Olhando os comentários no Twitter após o término da prova, o que se via era apenas um sentimento de alívio de uma temporada insossa onde o domínio da Mercedes foi implacável, tendo apenas a intervenção de Sebastian Vettel e sua Ferrari em três oportunidades onde ele soube (muito) bem aproveitar as raras falhas da equipe alemã.
A corrida de Abu Dhabi foi ligeiramente melhor que as duas anteriores, mas ainda sim com o domínio amplo da Mercedes que mais uma vez se deu o luxo de questionar a estratégia de Hamilton, que preferia o uso dos supermacios nas voltas finais para tentar um ataque à Rosberg. A demora do inglês em entrar nos boxes devido a esse impasse, lhe tiraram essa possibilidade quando realizou o pit stop e retornou onze segundos atrás de Nico.
Rosberg aproveitou bem a sua pole e vantagem por toda a prova para vencer a terceira consecutiva, numa temporada que serve e muito para que ele volte forte ano que vem.
Kimi Raikkonen terminou na terceira colocação tendo um bom desempenho e fazendo a parte que deveria ser de Vettel nesta prova, caso este não tivesse problemas no Q1 na classificação. Conseguiu avançar bem com a parada de box dos que iam à sua frente, mas a quarta posição é o que conseguiria ao final devido o grande deficit para os que iam à sua frente.
Mas as lutas pelas posições intermediárias foi o que teve de bom na corrida. Aliás, essa tem sido a válvula de escape da FOM que tem mirado as suas câmeras nesse grupo do meio, onde as batalhas são mais intensas. De se destacara nesse meio o bom trabalho de Jenson Button, que consiguiu dar a sua Mclaren uma combatividade que foi raramete vista neste ano ao confrontar carros como o da Toro Rosso e da Sauber. Alonso teve mais um final de semana infernal, apesar de ter mostrado um bom passo nos treinos livres: a sua largada - onde ele levou um toque de uma das Saubers, fazendo com que perdesse o controle e batesse em Maldonado - foi arruinada e para completar um Drive Through por ter sido culpado no incidente com Pastor. Vendo o desempenho de Button, poderia ter sido um final de semana mais animador para ele.
Abu Dhabi encerrou um dos campeonatos mais enfadonhos da história da F1. Não culpo a Mercedes por isso. Afinal, fizeram bem o trabalho nestes dois últimos campeonatos e que as demais corram atrás para, pelos menos, tentarem se igualar a equipe germânica.
Cabe a F1 tentar resolver seus problemas, o que será bem dificil já que a categoria é refém das equipes dominantes.
domingo, 29 de novembro de 2015
GP de Abu Dhabi: E acabou...
sábado, 21 de novembro de 2015
WEC: A batalha em Sakhir
No momento, com a corrida a menos de duas horas e meia para o fim, tem o #18 na liderança após um duelo maravilhoso com o Audi #7 pela liderança. A terceira e quarta posições são dos Toyotas #1 e #2 e o #17 é quinto, colocação tal que lhe garante o título de pilotos.
No momento o Audi #7 apresentou problemas nos freios, que pode mudar o panorama da decisão caso o carro vá para os boxes.
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
Foto 548: Na praia
Na foto Michelle Alboreto disputando a jogada com Andrea De Cesaris, enquanto que Elio De Angelis apenas observa o desfecho do lance. A foto é de 1985.
A prova foi vencida por Alain Prost, Alboreto e De Angelis foram ao pódio terminando em segundo e terceiro enquanto que De Cesaris abandonou após... um acidente.
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
GP do Brasil: Engessado
O engessamento de Hamilton frente a estratégia adotada pelo time para seus dois pilotos, deixou claro que apenas um erro crasso de Rosberg é que poderia abrir a possibilidade de um duelo mais intenso pela primeira posição, mas a adoção do plano de fazer Lewis parar apenas uma volta após Nico fez a corrida entrar naquele parafuso monotono.
Apesar das investidas de Lewis em algumas oportunidades, onde ele chegou a ficar cinco, seis décimos atrás de Rosberg, este conseguia livrar-se dos possiveis ataques do companheiro ao sair mais veloz da Junção. A aproximação demasiada ao carro de Rosberg, fez com que Lewis abrandasse os ataques visando apenas conservar os pneus já que qualquer ataque significava perda de tempo dele em relação à Sebastian Vettel.
A verdade é que a Mercedes nem deu ouvidos ao pedido de Hamilton em adotar um plano B na estratégia, o que deixaria ele com chances de tentar ficar mais um tempo na pista e ganhar a posição nos pits. Por outro lado, é claro que a Mercedes daria total atenção à Nico nessas provas derradeiras para que ele conquistasse - como acabou conquistando - o vice de pilotos frente a Vettel.
Com as coisas definidas, espera-se uma maior liberdade dos dois pilotos da Mercedes para a prova de Abu-Dhabi a derradeira do mundial.
GP do Brasil: E foi chato
Se houve alguma emoção nesta corrida, ficou reservada a Max Verstappen que fez belas manobras em Perez e Nasr ao ultrapassá-los na marra no S do Senna. Fora isso, nada demais aconteceu. As Mercedes desde cedo manteram uma distancia confortável para Vettel, que não foi incomodado por Raikkonen que também não teve nenhum contratempo com Bottas, que foi o único dos cinco primeiros a ganhar posições graças a uma bela largada ao pular de sétimo para quinto. Ainda entre as Mercedes, de onde poderia sair algo, Lewis até que esboçou um ataque à Rosberg que sempre respondia com uma bela saída da Junção, não deixando margem para que o inglês usasse o vácuo para facilitar a ultrapassagem. Hamilton até reclamou que não conseguia chegar próximo de Nico, devido a perda da dianteira do carro causado pela turbulência. Também é de se destacar que a Mercedes não lhe deu chance de ousar na estratégia, fazendo com que ele parasse no pit sempre uma volta depois de Rosberg.
Para os brasileiros, foi um fim de semana para esquecer: enquanto que Massa não achou um bom acerto para a Williams - numa pista que tão bem conhece - a sua oitava posição era um consolo, mas o descuido da equipe com o pneu esquerdo traseiro, que se apresentou com temperatura e pressão elevada na hora do alinhamento do grid, jogou essa colocação pela janela com a exclusão do brasileiro logo após o GP. Nasr teve até chance de pontuar, mas uma queda de rendimento o fez despencar na tabela de classificação. Chegou a estar em nono.
Foi um GP chato, sem sal. A zoeira de Fernando Alonso ontem na classificação, acabou por salvar um fim de semana catastrófico em termos de emoção.
O bom número de espectadores - 136 mil - em Interlagos merecia um espetáculo melhor.
Foi tão chato que nem a chuva veio.
sábado, 14 de novembro de 2015
Foto 547: O canto do Alonso
Mas dessa vez foi diferente: pegou o banquinho de pesca - que deve ser de algum bombeiro - sentou-se e foi assistir o restante do Q1, como se estivesse na sala de casa ou na praia. Trocou algumas palavras com um rapaz do resgate à pé e ainda deu uma piscada para a câmera, que filmou boa parte daquele momento rilex do piloto espanhol. Após retornar aos boxes, ele e Button ainda foram tirar um sarro no pódio, cumprindo "a meta" que eles e a Mclaren Honda haviam traçado no início do ano, antes de caírem na real e verem o tamanho da encrenca que tinham pela frente.
O bom de tudo é que adotaram um importante mantra: melhor rir do que chorar!
E isso tem rendido ótimas montagens.
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
Foto 546: Adelaide, há 20 anos
Uma das pistas que mais fazem falta ao calendário da categoria e que sempre proporcionou provas bem interessantes, como a de 1985, 1986, 1989, 1990, 1991, 1993, 1994 e principalmente a de 1995, que foi uma das melhores (pelo menos para mim) da década de 1990.
Foi a prova que nos fez passar pelo temor da tragédia nos treinos, devido o grave acidente de Mika Hakkinen; as despedidas de Michael Schumacher da Benetton; de Gerhard Berger e Jean Alesi da Ferrari; de David Coulthard da Williams; de Roberto Pupo Moreno da Fórmula-1.
Adelaide também receberia a categoria pela última vez e sendo assim fomos brindados com uma prova caótica, onde acidentes e quebras deixaram que apenas oito carros chegassem ao final: Damon Hill venceu, com uma vantagem de duas voltas sobre Olivier Panis que se arrastava nas últimas voltas devido a falha em um dos cilindros do motor Renault de sua Ligier. Mas para a sorte dos franceses, Gianni Morbidelli, com a Footwork Arrows, estava muito longe para ameaçar o segundo posto da equipe de Guy Ligier. Mark Blundell (Mclaren), Mika Salo (Tyrrell) e Pedro Lamy (Lotus) fecharam ps seis primeiros - Pedro tornara-se o primeiro português a pontuar na F1, fato que se repetiria quase dez anos depois com o terceiro lugar de Tiago Monteiro em Indianápolis 2005.
Para Adelaide ficou a marca da Williams ter aberto e fechado a passagem da F1 por aquelas bandas: venceu em 85 com Keke Rosberg e dez anos depois repetira o feito com Damon Hill.
Saudades de Adelaide...
Foi a prova que nos fez passar pelo temor da tragédia nos treinos, devido o grave acidente de Mika Hakkinen; as despedidas de Michael Schumacher da Benetton; de Gerhard Berger e Jean Alesi da Ferrari; de David Coulthard da Williams; de Roberto Pupo Moreno da Fórmula-1.
Adelaide também receberia a categoria pela última vez e sendo assim fomos brindados com uma prova caótica, onde acidentes e quebras deixaram que apenas oito carros chegassem ao final: Damon Hill venceu, com uma vantagem de duas voltas sobre Olivier Panis que se arrastava nas últimas voltas devido a falha em um dos cilindros do motor Renault de sua Ligier. Mas para a sorte dos franceses, Gianni Morbidelli, com a Footwork Arrows, estava muito longe para ameaçar o segundo posto da equipe de Guy Ligier. Mark Blundell (Mclaren), Mika Salo (Tyrrell) e Pedro Lamy (Lotus) fecharam ps seis primeiros - Pedro tornara-se o primeiro português a pontuar na F1, fato que se repetiria quase dez anos depois com o terceiro lugar de Tiago Monteiro em Indianápolis 2005.
Para Adelaide ficou a marca da Williams ter aberto e fechado a passagem da F1 por aquelas bandas: venceu em 85 com Keke Rosberg e dez anos depois repetira o feito com Damon Hill.
Saudades de Adelaide...
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