sábado, 29 de março de 2014

GP da Malásia - Classificação -2ª Etapa

(Foto: Getty Images)
A velha chuva... até gosto deste clima para as competições automobilísticas, mas neste momento do mundial da F1, onde tentamos analisar todas as variáveis devido as novas regras que a categoria se encontra, ela camufla um pouco esta possibilidade, mas ao menos nos dá uma chance de ver quem tem uma boa condição neste tipo de situação. Melbourne, quinze dias atrás foi assim, e hoje em Sepang não foi diferente.
Foi possível constatar que a Mercedes tem um bom carro para pista molhada, principalmente pelas mãos de Lewis Hamilton, que é reconhecidamente um exímio piloto na chuva e isso não foi problema para que ele marcasse sua segunda pole consecutiva e 33ª da carreira, empatando com Jim Clark e Alain Prost neste quesito. Para a Red Bull o saldo foi positivo - diria que muito - por tudo que se desenhava desde a problemática pré-temporada, ver Vettel em segundo e Ricciardo em quinto é um sonho. Mas ainda devemos observá-los em condições de pista seca para uma melhor avaliação, afinal as duas classificações foram feitas em condições anormais e isso conta muito o braço e sensibilidade do piloto para levar o carro. Bahrein será um bom teste.
A Ferrari era de se esperar um pouco mais, confesso. Raikkonen não teve um bom momento na chuva, perto do que fizera em pista seca durante os treinos livres. Alonso bateu com Kvyat no início do Q2 e teve a sorte dos mecânicos terem sido rápidos para recolocá-lo de volta na pista e garantir a passagem para o Q3 e depois conquistar uma quarta colocação que por muito pouco não teria sido uma terceira, caso Rosberg não tivesse superado-o no final da última parte. Fernando pode ter uma corrida problemática devido a situação que ficou no seu carro após o incidente com Kvyat, onde a dirigibilidade ficou bastante afetada.
Para os demais foi um bom treino, principalmente para Hulkenberg - sempre mostrando a sua já conhecida habilidade na chuva, ao colocar a Force India na sétima colocação - e Kevin Magnussen, que mais uma vez fez um bom trabalho e se colocou à frente de Button mais uma vez.
Com relação à Williams, mais uma vez a chuva foi vilã e atrapalhou seus dois pilotos: Massa e Bottas caíram no Q2 e para piorar Valtteri foi punido com a perda de três posições após atrapalhar a volta rápida de Daniel Ricciardo no Q2. Um lance, que para mim, foi normal...

O que esperar para a prova?: Tudo indica para uma corrida com pista seca, mas tratando-se de Sepang, ainda mais no horário que a corrida é realizada, por volta das 16 horas (5 da manhã aqui no Brasil), a tendência é que chova e com isso pode acontecer atrasos, e por aí vai...
Sobre a prova, caso seja disputada em pista seca, a tendência é que as Mercedes tenham um bom desempenho (isso se não apresentarem problemas) sumindo na frente. Para o restante, um briga muito boa pelo lugar restante no pódio: as duas Red Bulls, Ferraris, Mclarens e a Force India de Hulkenberg poderão muito bem entrar numa batalha interessantíssima, isso sem contar com a ascensão que as Williams possam ter durante uma prova com pista seca.
Caso a chuva apareça por toda a corrida, ou até mesmo por um breve momento, as coisas podem melhorar para os times que não utilizam motores Mercedes, abrindo uma possibilidade para Red Bull e Ferrari desafiarem o poderio da Mercedes pela dianteira.

Grid de Largada para o Grande Prêmio da Malásia - 2ª Etapa

1) Lewis Hamilton (ING/Mercedes) 1m59s431
2) Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) 1m59s486
3) Nico Rosberg (ALE/Mercedes) 2m00s050
4) Fernando Alonso (ESP/Ferrari) 2m00s175
5) Daniel Ricciardo (AUS/RBR-Renault) 2m00s541
6) Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) 2m01s218
7) Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes) 2m01s712
8) Kevin Magnussen (DIN/McLaren-Mercedes) 2m02s213
9) Jean-Eric Vergne (FRA/STR-Renault) 2m03s078 
10) Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) 2m04s053 
11) Daniil Kvyat (RUS/STR-Renault) 2m02s351  (Q2)
12) Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber-Ferrari) 2m02s369  (Q2)
13) Felipe Massa (BRA/Williams-Mercedes) 2m02s460  (Q2)
14) Sergio Pérez (MEX/Force India-Mercedes) 2m02s511  (Q2)
15) Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault) 2m02s885  (Q2)
16) Pastor Maldonado (VEN/Lotus-Renault) 2m02s074  (Q1)
17) Adrian Sutil (ALE/Sauber-Ferrari) 2m02s131  (Q1)
18) Valtteri Bottas (FIN/Williams-Mercedes) 2m02s756  (Q2)*
19) Jules Bianchi (FRA/Marussia-Ferrari) 2m02s702  (Q1)
20) Kamui Kobayashi (JAP/Caterham-Renault) 2m03s595 (Q1)
21) Max Chilton (ING/Marussia-Ferrari) 2m04s388  (Q1)
22) Marcus Ericsson (SUE/Caterham-Renault) 2m04s407  (Q1)

* Valtteri Bottas (FIN/Williams-Mercedes) foi punido com a perda de 3 posições no grid de largada por atrapalhar Daniel Ricciardo (AUS/RBR-Renault) no Q2

quarta-feira, 26 de março de 2014

Foto 317: 919 na pista

(Foto: Porsche)
A Porsche levou os seus dois 919 Hybrid para a pista de Paul Ricard para simulação de prova durante três dias, antes que começassem os testes oficiais que terão início nesta sexta. Os seis pilotos da marca estiveram presentes - Romain Dumas , Neel Jani , Marc Lieb , Timo Bernhard , Brendon Hartley e Mark Webber - e foram responsáveis pelos testes. 
Andrea Seidl, chefe da equipe, falou sobre os resultados destes três dias: "Este teste foi um grande desafio para toda a equipe. Pela primeira vez, nós estávamos correndo dois carros ao mesmo tempo , que foi exigente em termos de logística e coordenação de equipe."
"O outro objetivo era simular um fim de semana de corrida , a fim de se preparar para as duas corridas de seis horas que estão surgindo. Esta foi uma experiência muito importante para nós. "
Os três dias de testes foram importantes para a equipe averiguar alguns problemas no novo bólido:
"O teste nos ensinou que temos que melhorar em termos de confiabilidade. No que diz respeito à forma como a tripulação e os controladores trabalharam juntos como uma equipe, nós estamos indo na direção certa" 
"Os próximos dois dias de testes aqui em Paul Ricard, durante o Prólogo, será usado para configurar ambos, bem como os processos específicos de corrida do carro."   
Os dois dias de testes na pista francesa contará com a presença dos times da LMP1 e demais categorias.

Fonte: sportscar365.com

Foto 316: Porsche

"Mas será que vai dar certo?". Talvez essa fosse a pergunta que se passava pela cabeça de Ron Dennis enquanto estava debruçado e observando o novo motor TAG Porsche Turbo, que estreou no Mclaren  de Niki Lauda durante o GP da Holanda de 1983 - Jonh Watson correu com o Ford Cosworth.
Apesar da aparente preocupação, o que fez Lauda abandonar foi um problema nos freios depois de ter largado na 19ª colocação. Watson levou o outro Mclaren ao pódio, chegando em terceiro.
Os anos seguintes responderiam a dúvida de Dennis: de 1984 até 1986 foram cinco títulos (três de pilotos com Niki Lauda (84) e dois com Prost (85 e 86) e dois de Construtores (84 e 85).
Nada mal...

Foto 315: Matra Boys

A esquadra da Matra. Da esquerda para direita: Patrick Depailler, Bernard Fiorentino, Jean-Pierre Jaussaud, Gerard Larrousse, Marcel Chassagny (fundador da Matra), Jean-Pierre Beltoise, Jean-Pierre Jabouille, François Cevert & Henri Pescarolo.
Dos oito pilotos da foto, somente Bernard Fiorentino e Jean Pierre-Jaussaud que não chegaram à F1. Fiorentino se enveredou pelo mundo dos Rallies durante a década de 70 pilotando pela Simca. Jaussaud foi piloto de testes da equipe Renault na F1 em 1980 e pela mesma marca ele conseguiu a vitória em Le Mans, 1978 em dupla com Pironi, conquista que ele repetiria em 1980 com a equipe Rondeau.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Foto 314: Penske

O cara aí de trás, que está entortando a Ferrari 250 GTO, é nada mais que Roger Penske durante um dos estágios do Tourist Trophy, realizado em Goodwood em 1963 e válido para o World Sportscar Championship.
Roger pilotou para a North American Racing Team (NART) e largou em sexto e terminou em oitavo no geral. A sua frente o Jaguar E-Type de Jack Sears, um dos melhores pilotos britânicos de turismo dos anos 60, tendo ganho dois campeonatos do Saloon Car Championship - precursor do atual BTCC - nos anos de 1958 (temporada inaugural) e em 1963. Sears terminou em quarto no Tourist Trophy após ter largado em sétimo.
A prova foi vencida por Graham Hill (Ferrari 250 GTO), seguido por Mike Parkes (Ferrari 250 GTO) e Roy Salvadori (Jaguar E-Type).

sábado, 22 de março de 2014

Pole Lap: Ayrton Senna, Interlagos 1991

A galera já deve estar cansada de ter visto essa pole do Senna em Interlagos 1991, mas fica como registro pelos 54 anos que o piloto brasileiro teria completado ontem.

terça-feira, 18 de março de 2014

GP da Austrália: A corrida da cautela



No baixar da bandeira quadriculada para a incontestável vitória de Nico Rosberg em Melbourne, a minha impressão é de que a prova ficou devendo algo a mais para os fãs. Depois de uma classificação tão interessante, com um grid atraente, eu esperava mais dessa primeira etapa. Mas um breve raciocínio me fez enxergar as coisas de outro modo.
Quando as equipes se reuniram para os primeiros testes, alguns comentários apareceram de que os pilotos não podiam usar toda a potência dos novos motores exatamente para preservá-los naqueles primeiros dias. Até faz sentido, pois nos oitos dias seguintes, no calor do deserto de Sakhir, eles puderam acelerar ao máximo extraindo tudo, ou quase tudo, de seus propulsores. Em Melbourne fiquei com a impressão de os pilotos estavam cautelosos demais, arriscaram pouco em tentar alguma manobra de ultrapassagem. Outro fator que deve ter contribuído – e muito – para isso, foi a preocupação com o consumo de combustível que mais tarde ceifaria a segunda posição de Ricciardo. Salvo as belas ultrapassagens de Bottas, o único a se arriscar de fato nessa corrida, é que acabou sendo a salvação de um GP que poderia ter sido interessante.
Apesar disso a prova serviu para mostrar que a Mercedes apresenta um bom carro neste início de temporada e que os seus motores são fortes. Não dá para saber a real potência deles – ano passado rodou o boato de que tinha em torno de 100cv a mais que Ferrari e Renault – mas percebe-se que tem um bom desempenho e suas clientes estão bem servidas nesse quesito. A Williams que o diga...
Aproveitando o gancho, Valtteri Bottas foi o grande nome do dia em Melbourne com a sua série de ultrapassagens e após uma bela recuperação após tocar o muro na décima volta, que acabou por estourar o pneu esquerdo direito quando já estava na cola de Alonso. Recuperou-se bem e terminou em sexto. Baseando-se no que Bottas fez durante as 58 voltas, dá para imaginar o que teria conseguido Felipe Massa, caso este não tivesse ficado de fora logo na largada quando Kobayashi o acertou. Mas o fato é que a Williams possui um bom e que pode reservar a equipe bons resultados no decorrer do ano.
Além de Bottas, não posso esquecer-me de falar de Magnussen e Kyyat que tiveram uma boa jornada em Melbourne. Enquanto que o dinamarquês levou foi ao pódio pela primeira vez, conseguindo em alguns estágios pressionar Daniel Ricciardo na luta pela segunda posição, Kvyat esteve no encalço de Kimi Raikkonen e a frente do seu companheiro de Toro Rosso, Vergne. Daniil garantiu um ponto que serviu também para colocá-lo na história da F1 como o piloto mais novo a pontuar, superando Sebastian Vettel. Já Kevin Magnussen, além de ser o primeiro dinamarquês a chegar ao pódio, mostrou qualidades que pode garantir a ele um bom ano de estréia e também, quem sabe, colocar o sobrenome Magnussen entre os melhores da categoria, algo que seu pai, Jan, deixou escapar nos anos 90.
Para os australianos ficou a frustração de um final de semana que tinha sido perfeito para Daniel Ricciardo, que conseguiu se colocar à frente de Vettel no grid e que passou toda a corrida na segunda colocação. O rolo entre FIA e Red Bull com a história do fluxômetro, acabou por tirar os dezoitos pontos que conquistara. Uma pena.
Apesar do temor de nenhum carro completar o GP – quanto exagero – até que o número de pilotos que completaram o GP foi decente: catorze chegaram ao final, sendo que dos oito abandonos 6 foram por problemas. Vettel e Hamilton saíram logo no início, o primeiro mostrando que o motor Renault ainda não tem toda força, apesar da bela corrida de Ricciardo que não apresentou problemas, e outro, com um foguete nas mãos, teve uma avaria ainda nas primeiras voltas, sendo forçado a se retirar.
Já a Ferrari não apresentou grande ritmo nessa prova e parecia que tanto Alonso, quanto Raikkonen estavam pilotando caminhões – se alguém da Ferrari ler isso – tamanha a dificuldade de ambos.
Quando os carros estiveram rodando pelo circuito de Sepang nos dias 28, 29 e 30 de março, é que podemos continuar a analisar as coisas. Como disse, a impressão que tive é que os pilotos estavam comedidos, receosos em arriscar. Talvez numa pista permanente, com bons pontos de ultrapassagens, eles possam tentar algo mais.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...