pela pista.
Voltando a corrida, Vettel fez um trabalho brilhante ao abrir uma diferença que oscilou entre nove e dez segundos para Rosberg após a largada e apenas administrou. Ele sabia bem que ficando atrás da Mercedes, seus pneus poderiam se deteriorar facilmente e isso causaria um atraso imenso. E mais uma vez vimos essa aula quando a relargada foi dada e em quatro voltas ele já possuía nove segundos de avanço sobre Nico Rosberg. Sebastian apenas administrou e quando era preciso, ele apertava o pedal da direita para construir essa vantagem como aconteceu após a sua última parada de box e já via Alonso no seu retrovisor. Com as reservas que Vettel tem em seu RB9, ele pode muito bem variar as condições que a corrida pede e não precisará se preocupar tanto com o desgaste de pneus, que foi um pesadelo que incomodou a Red Bull durante as primeiras etapas do ano. Aquela vantagem que Horner e Marko tanto falavam e que era barrada devido aos pneus de farinha da Pirelli, apareceu de forma brutal nessa fase final do mundial.
Para os seus rivais, a prova não foi de todo mal: Alonso fez uma largada brilhante e já era terceiro após a chicane e foi esperto ao trocar pneus durante o SC e aguentar 30 voltas com estes quando assumiu a segunda posição após as paradas de Rosberg, Webber e Hamilton e ficar nesta colocação até o fim. Raikkonen, com as suas costas doloridas, escalou no pelotão e fechou num ótimo - e inesperado - terceiro lugar. Para os Mercedes, restaram apenas ficar com a quarta colocação de Rosberg e a quinta de Hamilton e dois pilotos visivelmente não satisfeitos com o desempenho do carro. E Felipe Massa teve um desempenho mediano, apresentando apenas algum brilhantismo nas voltas finais.
Depois deste "massacre em Marina Bay", o que restou de otimismo por parte dos que ainda esperavam tentar deter Vettel, agora é mirado para 2014. Isso significa que Vettel e Red Bull já passam a contar os quilômetros que restam para que equipe e piloto possam comemorar o duplo tetra campeonato - mundiais de pilotos e construtores.

Resultado Final
Grande Prêmio de Cingapura 
Circuito de Marina Bay - 61 Voltas 
22/9/2013 - 13ª  Etapa

1) Sebastian  Vettel (ALE/RBR): 61 voltas em 1h59m13s132    
2) Fernando Alonso (ESP/Ferrari) + 32s627                     
3) Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) + 43s920              
4) Nico Rosberg (ALE/Mercedes) + 51s155                    
5) Lewis Hamilton (ING/Mercedes) + 53s159                      
6) Felipe Massa (BRA/Ferrari) + 1m03s877                     
7) Jenson Button (ING/McLaren) + 1m23s354             
8) Sergio Pérez (MEX/McLaren) + 1m23s820            
9) Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) + 1m24s261             
10) Adrian Sutil (ALE/Force India) + 1m24s668            
11) Pastor Maldonado (VEN/Williams) + 1m28s479             
12) Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber) + 1m37s894             
13) Valtteri Bottas (FIN/Williams) + 1m45s161             
14) Jean-Eric Vergne (FRA/STR)+ 1m53s512      
15) Mark Webber (AUS/RBR) + 1 volta        
16) Giedo van der Garde(HOL/Caterham) + 1 volta             
17) Max Chilton (ING/Marussia) + 1 volta            
18) Jules Bianchi (FRA/Marussia) + 1 volta           
19) Charles Pic (FRA/Caterham) + 1 volta             
 
Não completaram:
Paul Di Resta (ESC/Force India) +  7 voltas           
Romain Grosjean (FRA/Lotus) + 24 voltas             
Daniel Ricciardo (AUS/STR) + 38 voltas

sábado, 21 de setembro de 2013

GP de Cingapura - Classificação - 13ª Etapa

Faltou unha para o Vettel: 41ª pole na carreira
(Foto: Getty Images)
A imagem de Vettel roendo as unhas nos minutos finais da classificação em Marina Bay, lembrou a sensação de um vestibulando em saber se havia sido aprovado, ou não, para a tão sonhada universidade. Mas o que estava em jogo mesmo era a pole. Por mais que a sua volta tenha sido brilhante, com cerca de quase um segundo sobre o segundo colocado, a presença das Mercedes ainda requeria cuidados. De fato havia sido uma volta brutal - 1'42''841 - a visão inicial era de que ele podia muito se dar ao luxo de entrar no boxes e acompanhar o restante do treino, agarrado a uma garrafa d'água e analisar tranquilamente as voltas de seus adversários... em outros tempos ele até pôde fazer isso com certa paz, como ficou registrado em algumas classificações de 2011. Desta vez a tranquilidade deu lugar a um nervosismo incomum e Vettel roía as unhas mais e mais a cada parcial de Nico Rosberg e Mark Webber. Certamente não havia mais o que roer quando ele constatou que Rosberg passara à 0''091 centésimos acima da sua marca... um gelo na espinha que quase lhe custou a 41ª pole de sua carreira.
Mas o desempenho de Sebastian com os pneus super macios foi extremamente positivo. Um exemplo disso ficou no Q2 quando ele enfiou oito décimos em Webber e nove em Rosberg. Uma volta que impressionou bastante. Mas no Q1, onde usou os médios, o desempenho não foi tão poderoso, tendo ficando em terceiro, atrás de Hulkenberg - que usara super macios - e de Webber. Talvez nesse ponto de usar os pneus médios, é que haja uma possibilidade de equilibrio. Mas claro, é apenas uma impressão deste pobre mortal.
Enquanto que Vettel destruía os tempos - e as unhas -, seus rivais tinham um desempenho mediano: Raikkonen ficou de fora do Q2 - 13ª colocação - e com fortes dores nas costas que quaseo limaram da classificação; Fernando Alonso não pôde fazer muito frente ao fraco desempenho da Ferrari no Q3 e sairá em sétimo, logo atrás de Massa que assinalou a sexta posição. Hamilton ficou com a quinta posição.
Não há muito o que falar sobre o que pode ser da corrida de amanhã. O certo mesmo é que Vettel mais uma vez é disparado favorito para vencer em Marina Bay colocar mais alguns dedinhos na taça de tetra campeão do mundo. Rosberg terá que fazer uma largada foguete para tentar pensar em algo e barrar um possível "sumiço" de Sebastian na dianteira da corrida.

Grid de Largada para o Grande Prêmio de Cingapura - 13ª Etapa

1) Sebastian Vettel (ALE/RBR) 1m42s841             
2) Nico Rosberg (ALE/Mercedes) 1m42s932  +0s091    
3) Romain Grosjean (FRA/Lotus) 1m43s058  +0s217    
4) Mark Webber (AUS/RBR) 1m43s152  +0s311    
5) Lewis Hamilton (ING/Mercedes) 1m43s254  +0s413    
6) Felipe Massa (BRA/Ferrari) 1m43s890  +1s049      
7) Fernando Alonso (ESP/Ferrari) 1m43s938  +1s097    
8) Jenson Button (ING/McLaren) 1m44s282  +1s441    
9) Daniel Ricciardo (AUS/STR) 1m44s439  +1s598    
10) Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber) sem tempo
11) Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) 1m44s555 
12) Jean-Eric Vergne (FRA/STR) 1m44s588    
13) Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) 1m44s658
14) Sergio Pérez (MEX/McLaren) 1m44s752    
15) Adrian Sutil (ALE/Force India) 1m45s185    
16) Valtteri Bottas (FIN/Williams) 1m45s388  
17) Paul di Resta (ESC/Force India) 1m46s121   
18) Pastor Maldonado (VEN/Williams) 1m46s619    
19) Charles Pic (FRA/Caterham) 1m48s111
20) Giedo van der Garde (HOL/Caterham) 1m48s320     
21) Jules Bianchi (FRA/Marussia) 1m48s830    
22) Max Chilton (ING/Marussia) 1m48s930

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...