domingo, 12 de abril de 2020

Foto 863: Obrigado, Stirling Moss



Nos últimos meses tenho ficado imerso na Formula-1 dos anos 50, escrevendo sobre os GPs daquela época especialmente de 1952 até o momento presente que falo sobre o campeonato de 1954 onde a categoria sofreu uma mudança de regulamento para voltar a atrair as fabricas e dar uma maior potência aos carros, dos quais as criticas nos últimos dois anos tinham sido que eram carros lentos e sem grande desafio aos pilotos.

Exatamente neste período onde a categoria adotou os regulamentos de Fórmula-2  e a Ferrari junto de Alberto Ascari praticamente dizimaram a concorrência, foi onde as equipes inglesas e seus pilotos apareceram com força para compor o grid e automaticamente dar à então jovem Fórmula-1 condições de ainda se sustentar num momento que poderia muito bem ter desaparecido como mais uma idéia fracassada de se fazer um Campeonato Mundial.  Pessoas como os donos de equipe Tony Vandervell, Charles Cooper e os pilotos Mike Hawthorn e Stirling Moss foram importantes para esta caminhada iniciada já timidamente em 1951, quando a única equipe britânica que parecia ter algum futuro era a BRM – que mais tarde perceberia que perdeu parte do bonde, vindo conquistar algo de relevante nos anos 60.

Destes nomes citados, Hawthorn e Moss foram os homens que deram o ponta pé inicial para os sucessos britânicos na Fórmula-1: enquanto que Mike havia se juntado a uma equipe de ponta já em 1953 – pela Ferrari, embora que em 1952 tinha já feito boas apresentações com o Cooper Bristol – Moss ainda passou 1953 ao comando dos Cooper sem grandes chances de conseguir um bom resultado, mas sempre se destacando por ser o melhor do resto em algumas provas. As coisas mudariam em 1954 quando seu pai adquiriu um dos novos Maserati 250F e o jovem Stirling pôde, enfim, mostrar a sua finesse ao volante de um Fórmula-1 e confirmar o seu talento que já bem visto nos carros Sport. Foi um importante passo para o jovem inglês que já na próxima temporada teria um desafio dos grandes, entreameado com igual oportunidade: pilotar pela Mercedes em 1955 era uma grande chance de estar próximo a possibilidade de vencer o campeonato mundial, porém tinha que enfrentar o então campeão Juan Manuel Fangio que já estava na caminhada para aumentar seus números de títulos na Fórmula-1. Uma gama de oportunidades para um jovem de 25 anos que rapidamente seria inserido entre os grandes da categoria.
Após vitória em Aintree 1955

Moss teve uma adaptação rápida ao Mercedes W196 naquele ano de 1955 e já estava no encalço de Fangio. Conseguiu três pódios, sendo que um deles foi da sua primeira vitória na categoria quando conquistou o GP da Grã Bretanha disputado em Aintree, porém com uma dose de polêmica sendo que alguns defenderam que a conquista acabou sendo facilitada pela Mercedes que pedira a Fangio para que não atacasse Moss nas voltas finais. Independente que tenha havido ou não um interferência da Mercedes naquele resultado, o importante é que um piloto britânico tinha conquistado o seu GP local pela primeira vez na história. O campeonato de 1955 foi encurtado após o desastre de Le Mans, que levou França, Alemanha, Espanha e Suíça a cancelarem seus GPs. Ainda naquele ano de 1955, agora  
Mille Miglia 1955
no World Sportscar Championship, Moss esteve em grande forma ao vencer com autoridade as provas em que estava no comando da Mercedes 300 SL: venceu a Mille Miglia junto com Dennis Jenkinson (que para muitos foi a grande exibição da carreira de Moss), chegando 37 minutos à frente de Juan Manuel Fangio; liderou a trinca de Mercedes no fatídico Tourist Trophy disputado em Dundrod, ao dividir o carro com John Fitch e voltou a ganhar na Targa Florio, quando dividiu o carro com Peter Collins. Em Le Mans, ele estava na liderança quando aconteceu a grande tragédia. Enquanto que na Fórmula 1 Moss não foi páreo para Fangio, a sua desforra foi no mundial de carros sport onde o britânico sempre esteve em grande forma frente ao seu amigo e rival argentino.
 
Após este período breve de sucesso no comando da Mercedes, que se retirara ao final de 1955, os próximos anos para Moss foram de firmação como um dos grandes da categoria, porém sempre ficando no quase: em 1956 desafiou Fangio quando este estava a serviço da Ferrari e por muito pouco não levou o mundial, não fosse Peter Collins ceder seu carro à Fangio para que este conseguisse chegar em segundo e marcasse os pontos necessários para que vencesse o mundial. Foi vice de Fangio em 1957 numa temporada onde o argentino estava no seu auge com a sua sensacional Maserati 250F, mas talvez o campeonato de 1958 tenha sido o mais doloroso: foi a primeira temporada onde os dois principais pilotos britânicos tinha as reais chances de conquistar o titulo mundial: Moss com Vanwall VW5 e Mike Hawthorn com a Ferrari 246 F1 num grande duelo durante as dez etapas daquele mundial – exceto Indy 500. Stirling venceu quatro corridas, enquanto que Hawthorn ganhou apenas uma, mas a melhor regularidade de Mike nas corridas foi importante para que ele chegasse ao único título dele na categoria, porém teve outro ponto a ser destacado: no GP de Portugal, disputado nas ruas de Boa Vista, Hawthorn foi um dos pilotos que rodaram nas primeiras voltas devido a forte chuva que caiu no traçado citadino. Na manobra de tentativa de voltar à pista, ele teria feito um pequeno trecho na contramão o que ia contra o regulamento e com o protesto vindo de outros pilotos, os comissários prontamente desqualificaram Mike da corrida da qual ele havia terminado em segundo e feito a melhor volta da prova, o que lhe daria sete pontos (seis do segundo lugar e um pela melhor volta). Moss soube do acontecido e foi até os comissários lhes falar o que de fato havia acontecido de que Hawthorn tinha andado na contramão, mas tinha feito isso por sobre a calçada o que não colocava os pilotos em perigo. Os comissários levaram isso em conta e acabaram por devolver Mike ao segundo lugar da corrida, assim como seus sete pontos. Ironicamente, Stirling acabaria por perder o campeonato para Hawthorn em Casablanca, na realização do GP do Marrocos, onde ele venceu e Mike foi o segundo conseguindo a conquista por 1 ponto. Apesar de perder um campeonato parecia bem encaminhado, ao ato de esportividade de Moss é um dos momentos de grandeza da história do motorsport onde ele podia muito bem ter guardado a informação para si e que lhe seria de grande valia para o futuro, mas preferiu dar o seu ponto de vista e relatar o certo para corrigir uma injustiça com seu amigo de longa data.
Ainda sobre 1958, Moss falou sobre uma mudança de atitude que poderia lhe ajudar a ser um campeão futuramente, uma vez que Mike Hawthorn, um grande “bon vivant”, levava uma vida bem desregrada: “Minha atitude mudou após 1958, pois realmente acreditei que deveria mudar para me tornar um campeão. Sentia que tinha capacidade, mas não conseguia vencer. Então pensei: Mike Hawthorn bebe e anda por aí, faz tudo que eu gostaria de fazer e ainda assim eu tenho sido reprimido por não fazê-lo. Danem-se os bons hábitos, agora eu vou aproveitar a vida.” Essa mudança de postura trouxe um Stirling Moss ainda humano para as corridas, deixando de lado a visão de bom moço que colecionara na década passada, mas o resultado esperado, o de campeão do mundo, jamais apareceu mesmo que ele fosse reconhecido como talvez o melhor piloto do grid pelos próximos anos. Das temporadas de 1959 a 1961 Moss foi terceiro em todas elas, mas a de maior destaque, sem dúvida, foi quando desafiou a Ferrari em 1961 numa temporada que a equipe italiana estava anos luz a frente das demais após ter iniciado o projeto do regulamento para motores 1500cc bem antes que as demais, e que entraria em vigor naquela temporada. Deveria ser um massacre Ferrarista nos mesmos moldes que fizeram ainda na já distante época do biênio 1952/53, mas Stirling Moss estava lá para importunar os pilotos da esquadra italiana e em duas oportunidades os venceu com um talento espetacular de entrar para história da categoria ao conquistar as corridas de Mônaco e Nurburgring. Apesar de não ter conquistado o título, que ficara para o americano Phil Hill, todos sabiam que Moss era um piloto a se olhar com mais atenção se caso ele voltasse a ter um carro competitivo em mãos. Infelizmente o acidente em Goodwood durante o “X Glover Trophy” em 1962, disputado num domingo de páscoa, acabou por dar fim a carreira de Moss. Ele ainda tentou voltar, mas abandonou de vez a competição em seguida. Certa vez ele comentou sobre o retorno precoce, onde ainda estava se recuperando do acidente: “Agora analisando os eventos passados, posso perceber que provavelmente retornei às pistas dois anos antes do que deveria. Foi uma estupidez, mas a razão por que voltei foi que a imprensa toda semana ficava me perguntando ‘Você vai participar das competições, vai voltar a pilotar?’. Eu, naturalmente, ficava me dizendo ‘Sim, ai meu Deus, eu vou, eu quero voltar’ “. “O problema é que não contávamos com pessoas ao nosso lado como o Professor Sid Watkins. Se tivéssemos gente assim como ele no automobilismo, tenho certeza que os teria escutado. Mas não havia ninguém para ouvir, exceto a mim mesmo”.  Era o ponto final numa das carreiras mais brilhantes do automobilismo.

Mesmo afastado das competições, Moss se fez presente nos mais variados festivais de carros e históricos e até mesmo teve a oportunidade de tirar uma casquinha de dois Formula-1 mais modernos: em 1975 pilotou em Donington Park o Tyrrell 006 de 1973, que levou Jackie Stewart ao tricampeonato mundial e descreveu a experiência como “Fantástica!” e também a facilidade em pilotar um carro dotado de asas e pneus largos. Oito anos se passarão e ele voltou ao volante de um F1, agora do recente campeão Brabham BT52 BMW Turbo com o qual Nelson Piquet arrebatou aquele mundial. Na ocasião Moss usou a versão Indy do circuito de Brands Hatch e contou um pouco do acontecido na sua autobiografia: “Os caras ficaram um pouco chocados (com os equipamentos de segurança)”, “Mas eu lhes disse que aquela era a forma com a qual eu estava acostumado a pilotar e não iria mudar àquela altura da vida. Somente eu e Jack Brabham tínhamos autorização da FISA (antiga CSI e então braço esportivo da FIA) para andar num F1 daquele jeito”. E a sensação de andar num modelo turbocomprimido? “Até você achar o limite ele é fácil de guiar, porque aqueles pneus largos proporcionam muita aderência. Mas a potência é inacreditável. Quando se chega a 8 mil rpm, parece que o carro vai entrar em órbita”.

Apesar de hoje o principal nome do motorsport britânico ser o de Lewis Hamilton, há muito que o se agradecer a este senhor que nos deixou hoje aos 90 anos neste domingo de páscoa. Por muito tempo Stirling Moss foi o homem que deu aos ingleses a oportunidade de se chegar a um titulo mundial que acabou passando muito perto disso e ficando para seu conterrâneo Mike Hawthorn, mas ele prosseguiu atrás de seu desejo até que o acidente em GoodWood  - exatamente numa época de páscoa – colocasse um ponto final nessa vontade. Mas Stirling viveu a pleno a sua vida aproveitando tudo de bom que o motorsport pôde lhe dar.

Talvez ele e tantos outros ingleses que alinharam em grandes prêmios nos anos 50 não tenham percebido a contribuição para sobrevivência da categoria naquele período. Não apenas os ingleses, mas os amantes do automobilismo, em especial da Fórmula-1, tem muito que agradecer Sir Stirling Moss. 


*Algumas falas de Stirling Moss destacadas em negrito foram retiradas da revista "Formula 1 50 Anos Dourados - III"

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Foto 862: Carlos Reutemann, GP da Argentina 1995


Carlos Reutemann tirando aquela casquinha do Ferrari 412-T1 antes do GP da Argentina de 1995, que marcou o retorno da Fórmula-1 ao circuito de Óscar Galvez.
Além de algumas voltas que o herói local fez no mítico circuito, foi também uma deixa para alguns representantes das equipe fazerem referência a uma das grandes polêmicas da década de 80, quando o argentino ignorou a ordem da Williams para que ele deixasse seu companheiro de equipe e então campeão reinante Alan Jones assumir a liderança do GP do Brasil de 1981. Uma vez ignorado a ordem, Reutemann passou para vencer com Jones em segundo e Ricardo Patrese (Arrows) em terceiro, dando a Williams uma dobradinha bem amarga e que desencadearia uma animosidade entre os dois parceiros.
O fato foi relembrado no muro do pit-lane do circuito argentino naquela ocasião, com Neil Oatley, então engenheiro da Mclaren, segurando a placa que se tornou icônica com as iniciais de Reutemann e Jones.
Sobre aquele retorno do GP da Argentina ao calendário, vitória ficou para Damon Hill (Williams) seguido por Jean Alesi (Ferrari) e Michael Schumacher (Benetton).
Hoje completa 25 anos deste GP da Argentina.

terça-feira, 7 de abril de 2020

Foto 861: Jim Clark, GP da Alemanha 1965


O sempre espetacular Jim Clark com o seu Lotus 33 Climax, aqui durante o histórico GP da Alemanha de 1965 em Nurburgring.
Foi um final de semana fabuloso para o piloto escocês, começando pela qualificação onde aniquilou a marca de 1964 feita por John Surtees em quinze segundos: enquanto que John assinalara 8'38"400 com a Ferrari, Clark baixou para incríveis 8'22"700. Já na corrida, o escocês não deu chances aos rivais, anotando um "Grand Chelem" (Pole, Melhor Volta, todas voltas lideradas e vitória), chegando quinze segundos a frente de Graham Hill (BRM) e vinte um de Dan Gurney (Brabham Climax). Foi a sua sexta vitória na temporada, a quinta consecutiva, que serviu para lhe assegurar o segundo título mundial. E ainda faltavam mais três corridas para o fim do campeonato...
No final, Clark chegou a 54 pontos (14 a mais que Graham Hill) e assinalou seis vitórias, seis poles, seis melhores voltas e seis pódios. E ainda, de quebra, levou para casa a conquista na lendária 500 Milhas de Indianápolis daquele ano, sempre junto a Lotus. Um ano para lá de especial para Clark, Lotus e Colin Chapman, naquela que foi uma das melhores simbioses entre piloto/ carro/ equipe da história da Fórmula 1 e Motorsport.
Hoje completa 53 anos da morte do  legítimo "Flying Scotsman".

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Foto 860: Hermann Lang, Nurburgring 1954


Hermann Lang com o Mercedes W196 num dos estágios do GP da Alemanha de 1954, realizado em Nurburgring. Na ocasião, o veterano piloto largou em 11o e abandonou a prova na décima volta após problemas.
Lang estava no comando de uma dos três Mercedes W196 com rodas descobertas que a equipe alemã levou para Nurburgring após o fracasso em Silverstone, onde foi derrotada após uma série de problemas de Juan Manuel Fangio e Karl Kling que não conseguiam enxergar as bordas de ataque das curvas devido a largura da carroceria que cobria os pneus. Para a etapa da Alemanha, Rudolf Uhlenhaut e sua equipe de engenheiros resolveram este problema com um carro de rodas descobertas e este foi entregue a Fangio, Kling e Lang. O quarto W196, este com a carroceria que havia sido usada em Reims e Silverstone, ficou a cargo de Hans Hermann.
A corrida foi dominada amplamente pela Mercedes, especialmente por Fangio e Kling que foram os únicos a liderarem a corrida. Fangio venceu, seguido por Jose Froilan Gonzalez e Mike Hawthorn - que dividiram o Ferrari - e por Maurice Trintignant, também com Ferrari. Kling terminou em quarto, enquanto que Lang e Hermann abandonaram.
Hoje Hermann Lang completaria 111 anos.

sábado, 4 de abril de 2020

Foto 859: Richard Attwood e Graham Hill, 1000km de Nurburgring 1965


Aquela cervejinha... Richard Attwood e Graham Hill naquele momento relax no final de semana dos 1000Km de Nurburgring de 1965, então terceira etapa do World Sportscar Championship.
Richard dividiu o Ford GT40 #10 da Ford Advanced Vehicles com John Whitmore. Largaram na sexta colocação e abandonaram na volta 34 por problemas no motor. Já Graham Hill dividiu o comando de uma Ferrari 275 P2 da Maranello Concessionaries com Jackie Stewart. O duo britânico largou em segundo e abandonaram na volta 9 por problemas elétricos.
A vitória ficou para o Ferrari 330 P2 da SEFAC Ferrari pilotado por John Surtees e Ludovico Scarfiotti.
Hoje Richard Attwood completa 80 anos.

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Foto 858: Tazio Nuvolari, GP da Alemanha 1937


O grande Tazio Nuvolari com o Alfa Romeo 12C-36 da Scuderia Ferrari durante um dos estágios do GP da Alemanha de 1937, disputado em 25 de julho. O italiano fechou em quarto, atrás de Bernd Rosemeyer, Manfred Von Brauschitsch e do vencedor Rudolf Caracciola.
Este GP foi desastroso para a Auto Union que enfrentou problemas e/ ou acidentes com quatro dos cinco carros que largaram. O pior deles foi onde envolveu Ernest Von Delius, que estava a avançar o pelotão quando tentou ultrapassar Richard Seaman (Mercedes) na reta e acabou tocando rodas com o carro do inglês. Delius foi para fora da pista, indo direto para a estrada que ladeia a grande reta onde o acidente aconteceu - Seaman também se machucou após bater num poste. Delius foi retirado e levado ao hospital onde passou a noite, mas não resistiu a uma trombose que o levou a morte no dia seguinte.
Ernest Von Delius tinha 25 anos.

terça-feira, 31 de março de 2020

Foto 857: GP de Mônaco, 1965

Daquelas imagens sensacionais. O antigo túnel de Monte Carlo durante a edição do GP de Mônaco de 1965.
Na ocasião a corrida foi dominada por Graham Hill com BRM, que fez o Hat Trick ao conquistar a Pole, Melhor Volta e Vitória. Na segunda colocação apareceu Lorenzo Bandini com a Ferrari, com Jackie Stewart (BRM) em terceiro - neste que foi o primeiro pódio do piloto escocês na Fórmula 1.
A vitória de Hill consistiu na sua terceira conquista consecutiva no Principado.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...