quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Foto 1007: Richie Ginther, GP de Mônaco 1960

 


Um dupla estreia... Richie Ginther marcando o seu início na Fórmula-1 no GP de Mônaco de 1960, onde ele ficou responsável pela também estreia da Ferrari 246P, a primeira da casa de Maranello a usar motor central. 

Foi o primeiro passo de Enzo Ferrari em largar das amarras dos carros com motor dianteiro para aquela nova sensação que eram os pequeninos carros de motor central. O carro foi desenvolvido arduamente por Phil Hill, Richie Ginther - por quem seus amigos sempre elogiaram pelo ótimo trabalho como piloto de testes bastante intuitivo - e pelo piloto de testes da Ferrari Martino Severi. Relatos da época indicavam que a Ferrari havia adquirido um Cooper para melhor entender a dinâmica daquela nova era que estava se iniciando na categoria - e que já havia rendido um título para Jack Brabham em 1959 com a mesma Cooper. 

Apesar da novidade, a Ferrari não deixou de lado suas raízes ao levar três modelos D246 de motor dianteiro para Cliff Allison, Phil Hill e Wolfgang von Trips. Na corrida, vencida por Stirling Moss com o Lotus 18 de Rob Walker - nesta que foi a primeira vitória da Lotus na categoria - Phil Hill terminou em terceiro, Ginther foi o sexto e von Trips o oitavo. O desenvolvimento do Ferrari 246P continuou por aquela temporada, servindo como importante base para o carro que dominaria a temporada de 1961 com louvor: o Ferrari 156.

Richie Ginther disputou três provas pela Ferrari em 1960, conseguindo terminar todas (duas vezes sexto lugar em Mônaco e Holanda, e um segundo lugar na Itália), e ainda fez uma tentativa pela Scarab para o GP da França, mas não conseguindo a qualificação. Ele marcou oito pontos ao todo naquele ano de estreia. 

O piloto californiano, que foi responsável pela primeira vitória da Honda na Fórmula-1 - e sua também - em 1965 no GP do México, faria 91 anos hoje.  

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Foto 1006: Claudio Langes, Birmingham GP 1989

 


Claudio Langes liderando o pelotão com o Forti Corse durante o Birmingham Super Prix de 1989, sétima etapa do campeonato da Fórmula 3000. Langes terminou em nono nesta prova.

Claudio Langes competiu pela primeira vez na F-3000 em 1985 pilotando um Tyrrell  012 da equipe Barron Racing. Ele competiu em Silverstone e Thruxton, sendo nesta última a única que completou ao terminar em 15º. Em 1986 ele correu as seis últimas etapas pela BS Automotive tendo como melhor resultado um quinto lugar em Enna Pergusa.

Para 1987 ele competiu em quatro provas pela First Racing, tendo um 10º lugar em Birmingham enquanto que nas demais ele não terminou - ele apareceu em Donington Park, mas não qualificou-se. Em 1988 ele fez a temporada completa, iniciando pela GA Motorsport - onde ele disputou as dez primeiras provas e obteve seu melhor resultado um quarto lugar em Enna Pergusa - e na última prova da temporada, realizada em Dijon, ele competiu pela Barcelona Motorsport e não completou.

No ano de 1989 ele esteve a serviço da Forti Corse, onde conseguiu terminar oito das dez etapas. Enna Pergusa foi o seu melhor resultado ao terminar em 2º e fechar o campeonato em 12º com 7 pontos.

Ele rumou para a Fómula-1 em 1990 onde pilotou pela EuroBrun e foi companheiro de Roberto Pupo Moreno. Langes ostenta até hoje o indigesto recorde de não ter se classificado para nenhum dos 14 GPs que tentou competir. 

Claudio Langes completa 60 anos hoje.

domingo, 1 de agosto de 2021

GP da Hungria - Dimanche Bleu

 


Hungaroring é mais odiada que amada e isso é fácil de entender por conta de sua natureza travada, onde os carros seguem um ao outro sem oferecer grandes chances de ultrapassagens e transformam as corridas em modorrentas procissões. Ok, isso mudou um pouco desde a adoção do DRS, mas mesmo assim é uma das pistas - excetuando as de rua - onde quem larga nas primeiras filas - principalmente das duas primeiras - tem uma chance de alcançar o lugar mais alto do pódio. Mas existem as suas exceções uma vez outra nesta pista localizada em Budapeste. 

O que se viu na tarde húngara foram lances memoráveis de uma temporada que tem sido a mais interessante desde 2012. O enorme erro de Valteri Bottas desencadeou uma situação que até então parecia estar marcada para mais uma batalha entre Hamilton e Verstappen, desta vez com o inglês liderando o pelotão com uma largada convincente. Ma a pista molhada foi traiçoeira para Bottas que logo acertou a traseira de Lando Norris, que levaria as duas Red Bull mais a frente causando um strike que deixou apenas Max Verstappen para contar a história no GP, mas de uma forma manca já que as badgeboards fora destruídas no contato com Lando. Um pouco mais atrás, como reflexo do enrosco, Stroll acabou tirando ele e Charles Leclerc da contenda. Ou seja: apenas na primeira curva, cinco carros de fora. 

A aparição da bandeira vermelha deu um tom ainda mais impressionante: com a Mercedes optando em não trocar os pneus intermediários de Hamilton, enquanto que o restante do grid foi aos boxes quando estavam a caminho do grid, proporcionou a bizarra cena de Lewis largando sozinho. O heptacampeão liderou apenas a primeira volta para em seguida ir aos boxes e trocar para os médios e voltar... em último, enquanto que a prova era liderada por... Esteban Ocon! O GP húngaro parecia ter embaralhado as cartas e entregado uma partida fenomenal pelas voltas seguintes. 


Atuações de primeira classe e uma mágica vitória dos Le Blues



A tarde em Hungaroring foi das mais agradáveis. Ela nos proporcionou situações das mais interessantes, onde uma boa parte do grid foi posta para mostrar do que poderiam fazer num carro de corrida. 

O duo da Williams aproveitou bem do caos para chegar aos pontos, um fato que não acontecia desde o GP da Itália de 2018 quando Stroll e Sergey Sirotkin ficam com a nona e décima posições. Lattifi marcou seus primeiros ponto ao terminar em oitavo e certamente guardará este momento, assim como em ver seu nome na terceira posição por algumas voltas. George Russell conseguiu seus primeiros pontos pela Williams com o nono lugar, algo que ele vinha perseguindo há tempos e que veio, com direito a se emocionar durante uma entrevista. 

Max Verstappen pouco pode fazer com um carro tão avariado, mas podemos dizer que ainda teve uma boa dose de sorte em dois lances pelo menos: por não ter tido a roda dianteira direita arrancada na batida de Lando Norris e depois por ter o pneu do lado esquerdo furado na feroz disputa que teve com Mick Schumacher - que esteve brilhantemente nas disputas contra carros muito mais rápidos que o seu naquelas primeiras voltas, mostrando uma maturidade impressionante. Certamente o prejuízo para o agora vice-líder seria ainda maior. 

Para uma corrida tão cheia de armadilhas no inicio, Yuki Tsunoda esteve muito bem ao livrar-se de toda aquela bagunça da primeira curva e durante a prova ele foi consistente e sempre próximo de Pierre Gasly, que travou boas disputas com Verstappen e Hamilton nas voltas iniciais. Para o francês, sobrou o ponto da melhor volta do GP alcançada na última volta e mais os nove da sexta posição. 

Fernando Alonso escapou de todo aquele entrevero e isso foi importante para o que viria mais a frente no GP. O seu encontro com Lewis Hamilton, que buscava ainda a vitória, após ter trocado dos duros para os médios naquelas últimas vinte voltas, nos proporcionou uma pilotagem de primeira qualidade vinda de dois mega campeões e velhos rivais de guerra. Foram de oito a dez volta com Hamilton tentando de todas as formas superar Alonso, mas o veterano espanhol sempre com uma pilotagem defensiva e limpa bloqueou todas as investidas do heptacampeão. Com aquela carga total de pressão, ficou impossível para Fernando segurar Lewis até que ele cometeu um erro na freada da primeira curva e deu a chance de Hamilton pegar o quarto lugar. Mas atuação de Alonso foi importante para proteger a futura conquista de Ocon e Alpine. 

A batalha contra Fernando Alonso foi o seu ponto alto na corrida, mas não da para ignorar a grande pilotagem de Hamilton. O erro da Mercedes - apesar de Toto dizer que de qualquer jeito Lewis cairia no pelotão, parando antes da relargada ou não - lhe custou uma fácil vitória em Hungaroring, mas garantiu uma corrida bem interessante: primeiramente ele ficou preso atrás de Gasly por um bom tempo e a troca dos médios para os duros foi uma escolha correta, tanto que ele ganhou as posições de Gasly e de um manco Verstappen para depois iniciar a sua escalada até chegar ao quinto lugar e ficar atrás de Carlos
Sainz por um bom tempo. A troca pelos médios nas vinte voltas finais nos deu a bela disputa com Alonso que o fez perder um bom par de voltas. Quando livrou-se do espanhol, ele teve que alcançar e ultrapassar Sainz para subir ao terceiro posto. Ele terminaria próximo de Ocon e Vettel, mostrando que se não tivesse perdido tanto tempo com Alonso, poderia ter partido para uma intensa disputa pela vitória com estes dois. E ainda terminaria esgotado, uma vez que a água havia acabado.

Talvez de todos estes, Carlos Sainz é o que menos tenha aparecido, mas teve uma prova constante entre os primeiros. O pódio estava quase no seu alcance, mas o ritmo de Hamilton, mais o desgaste dos pneus duros de sua Ferrari, impossibilitaram que ele chegasse ao terceiro lugar. 

Ocon e Vettel foram outros dois que nos presenteou com uma memorável disputa, não tão intensa quando a de Alonso vs Hamilton, mas como um jogo de xadrez com os dois se marcando constantemente. Desde quando eles apareceram em segundo e terceiro e depois em primeiro e segundo, Ocon e Vettel fizeram uma prova de gato e rato, distanciando aos poucos dos demais para continuarem uma disputa particular. Vettel ainda tentou algumas investidas contra o jovem francês, que soube se defender bem, mas em seguida Esteban voltou ao controle da situação e administrou uma vantagem que não foi muito além de 1,5 segundos. Para Vettel foi a repetição da ótima posição já alcançada no Azerbaijão este ano, mas a tensão em ficar sem o segundo lugar ainda ronda, uma vez que, segundo a FIA, não tinha 1 litro regulamentar de combustivel - tinha em torno de 300ml. Já Otto Szafnauer disse que havia 1,74 litros no tanque, o que é suficiente para a medição. Inicialmente Vettel tinha sido desqualificado, mas a Aston Martin conseguiu um recurso para impedir isso e o carro seguirá para a França para avaliação.

Ocon mostrou uma grande frieza, digna dos grandes campeões para manter-se na liderança e caminhar para uma inédita vitória para ele e a Alpine, alcançando uma conquista de piloto e equipe francesa que não vinha desde Olivier Panis e Ligier no distante GP de Mônaco de 1996 que, por coincidência, também foi uma corrida bastante atribulada - para completar a efeméride, este GP de Mônaco foi também a última vez onde além da vitória ter sido de piloto e equipe francesa, a melhor volta também ficou para um piloto francês com Jean Alesi cravando a marca na ocasião. Desta vez, foi a vez de Pierre Gasly fazer a melhor volta no GP húngaro. 

São situações como esta da Hungria onde a oportunidade de uma história tão bacana pode ser feita. Num campeonato tão imprevisível como este, pode ser que ainda tenhamos outra chance de vermos algo do tipo. 


sábado, 31 de julho de 2021

Foto 1005: Onofre Marimon, Spa-Francorchamps 1953

 

(Foto: Motorsport Images)

Onofre Marimon com o Maserati A6GCM durante o GP da Bélgica de 1953, então quarta etapa daquele mundial de Fórmula-1.

Esta prova viu um desafio vindo por parte da Maserati contra a Ferrari, com Juan Manuel Fangio marcando a pole, Jose Froilan González cravando o terceiro tempo e Marimon em sexto. Alberto Ascari, o homem a ser batido naquele momento, posicionava a sua Ferrari em segundo.

As boas impressões sobre o desempenho dos Maserati A6GCM ficaram ainda mais evidentes quando González partiu para a liderança e ficou por lá até 11a volta, quando o acelerador apresentou problemas - até aquele momento, o argentino havia construído uma ótima diferença (em torno de 1 minuto) para Fangio. Mas o campeão de 1951 também sofreria problemas de motor duas voltas depois, deixando o caminho livre para Ascari. Apesar de Fangio ter pego o quarto Maserati, que estava sob o comando de Johnny Claes, e ter feito uma brilhante prova de recuperação, chegando a ocupar a terceira posição, ele sofreu um acidente na penúltima volta (35) que tirou dele a oportunidade de ficar com o terceiro posto.

O virtuosismo de Marimon se fez presente neste GP, com o promissor argentino chegando a ficar na terceira posição desde a 16a volta. Mas os problemas de motor dificultaram bastante a vide de Onofre que chegou perder a posição para a Ferrari de Luigi Villoresi. O abandono de Fangio permitiu que Onofre Marimon chegasse ao seu primeiro pódio, junto do vencedor Ascari e do segundo colocado Villoresi.

Hoje completa 67 anos da morte de Onofre Marimon. 

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Foto 1004: Allan Moffat & Jacky Ickx, Bathurst 1000 1977

 


Os Ford XC Falcon GS500 Hardtop da equipe Moffat Ford Dealers durante a Hardie-Ferodo 1000, ou a mais popularmente conhecido como Bathurst 1000, de 1977. No comando do Ford Falcon #1 estava Allan Moffat (dono da equipe e triplo vencedor da prova até aquele momento) e Jacky Ickx, enquanto que no segundo carro encontrava-se Colin Bond e Alan Hamilton. Ao fundo aparece o Holden LX Torana SS A9X Hatchback #6 da Craven Mild Racing conduzido por Allan Grice e Frank Gardner.

Essa prova contou com a participação de alguns pilotos com passagens na Fórmula-1, Mundial de Marcas e Indycar: além de Ickx, Larry Perkins competia com um Holden Torana; Derek Bell com um Alfa Romeo 2000; o veterano e tricampeão da Fórmula-1 Jack Brabham, que dividiu um Ford Falcon com seu filho Geoff Brabham; Vern Schuppan e Henri Pescarolo também pilotaram um Ford Falcon, mas por equipes distintas. Ainda teria nesta lista um outro piloto que faria parte da Fórmula-1 dentro de dez anos: Satoru Nakajima competiu com um Ford Capri MK I, tendo dividido o volante com Alan Cant. 

O outro par de astros veio da Indycar: Johnny Rutherford e Janet Guthrie dividiram o comando de um Holden Torana #17 da equipe de Ron Hodgson Motors. Essa experiência de Rutherford em Bathurst gerou uma pequena polêmica quando o americano, e já bicampeão da Indy 500, contestou que o carro dele e Janet era diferente em performance do que era usado por Bob Morris/ John Fitzpatrick - essa desconfiança partiu do momento que Rutherford/ Guthrie haviam conseguido o 26º tempo no grid, enquanto que Morris/ Fitzpatrick marcaram o 7º tempo. Apenas para sanar a dúvida, Morris foi mandado à pista com o Holden #17 para ser cinco segundos mais veloz que a marca alcançada por Rutherford na qualificação (o americano fizera 2'34''8). As voltas de Morris no #17 serviram apenas para mostrar que Johnny não estava familiarizado com o carro e a pista. O duo estadunidense abandonou a prova na 13ª volta após um acidente. 

A prova foi vencida por Moffat/ Ickx, com Bond/ Hamilton em segundo (Alan Hamilton substituiu o Gregg Hansford que havia sofrido um acidente de moto) e em terceiro o Holden Torana #15 de Peter Janson/ Larry Perkins. 

Essa conquista da dupla Moffat/ Ickx foi tomada pela polêmica, uma vez que no último turno dos pilotos Colin Bond foi impedido de atacar o carro #1 que estava sendo conduzido por Allan Moffat e que liderava a prova. Colin declarou alguns anos depois que se arrependeu de não ter ultrapassado o carro de Moffat, uma vez que o Falcon #1 estava com problemas de freios, mas acabou acatando a decisão da equipe em apenas comboiar o #1. Moffat chegou a oferecer o assento do carro #1 para que Bond conquistasse a corrida junto dele e Jacky, mas Colin recusou. 

Para o canadense Allan Moffat foi a quarta e última conquista na Bathurst 1000, já que ele havia vencido em 1970, 1971 e 1973 - Moffat foi o segundo forasteiro a conquistar a prova, já que o finlandês Rauno Aaltonen venceu em 1966 junto de Bob Holden com um Morris Cooper S - , enquanto que Jacky Ickx foi o primeiro piloto oriundo da Fórmula-1 a vencer a clássica prova australiana. 

Foto 1003: Roger Williamson, Monza 1973

 

(Foto: Motorsport Images)

Um final de semana perfeito para a nova promessa britânica. Roger Williamson recebendo a quadriculada no 15º GP Lotteria de Monza realizado em 29 de junho, décima etapa do Campeonato Europeu de Fórmula-2.

Após algumas dificuldades que ele tivera no início do campeonato com o seu GRD273 Cosworth - apesar de tudo, ainda conseguira dois pontos no GP de Pau - Roger passou a usar um March 732 BMW a partir da etapa de Rouen, onde não chegou a largar. 

Mas em Monza, onde se deu a etapa seguinte, Williamson mostrou suas qualidades ao dominar o final de semana: Roger marcou a pole, a melhor volta e venceu as duas baterias, com onze segundos de avanço sobre Patrick Depailler na primeira prova e depois com cinco segundos sobre o mesmo Depailler na segunda prova. Na soma final dos resultados, Williamson confirmou a sua primeira e única conquista no campeonato, seguido por Depailler e Jacques Coulon. 

Apesar de seu nome estar inscrito para a prova de Mantorp, na Suécia, ele não compareceu, pois estava na disputa do GP da Holanda onde, infelizmente, veio encontrar a morte após um acidente na 8ª volta. 

Hoje completa exatos 48 anos de sua morte.

terça-feira, 27 de julho de 2021

Foto 1002 - Philippe Alliot, Hungaroring 1994

 


Duas cenas incomuns: a primeira é a raríssima chuva que se fez presente no primeiro treino em Hungaroring em 1994, que abria os trabalhos daquele GP da Hungria, então 10ª etapa do campeonato da Fórmula-1. A outra remonta a presença de Philippe Alliot no comando do Mclaren MP4/9 Peugeot durante um Grande Prêmio. Ele estava na função de piloto de testes da equipe inglesa naquele ano e a oportunidade surgiu quando Mika Hakkinen tomou um gancho de um GP, após ser considerado culpado no acidente que envolveu outros carros logo na largada do GP da Alemanha. 

A prova foi mais uma batalha de Michael Schumacher contra Damon Hill na disputa por aquele mundial, com o piloto alemão chegando a sua sétima conquista no ano e ampliando a sua diferença para Hill em 31 pontos (76x45). Essa diferença seria reduzida a 1 ponto nas três provas seguintes, com Schumacher sendo desqualificado em Spa e cumprindo o gancho de duas provas (Monza e Estoril) por conta da bandeira preta ignorada em Silverstone. O campeonato ganharia alguma emoção.

Apesar desta oportunidade única a bordo de um bom carro, Alliot não foi tão longe: fez o 14º tempo no grid e abandonou a prova na 21ª volta após um vazamento de água. Mas o francês estava satisfeito pela oportunidade que lhe foi concedida: “Em 1993, fiz o Paris-Dakar, as 24 horas de Le Mans e uma temporada de F1. Dirigir este McLaren-Peugeot é para mim foi uma conquista ”

Alliot ainda voltou a pilotar naquela temporada de 1994, mas desta vez pela Larousse na prova da Bélgica onde abandonou na volta 11 com problemas no motor Ford. 

Philippe Alliot completa 67 anos hoje.