quarta-feira, 11 de março de 2015

F1 Battles: Jean Alesi vs Ayrton Senna - Phoenix, 1990

Como eu disse num comentário hoje à tarde no Facebook, Jean Alesi foi como Juan Pablo Montoya para Michael Schumacher nos anos 2000: uma pedra - e das grandes - no sapato de Ayrton Senna.
E o duelo memorável do pequeno gaulês contra o piloto brasileiro nas ruas de Phoenix, na abertura do mundial de 1990, foi um dos grandes momentos da categoria naquela década e na história.
E hoje faz 25 anos daquela sensacional batalha.


Foto 485: As provas de abertura dos mundiais de F1 - Parte 3

Doze anos depois a Argentina voltava ao calendário da categoria e como nos anos 50, foi a corrida que abriu as temporadas da F1 mais vezes na década de 70 contabilizando um total de provas, contra duas da África do Sul e uma do Brasil.
Em relação aos vencedores, está também foi equilibrada: Mario Andretti e Emerson Fittipaldi venceram duas cada um.
A prova de 1974 marcou a última vitória de Denny Hulme na F1.


1970: Jack Brabham – Brabham Ford - Grande Prêmio da África do Sul


1971: Mario Andretti – Ferrari - Grande Prêmio da África do Sul


1972: Jackie Stewart – Tyrrell Ford - Grande Prêmio da Argentina


1973: Emerson Fittipaldi – Lotus Ford - Grande Prêmio da Argentina


1974: Denny Hulme – McLaren Ford - Grande Prêmio da Argentina

1975: Emerson Fittipaldi – McLaren Ford - Grande Prêmio da Argentina


1976: Niki Lauda – Ferrari – Grande Prêmio do Brasil


1977: Jody Scheckter – Wolff Ford - Grande Prêmio da Argentina


1978: Mario Andretti – Lotus Ford - Grande Prêmio da Argentina



1979: Jacques Laffite – Ligier Ford - Grande Prêmio da Argentina

terça-feira, 10 de março de 2015

Foto 484: As provas de abertura dos mundiais de F1 - Parte 2

A década de 60 para a F1 teve início em Buenos Aires, com o GP da Argentina que voltaria ao calendário da categoria doze anos depois. O GP de Mônaco e GP da África do Sul - que teve duas casas naquela década, East London e Kyalami - sediaram quatro aberturas de mundiais cada.
Graham Hill venceu três vezes (1962, 63 e 64), todas pela BRM, enquanto que Jim Clark e Jackie Stewart venceram duas cada. Uma época de ouro para os pilotos britânicos, que arrebataram, também, seis títulos nos anos 60.
A prova de 1968, que foi realizada em Kyalami, foi a última aparição e vitória de Jim Clark na F1.


1960: Bruce McLaren – Cooper Climax - Grande Prêmio da Argentina

1961: Stirling Moss – Lotus Climax – Grande Prêmio de Mônaco


1962: Graham Hill – BRM – Grande Prêmio da Holanda


1963: Graham Hill – BRM – Grande Prêmio de Mônaco


1964: Graham Hill – BRM – Grande Prêmio de Mônaco


1965: Jim Clark – Lotus Climax – Grande Prêmio da África do Sul


1966: Jackie Stewart – BRM – Grande Prêmio de Mônaco


1967: Pedro Rodriguez – Cooper Maserati – Grande Prêmio da África do Sul


1968: Jim Clark -  Lotus Ford – Grande Prêmio da África do Sul



1969: Jackie Stewart – Matra Ford - Grande Prêmio da África do Sul

segunda-feira, 9 de março de 2015

Foto 483: As provas de abertura dos mundiais de F1 - Parte 1

A intenção destas postagens era de mostrar as largadas das corridas de abertura da F1, desde o GP da Grã-Bretanha de 1950 até o GP da Austrália de 2014. Mas como é difícil encontrar fotos de largadas de todas essas corridas, acabei colocando apenas o do vencedor do GP e por isso lhes peço desculpas.
A Fórmula-1 visitou três países naquela sua primeira década de existência para realizar suas provas de abertura. Coube à Inglaterra sediar o primeiro GP da categoria em 1950 no antigo aeródromo de Silverstone, fato que não repetiria nunca mais em termos de abertura. A Suíça teve a sua vez em 51 e 52, em Bremgarten e a Argentina emendou o restante da década.
Juan Manuel Fangio foi quem mais venceu as provas de abertura daquela década, coincidentemente todas elas nos anos em que foi campeão (51, 54, 55, 56 e 57).
Na corrida de 1958, a vitória de Stirling Moss, pilotando o pequenino Cooper de motor traseiro, iniciou uma nova era para a categoria.

1950:  Giuseppe Farina – Alfa Romeo - Grande Prêmio da Grã-Bretanha


1951: Juan Manuel Fangio – Alfa Romeo  – Grande Prêmio da Suíça


1952: Piero Taruffi – Ferrari – Grande Prêmio da Suíça


1953: Alberto Ascari – Ferrari – Grande Prêmio da Argentina


1954: Juan Manuel Fangio – Maserati – Grande Prêmio da Argentina


1955: Juan Manuel Fangio – Mercedes - Grande Prêmio da Argentina


1956: Juan Manuel Fangio – Ferrari - Grande Prêmio da Argentina


1957: Juan Manuel Fangio – Maserati - Grande Prêmio da Argentina


1958: Stirling Moss – Cooper Climax - Grande Prêmio da Argentina



1959: Jack Brabham – Cooper Climax - Grande Prêmio de Mônaco

Vídeo: Os lendários Mclarens em Suzuka

Sinceramente não sei o nome do festival que aconteceu em Suzuka neste último sábado, mas o que posso dizer é que quem teve o privilégio de estar presente se divertiu à beça.
Afinal de contas, não é todo dia que você tem a chance de ver os Mclaren MP4/4, MP4/5 e MP4/6 desfilando sua imponência num circuito. Ao volante destes carros estiveram, respectivamente, Satoru Nakajima, Jean Alesi e Damon Hill.
E aí ficam dois vídeos sobre o evento. Divirtam-se!


domingo, 1 de março de 2015

F1 Pré-Temporada: Sobre os testes

Falar sobre testes de pré-temporada torna-se um verdadeiro tiro no escuro, onde se sabe que você apenas atira, mas não sabe onde vai acertar a bala. Dificilmente você saberá qual o cronograma adotado pelas equipes para vários estágios dos dias e tudo que escreverá, ou dirá, é apenas um achismo. Mas se acerta também, pode se vangloriar e até mesmo seguir uma vida de vidente. Vai-se ganhar dinheiro com isso, ou não, é outra história.
Mas a verdade é que nestes tempos, onde o dinheiro anda contado e as informações andam quase que na velocidade da luz, pouco sentido faz em ficar enganando com voltas voadoras apenas para ganhar manchetes. É claro que, para uma equipe média/pequena, isso é um trunfo bem manjado e sempre tem algum que acredita – ou finge que acredita – para acabar apoiando financeiramente e ter o nome de sua empresa estampando as laterais de um carro de corrida, mesmo que esta se arraste no final do pelotão por todas as corridas do ano. Mas uns minutinhos – ou segundos – de exposição televisiva vão bem, não é mesmo? Portanto, aqueles primeiros dias onde a Ferrari e Sauber comandaram como quis, mostraram o quanto que os seus carros estão bem melhores para esta temporada, tanto que continuaram a andar bem nos oito dias que se seguiram em Barcelona, mas não com a mesma intensidade. Afinal de contas, estavam a trabalhar velocidade de ponta para os seus respectivos carros, coisa que continuou forte para o time suíço enquanto que a Ferrari partiu para outros programas de acerto. Porém, a confiabilidade alcançada por ambas, foi o ponto alto para o trabalho dos dois teams que apresentaram pouquíssimos problemas.
Os dias iniciais de testes tendem a pregar boas peças, mas também nos deixam algumas dúvidas que são respondidas parcialmente à medida que avançam os dias de trabalhos. A Mercedes apresentou quatro dias de longa quilometragem em Jerez, para depois iniciar uma tímida escalada nos tempos de voltas nos quatro primeiros dias em Barcelona e no fim mostrar a real força do seu carro. A Williams fez um trabalho semelhante, mas em escala menor, já que não andou tanto assim em Jerez e que depois mesclou long runs na primeira parte em Barcelona para andar forte na segunda bateria na pista espanhola. Aliás, os carros com motor Mercedes continuam muito bem, como mostraram a Lotus e Force India: se o time de Enstone até fez bons tempos com Maldonado e Grosjean, dando a impressão que o carro deste ano possa ser bem melhor que o fiasco de 2014, a Force India testou nos quatro dias iniciais em Barcelona com o modelo de 2014, para depois passar ao que será usado este ano e ter uma boa jornada com Nico Hulkenberg e Sergio Perez, que computaram 295 voltas em três dias desta última bateria sem grandes problemas.
Para as clientes Renault foi um período que mais pareceu uma continuidade de 2014, do que algo novo a ser festejado. Na verdade a Toro Rosso é quem pode sorrir um pouco mais, pois o seu carro apresentou poucos problemas e Sainz Jr. e Verstappen fizeram boa quilometragem especialmente em Jerez e na primeira semana em Barcelona. A Red Bull continuou com alguns problemas de confiabilidade, mas não tanto quanto na pré-temporada de 2014. Porém é algo que precisa melhorar bastante e, pelo que parece, a potência do motor Renault ainda não é das melhores.
Para a McLaren, neste início de nova parceria com a Honda, os problemas apareceram aos montes, mas os pilotos elogiaram o MP4-30 o que já algo animador frente às enormes dores de cabeça que o time tem enfrentado.


Mercedes: Pode não ter dominado amplamente os dias de testes, optando mais pela qualidade que a quantidade e isso ficou claro nas duas únicas vezes em que colocaram seus carros na primeira posição. Rosberg e Hamilton surpreenderam a concorrência ao fazer tempos ainda melhores quando usavam os mesmo tipos de pneus que os demais, ou até mesmo diferente, como foi o caso de Hamilton para Massa no sábado ao cravar o primeiro tempo com dois décimos de avanço sobre o brasileiro utilizando os macios contra os super macios do piloto da Williams.
Fica evidente que estão acima dos demais neste ano, numa clara continuação de 2014. Mas a parte mecânica e elétrica ainda apresenta problemas aqui e acolá, que podem muito atrapalhar um pouco a equipe germânica.  


Williams: Ao passo que apresentou nestes últimos quatro dias, onde resolveu fazer o mesmo que a Mercedes, liberando seus pilotos para mandarem ver, a equipe inglesa apresentou uma forma muito positiva credenciando-a a ser a segunda equipe neste momento, com uma ligeira vantagem sobre Ferrari e Red Bull. Tanto Massa, quanto Bottas elogiaram ao máximo este novo FW37 exatamente pela sua velocidade e confiabilidade. E isso é algo animador para eles que perseguiram – e que continuarão neste ano – uma vitória em 2014.
Aparentemente já começam muito bem, diferente do ano passado onde foram melhorando gradativamente até fechar como segunda equipe mais veloz.


Ferrari: A atmosfera dentro da Ferrari é percebida há quilômetros de distância e isso é fruto das mudanças radicais na parte técnica da equipe, feitas no segundo semestre de 2014. A chegada de Sebastian Vettel e outros profissionais também ajudam nisso e os resultados são bons até aqui: além da já conhecida confiabilidade, o carro parece ser bom e isso traz para eles um ânimo que já deixou o chefe Maurizio Arrivabene animado a ponto de colocar uma meta que é vencer duas corridas no ano, e caso vençam até quatro GPs, ele correria descalço.
A Ferrari inverteu o processo ao cravar ótimos tempos em Jerez e depois trabalhar ativamente no desenvolvimento do carro nas duas últimas sessões de treinos.
Acredito que este será um bom ano para a Ferrari, mas não dá para garantir que vencerão uma ou duas corridas nesta temporada. Mas a freqüência nos pódios pode ser mais constante.


Sauber: Podemos chamá-los de surpresa nestes testes? Até que sim, mas ainda vamos esperar para vê-los nas primeiras provas da temporada. Mas uma coisa não pode negar: a confiabilidade que se viu nestes carros azuis da Sauber chegou a surpreender e pouco foram as reclamações de Ericsson e Nasr sobre o comportamento do carro, que parece ter agradado bastante seus pilotos.
Eles viraram ótimos tempos desde Jerez, o que fez a maioria desconfiar de ser um “blefe” de pré-temporada. Mas passado todo esse tempo e na maioria das vezes se colocando entre os quatro melhores de cada dia, fica um pouco difícil acreditar que tenha sido apenas um jogo de cena. Talvez as coisas tenham melhorado por lá.


Toro Rosso: A equipe com dupla mais nova da categoria fez um trabalho muito bom ao ganhar uma larga quilometragem e com bons tempos feitos por Sainz Jr. e Verstappen. Porém, problemas apareceram nesta última semana, mas nada que seja grave a ponto de preocupar a equipe.
Apesar destes contratempos no final dos testes, o carro tinha apresentado uma boa confiabilidade.


Lotus: Imaginava-se que as coisas poderiam piorar para eles, mas até aqui, nestes testes, tudo fluiu bem demais. A melhora na troca do Renault pelo Mercedes, foi evidente e seus pilotos trataram de fazer os melhores tempos em três dias da segunda bateria de testes, sendo duas com Maldonado e uma com Grosjean. E o carro parece muito melhor que o de 2014, o que traz à equipe a chance de voltar a brigar constantemente pelos pontos.
E contando com dois caras rápidos – e de vez em quando afoitos – a Lotus passa ter uma ótima chance de brilhar novamente.


Red Bull: A única coisa que chamou a atenção da critica nestes teste, foram a camuflagem usada pelo time. Fora isso, nada de especial na equipe que dominou a F1 até 2013. Tiveram alguns problemas na MGU-K nesta semana que limitaram bastante o trabalho, o que preocupa um pouco.
Mas ano passado estiveram numa situação bem pior e conseguiram uma atuação sensacional em Melbourne. Mas agora a concorrência parece ser mais pesada.


Force India: Para quem andou muito pouco com o carro desta temporada, até que as coisas foram boas para eles. De início, usaram o bólido de 2014 para coletar dados e nestes últimos três dias entregaram para Hulkenberg e Perez o carro de 2015, que já colecionou uma boa distância sem ter problemas.
Mas ainda sim a equipe vive dias delicados devidos os problemas financeiros.


Mclaren: Não seria fácil, mas tão não imaginavam que seria tão difícil! Os dias da McLaren foram sofríveis e o único onde puderam ver sorrisos e ouvir suspiros de – um breve – alívio foi na última sexta-feira, quando Button completou 101 voltas sem apresentar nenhum problema crônico. Mas o calvário voltaria nestes últimos dois dias.
Foi baixa a quilometragem da equipe, que ainda perdeu Fernando Alonso para esta última sessão devido ao misterioso acidente da semana passada. E a presença dele para Melbourne ainda é dúvida.
Mas algumas coisas positivas podem ser tiradas destes doze dias de testes: o carro, segundo os pilotos, em especial Button e Magnussen que conduziram o do ano passado, é muito melhor a ponto de Jenson classificá-lo como “de outra categoria”, o que dá uma idéia de como era o antigo bólido. Outra coisa que chamou a atenção foi o fato de andarem com a potência do motor Honda reduzida, exatamente para evitar problemas ainda maiores. O melhor tempo obtidos por eles em Barcelona, foi pelas mãos de Magnussen que anotou 1’25’’225. Ok, uma marca que chega a ser mais de dois segundos mais lenta que os tempos da Mercedes, mas que leva a crer que quando o motor estiver em ordem e sua potência for elevada, as coisas podem melhorar bastante.
Vão apanhar muito neste início, pagando um preço por iniciar o projeto agora, mas será bem interessante vermos onde poderão chegar neste 2015.
E isso me lembra a 2009, com uma péssima primeira parte de mundial e depois com uma segunda parte sensacional por parte deles.  

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Foto 482: Marcel Lehoux - Mônaco, 1932

Marcel Lehoux e seu Bugatti, durante um dos estágios do GP de Mônaco de 1932 que marcou um dos melhores duelos daquela década entre os dois melhores pilotos daquele tempo, que foi entre Tazio Nuvolari e Rudolf Caracciola.
Lehoux, que nasceu em Vendée, na França, foi um dos bons pilotos da metade da década de 20 até a metade dos anos 30 e em maior parte correndo sempre com carros da Bugatti de forma particular. Foi um empresário bem sucedido no ramo do comércio da Argélia, o que ajudou bastante nessa sua aventura pelo automobilismo.
Iniciou sua carreira em 1924 e no mesmo ano venceu a sua primeira corrida, o GP de Casablanca (vitória que ele repetiria em 1932) a bordo de uma Bugatti T13 Brescia 1500. Venceu por duas vezes o GP da Argélia (1928 e 1929), assim como o GP de Dieppe (1930 e 1933). As outras vitórias de Lehoux se deram no GP da Tunísia (1928); GP de Genebra e GP de La Marne (1931); GP de Pau e GP de Monza (1933). Todas as vitórias foram conquistadas com os Bugatti.
Após quase dez anos correndo com carros Bugatti, Marcel muda-se para a Ferrari em 1934 para no ano seguinte correr de forma particular com uma Maserati. Em 1936 ele passa a correr com os ERA (English Racing Automobiles).
Marcel Lehoux morreu durante o GP de Deauville, quando seu ERA bateu com o Alfa Romeo de Giuseppe Farina e incendiou-se.
Sobre a foto da postagem, Lehoux terminou o GP monegasco na quinta colocação cinco voltas de atraso para o vencedor Tazio Nuvolari. 

Foto 1041 - José Carlos Pace, 1000km de Osterreichring 1972

  (Foto: David Phipps/ 4Quatro Rodas) Não é tão fácil ingressar numa equipe de ponta de uma grande categoria, e a coisa parece ainda mais co...