domingo, 17 de julho de 2016

Foto 585: Reims, 1938

Manfred von Brauchitsch e sua Mercedes W154 durante o GP da França, disputado em Reims, prova que acabou vencendo.
Foi a corrida que a Mercedes conseguiu aproveitar-se integralmente da sua superioridade mecânica e técnica, uma vez que a Auto Union, que estreava seu Type D, não estava em melhor forma e sem um piloto de grande classe naquela ocasião - além de perder Bernd Rosemeyer num acidente fatal em janeiro daquele ano, Hans Stuck tinha saído da equipe -, entregou três carros para Rudolf Hasse, Hans Miller e Christian Kautz, que não foram páreo para o poderoso trio da Mercedes.
Completaram o pódio, Rudolf Caracciola e Hermann Lang, formando, assim, a trinca da Mercedes na prova.
Para a Auto Union, restou recontratar Stuck e trazer para a sua fileira Tazio Nuvolari, que sofria há tempos na Alfa Romeo.

Foto 584: Bianchi

O grande dia de Jules Bianchi e da Marussia na Fórmula-1, quando conseguiram a nona posição no GP de Mônaco de 2014 marcando, assim, os primeiros pontos dele e da equipe na categoria.
Hoje completa um ano da morte do jovem francês, após uma luta de nove meses em coma profundo devido as lesões cerebrais do acidente em Suzuka, no GP do Japão de 2014.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Foto 583: O grande duelo até aqui



Para quem acompanha o mundial desde a pré-temporada, sabe que a esperança maior para mudar um pouco as ações durante as provas era depositada especialmente sobre a Ferrari, devido ao grande desempenho oferecido nos testes. Mas como bem sabemos, os testes tendem a ser mentirosos, mas até a prova da China a Ferrari parecia muito forte e próxima da Mercedes o que nos levava a crer que as evoluções que cada time levasse para as provas seguintes, seriam como movimentos de peças num jogo de xadrez. Mas para a maior surpresa, ou nem tanto assim, o fator Red Bull, que andou apagado em 2015, ressurgiu bem já na prova da China. E de lá para cá, tem sido uma pedra enorme no sapato da Ferrari e também um pedrisco que vira e mexe incomoda a Mercedes. Como bem falou Luca Di Montezemolo ano passado, a boa fase que a Ferrari passava naquele momento era mais fruto da queda de rendimento da Red Bull e Williams, do que de um salto enorme de qualidade. De certa forma eles melhoraram, mas talvez não tanto assim como imaginassem.    
Foram os mais variados problemas do time até aqui e claro que os mais graves repousam estritamente as falhas no câmbio e também nas estratégias, que tiraram especialmente de Sebastian Vettel, a possibilidade de vencer algumas etapas que poderiam deixá-lo em melhores condições de tentar se aproveitar da fase complicada que Mercedes tem enfrentado com a guerra entre seus dois pilotos. Mas outro ponto importante é que o SF16-H tem perdido terreno para o RB12 da Red Bull de forma progressiva. Porém, assim como o carro italiano, os austríacos também tem tido os seus altos e baixos nessa ascensão como vimos bem em Baku e Montreal, o que ajudou bastante a manter a Ferrari em segundo no Mundial de Construtores até aqui. Desde a prova da China é que temos observado bem este duelo pelo segundo escalão: a segunda posição de Ricciardo no grid, mais a sua inicial apresentação, andando no mesmo ritmo das Mercedes (até o furo no pneu que o jogou para o fundo do pelotão) e a terceira posição de Kvyat, mostrou a real evolução de um carro que parecia não estar tão próximo assim da Mercedes e Ferrari nas etapas iniciais. Para a Ferrari, o real confronto com a Red Bull se deu em Barcelona quando o duo da Mercedes resolveu resolverem as diferenças ainda nos primeiros quilômetros de prova e se auto eliminando, deixando caminho aberto para uma luta de gigantes entre ferraristas e rubro taurinos. Apesar das estratégias de box terem jogado os reais pretendentes a vitória – Vettel e Ricciardo – para terceiro e quarto, respectivamente, Verstappen e Raikkonen se encontraram com reais chances de conquistar aquela prova. E foi um momento propício para que observássemos como as coisas poderiam acontecer dali em diante: com um carro com muito mais carga aerodinâmica, dava a Max a vantagem de se defender dos ataques de Raikkonen quando ambos chagassem a grande reta aproveitando integralmente da melhor eficiência do RB12 nos dois últimos trechos mais sinuosos da pista espanhola. Não era muito difícil ver que o jovem holandês conseguia estilingar bem da saída da chicane para ingressar na reta feito um raio e quando Raikkonen conseguia alcança-lo, já estava em cima da zona de frenagem. Nem mesmo o uso da asa móvel ajudava. Para Ricciardo era o inverso: se ele conseguia aproximar-se de Vettel nos trechos já citados, no decorrer da grande reta Sebastian conseguia abrir bem a diferença. Mesmo assim, Daniel ainda conseguiu arriscar-se no seu melhor que é “mergulhar por dentro e seja o que Deus quiser”. A prova espanhola é um bom resumo para se ver em que pé estão as duas equipes.
Mônaco foi outra demonstração clara de como a Red Bull está bem: Ricciardo não apenas conquistou uma pole sensacional, como também esteve em grande forma naquele dia no Principado ao desafiar de forma imponente a Mercedes de Lewis Hamilton. Não fosse o erro grotesco da equipe na sua última parada de box, certamente teria vencido, e até com certa folga. Para mostrar o quanto que este carro rubro taurino é bom em condições que precisam de altas cargas aerodinâmicas, Max Verstappen estava se redimindo do seu erro na classificação ao fazer uma exibição de gala e abrir caminho na estreita pista com ousadas ultrapassagens, até achar o guard-rail no Cassino. Para a Ferrari, sobrou a quarta posição de Vettel numa prova bem apagada do time que ainda seria eclipsada pela Force India de Sergio Perez, que terminou logo a sua frente.
Arrivabene jogou na mesa que veríamos uma outra Ferrari à partir de Montreal, e ele não mentiu: uma corrida tão fantástica de Vettel que merecia de fato a vitória, mas a estratégia mal feita pelos italianos acabou deixando o alemão na segunda posição num momento que ele tinha um carro superior a Hamilton. Para Red Bull, que já esperava algumas dificuldades por conta da natureza da pista da Ilha de Notre Dame, o que restou a comemorar foi a ótima performance de Max Verstappen frente ao assédio nas voltas finais de Nico Rosberg. Em Baku, as coisas pareciam pender para a Red Bull, principalmente após a ótima segunda colocação de Ricciardo no grid, mas na corrida foi a Ferrari, com Vettel, que deu as cartas e terminou em segundo.
A prova austríaca foi um pouco mais equilibrada, mas com ligeira vantagem para a Ferrari. O problema no pneu de Vettel, num momento que ele se preparava para tentar uma estratégia diferente e surpreender a Mercedes, deu à Red Bull a chance de chegar ao pódio e que foi agraciado após o entrevero dos dois Mercedes na volta final, dando à Max a chance de chegar em segundo, logo a frente de Raikkonen que o pressionava fortemente.
Neste duelo particular entre os dois times, talvez a maior lavada tenha sido vista exatamente nesta prova de Silverstone, quando a Ferrari não se encontrou bem desde os treinos e a Red Bull, representada pela figura de seu “golden boy” Max Verstappen, conseguiu desafiar a Mercedes de Rosberg de forma forte e viril com direito a uma ultrapassagem de mestre do jovem holandês sobre Nico na saída do complexo das rápidas Maggots, Becketts e Chapel. E este desempenho apagado da Ferrari, traduzido num até muito bom quarto lugar de Raikkonen e num péssimo nono lugar de Vettel, está gerando um desconforto na Rossa que forçou até Sergio Marchionne a realizar uma reunião de urgência com equipes técnicas da equipe. E as coisas precisam ser fortes e incisivas, uma vez que Hungria e Hockenheim, a primeira vista, favorecem os carros da Red Bull.
Não tivesse a presença da Mercedes na disputa, a batalha pelo título mundial seria extremamente apertada entre estes dois times.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Foto 582: Australian Tourist Trophy

Stirling Moss e sua Maserati 300S durante alguma inspeção no fim de semana da 1ª Australian Tourist Trophy em 1956, em Albert Park

O Australian Tourist Trophy teve a sua primeira edição em 1956 em Albert Park (não se sabe se era usado o atual traçado que a F1 corre atualmente) e teve como vencedor Stirling Moss, ao volante de Maserati 300S.

Foram disputadas ao todo 25 edições da ATT, com interrupções - consideráveis, até - em 1957; 1969-74; 1980-2006; 2013; todas para carros Sport e GT. O maior vencedor desta prova é Frank Matich, que conseguiu suas quatro conquistas ainda nos anos 60 (64, 66, 67 e 68). Além de Moss, apenas outros dois estrangeiros é que venceram esta prova: o dinamarquês Allan Simonsen - falecido durante as 24 Horas de Le Mans de 2014 - conquistou um Bi-Campeonato quando a prova foi retomada a partir de 2009. Naquele ano, pilotando uma Ferrari 430 no circuito de Sandown Park, ele venceu em dupla com o australiano Tim Leahey. Em 2010 repetiu o feito pilotando uma Ferrari 430 GT novamente em Sandown Park, mas desta vez dividindo o volante com o australiano Nick O'Halloran. Na edição do ano passado, disputado nos circuitos de Phillip Island e Eastern Creek, a conquista foi do alemão Christopher Mies com um Audi R8 Ultra.

A partir de 2017 a ATT passa a ganhar uma maior visibilidade internacional, uma que passará a premiar os vencedores das 12 Horas de Bathurst.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Vídeo: Para descontrair

Deve ter rolado (certamente) dias antes do fim de semana para o GP da Grã-Bretanha. Mika Hakkinen, David Coulthard, Jenson Button, Fernando Alonso e Stoffel Vandoorne, as três gerações de pilotos da Mclaren, se divertindo no kart.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

GP da Grã Bretanha: O fator Verstappen



Se a corrida estiver monótona, chame o Max que ele resolve. Mais ou menos assim, é que devem pensar os fãs da Fórmula-1 quando as coisas vão de mal a pior nas etapas. E não tem sido diferente quando o pequeno prodígio resolve aparecer: uma ultrapassagem estonteante sobre Nico Rosberg na curva que antecede a Hanghar Straight foi sem dúvida o grande momento da prova de ontem, isso sem contar a inúmeras voltas onde ele soube segurar bem o assédio de Rosberg, que tentava como podia recuperar a segunda colocação. As coisas só se resolveram quando Nico conseguiu ultrapassar o jovem holandês no final da mesma reta, aproveitando-se bem da asa móvel e também do fato de Max estar com os pneus traseiros bem desgastados. Mas sem dúvida foi uma bela apresentação de Verstappen, que acabaria coroado com a segunda posição devido a punição de dez segundos de Rosberg.
Nada mal até para um garoto que era visto com (muita) desconfiança por conta de sua pouca idade e que agora já é um dos top drivers a categoria.
Não é à toa que a audiência na Holanda tenha triplicado desde a sua chegada na F1. E a tendência é que aumente ainda mais.

domingo, 10 de julho de 2016

GP da Grã-Bretanha: Agora são quatro pontos

Ainda muito se falava e se fala da motivação de Hamilton com relação a sua estadia na F1. Eu sou um daqueles que criticam bastante o piloto inglês pela forma que ele conduz as coisas, não se concentrando como se deve para o seu dever na categoria. Um bom exemplo disso foi quando ele ficou perguntado o que deveria fazer com alguns botões para achar a regulagem do carro durante o GP da Europa, em Baku. Acredito que um piloto do seu naipe, da altura que se encontra, de campeão reinante, tem o dever de focar no trabalho e procurar ser o melhor, esquecendo um pouco das badalações que a vida lhe proporciona. 
Mas temos que dizer, também, que quando resolve se concentrar em algo, Lewis volta a ser aquele piloto dos velhos tempos de Mclaren. Foi assim em Monte Carlo, depois batendo rodas e vencendo Nico na largada em Montreal; do mesmo modo no Red Bull Ring semana passada, indo à caça de Rosberg e agora, neste fim de semana irretocável que ele teve em Silverstone.
Acredito que Hamilton tenha acendido a luz interna após aquele acidente com Rosberg após a largada do GP da Espanha. Ali a sua atitude já foi bem mais diferente que do que nas outras provas ao ir ao ataque de Nico sem nenhuma trégua. Ele sabia bem que caso Rosberg conseguisse uma quinta vitória consecutiva, as coisas poderiam entornar. E aí veio o acidente, os dois de fora, enfim... Mas o seu foco nas provas seguintes, descontando apenas no Azerbaijão, deixa bem claro que agora é a sua vez de tomar as rédeas do mundial  tentar domar um até então intocável Rosberg e partir para o seu quarto título, o que seria o terceiro consecutivo, aproveitando de modo integral a grande vantagem que a Mercedes proporcionou a ele e Nico de 2014 até este exato momento.
Para o azar de Rosberg, a prova é num território que Lewis conhece tão bem e que domina como poucos, que é em Hungaroring.
Será uma prova interessante para os dois principais contendores do momento.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...