domingo, 14 de dezembro de 2014

Vídeo: Road to Le Mans 2014

A epopeia da Jota Sport desde a abertura do Europeu da Le Mans Series, até a sua sensacional vitória nas 24 Horas de Le Mans deste ano na LMP2.
Divirtam-se!

Foto 458: O acidente de Löic Duval em Le Mans



E aí estão as raríssimas fotos numa rápida sequência de como foi o acidente de Löic Duval durante os treinos para s 24 Horas de Le Mans deste ano. 
A única coisa que podemos dizer é a sorte que teve de nada mais grave ter acontecido, pois a imagem - seguida do acidente - foi impressionante.
As fotos foram retiradas do perfil de João Carlos Costa, no Facebook. 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Foto 427: Síndrome do brinquedo novo

Quando Sebastian Vettel foi recrutado pela Red Bull para ingressar na sua equipe principal para a temporada de 2009, ele se deparou com a presença de Mark Webber naquele team que já durava desde o ano de 2007. Mesmo com a sua impressionante temporada a bordo de um Toro Rosso, carro qual ele conseguiu levar a uma vitória inesperada no GP da Itália e conduzir a equipe a terminar à frente da filial, a suas credenciais podiam ser postas em cheque naquele futuro confronto contra o já veterano Webber. Se ele contava com o seu talento natural para conduzir brilhantemente os carros de corrida, ele teria que confrontar-se com a velocidade e bravura do piloto australiano.
Como costumo dizer, Vettel foi a peça que faltava na engrenagem para fazer a máquina de conquistas da Red Bull girar vertiginosamente, mas para isso, além dele aparar as arestas em relação aos seus erros que viriam (e vieram com o tempo), ele também teve que lidar com os inúmeros problemas que o privaram de conquistar o título em 2009 e também com a pressão exercida por Webber. E as coisas se repetiriam de forma mais intensa em 2010, quando Sebastian teve inúmeros erros e contratempos e somados com uma boa forma de Mark, quase colocaram o jovem alemão em parafuso. Mas nada como uma atuação inteligente na corrida da Itália e uma arrancada fenomenal na parte final do campeonato que lhe garantiu o primeiro título, para que a Red Bull se encantasse por ele. Não que a equipe não acreditasse em Sebastian, muito pelo contrário, tinham muita confiança de que uma hora ele acertaria o passo e seria o piloto que eles esperavam. De imediato ele passou a ser o piloto por excelência da equipe rubro taurina. O molde de como teria de ser os novos garotos que quisessem ingressar em uma de sua equipes: sorridente, gente boa, alegre, rápido, inteligente, fora de série... e por aí vai. Nessa toada ficou fácil para perceber que Mark Webber, queira ou não ajudou a equipe na época em que era apenas um time médio, tinha perdido totalmente o espaço – ou o resto que ainda tinha – para Sebastian. E o que vimos a partir de 2011 foi uma lavada histórica de Vettel sobre Webber, com mais três títulos embolsados pelo alemão e Mark penando para tentar alcançar no mínimo um pódio nas corridas que Sebastian arrasava a concorrência sem piedade. Pobre Mark... tanto que ele se encheu dessa vida e foi para o Mundial de Endurance onde é muito mais feliz.
A chegada de Daniel Ricciardo, oriundo da Toro Rosso assim como Sebastian, levou a maioria acreditar que este seria uma versão mais jovial de Mark, sendo uma presa fácil. A verdade é que quando você é alçado para um lugar de destaque como ele foi, ainda mais ao lado de um cara que ganhou “apenas” os últimos quatro mundiais, você acaba criando um ânimo absurdo em querer igualá-lo ou até mesmo derrotá-lo – confesso que esperava muito mais da primeira opção –, mas o que se viu foi totalmente o contrário de quase de 100% dos prognósticos: Ricciardo não apenas igualou Vettel logo de cara, como dominou o tetra-campeão de um modo impressionante ao ponto de fazer Sebastian ouvir em duas ocasiões a já difamada frase “Is Faster Than You”. O RB10 não foi o grande primor das últimas temporadas, principalmente pela fraqueza do motor Renault e também pelas novas configurações aerodinâmicas, que deixaram os carros com menos downforce. E isso para Sebastian, que nitidamente se divertia com as suas “garotas” antecedentes, colocando-as onde queria por causa da enorme carga aerodinâmica que elas geravam, foi um duro golpe e enquanto ele procurava achar o ponto de equilíbrio que o levasse de volta a sua velha forma – tanto que ele trocou de chassis duas vezes na temporada – Ricciardo ia brilhando cada vez mais a ponto de vencer três corridas e protagonizar uma série de ultrapassagens que arrancavam aplausos. Do mesmo modo que Vettel contra Webber, agora era a vez de Ricciardo fazer o mesmo com Sebastian: aniquilando-o e conquistando a equipe de forma arrebatadora, a ponto de ouvir de Vettel em algumas ocasiões de que “a equipe o havia abandonado”.
Comparo estas situações na Red Bull como a de uma criança que, ao ganhar um brinquedo novo, mais moderno e interessante, abandona de cara aquele que ela já estava enjoada de brincar. Sebastian foi esperto o bastante para ver que era hora de partir de lá e talvez, para não criar uma animosidade num local onde ele conseguiu construir uma história tão fantástica, foi o mais correto mudar de ares e encarar um novo desafio.

A verdade é que enquanto a Red Bull estiver na F1, a tendência é que isso aconteça com certa freqüência. Não estranhem se caso Daniil Kvyat conseguir suplantar Ricciardo já em 2015 e for alçado como novo superstar da casa. Será apenas o curso natural de como as coisas acontecem por ali.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Vídeo: ITC, Interlagos 1996

E que belo achado este: as duas provas que o ITC (International Touring Championship) realizou aqui em Interlagos no ano de 1996, na única visita que a categoria realizou aqui na América do Sul.
As provas foram dominadas amplamente pela Alfa Romeo, sendo que a pole foi de Christian Danner as vitórias ficaram para Alessandro Nannini (corrida 1) e Nicola Larini (prova 2).
Destaque para a exibição magistral de Max Wilson (que pilotou um dos Alfas) na segunda prova.

Foto 426: Licenza

A licença de piloto de Alberto Ascari, de 1949. 

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Vídeo: 6 Horas de São Paulo (Classificação e Corrida)

Para quem não viu, aqui fica a classificação e a corrida que está divida em três partes.
Destaque no início da transmissão da classificação para a menção de Roberto Gómez Bolaños, falecido na sexta-feira, pelos narradores do Mundial de Endurance. O que mostra o quanto que grande ator mexicano era conhecido, e querido, nos quatro cantos do mundo pelos seus papéis em Chaves e Chapolin.

WEC: Susto e vitória para a Porsche em Interlagos

(Foto: Fernando Lima)
Para quem acompanhou a temporada de 2014 a “full time”, deve ter percebido a velocidade a qual a Porsche imprimiu nos treinos livres e classificatórios das oitos corridas disputadas. Em Interlagos, sem nenhuma contestação, os dois 919 Hybrid estavam com um passo muito à frente de suas rivais Audi e Toyota, e a pole era uma questão apenas em saber qual dos dois carros que iriam celebrar a tal marca. Coube ao #20 de Mark Webber/ Brendon Hartley/ Timo Benhard a honra de largar na pole, a primeira do trio neste ano e ao seu lado aparecia o #14 que já havia marcado três poles neste ano, mostrando bem o poderio da marca alemã. Na terceira posição, com uma boa dose de surpresa, o Toyota #8 da dupla campeã mundial Sebastien Buemi/ Anthony Davidson. Pode ser um pouco de desdém dizer que foi uma “surpresa” essa terceira colocação no grid, mas a verdade é que os dois TS040 Hybrid sofreram um bocado por não terem turbo e na altitude do circuito paulistano, o déficit de potência foi de consideráveis 50cv. Pode não ser nada, mas para uma pista como a de Interlagos que necessita de boa retomada de velocidade devido os aclives isso fazia uma boa diferença. Porém os Audis, que haviam feito bons treinos, principalmente na sexta-feira, não passaram de uma quarta e sexta colocações sem ser uma grande ameaça aos tempos das Porsches e do Toyota.
A corrida acabou por ser um caso normal no endurance: enquanto que o #20 disparava na frente, abrindo caminho como podia em meios aos carros das classes PRO e AM – fazendo o trabalho de “coelho” –, o #8 da Toyota travava um duelo espetacular contra o #14 da Porsche. Por várias vezes, principalmente no final da reta dos boxes e descida do S do Senna, o Porsche chegou a emparelhar, mas as suas chances eram rechaçadas de imediato pela pilotagem agressiva e brilhante de Sebastien Buemi – o que mostra o quanto que este TS040 Hybrid foi bem construído e desenvolvido, pois mesmo com uma desvantagem de potência devido à altitude, o carros #8 foi competitivo o bastante para dar combate aos dois Porsches e a condução de Buemi e Davidson ontem, valoriza ainda mais a qualidade destes dois pilotos. E é bem provável que, caso não houvesse o acidente no final da corrida, teríamos tido uma disputa memorável naqueles vinte e cinco minutos restantes contra o Porsche #14 . Apesar do #20 ter perdido rendimento durante o certame, a briga continuou polarizada entre o #14 e o #8 que revezavam no comando da corrida conforme iam acontecendo as paradas de box e nestes pits é que a Audi conseguia alguns brilharetes durante uma tarde pouco frutífera para a equipe das quatro argolas. Apesar das chances remotas de conquistar o campeonato de marcas – que acabou ficando naturalmente para a Toyota por causa da enorme vantagem – o carro #2 apresentou algum problema logo depois da largada, parando e voltando na entrada da reta oposta o que acabou atrapalhando todo o andamento para eles. Para o carro #1, que foi tripulado pelo trio Loic Duval/ Lucas Di Grassi/ Tom Kristensen, o ritmo foi até satisfatório o que contribuiu para que eles chegassem ao fim da corrida na terceira colocação. Infelizmente a última volta de Tom Kristensen nas provas de Endurance foi ofuscada pelo tremendo acidente entre o Porsche #20 de Mark Webber e o Ferrari 456 #90 da LMGTE-AM de Mateo Cressoni. Apesar da grande pancada dos dois na curva do café, ambos foram levados ao hospital por precaução e liberados nesta segunda.

O evento
(Foto: © John Rourke - AdrenalMedia.com/WEC)
A prova deste ano foi a melhor da três edições realizadas até aqui. Também temos que dizer que o público desta corrida foi a melhor – pelo menos foi a minha impressão, devido o tanto de pessoas na visitação. Lembro que ano passado você tinha até mais liberdade para andar no pit lane, mas neste era quase impossível se deslocar para conseguir ir de um box ao outro. O pouco que pude ver as atrações para o público foram bem menores que a do ano passado, voltando a um estágio parecido com o de 2012, ano da primeira prova. Mas esse bom público foi positivo e mostra que as pessoas estão começando a entender e pegar gosto pelas provas de endurance.
Infelizmente, ano que vem, não teremos a corrida devido as mudanças na pista de Interlagos justamente neste momento que o público parece ter se interessado pela categoria. Apesar da garantia de Emerson Fittipaldi de que a prova abrirá a temporada de 2016, Gerard Neveau, CEO do FIA WEC, mostrou certa preocupação com alguns aspectos em torno dos problemas extra pista, como a conexão de internet, a falta de cabeamento das câmeras, o alagamento do centro de mídia no início da semana e outros contratempos com relação a fornecedores que deixaram de prestar serviços este ano por questões relacionadas a vencimentos ainda de 2013. Com as novas instalações que deverão estar concluídas até o segundo semestre de 2015, espera-se que as coisas possam melhorar e uma reunião já está agendada para o primeiro semestre do ano que vem para discutir o futuro da corrida por aqui.
Para nós que tanto amamos esta categoria e que também tem atraído a atenção de fãs de outras categorias, seria uma pena que perdêssemos essa prova por aqui. Tivemos boas corridas até aqui e a deste ano foi de longe a melhor. A nossa torcida é que tudo se resolva e que o Mundial de Endurance volte em 2016 para cá ainda melhor do que está.  

(Foto: © John Rourke - AdrenalMedia.com)

O belo Ligier JS P2 da G-Drive que acabou de fora da corrida após uma batida no final da reta dos boxes, quando Olivier Pla estava no volante

(Foto: DailySportscar)

Aliás, a classe LMP2 foi uma das mais problemáticas desta edição com apenas um dos quatro carros da categoria a completar a prova. Desse modo, a vitória ficou com o trio Richard Bradley/ Mathew Howson/ Alex Imperatori com o Oreca 03 Nissan #47 da KCMG. O título da classe, que estava em jogo entre os trios dos carros #26 e #27, acabou para estes últimos (Sergey Zlobin/ Nicolas Minassian/ Maurizio Mediani) que também sofreram com problemas no seu Oreca 03 Nissan da SMP.

(Foto: © John Rourke - AdrenalMedia.com)

A Aston Martin dominou as ações nas duas classe dos GTs: enquanto que Stefan Mücke/ Darren Turner garantiram a vitória na classe LMGTE-PRO...

(Foto: DailySportscar)

... Paul Dala Lana/ Pedro Lamy/ Chris Nygaard venceram na LMGTE-AM e ainda tiveram a companhia do outro trio da Aston Martin no pódio, com Kristian Poulsen/ David Heinemeier Hansson/ Nicki Thiim terminando em segundo.

(Foto: John Dagys/ Sportscar365)

O Ferrari #61 que foi conduzido por Emerson Fittipaldi/ Alessandro Pier Guidi/ Jeff Segal, teve problemas no câmbio. O trio fechou na penúltima posição da classe LMGTE-AM.



Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...