segunda-feira, 10 de maio de 2021

Foto 923: Helio Castroneves, Indy 500 2001

 


A vitória do novato... Helio Castroneves comemorando a sua vitória na Indy 500 de 2001 logo na sua primeira aparição na tradicional prova. Para a Penske foi a primeira desde a terrível não qualificação de 1995, que foi a última vez que os carros da CART estiveram no lendário circuito.

Foi a segunda Indy 500 que foi vencida por uma equipe que ainda estava na CART, sendo que em 2000 a Chip Ganassi levou a prova com Juan Pablo Montoya que, a exemplo de Castroneves, também estreava na corrida. Helio largou na 11ª posição - quarta fila - e assumiu a liderança faltando 52 voltas para o final de uma corrida que foi atribulada pela chuva, com direito a bandeira vermelha já próximo da fase final para secamento da pista que foi ajudado pelo aparecimento do sol.

Apesar de algumas investidas de Robbie Buhl - que viria se acidentar na volta 166 - Helio sustentou a liderança e venceu a sua primeira Indy 500, seguido pelo seu companheiro de equipe Gil De Ferran e a terceira posição ficando para Michael Andretti (Team Green). Para a Penske foi um retorno triunfal: após desastrosa não qualificação de 1995, era a primeira vez que a equipe de Roger Penske voltava a disputar uma Indy 500 e aquele 1-2 - a primeira deles na história da prova - foi um momento de alívio para o Capitão "Acho que nos redimimos pela coisa ruim que fizemos em 1995 ... este é o melhor dia da minha vida voltando assim", declarou Roger Penske após a conquista.

Seis carros da CART ocuparam as seis primeiras posições (Helio, Gil (Penske), Michael Andretti (Team Green), Jimmy Vasser, Bruno Junqueira e Tony Stewart (Chip Ganassi Racing) ) e o primeiro carro da IRL apareceu em sétimo com Eliseo Salazar (AJ Foyt Enterprises).

Helio Castroneves, que tentará neste ano sua quarta conquista na clássica prova, completa 46 anos hoje.

Foto 922: Lorenzo Bandini, GP da Áustria 1964

 


Lorenzo Bandini com a Ferrari 156 durante o GP da Áustria de 1964, realizado no aeródromo de Zeltweg. Foi a sétima etapa do Mundial de Fórmula-1.

Esta prova foi a primeira da Áustria de forma oficial, sendo quem em 1963 recebeu a categoria caráter extraoficial e que foi vencida por Jack Brabham. A edição de 1964 foi uma prova de resistência para os carros, umas vez que o asfalto do circuito era bem irregular trazendo inúmeros problemas para favoritos como Jim Clark, Graham Hill, Dan Gurney, John Surtees - os problemas mais comuns foram de suspensão e câmbio. Phil Hill sofreu um forte acidente na 20ª volta quando seu Cooper Climax escapou em uma das curvas e bateu. Ele foi lançado do carro, enquanto este sofreu um incêndio que foi prontamente controlado.

Bandini partiu da sétima posição no grid e aproveitou-se bem dos problemas que aconteciam com aqueles que iam à sua frente até assumir a liderança na volta 47 após o abandono de Dan Gurney com a suspensão do Brabham quebrado. Daí em diante o italiano apenas administrou e escapou das armadilhas que aquele aeródromo austríaco reservava para chegara a sua primeira vitória - e única - na Fórmula-1. Richie Ginther ficou em segundo e Bob Anderson, que largou na 14ª posição com Brabham Climax da DW Enterprises, ficou em terceiro. Esta corrida também marcou a estréia oficial de Jochen Rindt na categoria pilotando o Brabham BRM da equipe de Rob Walker. Rindt, que também tornou-se o primeiro austríaco a competir na categoria, largou em 13º e abandonou na volta 58 com problemas na direção. 

Hoje completa 54 anos da morte de Lorenzo Bandini, que não resistiu aos ferimentos e queimaduras do acidente sofrido no GP de Mônaco de 1967 realizado em 7 de maio.

domingo, 9 de maio de 2021

GP da Espanha - À risca

 

(Foto: Mercedes/ Twitter)


Simbiose é algo interessante: ou aparece de imediato e faz um estrago impressionante ou então é conquistada aos poucos e depois de um certo tempo torna-se uma fortaleza quase indestrutível, a ponto de não ser fácil de ser batida. Mercedes e Hamilton se encaixam bem nessa situação e a corrida da Espanha é um prova disso.

A princípio, quando Hamilton foi para os boxes de forma repentina, era difícil acreditar que ele chegasse em Verstappen a ponto de tentar assumir a liderança. Mas a Mercedes talvez tenha se lembrado do GP da Hungria de 2019 onde Lewis tirou uma grande diferença para Max com uma estratégia que deixou a Red Bull sem saída e forçou os rubro-taurinos a deixarem seu piloto na pista. Ficou e foi presa fácil para Lewis e Mercedes. E hoje na, Espanha, o cenário foi igual... e com resultado igual ao 2019.

Hamilton tirou uma diferença de 23 segundos para Max usando os mesmos pneus médios, porém com 12 ou 13 voltas mais novos que o do holandês. Isso fez uma enorme diferença. Por outro lado, faltou tato da Red Bull em não chamar Verstappen logo após a ida de Hamilton e isso complicou bastante a chance do jovem holandês em tentar, pelo menos, lutar de forma justa pela vitória contra uma eficiência já conhecida dessa simbiose Mercedes/ Hamilton. Assim como na Hungria, Max foi presa fácil para Hamilton que assumiu a liderança faltando cinco voltas para o final e não teve chances de defesa.

Apesar de ter sido mais uma vitória para Hamilton, é de sempre destacar que o inglês - mesmo quando não bota fé na estratégia da equipe - a cumpre de forma precisa e procura transformar uma situação duvidosa em vitória - que poderia ter sido até mais fácil não fosse o vacilo na largada. Ele chegou próximo de Max duas vezes na corrida, mas por destracionar na saída da chicane, perdia um pouco do ritmo e isso influenciava bastante na hora de tentar o uso da asa móvel. E isso foi possível nas voltas finais com uma borracha mais em dia para pegar o vácuo do Red Bull e assumir a liderança. Portanto, não basta ter uma equipe bem alinhada e um carro muito bom, é preciso saber utilizar todo este conjunto ao seu favor. E Hamilton soube fazer isso, através de uma estratégia arriscada e brilhante da Mercedes.

Essa briga de gato e rato entre Mercedes/ Hamilton e Red Bull/ Verstappen terá um próximo capítulo em Monte Carlo onde, em tese, a Red Bull tem o favoritismo.

Blog Volta Rápida - Centésima pole de Lewis Hamilton - GP da Espanha

 

 

 A minha opinião sobre mais este marco do piloto inglês, que alcançou a pole de número 100 na Fórmula 1.

Espero que gostem!

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Foto 921: Mike Spence, ROC 1968

 


Mike Spence com o BRM P126 em Brands Hatch durante a terceira edição do Race Of Champions, realizado em 17 de março de 1968. O britânico largou em segundo e abandonou na volta 18 após um vazamento de óleo. A prova foi vencida por Bruce McLaren com o McLaren M7A.

Esta foi a última prova de Mike Spence, que veio falecer nos treinos para as 500 Milhas de Indianápolis quando foi escalado para susbstituir Jim Clark no Lotus Turbina. O acidente mortal de Spence aconteceu exatamente um mês após a morte de Clark na prova da Fórmula 2 em Hockenheim. Mike Spence já havia sido inscrito pela BRM para a prova da Espanha, então segunda etapa do Mundial de Fórmula 1,e com a sua morte a equipe de Louis Stanley competiu apenas com Pedro Rodriguez. 

O último GP oficial de Mike Spence foi na corrida de abertura, realizado em Kyalami - e que também foi a última de Jim Clark -, quando ele abandonou na volta 8 com vazamento de gasolina. 

Hoje completa exatos 53 anos da morte do britânico.  

quinta-feira, 6 de maio de 2021

Foto 920: Leslie Mar, GP da Grã-Bretanha 1954

(Foto: Motorsport Images)

A disputa caseira entre Horace Gould (Cooper Bristol #28) e Leslie Marr (Connaught Lea Francis) durante o GP da Grã-Bretanha de 1954, então quinta etapa do Mundial de Pilotos e realizada em 17 de julho. Marr terminou este GP na 13ª posição com oito voltas de atraso para Jose Froilan Gonzalez que acabou em primeiro com Ferrari. 

Além deste GP britânico, Leslie Marr voltaria a competir em uma prova oficial da Fórmula-1 um ano depois no mesmo GP bretão, mas desta vez em Aintree: ele pilotou um Connaught Alta com rodas cobertas, mas acabaria por abandonar na volta 19 por problemas nos freios. 

Os melhores resultados de Marr se deram em provas extra-campeonato: em 1955 ele venceu a "III


Cornwall M.R.C Formula 1 Race" realizada em Davidstow (ING) com um Connaught B Type e depois foi terceiro no GP da Nova Zelândia realizado em janeiro de 1956. 

Além da carreira de piloto Marr também era pintor e paisagista, talento qual que foi desenvolvido durante a Segunda Guerra Mundial - quando serviu a Força Aérea Britânica. Ele continuou seu trabalho após o término da Segunda Guerra e a conciliou com a carreira de piloto e dando continuidade depois que encerrou a carreira de automobilista. 

Leslie Marr faleceu no dia 4 de maio aos 98 anos. 

Foto 919: Roger Penske, Carling 300 1960

 


Roger Penske ao volante do Porsche 718 RSK durante a Carling 300, realizado em 28 de maio de 1960 em Ontário, Canadá. Ele venceu a prova de 90 voltas com 32 segundos de vantagem sobre o piloto local Peter Ryan, que também pilotava um Porsche 718 RS60. Em terceiro ficou Olivier Gendebien, com um Porsche RS60.

Na última terça Roger Penske e Porsche firmaram mais uma vez a parceria - que se dará início em 2023 com adoção dos LMDH, na IMSA e WEC - que já rendeu bons frutos para os dois lados, seja na Can-Am dos anos 70 quanto na LMP2 do extinto ALMS. 

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...