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sábado, 21 de agosto de 2021

89ª 24 Horas de Le Mans: 8ª Hora

 


Ainda que esta oitava hora tenha sido até mais tranquila que as outras que se passaram, ainda sim reservou alguns momentos dramáticos: o Alpine #36, que tinha Mathieu Vaxiviere ao volante, saiu reta na primeira chicane da Hunaudiéres e acabou encalhado na brita. Com isso, caiu para quarto na classificação e perdeu a terceira posição para o Glickenhaus #708 que tem Felipe Derani ao volante desde a quinta hora de prova e com bom ritmo. As duas primeiras posições nos Hypercar seguem para os Toyota 7 e 8. 

Na LMP2 os dois carros do Team WRT continuam líderes, mas agora com #31 na frente e o #41 na segunda posição. O #25 da G-Drive acabou batendo forte na freada para primeira perna da Dunlop, ocasionando a entrada do SC.

A AF Corse continua na liderança da LMGTE-PRO com o #51 e em terceiro com o #52. O Corvette #63 é quem quebra essa dobradinha da Ferrari na classe ao aparecer em segundo. 

Assim como na PRO, a AF Corse também lidera na LMGTE-AM com #83. Em segundo aparece o #80 da Iron Lynx e em terceiro o Aston Martin #33 da TF Sport.

89ª 24 Horas de Le Mans: 7ª Hora


 O lance mais importante desta sétima hora remonta ao acidente que deixa de fora um dos favoritos para a classe LMGTE-AM: o Porsche #56 do Team Project 1 perdeu o ponto de freada e acabou indo de encontro a barreira de pneus da primeira chicane, danificando bastante a dianteira do carro. O Aston Martin #33, que liderou boa parte da corrida nesta classe, vinha logo atrás e também bateu, mas fraco. Conseguiu voltar para a pista, mas o pneu traseiro direito estourou e, com isso, foi aos boxes e acabou caindo na classificação onde se encontra em quinto. Este acidente implicou na entrada do SC. 

Algum tempo depois foi a vez do #47 da Cetilar Racing escapar e bater na Tertre Rouge. O piloto conseguiu sair do local e estacionar a Ferrari mais adiante, criando uma slow zone no local.

A liderança nessa classe AM era da Ferrari #80 da Iron Lynx que acabou sendo ultrapassado pelo #83 da AF Corse. A terceira posição é do Ferrari #57 da Kessel em terceiro. 

Nos Hypercar o Toyota #7 continua na liderança com quase 1 minuto e 40 de vantagem sobre o #8. O Alpine #36 está em terceiro, enquanto que os Glickenhaus continuam na escalada agora com Pipo Derani no comando do 708, que se encontra em quarto, e o 709 com Ryan Briscoe na 11ª posição na geral. 

O Team WRT tem as duas primeiras posições na LMP2, com o #41 em primeiro e o #31 em segundo separados por seis segundos. Na terceira posição aparece o #22 da United Autosport.

Na LMGTE-PRO a liderança é do Corvette #63 com os dois Ferrari da AF Corse (#51 e #52) em seguida. 

89ª 24 Horas de Le Mans: 6ª Hora

 


O que tem trazido bastante animação para esta edição das 24 Horas de Le Mans tem a sido a chuva, independentemente se seja fraca ou não. Com um pouco de chuva que caiu no circuito francês nesta sexta hora, foi o suficiente para desencadear o caos - e todos com carros da LMP2.

Primeiramente com a saída do #24 da PR1 Motorsport Mathiassen no final da Mulsanne, e que foi logo recolocado na pista; o Ferrari #27 da Inception acabou batendo lateralmente no Ferrari #52 da AF Corse quando estava prestes a tomar uma volta na penúltima chicane; com a pista já molhada, o #29 do Team Nederland rodou e ficou encalhado na brita. 

Dai em diante as coisas pioraram quando houve um enrosco entre o #26 da G-Drive de Franco Colapinto quando este fechou cedo demais no #1 da Richard Mille de Sophia Floersch, fazendo com que ambos rodassem. Franco voltou com o carro danificado, enquanto que Sophia não conseguiu voltar e acabou tendo seu carro acertado pelo #74 da Racing Team India Eurasia. O carro de Sophia, que é compartilhado com Tata Calderon e Beitske Visser, foi retirado da pista por um trator. No mesmo momento do enrosco próximo a Porsche Curve, houve um acidente entre os dois carros da United Autosport quando o #32 saiu direto pela Dunlop e acertou o #23 na outra perna do S. Um duplo problema para uma das favoritas na classe LMP2. 

A liderança da LMP2 pertence ao #41 do Team WRT, seguido pelo inabalável #22 da United Autosport e pelo #31 do Team WRT. 

No Hypercar, nenhuma novidade: a Toyota continua líder com #7 com o #8 vinte e dois segundos atrás e em terceiro aparece o Alpine #36. O Glinckenhaus é o 708 é o quarto na geral com duas voltas de atraso para a Toyota e o outro Glickenhaus #709 aparece em 11º.

Teve uma boa batalha entre o Ferrari #52 contra o Porsche #92 pela segunda posição, até que o carro alemão acabasse rodando na primeira chicane e deixando o terceiro lugar para o Corvette #63. A primeira posição pertence ao Ferrari #51. 

Na LMGTE-AM não houve mudanças: a Aston Martin #33 está na liderança, seguido pelo Ferrari #83 da AF Corse e pelo Ferrari #57 da Kessel Racing.

89ª 24 Horas de Le Mans: 5ª Hora


 Sem dúvida alguma foi este foi o grande momento desta quinta hora em Le Mans, onde os carros #23 da United Autosport teve uma grande disputa contra o #28 da JOTA Sport por um bom tempo pela lideraça na LMP2 até que encontrassem dois retardatários pela frente. Isso foi uma deixa para que Wayne Boyd conseguisse ultrapassá-los com maior destreza e deixar Stofell Vandoorne para trás. O piloto belga da JOTA Sport teve que lidar com ao #26 da G-Drive que passou a ficar em seu encalço. A liderança segue nas mãos do #23 da United Autosport.

A Toyota continua na liderança do Hypercar e geral através de seu #7, 22 segundos a frente do #8. O Alpine #36 continua com a terceira posição. A Glickenhaus teve uma pequena melhora: subiu para sexto com o 708 e nono com o 709 na geral. 

A Ferrari voltou para a dianteira na LMGTE-PRO com o #51 e com o #52 na segunda posição, seis segundos atrás. A terceira posição é do Porsche #92.

Na LMGTE-AM a liderança continua nas mãos do Aston Martin #33, seguido pelo Ferrari #83 da AF Corse e pelo pelo outro Ferrari #57 da Kessel. O mais interessante nessa categoria é que dos seis primeiros, cinco são Ferrari. O primeiro Porsche aparece na sétima posição da classe com #56 do Team Project 1. 

89ª 24 Horas de Le Mans: 4ª Hora

 


A tranquilidade desta edição das 24 Horas de Le Mans foi quebrada com o forte acidente de Marcos Gomes que estava ao volante do Aston Martin #98. Na freada para a primeira perna antes de ingressar na Indiannapolis, o carro do piloto brasileiro saiu desgovernado e foi direto para a barreira de pneus após algumas rodadas na brita. O piloto foi resgatado após alguns minutos e, logicamente, saindo bem zonzo da pancada. Ele, junto de Nick Thiim e Paul Dalla Lana, ocupavam a segunda posição na LMGTE-AM que tinha como líder o outro Aston Martin #33 da TF Sport. Neste momento a liderança é do Ferrari #57 da Kessel Racing, seguido pelo Ferrari #47 da Cetilar e pelo Ferrari #83 da AF Corse. 

Na Hypercar a liderança ainda é da Toyota com o #7, seguido pelo #8 que está 17 segundos atrás e em terceiro aparece o Alpine. O Glickenhaus aparece em nono com o 708 e em 13º com o 709. 

Na LMP2 a liderança voltou para as mãos da JOTA Sport, mas agora com o #28 no comando. O #23 da United Autosport é o segundo com mais de 40 segundos de atraso e em terceiro vem o #65 da Panis Racing. Alguns carros dessa classe, como o #1 da Richard Mille e o #25 da G-Drive, aproveitaram o momento de SC para fazer alguns reparos nos respectivos carros. 

Na LMGTE-PRO a Ferrari tem a liderança do #51 da AF Corse, com o Corvette #63 em segundo e o #92 da Porsche em terceiro. 

Algumas posições podem mudar nos próximos minutos por conta da janela de pit-stops.

89ª 24 Horas de Le Mans: 3ª Hora

 


Terceira hora de prova e as coisas não foram nada bem para JOTA Sport ao final dela; após um stint impressionante de Antonio Felix Da Costa, com o português mantendo-se bem na liderança, o comando do carro #38 passou para Anthony Davidson que foi parar na brita da primeira curva após - provavelmente - se assustar com a saída de pista do Porsche #18 que tinha Andrew Haryanto ao volante. O antigo líder da LMP2 foi resgatado, mas está caindo na classificação. A liderança desta classe é do G-Drive #26, com o #29 da Racing Team Nederland em segundo e o outro carro da JOTA, o #28, em terceiro. 

A liderança na geral da Hypercar pertence ainda ao Toyota #7 que tem oito segundos de vantagem sobre o gêmeo #8. A terceira posição é do Alpine #36 que tem mais de um minuto de atraso. 

Na LMGTE-PRO a Ferrari continua a comandar, agora com #52 na dianteira e o 351 em segundo. A terceira posição é do Porsche #79 .

Na LMGTE-AM a liderança continua com o Aston Martin #33 com o outro Aston Martin #98 - com Marcos Gomes ao volante - em segundo e o Ferrari #47 da Cetilar em terceiro. 

A chuva caiu de forma moderada entre a reta dos boxes até o início da Tertre Rouge, causando algumas escapadas como foi o caso do #84 da Association SRT41 que rodou e bateu fraco na barreira de pneus da Dunlop. 

89ª 24 Horas de Le Mans: 2ª Hora

 


 Após uma primeira hora tão movimentada por conta da pista molhada, que ocasionou alguns incidentes até mesmo com os favoritos de cada classe, essa segunda hora em Le Mans foi bem tranquila. 

Essa tranquilidade pode ser vista com a liderança isolada do Toyota #7 que continua solitário, mas o seu gêmeo #8 recuperou-se do incidente da largada e agora está em segundo com mais de 30 segundos de atraso. O Alpine #36 consegue subir para segundo, mas isso é por conta das paradas de box e agora ocupa o terceiro lugar. O Glinckenhaus 708 ocupa o nono lugar na geral e o 708 o 14º lugar. 

Na LMP2 a liderança continua com o #38 da JOTA Sport seguido pelo G-Drive #26 em segundo e o #29 do Racing Team Nederland em terceiro. A exemplo dos Hypercar, também teve uma maior tranquilidade nesta hora. 

A LMGTE-PRO teve suas batalhas pela liderança, chegando a ser uma disputa tripla pela liderança com o Ferrari #52 acossando e conseguindo mais adiante a liderança do Corvette #64. O carro americano ainda seria superado pela Porsche #79. Com as paradas de box, a liderança passou para o Ferrari #52 - que tem neste momento Daniel Serra ao volante - com o outro Ferrari #51 da AF Corse em segundo e o Porsche #79 da Weathertech em terceiro. Os três estão separados por menos de dez segundos. 

Na LMGTE-AM a Ferrari #83 da AF Corse é o primeiro, seguido pelo Aston Martin #33 da TF Sport - com Felipe Fraga ao volante agora - e em terceiro o Ferrari #388 da Rinaldi Racing em terceiro.  

89ª 24 Horas de Le Mans: 1ª Hora

 


A edição 89 das 24 Horas de Le Mans começou da forma mais atribulada possivel. Primeiramente, por conta de uma chuva que caiu momentos antes da largada, esta foi feita sob safety car, mas assim que o Porsche deixou a pista e os carros entraram para a formação da largada, o Toyota #7 ficou com a primeira posição e o Alpine #36 de Nicolas Lapierre acabou pegando o segundo lugar. Azar para o Toyota #8 que ficou em terceiro e que acabou levando uma batida por trás do Glickenhaus #708 na freada da primeira perna da chicane Dunlop. O Toyota #8 ainda teve dois contratempos: ficou parado por alguns segundos após a primeira chicane e escapou mais adiante na freada para a cruva Mulsanne, quando também teve a companhia de um LMP2. 

O Alpine #36 estava em segundo quando teve uma rodada na Indianapolis após sair da Slow Zone, fazendo que despencasse na classificação. O Glickenhaus 708 teve uma penalização de 10 segundos pelo incidente na largada - e depois voltaria para trocar a dianteira do carro que foi danificada no acidente. A liderança neste momento nos Hypercar - e geral - é do Toyota #7, seguido pelo Toyota #8 que aparece em segundo na classe e em terceiro na geral e o terceiro lugar para o Alpine #36 - que aparece em quarto na geral. 

Esses incidentes foram bons para os carros da LMP2: Antonio Felix Da Costa está em grande forma e ocupa a segunda posição na geral e está em primeiro na sua classe. O piloto português já virou em algum momento da prova a melhor volta. A segunda posição é do #26 da G-Drive, que chegou travar uma bela batalha contra o #41 da WRT pela segunda posição. Em terceiro aparece o #29 do Racing Team Nederland.

Na LMGTE-PRO também teve o status quo mexido por conta da chuva. Os Porsche caíram e os Corvettes chegaram assumir a liderança. Os Porsche oficiais conseguiram se recuperar dos erros iniciais, assim como os particulares e neste momento a liderança é do Corvette #64, seguido pelo Ferrari #52 e pelo Porsche #79. 

Na LMGTE-AM a disputa tem sido bem acirrada nesta primeira hora com algumas trocas na liderança. Neste momento a dianteira cabe ao Ferrari #83, com o Porsche #88 em segundo e o Ferrari #80 em terceiro. 

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Foto 1012: Mark Donohue, 24 Horas de Le Mans 1971

 


 Os estilosos Mark Donohue e Roger Penske no grid de largada para as 24 Horas de Le Mans de 1971, captados pela lente de Bernard Cahier. Mark dividiu o Ferrari 512M do North American Racing Team com David Hobbs, mas eles não completaram a prova tendo abandonado na sexta hora de prova com problemas no motor. 

Donohue já havia competido outras duas vezes em Le Mans: em 1966 ele dividiu o comando de um Ford GT40 com Paul Hawkins, mas abandonou após 12 voltas por problemas no diferencial. Um pouco antes da provas, ele sofrera uma grande perda pessoal: seu amigo e parceiro de Ford, Walt Hansgen, acabou falecendo durante um teste preparatório para aquela edição de 1966 das 24 Horas de Le Mans. Porém, exatamente no velório de Hansgen, é que ele acabaria por conhecer Roger Penske que o convidou para integrar a sua equipe. 

A segunda aparição de Mark foi em 1967 quando ele esteve mais uma vez a serviço da Ford, e dividiu o comando do Ford GT40 MK IV com Bruce Mclaren - com quem teve algumas divergências em torno do acerto do carro. Eles terminaram em 4º na geral e em segundo na classe Protótipo +5000 (perdendo para os vencedores da geral, e seus companheiros de Shelby American, Dan Gurney/ A.J.Foyt).

89ª 24 Horas de Le Mans: Toyota fecha o quarto treino livre na frente

 


O quarto treino livre em Le Mans chegou ao final e com a Toyota terminando mais uma vez na dianteira da tabela de tempos. Desta vez foi o #8 da equipe japonesa que fez a melhor marca em 3'27''994, 0''286 mais veloz que o Alpine #36. A terceira posição ficou para o outro Toyota #7.

Na LMP2 a G-Drive colocou o #26, que usa chassi Aurus, na primeira posição nesta prática com o tempo de 3'31''414, seguido pelo #29 da Racing Team Nederland e pelo #22 da United Autosport. 

Na LMGTE-PRO a Porsche fez o melhor tempo através do #79 da Weathertech Racing com a marca de 3'48''246. O outro Porsche #91 da Porsche GT Team ficou em segundo e o Corvette #63 em terceiro. 

Na LMGTE-AM foi a vez da Ferrari encabeçar a lista dos mais velozes com o #83 da AF Corse ficando na frente com a marca de 3'51''561, seguido pelo Ferrari #71 da Inception Racing e pelo Porsche #99 da Proton Competition. 

As atividades voltam apenas no sábado com o warm-up e com a largada para a 89ª edição das 24 Horas de Le Mans. 

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

89ª 24 Horas de Le Mans: 1-2 da Toyota no segundo treino livre

 


Apesar da Toyota ter feito os melhores tempos nas duas atividades anteriores, a dobradinha sempre foi rompida pela Alpine, mas desta vez, no segundo treino livre, realizado na parte noturna, a Toyota teve seus dois carro no topo da tabela de tempo: desta vez foi com o GR010 #8 que encabeçou a lista dos mais rápidos, com Sebastien Buemi fazendo a marca em 3'29''351, sendo 0''387 mais veloz que o Toyota #7 (que teve um escapada no final da Mulsanne e ficou na gravilha, talvez por problemas de freios) que ficou em segundo. A terceira posição foi para o Glickenhaus #708, enquanto o Alpine #36 foi o quarto e o outro Glickenhaus foi o quinto. 

Na LMP2 Antonio Felix da Costa foi o mais rápido com o #38 da JOTA Sport com o tempo de 3'32''390, seguido pelo #70 da Real Team e pelo #22 da United Autosports. Essa classe teve alguns contratempos, como #24 da PR1 Motorsports Mathiassen tendo problemas na Curva Porsche; o #31 da WRT apresentou falhas no câmbio; e logo no final da sessão o #21 da Dragonspeed , com Ben Hanley ao volante, acabou indo de encontro as barreiras da Indinanápolis, o que ajudou a encerrar mais cedo o segundo treino livre - no mesmo momento, o Porsche da Project 1 também bateu, mas na Tertre Rouge.

Na LMGTE-PRO a Porsche teve dois carros nas duas primeiras posições: o #79 da WeatherTech Racing ficou na frente com o tempo de 3'49''018 e o Porsche #91 em segundo, com o Ferrari #52 em terceiro - este último teve um problema na dianteira, onde uma parte apareceu quebrada e Daniel Serra, que estava ao volante, acabou parando na pista quando estava próximo de terminar a primeira hora de prova. 

Na LMGTE-AM o #88 da Dempsey-Proton Racing continua a dar as cartas ao ficar na ponta com o tempo de 3'51''452, com o Ferrari #388 da Rinaldi Racing em segundo e o Porsche #56 do Team Project 1 em terceiro - a exemplo do que acontecera com o LMP2 da Dragonspeed na Indianapolis, este acabou rodando e batendo na Tertre Rouge quando Robby Foley estava no comando. 

Por conta destes incidentes, a sessão foi encerrada em bandeira vermelha quando faltavam dois minutos para o final. 

As atividades continuam amanhã com a realização dos dois últimos treinos livres e com a Hiperpole, que definirá as seis primeiras posições de cada classe. 

Resultado: Segundo Treino Livre 

89ª 24 Horas de Le Mans: Toyota tem o melhor tempo na qualificação

 

(Foto: WEC/ Twitter)

Com o tempo de 3'26''279 feito por Kamui Kobayashi a bordo do GR010 Hybrid #7, a Toyota teve a melhor marca para a Hiperpole. O tempo alcançado pelo piloto nipônico foi feita ainda na primeira meia hora de treino e foi 0''816 décimos mais veloz que o Alpine A480, que teve a melhor marca alcançada por Matthieu Vaxiviere. O Toyota #8 ficou com a terceira colocação, enquanto que os dois Glinckehaus ficaram com as duas últimas posições da classe. Todos eles estão classificados para a Hiperpole que acontece amanhã.

Apesar do bom andamento da United Autosports com #22 na sessão de treinos livres, o desempenho da equipe anglo-estadunidense nesta qualificação ficou abaixo com #22 ficando apenas em 12º na classe, mas ainda tiveram no #32 e #23 a oportunidade de passarem para a Hiperpole ao terminarem em quinto e sexto respectivamente. A melhor marca foi da JOTA Sport #38 pilotado por Antonio Felix da Costa - que se acidentara no primeiro treino - ao cravar 3'28''807 nos últimos vinte minutos de treino. A segunda posição ficou para o #26 da G-drive e o terceiro para o #41 do Team WRT. 

Na LMGTE-PRO a Ferrari comandou as ações, com Daniel Serra dando continuidade ao bom ritmo já verificado pela manhã e ele não apenas cravou a melhor marca, como também quebrou o recorde de volta que era pertecente a Gianmaria Bruni com Porsche em 2018: Serra, a bordo do Ferrari #52, fez o primeiro tempo em 3'46''011, enquanto que o antigo recorde de Bruni era de 3'47''504. A segunda posição na classe é do Ferrari #51 e a terceira do Porsche #92.

Na LMGTE-AM a batalha foi um pouco mais equilibrada, mas isso não privou o Porsche #88 da Dempsey-Proton Racing, através de Julien Andlauer que chegou ao ótimo tempo de 3'48''620. O Porsche #86 da GR Racing ficou em segundo e o Ferrari #47 da Cetillar Racing em terceiro.

A Hiperpole será realizada amanhã a partir das 16:30, horário de Brasília. 

E logo mais, às 17:00, o segundo treino livre em Sarthe.

Resultado: Qualificação para Hiperpole

89ª 24 Horas de Le Mans: Toyota comanda a primeira prática

 


A Toyota ficou com a primeira colocação na abertura dos trabalhos para 89ª 24 Horas de Le Mans. Jose Maria Lopez foi o responsável em colocar o GR010 Hybrid #7 na primeira posição do primeiro treino livre com a marca de 3'29''309, que foi feita na última meia hora de treinos. Ele superou o Alpine A480 que André Negrão havia colocado na dianteira por um certo período, ficando 0''086 centésimos à frente do carro francês - a Alpine já havia superado o Toyota #8 por 1 milésimo no andamento do treino, já que o carro japonês havia ficado por grande parte da sessão na liderança. O carros da Glickenhaus ficaram em quarto e quinto na classe, mas no geral foram os sexto e sétimo já que foram superados pos dois LMP2 - #22 da United Autosports (que chegou ficar na segunda posição por um tempo) e pelo #26 da G-Drive. 

Como bem dito acima, entre os LMP2, as duas primeiras posições ficaram para o #22 da United Autosport e para o #26 da G-Drive e a terceira posição para o #28 da JOTA Sport. O mais interessante nessa classe é o tamanho equilibrio, ainda que o #22 tenha feito uma volta abaixo de 3'30, mas com do segundo até o sétimo colocados ficando no mesmo segundo. 

Na LMGTE-PRO Daniel Serra estabeleceu o melhor tempo da classe com o #52 Ferrari 488 GTE-Evo da AF Corse com a marca de 3'50''123 e foi seguido pelo Corvette C8.R #64 de Nick Tandy e pelo Porsche 911 RSR #91 do Porsche GT Team conduzido por Gianmaria Bruni - ele ficou logo após o Porsche 911 RSR #56 do Team Project 1 pilotado por Matteo Cairoli, que foi o mais veloz na classe LMGTE-AM.

A LMGTE-AM foi dominada quase que amplamente por Porsches: enquanto que Matteo Cairoli garantiu a melhor marca para o Porsche do Team Project 1, os Porsches 911 RSR da GR Racing (#86), Dempsey-Proton Racing (#88) e da Absolute Racing (#18) ficaram com as três posições seguintes. Apenas o Ferrari 488 GTE Evo #57 da Kessel Racing é que furou a sequência de Porsches ao ficar em quinto. 

Daqui a pouco, às 14 Horas (horário de Brasilia) inicia a primeira qualificação em Le Mans. 

Os resultados da primeira prática: 1º Treino Livre

domingo, 8 de agosto de 2021

Vídeo: Nigel Mansell, Jacarepaguá 1989

 


O Grande Prêmio do Brasil de 1989 foi a prova de abertura daquele mundial.

Foi a corrida que marcou a estreia de um carro com câmbio semi-automatico, fato que foi oferecido pela Ferrari com seu modelo 640 conduzido por Nigel Mansell e Gerhard Berger naquele ano.

Esta prova acabaria por ser um dos melhores GPs do Brasil, iniciando pelo triplo acidente entre Berger, Ayrton Senna e Ricardo Patrese que tirou o piloto brasileiro da luta pela vitória – ele saía da pole position – e fez com que Berger abandonasse. Patrese ainda continuou no GP e com boa hipóteses de vitória, que acabaria na volta 51 quando o motor Renault de sua Williams falhou. Senna completou a corrida na 11ª posição com duas voltas de atraso para o vencedor.

Para a Ferrari foi um dia de calar os críticos de seu novo câmbio: o forte calor do verão carioca foi um teste e tanto para o novo sistema do Ferrari 640 que aguentou bem e deu a oportunidade de Mansell chegar a vitória logo na sua estreia pela equipe italiana. Foi algo surpreendente e que deixou os italianos esperançosos, já que em todos os testes feitos até ali o câmbio sempre apresentou algum problema – e por ironia do destino, foi a primeira vez que o carro aguentou uma distância completa de uma corrida. Foi o melhor momento para dar tudo certo.

Alain Prost tinha ritmo para alcançar a vitória, mas os pneus do Mclaren não aguentaram e ele ficou em segundo. Mauricio Gugelmin foi o grande nome daquele dia em Jacarepaguá ao levar o March Leyton House ao terceiro lugar, conquistando seu primeiro pódio.

Nigel Mansell completa 68 anos hoje.


quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Foto 1007: Richie Ginther, GP de Mônaco 1960

 


Um dupla estreia... Richie Ginther marcando o seu início na Fórmula-1 no GP de Mônaco de 1960, onde ele ficou responsável pela também estreia da Ferrari 246P, a primeira da casa de Maranello a usar motor central. 

Foi o primeiro passo de Enzo Ferrari em largar das amarras dos carros com motor dianteiro para aquela nova sensação que eram os pequeninos carros de motor central. O carro foi desenvolvido arduamente por Phil Hill, Richie Ginther - por quem seus amigos sempre elogiaram pelo ótimo trabalho como piloto de testes bastante intuitivo - e pelo piloto de testes da Ferrari Martino Severi. Relatos da época indicavam que a Ferrari havia adquirido um Cooper para melhor entender a dinâmica daquela nova era que estava se iniciando na categoria - e que já havia rendido um título para Jack Brabham em 1959 com a mesma Cooper. 

Apesar da novidade, a Ferrari não deixou de lado suas raízes ao levar três modelos D246 de motor dianteiro para Cliff Allison, Phil Hill e Wolfgang von Trips. Na corrida, vencida por Stirling Moss com o Lotus 18 de Rob Walker - nesta que foi a primeira vitória da Lotus na categoria - Phil Hill terminou em terceiro, Ginther foi o sexto e von Trips o oitavo. O desenvolvimento do Ferrari 246P continuou por aquela temporada, servindo como importante base para o carro que dominaria a temporada de 1961 com louvor: o Ferrari 156.

Richie Ginther disputou três provas pela Ferrari em 1960, conseguindo terminar todas (duas vezes sexto lugar em Mônaco e Holanda, e um segundo lugar na Itália), e ainda fez uma tentativa pela Scarab para o GP da França, mas não conseguindo a qualificação. Ele marcou oito pontos ao todo naquele ano de estreia. 

O piloto californiano, que foi responsável pela primeira vitória da Honda na Fórmula-1 - e sua também - em 1965 no GP do México, faria 91 anos hoje.  

segunda-feira, 19 de julho de 2021

GP da Grã-Bretanha - Uma efervescente Silverstone

 

A largada de Hamilton e Max em Silverstone: um show com desfecho polêmico
(Foto: Motor Sport Magazine)

Uma coisa que parece não ter ficado claro para o fã do automobilismo, em especial o da Fórmula-1, é que dois pilotos não vão baixar a guarda quando algo estiver em jogo - e isso só piora quando estes dois são talentosos e com arrojo acima da média. O que foi visto em Silverstone apenas confirmou os temores que eram cantados pelos quatro cantos do mundo quando perceberam que a batalha este ano entre Lewis Hamilton e Max Verstappen seria o centro das atenções. A esperança de um enrosco entre os dois foi esperada nos últimos GPs, com direito a Zak Brown, o homem forte da Mclaren, endossar o coro de que os dois oponentes iriam se encontrar em algum momento neste ano - e com Christian Horner botando panos quentes. E os temores se confirmaram...

É claro que havia um cenário impressionante para tal situação: cinco provas sem vencer, onde a Mercedes teve apenas o GP francês como melhor palco neste meio tempo; um punhado de melhorias no W12 para tentar desafiar a Red Bull; uma volta de qualificação para a Sprint Race de tirar o fôlego, que fez a torcida entrar no clima; um Silverstone lotado, dando uma vida para o espetáculo. Eram ingredientes perfeitos para um Hamilton em estado de êxtase puro após aquele fabulosa volta, mas que acabou levando um balde de água fria quando se deparou com um Max muito decidido ao vencer a inovadora Sprint Race após uma bela largada. Mas era apenas uma pequena batalha no meio da guerra. 

A largada dos dois para a corrida foi algo alucinante, com Lewis partindo para a batalha contra Max sem nenhuma cerimônia com direito a quase se tocarem no meio da reta que antecede a icônica Woodcote. Apesar de Max ter vencido aquela disputa, Lewis continuou a atacar, se beneficiando da melhor velocidade de reta do Mercedes para chegar junto do holandês na antiga reta dos boxes e mergulhar por dentro, surpreendendo Verstappen. Como dois bons gladiadores que não fogem da briga, a Copse foi determinante para o desfecho que todos esperavam: Lewis emparelhou, mas tirou o pé justamente quando Max fechou a porta e o toque aconteceu, com Verstappen indo direto para a barreira de pneus. O acidente foi forte, batendo os 51G de força e deixando o piloto da Red Bull zonzo a ponto de ir para o hospital local para melhor avaliação. Mais tarde foi liberado. 

É dificil apontar quem foi o culpado - apesar dos fãs exaltados dos dois lados apontarem o dedo para um e para outro - mas a verdade é que a oportunidade vista por Lewis em tentar vencer em sua casa não seria desperdiçada. E o acidente foi apenas o resultado de dois caras que estão numa batalha intensa, não apenas pelas vitórias nas corridas, como também pelo campeonato. 


Uma vitória e tanto

A grande conquista de Lewis em Silverstone

Lewis Hamilton sempre exaltou a enorme energia vinda do publico que, de fato, estava apoiando o inglês neste final de semana de uma forma bem interessante - talvez até mais do que em outros anos. Com a retomada da prova ele precisou lidar com um impressionante Charles Leclerc, que havia assumido a liderança após o enrosco dos dois rivais e largado na frente na segunda largada parada. 

Charles esteve bem e manteve-se forte na liderança com uma diferença boa para Lewis que chegou beirar os três segundos, mas com o inglês descontando o atraso logo depois. Neste período, Lewis já sabia da punição de dez segundos que deveria pagar e quando o fez na sua parada de box. Ele voltou em quarto e foi recuperar o terreno ao ultrapassar Lando Norris antes da Copse; ter a vida facilitada por Valtteri Bottas no final da Hangar Straight - o que é totalmente normal e compreensivel, visto a oportunidade que esta corrida reservava - e depois descontar uma desvantagem de oito segundos em dez voltas para ultrapassar Charles na... Copse, numa manobra parecida com a que fizera com Max, mas com o piloto da Ferrari deixando um algum espaço para isso. Lewis ainda abriria três segundos nas duas últimas voltas para vencer uma corrida bastante atribulada e emotiva para o heptacampeão, que chegou ao oitavo triunfo no circuito inglês. Uma festa enorme, com direito a uma volta com a bandeira britânica e com a torcida indo ao delírio com um Lewis Hamilton num momento de pura emoção.

Não podemos deixar de destacar a ótima corrida de Leclerc que chegou ter boas hipóteses de vencer, mas com um carro inferior essa chance se esvaiu frente um inspirado Lewis; Lando Norris mais uma vez mostrando a sua classe de sempre e levando o Mclaren próximo do pódio; Daniel Ricciardo fazendo uma bela corrida e aparentando estar se encontrando na Mclaren; e Fernando Alonso, que já havia feito uma prova e tanto na Sprint - com destaque a sua mega largada, pulando de 11º para 5º na primeira volta - e repetindo um desempenho bem sólido no domingo, mostrando que a sua readaptação está quase completa na Fórmula-1.

Os acontecimentos de hoje em Silverstone podem desencadear uma série de situações, desde um Hamilton fortalecido até um Max ensandecido em busca por uma vingança após todo esse imbróglio na Copse - como também pode não dar em nada, com a Red Bull e Max voltando a forma a partir da Hungria. 

Mas de toda forma, a discórdia que já havia estourado entre as duas equipes (Red Bull e Mercedes), chegou de vez entre os dois principais favoritos ao título. As próximas provas serão bem interessantes. 

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Foto 993: Chico Landi, Daily Mail Trophy 1952

 

(Foto: Alamy Stock)

Muita, muita água... Chico Landi com o Ferrari 375 durante o II Daily Mail Trophy realizado em Boreham, no ano de 1952.

Essa prova foi realizada em 2 de agosto, um dia antes da realização do GP da Alemanha que era a sexta etapa do Mundial de Fórmula-1. O circuito de Boreham era uma antiga base área - assim como Silverstone e outras que tornaram-se pistas de corrida pela Inglaterra - e tinha 4.8 km. A prova teve um total de 67 voltas. 

Este evento foi dominado pela Ferrari de Luigi Villoresi, mas isso não privou que outros pilotos mostrassem a sua finesse. Mike Hawthorn e Chico Landi foram estes pilotos que estiveram numa tarde inspirada em Boreham, brilhando tanto na pista molhada quanto na seca. 

Villoresi marcou a pole e sustentou a liderança desde a largada - que foi feita sob chuva - e a principio o seu principal opositor parecia ser Jose Froilan Gonzalez, que estava a serviço da BRM nesta corrida. Mas o argentino largou mal e caiu para quarto e na tentativa de voltar ao segundo lugar acabou batendo num poste na terceira volta, pouco tempo depois de ultrapassar Landi na disputa pelo terceiro lugar e quando tentava alcançar Louis Rosier que ia em segundo. 

Enquanto que Villoresi continuava intocável na liderança, Rosier e Landi travavam boa disputa pelo segundo lugar e isso durou até o momento que Louis achou alguma aderência na pista molhada e começou a se afastar de Chico. Foi neste momento que o talento de Mike Hawthorn começou  a aparecer: na quarta colocação, o inglês passou a imprimir bom ritmo e em poucas voltas já estava no encalço de Landi e Rosier, ultrapassando-os nas voltas seguintes. 

O melhor rendimento de Hawthorn na pista molhada dava nas vistas e ele já estava alcançando Villoresi, que não tinha mais o mesmo rendimento de outras voltas - e isso ficou claro quando perdeu a liderança para Mike na volta 42 e já estava perdendo terreno para Rosier e Landi. 

Apesar da grande exibição, a chuva parou e a pista começou a secar rapidamente e isso passou ajudar Luigi Villoresi que recuperou a liderança na volta 53. Mike não pode se defender do maior poderio das Ferrari 375 ficando a merce de Rosier e Landi, que continuavam a batalhar intensamente - mas o francês teve problemas na ingnição e caiu para quinto.

Chico Landi livrou-se de Rosier, ultrapassou Hawthorn e foi a busca de Villoresi nas últimas sete voltas, tornando-se o piloto mais veloz do momento. Porém ele não teria tempo para descontar os dez segundos que separavam ele de Luigi, com a vitória ficando para o italiano - mas Landi teve um problema na parada de box, onde um dos pneus ficou solto na pista de rolamento e atrasando o trabalho. Muitos acreditam que, se caso não tivesse esse problema, Chico teria ótima chance de conquistar o Daily Mail Trophy. Mike Hawthorn ainda teria a sua recompensa ao terminar em terceiro. 

Chico Landi completaria 114 anos hoje.

 

terça-feira, 13 de julho de 2021

Foto 991: Alberto Ascari, GP da Grã-Bretanha 1953

 

Alberto Ascari durante o GP britânico de 1953
(Foto: irishmirror)


Que excitante havia sido aquela etapa da França de semanas atrás. O confronto entre a velha guarda (Fangio) contra a nova geração (Hawthorn), tinha ganhado contornos épicos a ponto daquela corrida, por conta do duelo destes dois pilotos, ser chamada de "Corrida do Século". E não era para menos: com aquela disputa visceral com várias trocas de posições nas últimas trinta voltas, o público presente tinha sido brindado com uma exibição de gala da mais alta qualidade. Ferrari e Maserati tinham ficado no mesmo nível, o que facilitou esse duelo assim como a disputa pela terceira posição entre Gonzalez e Ascari onde o argentino acabou levando a melhor.

Agora as atenções estavam voltadas para Silverstone, cujo lugar, com uma boa série de retas, seria um lugar perfeito para que o duelo entre a irmandade do esporte a motor italiana pudesse dar continuidade a grande disputa. E para os ingleses seria uma boa oportunidade para poderem torcer por seu herói Mike Hawthorn.

Mesmo sabendo de suas limitações frente a Ferrari e Maserati, as equipes inglesas foram em peso para o seu GP caseiro ao colocar um bom contingente para esta etapa: a HWM levou quatro modelos 53 para Lance Macklin, Peter Collins, Duncan Hamilton e Jack Fairman; a Connaught teve cinco carros, sendo três modelos UMA oficiais que ficaram sob cuidados de Principe Bira, Ken McAlpine e Roy Salvadori. Os outros dois Connaught particulares eram de Tony Rolt – inscrita por Rob Walker, que tornaria-se uma das mais populares equipes particulares da categoria até os anos 70 – e outro pela Ecurie Ecosse, que foi pilotada por Ian Stewart; a Cooper não entrou como equipe oficial, o que prejudicou a participação de Stirling Moss por não terem tido tempo de recuperar o carro danificado em Reims, mas isso não impediu a equipe de ter seis carros inscritos de forma particular: Ken Wharton e Bob Gerard inscreveram dois T23 em seus nomes, enquanto que a Ecurie Ecosse alinhou um T20 para Jimmy Stewart (irmão de Jackie Stewart); Alan Brown pilotou um T23 da  RJ Chase; Peter Whitehead esteve com um T24 da Atlantic Stable; e Tony Crook inscreveu por conta própria um T20. Todos o Cooper inscritos utilizavam motores Bristol. 

A Ferrari alinhou o habitual modelo 500, o que jogou por terra a expectativa criada de que a equipe alinharia um novo carro para esta etapa inglesa. Além destes modelos 500 para Alberto Ascari, Luigi Villoresi, Giuseppe Farina e Mike Hawthorn, Louis Rosier levou o seu já tradicional Ferrari Azul inscrito pela sua equipe Ecurie Rosier. A Maserati continuou com seu modelo A6GCM e seu esquadrão de sempre com os argentinos Juan Manuel Fangio, Jose Froilan Gonzalez, Onofre Marimon e o italiano Felice Bonetto. Emmanuel de Graffenried alinhou o quinto Maserati de forma particular. 

Também era esperado um passo da Gordini que pretendia aproximar-se mais da “Irmandade Italiana”, onde os boatos indicavam um novo motor L8 para a equipe francesa a partir daquele Grande Prêmio. Mas a Gordini apareceu em Silverstone com o seu tradicional motor L6 para empurrar o Tipo 16. Ao contrario de Reims onde levaram quatro carros, apenas três foram inscritos para Jean Behra, Harry Schell e Maurice Trintignant. Louis Chiron voltou a inscrever-se com o seu OSCA modelo 20, mas o experiente piloto de Mônaco não compareceu para aquele GP britânico.

Chuva e pole para Ascari

Estes treinos em Silverstone foram marcados pelas fortes chuvas que caíram no circuito desde a quinta-feira, quando os trabalhos iniciaram. Peter Whitehead até ensaiou uma zebra ao fazer o melhor tempo na quinta com o seu Cooper, conseguindo colocar dois segundos de vantagem sobre Mike Hawthorn. Mas a possível zebra desapareceria na sexta quando, ainda com chuva, Ascari aumentou o ritmo e se impôs para cravar a pole com uma marca um segundo melhor que a de Froilan Gonzalez, que fechou em segundo. Mike Hawthorn venceu a disputa contra Fangio e se colocou em terceiro, dois décimos mais lento que Gonzalez – o que lhe valeu uma série de cumprimentos dos integrantes da Ferrari e um abraço do chefe da equipe Nello Ugolini. Fangio, Farina, Villoresi e Marimon fecharam as sete primeiras posições habituais para as duas equipes italianas. Os Gordini de Trintignant e Schell apareceram seguida e Tony Rolt, com seu Connaught, fechou os dez primeiros. Whitehead acabou ficando em 14º no  grid, sendo o melhor dos particulares.

Ascari vence de ponta a ponta

Apesar de um inicio impressionante de Fangio, que pulara de quarto para primeiro assim que contornou a Copse, este não conseguiu dar continuidade na liderança da prova quando escapou e caiu na tabela de classificação. Assim foi o único momento onde Alberto Ascari não foi líder neste GP bretão, conseguindo maximizar o poder de fogo do Ferrari 500 naquele dia a seu gosto. Porém não teve tranquilidade por um tempo, onde Gonzalez esteve em seu encalço por uma série de voltas e com grandes chances de assumir a liderança, mas sempre com Alberto respondendo as ações do argentino. Foi uma reedição do duelo que ambos tiveram em Reims semanas antes, onde Froilan Gonzalez acabou por superar o italiano ao desalojá-lo da terceira posição. Mas desta vez era a liderança da corrida que estava em jogo e após uma exibição abaixo do que já era conhecido na França, agora era uma questão de honra para Ascari mostrar que ainda tinha as coisas sobre controle. Trocaram as melhores voltas por um bom tempo até que o Maserati do argentino apresentou vazamento de óleo, o que lhe valeu uma bandeira de box. Gonzalez foi a contragosto tanto que chegou discutir com os comissários sobre tal decisão, o que lhe custou duas voltas de desvantagem para Ascari. Froilan Gonzalez conseguiu recuperar-se na corrida para terminar em quarto.

Outro de quem se esperava muito – principalmente a torcida local – e não conseguiu grande coisa, foi Hawthorn. Depois de uma qualificação sensacional onde ganhou ainda mais a confiança da Ferrari, o piloto inglês teve um sábado atribulado que iniciou ainda na largada ao despencar de terceiro para sexto. As coisas piorariam quando ele rodou forte na Woodcote e caiu na classificação, mas o golpe final nas suas pretensões para o seu GP caseiro foi quando chegou nos boxes e descobriu um vazamento de  óleo que acabou sendo o causador de sua rodada na volta anterior. A exemplo de Gonzalez, Mike viu sua oportunidade arruinada ao perder três voltas, mas conseguiu retornar ao GP para terminar em quinto após um belo duelo com Tony Rolt, que vinha em bom ritmo com seu Connaught e enfrentou de igual para igual Mike. Porém é preciso salientar que Hawthorn acabou herdando duas posições que podiam tê-lo deixado de fora da casa dos pontos: Marimón estava em boa forma nesta corrida em Silverstone, brigando fortemente contra Farina pela quinta posição já havia umas voltas quando o motor do seu Maserati estourou. Quase que no mesmo instante, foi a vez de Villoresi dar adeus ao GP por problemas no eixo do Ferrari. Isso possibilitou a ida de Froilan Gonzalez para terceiro, mas que foi logo superado por Farina.

Além de Tony Rolt, outro destaque no pelotão intermediário foi Jimmy Stewart: o piloto escocês foi muito bem na sua primeira aparição no campeonato mundial, mostrando que não era apenas o seu macacão xadrez que chamava atenção. Jimmy, que havia diputado freneticamente contra Bira as posições naquele GP e vencido o desafio,  ia a frente de Felice Bonetto, que tivera de fazer três paradas nos boxes – coisa que alguns fizeram, no máximo, apenas uma parada para reabastecimento – quando acabou rodando na curva Copse no momento que a chuva era forte em todo circuito, já no final do GP e ficando de fora.

Como já foi mencionado, a chuva que havia caído nos treinos de quinta e sexta voltou logo no final da corrida. Enquanto que muitos diminuíram a velocidade quando a tempestade – acompanhada por granizo – chegou, Ascari continuou apertando o ritmo até conseguir abrir uma diferença de um minuto sobre Fangio que havia herdado a posição de Gonzalez quando este teve o seu vazamento de óleo. Mas o argentino não chegou ser uma grande ameaça a Alberto, o que facilitou ainda mais o trabalho do italiano.

Ascari passou para vencer o GP da Grã-Bretanha seguido por Fangio – que foi o único a não levar volta de Alberto – Farina, Gonzalez e Hawthorn fechando as posições pontuáveis. Bonetto conseguiu ainda uma sexta colocação enquanto que Principe Bira levou o Connaught ao sétimo lugar, sendo o melhor dos carros ingleses. O melhor entre os particulares foi Ken Wharton que terminou em oitavo com o Cooper.

Alberto Ascari completaria 103 anos hoje.

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Foto 988: Adeus, Carlos Reutemann

 

Apesar do semblante sempre sério e por muitas vezes melancólico, tudo isso desaparecia quando
o argentino estava em ação

Alguns pilotos nascem com o signo do azar ou das más escolhas em sua vida e isso impera por toda sua carreira, como se fosse uma penalização por coisas feitas em encarnações passadas. Na Fórmula-1, especificamente, tivemos um dos casos mais conhecidos que foi o de Stirling Moss: o britânico dispensa maiores apresentações, já que foi um dos mais brilhantes da década de 1950 e início dos anos 1960. Mas ele carregava o azar de ter pilotado por boa parte da primeira década da categoria ao lado de Juan Manuel Fangio e ter perdido para o "El Chueco" em 1955, 1956 e 1957. Com a aposentadoria de Fangio no ínicio de 1958, parecia que, enfim, ele entraria para o grupo dos campeões até que viesse a perder o título de 1958 para seu compatriota Mike Hawthorn que havia feito um campeonato muito mais regular que o de Moss, mesmo que Stirling tenha vencido quatro provas contra uma de Mike. Infelizmente ele não teria mais nenhuma chance clara de ser campeão do mundo, apesar de seu enorme talento estar sempre em evidência com uma pilotagem elegante, conseguindo vitórias magistrais como em Mônaco e Alemanha no ano de 1961. O acidente em Goodwood 1962 encerrou de vez a chance de Moss chegar ao seu título mundial. Guardada as devidas proporções, Carlos Reutemann era como Stirling Moss: um piloto de grande excelência com talento suficiente para ser campeão uma vez ou até mais, mas que levava consigo o signo dos azares e más escolhas.  

Desde a sua aparição impressionante em Buenos Aires 1972, na prova de abertura do mundial daquele ano, quando ele foi o pole, deixou uma boa impressão do que o argentino poderia fazer ao volante de um carro mais competitivo. A sua evolução na Brabham no decorrer dos anos resultou em quatro vitórias e o terceiro lugar no mundial de 1975, mas a troca pelos motores da Alfa Romeo a partir de 1976 acabou minando qualquer chance tentar, ao menos, disputar diretamente o titulo mundial. Isso resultou apenas em três pontos em 1976 e uma saída para a Ferrari a partir do GP Itália - que acabou sendo a sua última corrida naquela temporada. 

Mas estas escolhas de Reutemann acabariam sendo a sua marca registrada, não por serem as mais corretas, mas pelo fato de serem feitas em momentos que não lhe dariam as reais chances de vencer o mundial: a equipe da Ferrari ainda estava voltada a Niki Lauda em 1977, o que resultou no segundo campeonato para o austríaco, mas a partir do momento que ele saiu da equipe ao final daquele ano Reutemann passou a ser o primeiro instantaneamente. Apesar do Ferrari 312T3 de 1978 ser um bom carro e em situações normais até que poderia levá-lo ao olimpo, Carlos encontrou pela frente uma afinadíssima Lotus com seu modelo 79 que arrasou aquele mundial e colocou Mario Andretti e Ronnie Peterson - este de forma póstuma - nas duas primeiras posições do mundial de pilotos, enquanto que o argentino, que dominara seu jovem companheiro e futura estrela na categoria Gilles Villeneuve, ficava em terceiro repetindo o mesmo resultado de três anos antes. 

A sua estadia na Ferrari deteriorou-se e em 1979 ele mudara para a Lotus, então campeã, mas a sua renovada esperança em ser campeão esbarrou num fraco desempenho do repaginado Lotus 79 que foi superado de forma rápida pelos rivais em pouco tempo. Isso significava que ele precisaria de novos ares para tentar seu tão sonhado título - que ironicamente acabou ficando com Jody Scheckter que o substituiu na Ferrari...

A Williams era a equipe do momento, mas ao mesmo tempo o território de Alan Jones: em 1980 Carlos foi o terceiro, apenas comboiando a batalha entre Jones e Nelson Piquet pelo título daquela temporada que acabou ficando para o bravo australiano. Mas 1981 seria o ano onde Carlos Reutemann teria a sua grande oportunidade, a mais real entre todas que ele teve em quase dez anos de categoria. Porém, a sua desavença com Alan Jones a partir do chuvoso GP do Brasil, onde ele ignorou veementemente as ordens da Williams em inverter as posições com Jones, acabaria por selar seu destino naquela temporada: o final melancólico do argentino no derradeiro GP daquele ano, realizado no estacionamento do Caesar's Palace, foi a amostra de como ele ficou sozinho no naquele embate que foi criado dentro da equipe Williams após os eventos de Jacarepaguá. Mesmo que sua reclamações sobre o péssimo carro que tivera naquele último GP, onde o câmbio não estava em melhores condições, a sua queda na classificação - que iniciara da melhor forma possível com a obtenção da pole - foi enterrando suas chances de conquistar o campeonato que ficou nas mãos de Nelson Piquet. E, para piorar, seu desafeto Alan Jones venceu tranquilamente com direito a grande festa por parte da Williams - e este sentimento só pioraria mais quando, se olharmos para o inicio do mundial, a corrida realizada em Kyalami, que deveria ser a prova de abertura e foi tida como extra-oficial, Reutemann venceu e teve Piquet em segundo e isso lhe daria dois pontos à frente do brasileiro e garantiria seu título. Um azar e tanto...

A sua retirada repentina logo após o GP do Brasil foi uma tremenda surpresa para todos, mas logo depois ele explicaria: "Achei que estava me recuperando, mas me senti cansado. Começar na mesma equipe não me motivou. Eu estava cercado pelo mesmo ambiente em que não me sentia confortável. Eu estava olhando para o rosto de (Frank) Williams, para o de (Patrick) Head, e inevitavelmente eu estava vendo Las Vegas (derradeira etapa de 1981). Parar de correr parceia a melhor coisa para mim". Como em algumas de suas atitudes anteriormente na categoria, aquele seu rompante acabaria por dar chance ao seu novo companheiro Keke Rosberg chegar ao título daquele ano por conta da melhor regularidade numa temporada tão complicada e aberta como foi aquela de 1982. Para muitos, caso Reutemann tivesse ficado, ele teria reais chances de chegar ao título. Coisas da vida...

Carlos Reutemann foi um dos mais populares de sua geração. Esteve nas melhores equipes, mas nem sempre no melhor momento dessas ou, então, tendo que travar alguma batalha com o "o dono do pedaço" nestas. Mas as suas qualidades nunca foram postas em dúvida: sempre muito técnico, regular e veloz quando era preciso, ele se destacou numa era onde a Fórmula-1 começava a se transformar passando de uma época romântica para outra mais profissional, técnica, ambiciosa, internacional, algo como um adolescente que acabara de virar adulto e estava pronto para ganhar o mundo. E Reutemann ainda estava em forma no meio desta transformação toda.

Apesar deste título nunca ter chegado, o carinho conquistado pela torcida argentina, que via nele um sucessor de Juan Manuel Fangio, nunca arrefeceu. Talvez aí tenha morado o seu principal titulo, de ter sido respeitado e reconhecido como um dos grandes da Fórmula-1 por todo período que esteve presente. 

Carlos Reutemann faleceu no último dia 7 de julho aos 79 anos, após uma longa batalha contra um câncer no fígado e também de uma hemorragia no estomago. 

terça-feira, 6 de julho de 2021

Foto 985: Luigi Musso/ Olivier Gendebien, Targa Florio 1958

 

(Foto: Bernard Cahier)

A belíssima foto de Bernard Cahier do Ferrari 250 TR conduzido por Luigi Musso durante o Targa Florio de 1958. Ele dividiu a condução do Ferrari com o belga Olivier Gendebien. 

A Targa Florio retornava ao calendário do Mundial de Carros Sport após três anos de recesso, uma vez que as provas de estrada na Itália continental estavam proibidas - um reflexo do desastre em Le Mans 1955. 

Para esta edição - a 42ª da história - a Ferrari escalou quatro 250 TR para as duplas Mike Hawthorn/ Wolfgang von Trips, Luigi Musso Olivier/ Gendebien, Phil Hill/ Peter Collins e Gino Munaron/ Wolfgang Seidel. Os principais rivais para aquele ano remontavam a Aston Martin, que levou apenas um DBR1 para Stirling Moss/ Tony Brooks, e a Porsche que inscreveu três modelos diferentes: o 356A Carrera para Alfonso Tiele (que não participou), um 550 RS para Giorgio Scarlatti/ Edgar Barth e um 718 RSK que foi dividido entre Jean Behra e Giorgio Scarlatti que faria, assim, uma dupla jornada nos carros alemães.

A prova foi um passeio do Ferrari #106 de Musso/ Gendebien, onde a dupla parecia estar alheio a tudo enquanto que seus companheiros sofriam dos mais diversos problemas: von Trips bateu seu Ferrari e precisou fazer um longo caminho até chegar aos boxes para os reparos; Hill escapou em um dos trechos chegando a cair numa vala, onde perdeu bastante tempo; Munaron/ Seidel abandonaram na penúltima volta. 

Se os outros Ferrari apresentaram ou enfrentaram problemas, Musso fez quatro primeiras voltas num ritmo alucinante até entregar o carro para Gendebien. A grande ameaça a dupla era por conta do Aston Martin conduzido por Moss, que estava no encalço ao realizar, assim como fizera Musso, voltas alucinantes - com direito a cravar a melhor volta na ocasião com a marca de 42 minutos e 17s -, mas o câmbio do DBR1 não aguentou e quebrou na quarta volta. 

A condução de Gendebien foi precisa, por mais que não fosse brilhante como fizera Musso, mas foi o suficiente para deixar o mais longe possível o Porsche de Jean Behra que fazia uma grande prova até ali ocupando o segundo lugar. A boa vantagem construída por Luigi e muito bem administrada por Olivier, dava uma grande tranquilidade para a dupla. 

Mas numa corrida longa como essa, é quase impossível realizá-la sem ter um problema: quando faltava três voltas para o fim, Musso teve um vazamento de fluído de freios o que o fez diminuir bastante o ritmo por conta da falta de freios - chegando perder até quatro minutos em uma volta para Behra. Ele foi aos boxes, fez os reparos e entregou o carro para Gendebien que ainda retornou com três minutos de avanço. Nas voltas restantes, o piloto belga voltou ao ritmo e ampliou de três para cinco minutos a vantagem sobre Behra/ Scarlatti para conquistar uma grande vitória. A terceira posição ficou para a Ferrari de Von Trips/ Hawthorn. 

Hoje completa exatos 63 anos da morte de Luigi Musso, que aconteceu durante o GP da França de 1958 realizado em Reims.

92ª 24 Horas de Le Mans - Uma Epopéia em La Sarthe

A segunda da Ferrari após o seu retorno à La Sarthe (Foto: Ferrari Hypercar/ X) Começar um texto sobre algo tão fantástico não é das melhore...