segunda-feira, 15 de junho de 2015

83ª 24 Horas de Le Mans: E os donos da casa voltaram

Me recordo de uma frase dita por Tony Kanaan durante uma matéria que foi exibida antes das 500 Milhas de Indianápolis deste ano, onde ele dizia que “que aquela pista tinha vida própria. Ela escolhia quem deveria vencer naquele ano”. De certa forma ele tem razão: quantas foram as vezes que vimos um piloto estar com a vitória garantida no Brickyard e simplesmente por um problema mecânico ou acidente, perdê-la? Foram muitas até. Acho que essas pistas míticas, como é o caso de Indianápolis, costumam pregar essas peças tendo a participação ativa dos “deuses do automobilismo” na escolha de quem deve receber todas às glórias da conquista. A pista de Sarthe, a exemplo de sua “irmã mais velha”, tem esse dom de nos surpreender.
Olhando friamente esta edição, quem poderia apostar algo num trio em que dois deles visitavam a pista francesa pela primeira vez? Certamente as apostas repousavam sobre os mais velhos: o Porsche #18, com aquela fabulosa pole feita por Neel Jani, nos deixava com a dúvida se aquele desempenho ultra veloz poderia repetir-se em algum estágio de um certamente tão longo e cheio de armadilhas que é esta prova; o outro Porsche #17, o vermelho que remete ao legendário 917K de 1970, o primeiro Porsche a vencer na geral em Le Mans, carregava a experiência do ano anterior e um vencedor da prova (Timo Bernhard). Por outro lado, o favoritismo da Audi era forte, principalmente por conta do carro #7 com a trinca atual vencedora (Marcel Fässler/ André Lotterer/ Benoit Tréluyer). Toyota, a atual campeã do mundo apresentava-se abaixo da média e a Nissan... bem, as condições do seu novo protótipo são bem criticas descartando qualquer chance de lutar por algo melhor. Ou seja, a luta dar-se-ia entre as duas fábricas alemãs.
A classificação tinha sido um show a parte por conta da Porsche: simplesmente três carros tomando conta das três primeiras posições, dando a entender que criariam uma “barreira” a qual a Audi e os demais pretendentes deveriam transpor caso quisessem assumir a liderança. A volta de Neel Jani tinha sido mágica: cravando um tempo absurdamente veloz (3’16’’8), a melhor para esta era dos LMP1 em Sarthe e uma das melhores de todos os tempos do traçado, entrando para o top 10 deste quesito. Os outros dois Porsches acompanharam o ritmo e fizeram bons tempos, a ponto de apenas administrarem essas marcas na quinta-feira. Isso deu a Porsche a tranquilidade de trabalhar no ritmo de prova, testando alguns stints para a corrida. A Audi pouco se aproximara, mas a carta na manga para os dois de corrida já estava guardada, que era puramente estratégia baseada nos pneus, cujo trunfo deste R18 e-ttron Quattro é na economia dos
pneus frente a sua co-irmã. E tinha sido isso, aliado a erros de estratégia da Porsche e pilotagem de seus pilotos, que garantiram os dois sucessos para fábrica das quatro argolas nas duas corridas iniciais. Se para uma sobrava a manha de Sarthe, para a outra restava apenas a fabulosa história que tinha sido construída sobre as suas 16 vitórias anteriores. A Porsche tinha que dar uma resposta a si própria: recuperar-se de erros que tinham roubado deles vitórias em Silverstone e Spa, era uma questão de honra e Le Mans é um palco perfeito para este tipo de situação.
A corrida estava a ser um clássico do endurance: enquanto que a Porsche dominava as ações com o #17 e #18, a Audi subia com seu ataque em “bloco”, com o #7, #8 e #9 a atacar o #19 e superá-lo rapidamente. Conforme as horas foram passando, ficava claro que o #17 da Porsche parecia ser o mais tarimbado para guiar a equipe ao triunfo, e essa idéia se reforçou quando a Audi começou a enfrentar seus primeiros problemas: enquanto que o #7 voltava aos boxes alguns giros depois de seu pit-stop para trocar um pneu furado, num momento que estava prestes a assumir a liderança, o #8 acabou acidentando-se na parte de Indianápolis num trecho que deveria estar em bandeira amarela (slow zone) e que os comissários se atrapalharam ao sinalizar com a verde. Com os carros – em boa parte os GTs – desacelerando, Duval passou por uma Ferrari por fora e bateu de frente, danificando totalmente a dianteira. O carro foi levado aos boxes e alguns minutos depois, devolvido à pista, mas com a prova totalmente comprometida.
O período de Safety Car foi importante para que os carros se juntassem e ao dar a relargada, o duelo entre o Porsche #17 e o Audi #9 levantou a torcida nas arquibancadas com uma disputa visceral entre estes dois carros. Para Filipe Albuquerque, no comando do Audi #9, foi um momento brilhante: aproveitando-se bem do vácuo do #17, conseguiu quebrar naquele momento o recorde de melhor volta para aquela pista que já durava 44 anos, e que pertencia à Jackie Oliver. Mais tarde esse recorde voltaria a ser quebrado pelo Audi
#7 com Lotterer ao volante, ao descer dos 3’17”6 de Albuquerque para 3’17”4. Infelizmente problemas mecânicos e outros contratempos tirariam qualquer chance destes dois Audis de vencer: o #9 teve problemas com seu sistema híbrido e viu suas chances caírem por terra; para o #7, a carenagem solta também atrasou bastante o passo deste trio que tentava o seu quarto triunfo em Sarthe. De se elogiar sempre a pilotagem de André Lotterer, que desde um bom tempo tem se mostrado o melhor piloto de endurance do momento. A tocada limpa e precisa, entremeada com velocidade pura e cadenciamento – quando é preciso – tem sido a alma desse trio, sinceramente. O trabalho do trio do Audi #9 também precisa ser elogiado ao máximo, ainda mais Filipe Albuquerque com uma pilotagem muito precisa. Não foi de se estranhar a alta expectativa que foi criada em torno deles neste terceiro carro, especialmente montado para Le Mans, pois o ritmo estava excelente e tinham boas chances de disputar e sair com a vitória.
A Porsche também teve lá os seus problemas: o #17 parecia intocável e num passo firme para abrir caminho em meio aos retardatários e isso foi o que acabou matando as chances deste trio, quando Webber fez uma ultrapassagem em bandeira amarela e teve que pagar um penalty que o jogou um pouco para trás na classificação. Enquanto isso, o #18 enfrentava problemas – aparentemente de freios – que fez o carro escapar duas vezes para fora da pista e deixar as coisas complicadas para aquele trio. A surpresa para a Porsche foi o #19 ter um ritmo excepcional em todas as fases da prova: enquanto que o gêmeo #17 e #18 travava duelos contra os três Audis, este ficava apenas acompanhando de perto sem nunca perder contato com os ponteiros, esperando exatamente a sua vez na corrida. Quando assumiu a liderança ainda na nona hora, eles não largaram mais e entrando numa zona mais fria que é a noite e madrugada, igualaram a batalha com a Audi em consumo de pneus e isso deixou seus pilotos mais à vontade para ditar o ritmo. O trio mandou a bota – especialmente Earl Bamber no meio da madrugada – que deixou o #19 em boa condição de administrar a vantagem e apenas responder quando fosse preciso. Os problemas na carenagem do Audi #7 os deixou ainda mais perto da vitória, principalmente por estarem
levando uma volta de vantagem sobre o #17 e três sobre o #7. Apenas um desastre tiraria essa conquista. Restou apenas a Nico Hulkenberg assumir o comando e guiar o carro de forma imaculada a uma vitória inédita para os três.
Em relação aos japoneses, coube apenas a decepção: a Toyota nem foi sombra do desempenho que fez ano passado ao fechar em sexto e oitavo (#2 e #1) com oito e nove voltas, respectivamente, de desvantagem para o vencedor. Vencer neste ano, somente com um golpe de muita sorte. A Nissan largou com seus três carros e nenhum completou, nesta que foi um dos maiores papelões da história recente da prova. Despejar altas doses de dinheiro e não desenvolver um protótipo de forma decente para ao menos andar com dignidade próxima as outras fábricas, foi de jogar o nome da Nissan na lama e pisotear.
Para a Rebellion, que estreou seu R-One nesta corrida, foi uma prova mais que tranqüila, pois a ByKolles não ofereceu nenhuma resistência a equipe suíça que venceu entre as particulares na LMP1.

As outras categorias

LMP2

A KCMG dominou amplamente aquela classe, sendo que desde a segunda hora eles assumiram a liderança e não largaram mais. Nicolas Lapierre/ Richard Bradley/ Matthew Howson deram à KCMG a primeira vitória em Le Mans nesta classe e particularmente, para Lapierre, foi a desforra após ter sido dispensado pela Toyota ano passado, tirando dele a chance de ganhar o campeonato junto de Davidson/ Buemi. Ainda tendo visto que o desempenho da Toyota foi bem pífio, o prazer desta sua conquista deve ter sido ainda maior.
A segunda colocação foi da Jota Sport, que enfrentou problemas de câmbio no inicio do certame, conseguiu uma bela recuperação devido, especialmente, a pilotagem de Mitch Evans e Oliver Turvey para abrir caminho na parte final e conseguir o pódio frente ao #26 da G-Drive e o #48 da Murphy Motorsport.
A única equipe que parecia ainda com ritmo para dar combate ao carro da KCMG era o #46 da Thiriet, mas este acabou sendo acertado pelo Aston Martin #99 (com Fernando Rees ao volante) e ficando de fora.

LMGTE-PRO

As disputas nessa classe são sempre o grande atrativo, e neste ano não foi diferente: Ferrari, Corvette e Aston Martin estiveram numa luta brutal pelas primeiras posições e que foram decididas através dos problemas e acidentes que iam tirando os carros de linha.
Para a Corvette acabou sendo uma prova recompensadora após a perca do #63 nos treinos, após o acidente de Jan Magnussen que impossibilitou os reparos no carro. Apesar de um início bem tímido, o trio formado por Oliver Gavin/ Tommy Milner/ Jordan Taylor, foram subindo na classificação aos poucos e os problemas com os rivais mais diretos ajudaram bastante a conseguir uma importante e gratificante vitória para eles e Corvette, que não vencia desde 2011.
A Ferrari perdeu uma corrida que poderia ter sido dela, não fosse os inúmeros problemas que rondaram os #51 e #71 da AF Corse. Enquanto que o #51 se viu envolvido no enrosco do Audi #8 fazendo com que ele fosse ao boxe reparar os danos, voltando bem trás dos seus rivais, o #71 estava em grande forma ao disputar diretamente com a Aston e Corvette a dianteira da prova, mas problemas no motor de arranque atrasaram suas pretensões. Mas a Ferrari tinha ganho um fôlego com o retorno do #51 à disputa e com chances de ameaçar a Corvette, mas problemas com o câmbio forçaram a saída momentânea de Gianmaria Bruni/ Toni Villander/ Giancarlo Fisichella da prova, conseguindo voltar para terminar em terceiro. A segunda posição acabou para a outra Ferrari #71 de Davide Rigon/ James Calado/ Olivier Beretta, numa boa recuperação do trio.
Para a Aston Martin, que estava com ótimas chances de vencer nessa classe, restou apenas a desilusão de ver seus três ficarem de fora por problemas mecânicos - #95 e #97 – e o #99, que estava na disputa direta, ter se acidentado quando Rees estava para ser dobrado pelo #46 da LMP2.
Os Porsches do Team Manthey foram verdadeiros coadjuvantes nesta edição, sem ter lutado pela liderança em momento algum. Enquanto que o #92 foi limado da prova logo no início por uma quebra de motor, o #91 ainda tinha esperanças de beliscar um pódio, mas um vazamento de óleo tirou essa chance deles.

LMGTE-AM

Apesar da forte oposição vindo da Ferrari #72 da SMP Racing, não era de duvidar muito que a vitória não escaparia das mãos do trio Pedro Lamy/ Paul Dalla Lana/ Mathias Lauda. Porém, quando faltavam menos de 50 minutos para o fim, Dalla Lana acabou escapando e batendo forte na curva chicane Ford e tirando a chance de vez de vitória. Coube ao trio do Ferrari #72 – Victor Shaytar/ Andrea Bertolini/ Aleksey Basov vencer a prova.
A segunda colocação ficou com a Dempsey-Proton Racing com seu Porsche #77, guiado por Patrick Dempsey/ Patrick Long/ Marco Seefried, nesta que foi a melhor colocação da equipe em Le Mans.
E a terceira foi da Ferrari #83 da AF Corse com François Perrodo/ Emmanuel Collard/ Rui Águas.

Mais um grande dia para a história de Le Mans

Sem dúvida foi outro grande dia para os inúmeros acontecimentos que já entraram para história dessa grande prova. Um ano após o seu retorno a classe principal, a Porsche nos brindou com uma vitória irretocável de um trio que nem estava entre os favoritos para a conquista dessa corrida. Foi o primeiro carro não diesel a vencer em Sarthe em dez anos.
Por outro lado, ter convivido com a desconfiança da maioria em torno da sua confiabilidade, foi um verdadeiro cala a boca com toda força e competência que é normal de uma equipe alemã. As lágrimas do diretor da Porsche e dos outros integrantes, assim como de Nico Hulkenberg, traduzem e muito todo o trabalho que foi feito até aquele momento. Para a Porsche, um desafio e tanto com este projeto do 919 Hybrid e para os pilotos, uma conquista histórica, particularmente falando.
Enquanto que Nick Tandy era o mais experiente dos três com duas participações em Le Mans, Earl Bamber era um bicampeão da Porsche Super Cup Ásia e assim como Nico Hulkenberg, fazia o seu debut na maior prova de endurance do mundo. As prestações que estes três tiveram a bordo do 919 Hybrid #19 foi de um primor altíssimo: seguraram bem o ritmo no início da prova, ganharam posições conforme os da frente iam tendo problemas e assumiram a liderança no meio da noite para não largar mais, sempre com velocidade pura por parte dos três. Foi um trabalho recompensado com uma inédita conquista para os três: Bamber e Hulkenberg tornaram-se os primeiros pilotos a vencerem as 24 Horas de Le Mans logo na sua estréia – o último tinha sido Aurent Aiello em 1998 com a... Porsche, exatamente na última conquista da marca. E Nico foi o primeiro piloto da F1 em atividade a vencer a prova desde a conquista de Johnny Herbert e Bertrand Gachot na vitória pela Mazda em 1992. Para a Porsche foi a 17ª conquista em Sarthe e no mesmo dia que completa outra data importante para o time de Stuttgart: há 45 anos eles chegavam a primeira vitória no geral em Sarthe, com o 917K de Hans Hermann/ Richard Attwood. Melhor dia para esta conquista, não existe.
A Porsche retoma as chaves de casa e agora é uma forte ameaça ao império conquistado pela Audi nos últimos anos.

Habemus duelo!  

sábado, 13 de junho de 2015

Foto 525: Doze horas depois

E já passamos da metade da prova - faz um tempo já - e a Porsche continua com o seu #19 na liderança da prova, agora conduzido por Earl Bamber. A diferença deles para o segundo, o Audi #9, é de 41 segundos. Mas o carro da Audi deve parar em breve nos boxes e o #7 deve subir, e a sua desvantagem neste momento para o líder é de mais 1 minuto.
Ainda temos um pouco mais de onze horas de corrida, mas aos poucos as coisas começam a se desenhar para um final eletrizante.

Foto 524: Iluminado

E a parte noturna sempre reservando belas imagens, como esta do Ferrari #72 da SMP Racing (Victor Shaytar/ Andrea Bertolini/ Aleksey Basov) que está em segundo na classe LMGTE-AM neste momento, com 22 segundos de atraso para o Aston Martin #98.

Foto 523: Um picolé em forma de Audi R18

(Foto: Twitter/@TobyMoody)
Emanuele Pirro prestes a sorver um picolé de Audi R18...
Sinceramente, bem que poderiam vender dessas forminhas. Ia fazer um sucesso!

Foto 522: E o primeiro Nissan sai

Toda desgraça para uma equipe de fábrica que apostou alto numa tecnologia diferente dos demais, é pouca: o Nissan abandonou as 24 Horas de Le Mans alguns minutos atrás pós a perda da roda dianteira direita. Agora só resta os #22 e #23 na prova e quem a anos luz do restante dos LMP1.
A liderança na LMP1 neste momento pertence ao Porsche #19, que está sendo guiado por Nick Tandy.

83ª 24 Horas de Le Mans: 7ª Hora

E começa anoitecer em Le Mans...
Do mesmo modo que a última hora, esta também foi de poucas movimentações. É um momento em que começa anoitecer em Sarthe e os pilotos começam a brandar o ritmo.
A Porsche continua no comando com o seu #17, seguido pelo #9 da Audi que herdou a posição do gêmeo #7.
Na LMP2, a KCGM continua intocável na liderança da prova com o seu #47 e sempre seguida pelo Oreca #46 da Thiriet, agora com uma boa vantagem. Em terceiro aparece o Alpine #36 da Signatech.
Na LMGTE-PRO, as coisas cessaram também e a liderança é do Corvette #64. Com onze segundos de atraso, aparece o #97 da Aston Martin e em terceiro o outro Aston de #99.
Na LMGTE-AM, o Aston Martin #98 lidera seguido pelo Ferrari #83 da AF Corse e em terceiro o Ferrari #72 da SMP Racing. 

Foto 521: Ricardo Paletti, Detroit 1982

(Foto: Richard Kelley)
Ricardo Paletti durante o fim de semana do GP dos EUA, disputado em Detroit. A foto foi tirada logo após a quebra da suspensão do seu Osella, durante o warm-up e um fiscal de prova lhe oferece um cigarro.
Paletti deveria correr nesta prova, já que o carro reserva estava para ele naquela corrida. Mas um uma quebra de suspensão de Jean Pierre Jarier acabou com a chance do jovem italiano, que viu o carro reserva ir para o francês.
Hoje completa 33 anos da morte de Paletti, em Montreal. 

83ª 24 Horas de Le Mans: 6ª Hora

Não tem sido uma boa jornada para a Toyota em Le Mans, este ano: além de seus dois carros não darem conta de acompanhar o ritmo de Porsche e Audi, eles ainda enfrentaram problemas com o #1 que escapou em uma das curvas e danificou a suspensão dianteira, fazendo com que recolhessem o carro. Ao sair para a pista novamente, agora com Nakajima ao volante, quase pega um desatento mecânico da Corvette no pit. O #1 ocupa a nona posição e o #2 a sétima. 
Foi uma hora bem tranquila, bem diferente das demais onde sempre teve algum contratempo.
A Audi, com o #9 e com Albuquerque ao volante, liderou boa parte dessa hora, mas desceu para terceiro após a sua parada no box. A liderança voltou para o Porsche #17 e a segunda colocação é do Audi #7.
Na LMP2, liderança cada vez mais absoluta para o #47 da KCMG que já leva quase uma volta sobre o #46 da Thiriet. Em terceiro aparece o #48 da Murphy Motorsport.
As batalhas na LMGTE-PRO cessaram, por enquanto, e a liderança é do Aston Martin #99, seguido pelo Corvete #64 e Aston Martin #97.
Na LMGTE-AM, liderança também para a Aston Martin com o #98. Em segundo aparece o Ferrari #72 da SMP Racing e em terceiro o Ferrari #83 da AF Corse.

83ª 24 Horas de Le Mans: Melhores momentos (3ª, 4ª e 5ª hora)


83ª 24 Horas de Le Mans: 5ª Hora

Se a quarta hora foi bem morna devido o SC, esta quinta hora de corrida foi de cortar o fôlego: os duelos na LMP1 e LMGTE-PRO, foram os grandes momentos dessa corrida e ainda tivemos um recorde para celebrar.
Na LMP1, o duelo entre o Porsche #17 e Audi #9 foi brutal, com ambos a trocarem de posições em algumas oportunidades e com o Porsche vermelho a ganhar a batalha. Mas o que chamou a atenção foi o que Filipe Albuquerque conseguiu durante este duelo: cravou a melhor volta da história da prova ao fazer 3'17''647, suplantando um recorde que pertencia a Jackie Oliver em 1971. No momento a liderança ainda segue com o #17, seguido pelo #9 e o #7.
Na LMP2, liderança intocável por parte do #47 da KCMG e em segundo o #41 da Greaves, que herdou esta posição após o pit-stop do #6 da Thiriet.
A LMGTE-PRO, continua a nos oferecer belos duelos e destaque para Fernando Rees que saiu de quarto, com seu Aston Martin #99, para primeiro. Mas depois a liderança foi recuperada pelo Corvette #64. Em terceiro aparece o Aston Martin #97.
Na LMGTE-AM, liderança para o Aston Martin #98 com o #72 da SMP Racing em segundo e o Viper #53 em terceiro. 

83ª 24 Horas de Le Mans: O novo recorde de Le Mans, 44 anos depois

Na batalha que se deu entre o Porsche #17 e o Audi #9, a história foi feita e o recorde quebrado até aqui: Filipe Albuquerque, em posse do Audi #9, cravou a melhor volta em 3'17''647 derrubando, assim, uma marca que pertencia a Jackie Oliver feita em 1971 com o Porsche 917LH, com o tempo de 3'18''4 (numa média de 244.3km/h). Filipe alcançou 248.2!
E só para lembrar, em 1971 a Hanaudiéres era livre das chicanes...

83ª 24 Horas de Le Mans 2015: 4ª Hora

Apenas um susto para o Porsche #19...
Devido o longo período que a prova ficou sob a intervenção do SC, para os reparos do guard rail na parte da Indianápolis, proveniente do acidente de Duval, a corrida retomou seu passo normal faltando 17 minutos para o vencimento da quarta hora.
Apesar de uma ataque fortíssimo dos Audis #9 e #7 no reinício, a liderança mante-se sob o controle da Porsche com o #17. A segunda e terceira colocações está por conta da Audi com os #9 e #7, respectivamente.
Na LMP2, a liderança segue para o #47 da KCMG e a segunda para o #46 da Thiriet. A terceira posição no momento é da OAK Racing com seu Ligier #32.
Na LMGTE-PRO, o pau come a solta com disputa direta entre o Corvette, Ferrari e Aston Martin pela liderança. O Corvette #64 agora é o líder, com sete décimos de vantagem sobre o Aston Martin #99 e seis segundos sobre o Ferrari #71.
Na LMGTE-AM, o Ferrari #72 da SMP Racing voltou a liderança com o #98 da Aston Martin em segundo e o Viper #53 da Riley em terceiro.   

83ª 24 Horas de Le Mans 2015: A arte do acidente de Löic Duval

Jason Fong reproduziu no papel o Audi #8 de Löic Duval se arrastando em meio de um Aston Martin e o Ferrari #51, após o seu acidente. 

83ª 24 Horas de Le Mans: O acidente de Duval

Bom, as imagens dizem por si própria. Tremenda barbeiragem do Duval na Indianápolis.
E apesar de não ter tido culpa, sempre uma Ferrari no meio da bagunça...

83ª 24 Horas de Le Mans: 3ª Hora

Não foi uma boa hora para Audi: os carros #7 e #8 tiveram problemas. Enquanto que o #7 teve que voltar aos boxes, após um pit-stop, para trocar um pneu furado - quando estava prestes a ressumir a liderança, o #8 teve uma acidente na aproximação da Indianápolis quando estava a passar pelo Ferrari #51. Duval era quem estava ao volante e nisso acabou rodando e batendo frente, danificando bem a dianteira. O carro foi levado aos boxes para os reparos e já está de volta na oitava posição. O #7 está em quinto. A Porsche segue líder neste momento - que está sob o regime de SC para retirar os destroços do Audi #8 e limpeza do traçado e também conserto do guard-rail. Em segundo aparece o Audi #9.
Na LMP2, liderança para o #47 da KCMG com o #46 da Thiriet em segundo e o Alpine #36 da Signatech em terceiro.
Na LMGTE-PRO, o #97 da Aston Martin segue líder, com o Ferrari #71 da AF Corse em segundo e escalando aos poucos as posições, o Corvette #64 em terceiro.
Na LMGTE-AM, o Viper #53 da Riley é quem comanda a classe, seguido pela Ferrari #72 da SMP e o Porsche #88 da Abu Dhabi Proton Racing em terceiro.  

83ª 24 Horas de Le Mans 2015: Melhores momentos (1ª e 2ª horas)


83ª 24 Horas de Le Mans 2015: 2ª Hora

Pra lá de excitante este duelo entre Porsche e Audi pelo comando da prova em Le Mans, pautado por estudo total entre as duas equipes. Lotterer, que está no comando do Audi #7 neste momento, conseguiu se intrometer entre os dois Porsches que iam na liderança (#17 e #18), chegando até assumir a liderança por algum momento. Neste instante ele acaba de voltar a liderança.
Na LMP2, liderança para o #47 da KCMG que leva sete segundos de vantagem sobre o #46 da Thiriet. Em terceiro aparece o #41 da Greaves, com mais de um minuto de atraso.
Na LMGTE-PRO, batalha sensacional entre o Ferrari #71, Corvette #64 e o Aston Martin #99 pela quarta posição (foto). O Ferrari #71, pilotado por James Calado, conseguiu uma bela manobra ao conseguir suplantar os dois carros ao mesmo tempo. A liderança é da Aston Martin, com o #95 e o Ferrari #51 em segundo.
Na LMGTE-AM, as posições estão embaralhadas devido as paradas de box, mas liderança segue com o #72 da SMP Racing. 

83ª 24 Horas de Le Mans 2015: 1ª Hora

Após uma largada que sucedeu a várias disputas bem acirradas nas quatro categorias, as coisas parecem mais calmas em Sarthe.
Depois da primeira rodada de pit-stops, a prova continua sob o comando do Porsche #17 seguido de perto pelo #18. A Audi, que fez um ataque maciço no início com seus três carros, ocupa a terceira, quarta e quinta colocações - #8, #7 e #9 respectivamente.
Na LMP2, batalha interessante no início entre os ponteiros e neste momento o comando está com o Oreca #46 da Thiriet, seguido pelo #47 da KCMG.
Na LMGTE-PRO, a disputa ficou polarizada entre o Aston Martin #99 e o Ferrari #51 no inicio e após algumas inversões de posições, o Aston Martin #95 é quem assumiu a liderança e o Ferrari #51 continua na cola, em segundo.
Na LMGTE-AM, a liderança é da Ferrari #72 da SMP Racing seguida pelo Aston Martin #98 e Ferrari #55.
Neste momento a prova está sob regime de Safety Car, devido o estouro do motor - seguido de incêndio, que foi logo controlado - no Porsche #92 na Mulsanne. O Rebellion #13, que vinha logo atrás, acabou pegando o oléo e rodou ficando encalhado na brita da primeira chicane. Já está de volta à prova. 

quinta-feira, 11 de junho de 2015

24 Horas de Le Mans: Pole para a Porsche na 83ª edição

Após aquele tempo espetacular de Neel Jani ontem, na primeira classificação, a única coisa que esperávamos mesmo é se este tempo ficaria intactato ou baixado. A perspectiva de chuva não confirmou-se, portanto havia uma possibilidade, mas a própria Porsche, horas antes de começar os trabalhos, tinha dito que estes dois treinos serviriam para eles treinarem o ritmo de prova. E foi o que aconteceu: poucos melhoraram as suas marcas no LMP1 e a Porsche acabou confirmando a sua pole e a trinca da equipe em Sarthe. A Audi manteve a três posições seguintes, assim como a Toyota e a Rebellion. A Nissan continuou com o seu passo de tartaruga e o melhor carro da marca, o #22, ficou a mais de vinte segundos do pole.
Na LMP2, o Oreca #47 da KCMG manteve o melhor tempo da divisão. O Ligier #26 da G-Drive Racing é quem melhorou consideravelmente a sua colocação e subiu para segundo, 0''208 pior que o #47. Em terceiro aparece o Gibson #41 da Greaves Motorsports.
Na LMGTE-PRO, uma trinca da Aston Martin era a mais provável, mas as Ferraris da AF Corse conseguiram desfragmentar essa possível formação ao posicionarem em segundo e quarto (#51 e #71). A pole ficou para o Aston Martin #99, com o tempo de 3'54''928.
Na LMGTE-AM, nenhuma mudança em relação a ontem: a primeira colocação foi do Aston Martin #98, seguido pela Ferrari #83 da AF Corse e a outra Ferrari #72 da SMP Racing.

Atualizando: Devido o acidente de hoje a tarde com Jan Magnussen, a Corvette acabou por retirar o #63 da prova devido os sérios danos que o chassi teve por causa da batida lateral, que danificou a dianteira e traseira. Magnussen passou pelo posto médico e foi logo liberado. Foi uma pena, pois essa era a chance dele, Antonio Garcia e Ryan Briscoe de fazer a trinca das grandes provas de Endurance, após o trio ter vencido em as 24 Horas de Daytona e as 12 Horas de Sebring.
Abaixo as colocações e tempos:

LMP1


LMP2


LMGTE-PRO


LMGTE-AM

Foto 520: Imagina sem as chicanes...

(Foto: fiawec.com)
Olhando a marca alcançada por Neel Jani com a Porsche durante a primeira classificação, você já fica impressionado. Ao olhar para o tempo feito pela Sauber Mercedes em 1989, último ano em que as 24 Horas de Le Mans foi realizada sem as chicanes, você fica ainda mais assustado: com o #62, Jean Louis Schlesser cravou a pole com o tempo de 3'15''04, enquanto que Jani fez 3'16''887. E ambos com a média de 249Km/h (249.8 para Schelesser e 249.2 para Jani). O recorde absoluto para Le Mans, independente dos layouts usados no circuito, pertence à Pedro Rodriguez com o Porsche 917 LH em 1971 com o tempo de 3'13''09. A segunda melhor marca é de Joachim Hans Stuck, em 1985 com o Porsche 962C, com o tempo de 3'14''80.
Se a chuva realmente atrapalhar as duas classificações, talvez não vejamos este tempo de Neel cair ainda mais.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

24 Horas de Le Mans: Pole provisória para a Porsche e quebra de recorde

(Foto: fiawec.com)
Se a Porsche, com o #17, já havia feito um bom tempo no treino livre, esqueçam: a marca feita pelo #18 da Porsche, com Neel Jani ainda no início das atividades, simplesmente quebrou o recorde para os LMP1 em Sarthe que resistia desde 2008: naquele ano Stéphane Sarrazin, com o Peugeot 908 HDi FAP, cravou 3'18''513 para a obtenção da pole. Neel Jani reduziu a pó essa marca ao fazer 3'16''887. Uma monstruosidade de tempo numa altura em que a FIA e a ACO estudam seriamente reduzir as velocidades dos LMP1 para 2016.
Além desse tempo espetacular de Jani, a Porsche ainda posicionou seus outros dois carros em terceiro e quarto, com o #17 ficando oito décimos e o #19 a dois segundos e quatro atrás. Nem mesmo os outros dois "irmãos gêmeos" foram páreo para o #18.
O resto ficou para trinca da Audi que posicionou o #8 em quarto, seguido pelo #7 e #9. A melhor marca do #8 foi 2.9 segundos pior que o pole provisório.
Quem terá que remar bastante é a Toyota, que teve seus carros ficando em sétimo e oitavo com o #2 e #1. Ambos ficaram mais de seis segundos atrás do melhor tempo.
A Rebellion ficou com a nona e décima posições (#12 e #13), enquanto que a Nissan teve um carro na 12ª colocação (#23), outro em 21º (#22) e o #21 em 31º.
Na LMP2, melhor tempo para o #47 da KCMG com a marca de 3'38''032, seguido pelo #41 da Greaves Motorsport e o #38 da Jota Sport.
Na LMGTE-PRO, o Aston Martin #99 ficou em primeiro ao marcar 3'54'928, seguido pela Ferrari #51 da AF Corse e do Aston Martin #97.
Na LMGTE-AM, a Aston Martin também deu as cartas ao fazer o melhor tempo com o #98: 4'14''297. A Ferrari #83 da AF Corse ficou em segundo e o terceiro lugar para a Ferrari #72 da SMP Racing.
Os treinos continuam amanhã, com as duas sessões de classificação sendo realizadas às 14 horas (19 h em Le Mans) e 17 horas (22 horas em Le Mans). E o tempo deve ser bem instável.

24 Horas de Le Mans: A Porsche dita o ritmo

O Porsche #17 conduzido por Brendon Hartley/ Mark Webber/ Timo Bernhard foram os melhores na primeira sessão de treinos livres em Le Mans cravando o tempo de 3'21"362, cerca de quatro décimos melhor que o tempo feito por Nakajima na obtenção da pole ano passado. É uma idéia bem clara que os tempos podem cair durante a classificação.
A segunda posição foi do Audi #8 (Lucas Di Grassi, Loic Duval, Oliver Jarvis), com uma desvantagem de 0''588. Em terceiro e quarto fecharam os demais Porsches, #18 e #19, seguidos pelos Audis #7 e #9. Os Toyota ficaram longe cerca de três segundos e quatro décimos, no caso do #1. O #2 da fábrica japonesa ficou quatro segundos atrás e fechou em oitavo.
Os Nissans tiveram uma melhora bem tímida: o melhor deles, o #21, marcou um tempo dezoito segundos pior que o Porsche. Os outros Nissans, #23 e #22, terminaram com 19 segundos de atraso.
Entre os LMP2, a melhor marca foi do #47 da KCMG com o tempo de 3'39''897, 1.4 segundos melhor que o Ligier #34 da OAK Racing.
Na LMGTE-PRO, melhor marca para o Aston Martin #99 com 3'55''895. Foi seguido pelo Corvette #64 e o Aston Martin #97.
Na LMGTE-AM, o Aston Martin #98 é quem ficou com o melhor tempo ao fazer 3'58''783.
Daqui a pouco inicia o primeiro classificatório.  

terça-feira, 9 de junho de 2015

Vídeo: Os 30 anos da Toyota em Le Mans

Vídeo bem legal da Toyota onde é mostrado a evolução dos protótipos da marca desde a sua primeira participação em 1985, com o modelo 85C, até os dias atuais com o TS040 Hybrid.
A Toyota teve boas oportunidades de vencer em Le Mans, como em 1998, 1999 e 2014, onde problemas acabaram aparecendo e tirando a equipe de combate.
Este ano as coisas parecem bem complicadas para que a marca nipônica se torne a segunda fábrica japonesa a vencer as 24 Horas de Le Mans.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Foto 519: Um GP anormal

Os senhores da prova: enquanto que Massa arrancava uma ultrapassagem na marra contra Ericsson...

... Sebastian Vettel travava um rápido, mas intenso duelo com Fernando Alonso.
Tem sido normal assistirmos as últimas corridas em Montreal e depararmos com provas totalmente caóticas e de resultados definidos quase que nas últimas voltas. Ora isso acontecia por uma estratégia bem feita pela equipe e piloto, deixando para atacar apenas na parte final, ou até por condições climáticas que mudavam a todo o momento. Os altos desgastes dos pneus também contribuíram bastante nos últimos anos para tivéssemos provas bem doidas, principalmente após a adoção dos Pirelli. Chegamos a ver alguns GPs do Canadá em que os pilotos começavam a parar para o pit-stop ainda nas primeiras voltas, coisa de três, cinco voltas após a largada. E sempre que isso acontecia, era sinal que teríamos uma prova bem imprevisível. A corrida de ontem foi “anormal” para os padrões de GPs canadianos que acostumamos a ver, mas ainda sim foi uma boa prova.
Sebastian Vettel e Felipe Massa salvaram a corrida exatamente por terem largado lá de trás e consequentemente, com dois carros bem superiores aos que iam à frente, a esperança é que fizessem o que era de se esperar. E conseguiram: Sebastian e Felipe terminaram respectivamente em quinto e sexto depois de travarem boas disputas para conseguir chegar a essas colocações. Enquanto que Vettel teve trabalho para ultrapassar Alonso e Hulkenberg, Massa ralou para tentar superar Ericsson ainda no início da prova. Mas mostrando uma velocidade um pouco maior que o brasileiro – e aparentemente uma estratégia mais eficaz – deu à Vettel a oportunidade de terminar à frente após ter largado em 18º. Juntando o desempenho deles mais os de Bottas e Raikkonen, podemos dizer que foi o primeiro embate real entre a Ferrari e Williams na temporada onde o resultado desta vez pendeu para o lado da equipe britânica com Valtteri conseguindo quebrar pela primeira vez no ano, a sequência de pódios que tinha apenas reunido os dois pilotos da Mercedes e um da Ferrari até aqui. O erro de Kimi Raikkonen após uma de suas paradas acabou dando ao seu compatriota a chance de subir para terceiro e ficar ali até o fim.
Em relação às Mercedes, uma prova solitária que viu Hamilton cravar mais uma conquista neste ano e abrandar uma possível ameaça por conta de Rosberg, que andou próximo dele durante toda a corrida e que se intensificou na última parte. Mas a reservas guardadas por Lewis e mais os problemas de freios de Nico, ajudaram a afastar qualquer possibilidade de ataque por conta do alemão. E fica cada vez mais que claro que, apesar da Ferrari ter mostrado uma melhora em Montreal com a evolução do motor, a Mercedes ainda tem a resposta em seguida.

A eterna história em ter que economizar combustível e pneus mais duradouros, talvez tenham sido os grandes “vilões” para tornar este GP do Canadá o mais “anormal” das últimas edições. Mas não foi uma corrida de todo mal.   

sábado, 6 de junho de 2015

GP do Canadá - Classificação - 7ª Etapa

Sem dúvida este treino classificatório foi mais interessante pelo que aconteceu com personagens que poderiam lutar pelo "resto", do que saber quem poderia ameaçar o domínio ainda mais amplo da Mercedes em Montreal.
Os problemas enfrentados por Sebastian Vettel e Felipe Massa, coincidentemente por ordem de falta de potência nos motores, acabaram tirando deles a chance de duelar pelo que restou aos demais na classificação. E olhando bem a tabela de tempos, com Raikkonen e Bottas monopolizando a segunda fila, fica claro que teria sido interessante tê-los no Q3 lutando acirradamente.
As Mercedes fizeram o que era de se esperar. A luta entre Hamilton e Rosberg pela pole até que foi tranquila, sendo que o piloto alemão, pelo que foi dito via rádio na volta para o box após o treino, foi um "lixo" o trabalho (como o próprio definiu). Certamente deve ter errado na sua última volta, assim como acontecera em Monte Carlo duas semanas atrás. A diferença entre as duas Silver Arrows foi de três décimos, enquanto que para a Ferrari de Raikkonen foi de seis.
O que me agradou foi a forma apresentada até aqui pela Lotus com os seus dois carros. Desde ontem que Grosjean e Maldonado se colocavam tranquilamente entre os cinco primeiros e com bons tempos, perdendo por pouco para as Ferraris. E na qualificação, onde Romain e Pastor sairão na terceira fila, a desvantagem para Bottas (4º) foi de nove centésimos e para Raikkonen de um décimo - contando a partir do tempo obtido por Grosjean. As Force India também estiveram em boa jornada, com Hulkenberg fazendo o sétimo tempo e Perez o décimo. A Red Bull, com Kvyat e Ricciardo, fechou com oitava e nona colocações respectivamente.

O que esperar da corrida?

Olhando a formação deste grid, fica claro que a possível escalada de Vettel durante o GP será uma das atrações de amanhã e isso vale também para Felipe Massa que costuma ter um bom ritmo em Montreal. Da terceira posição para trás, também desenha-se um bom cenário para disputas intensas principalmente pelo que apresentou a Lotus. Se os dois pilotos da equipe britânica não fizerem besteira, terão uma boa chance de colecionar bons pontos amanhã.
Em relação à Mercedes, apenas um problema mecânico é que pode pará-los. E isso aconteceu ano passado quando os dois carros apresentaram problemas de freio. E isso é um alerta para a equipe campeã.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

GP do Canadá - Treinos Livres - 7ª Etapa

Lewis Hamilton: “Eu me sinto bem neste fim de semana. Bem no carro, o mesmo da última corrida. E também nos long-runs. Espero que consiga continuar assim e conseguir o que estou mirando.”


Sebastian Vettel: "Eles são rápidos, nós sabemos. Qualquer outra coisa diferente disso seria uma surpresa. Mas não sabemos o que todos estão fazendo, combustível e essas coisas, então temos que tomar cuidado.
Tudo parece estar funcionando como esperado, mas precisamos melhorar ainda e vamos usar a noite para isso"


Kimi Raikkonen: “Tudo funcionou como esperávamos, tudo bem. Mudamos nosso programa um pouco por causa da chuva, mas tudo bem. Não andamos tanto hoje, mas vou tentar melhorar as coisas e ver onde estaremos amanhã. Ainda há trabalho para ser feito com os pneus, mas é mais fácil aqui do que em Mônaco”.


Nico Rosberg: "Aprendemos muito, com certeza. Andamos com pouco combustível e o pneu macio, difícil de aquecer os pneus. A Ferrari está perto. Ainda não falei com os meus engenheiros, então não sei quão perto estão, e eles sabem quanto combustível, pneus eles têm, o que diz muito mais do que os tempos.
O tempo vai ficar seco no resto do fim de semana, então vai ficar mais fácil"


Pastor Maldonado: “Estou feliz com hoje. Nós não conseguimos fazer a volta que eu queria esta manhã, mas o carro pareceu bom na parte seca da segunda sessão. Nós tivemos um bom ritmo nas retas e o carro também está trabalhando bem no setor mais lento. Acho que podemos fazer um progresso extra amanhã e podemos ter um fim de semana forte”


Valtteri Bottas: “A chuva comprometeu o TL2 para todos, mas sabíamos que seria assim, então trabalhamos mais no fim do TL1 mais do que o normal. Fiz um stint longo com muito combustível, então pegamos informações dos freios, motor e temperatura dos pneus, além do equilíbrio do carro. Hoje foi tão competitivo como qualquer outra sexta-feira do ano, então devemos ter uma performance similar à de Barcelona”



domingo, 31 de maio de 2015

Vídeo: Indy 500 1965

E hoje completa 50 anos da vitória de Jim Clark e Lotus em Indianápolis, que deixou os americanos incrédulos após presenciarem a conquista de um carro de motor central contra os seus monstros de motor dianteiro - que já começava a perder espaço para os pequeninos carros.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Foto 518: Genial, Montoya!


Fotos de um momento espetacular na carreira de um cara que largou a F1 para seguir o seu próprio instinto, sabendo o que seria melhor para ele e família. Ainda tenho uma opinião de que ele deveria ter ido direto para a Indycar do que a NASCAR, mas como piloto de carro vive uma vida de desafios, lá se foi Montoya tentar a sorte num território tão bruto e cruel quanto a categoria que ele havia passado.
A sua volta ano passado para os monopostos tinha sido festejada, assim como a vitória em Pocono. Momento especial, mas este 2015 lhe reservava algo melhor: não bastasse a liderança isolada no campeonato, ainda teve essa coroação em Indianápolis após contratempos que o relegaram para o fundo do pelotão - como o toque com Simona de Silvestro, que danificou a parte traseira do seu carro, e uma passagem nos boxes no momento que este estava fechado para o trabalho de pit-stops, fazendo com que tivesse de dar outra volta e vir para os reparos. E o mais importante: não tomar nenhuma volta, o que arruinaria o seu trabalho todo.
A paciência em escalar o pelotão e se recolocar na briga a partir da segunda metade da prova, foi crucial. Travou duelos importantes com os Ganassi e também com seus parceiros de Penske - Will Power e Simon Pagenaud - e foi agressivo, ao passar com uma das rodas na grama para retomar a posição de Scott Dixon que até então era o favorito quase que disparado para vencer em Indianápolis, devido a sua performance quase que irretocável. As últimas voltas foram viscerais: enquanto que Dixon caía fora da disputa após descer para quarto, logo atrás de um impressionante Charlie Kimball, Power e Montoya se entregavam a duelo espetacular que se decidiu após Juan Pablo conseguir se adiantar a um retardatário que saía dos boxes naquelas derradeiras voltas, conseguindo atrasar um pouco o avanço de Will. Montoya conseguia vencer a Indy 500 pela segunda vez, quinze anos depois da sua primeira conquista pela Ganassi em 2000, quebrando um recorde que era de A.J.Foyt do maior período entre um vitória e outra no Brickyard (1967-1977).
Para Juan Pablo Montoya foi um dia especial, do mesmo modo que para a sua família. E todo esse esforço que foi feito pelo próprio Juan Pablo em deixar a Europa e voltar aos Estados Unidos e dar sequência à sua carreira num lugar mais tranquilo, pode ser coroado ao final da temporada da Indycar.
E estaremos torcendo, claro!

Foto 517: Um erro, mil julgamentos

Max ainda vai levar muita paulada nesta sua estadia na F1, principalmente por causa da sua idade e qualquer coisa que faça, será motivo de julgamentos intermináveis.
O acidente de ontem, para mim, foi mais um caso de acontecimento de corrida do que imprudência. Se você é um piloto arrojado, certamente tentará passar por aquela brecha que se abrira. Verstappen talvez tenha sido pego de surpresa com a freada de Grosjean para a Saint Devote e por isso acabou acertando a traseira do Lotus que continuou no GP.
Mas acho que apoiar apenas na idade do garoto, acaba sendo apenas um pretexto para colocar a indignação por este ter chegado tão jovem à Fórmula-1. E mesmo que tivesse chegado com vinte, vinte cinco anos, teria que aprender da maneira mais dura que é errando.
Como já dizia Juan Manuel Fangio, "Ninguém nasce sabendo. Todos nós aprendemos com o tempo".

Foto 516: Cavando a própria crise

As lições do ano anterior não parecem ter sortido efeito na Mercedes. Para quem tem uma memória muito boa, lembra-se perfeitamente das rusgas entre Hamilton e Rosberg que foram cessadas com longas reuniões de onde sempre se ouvia que "aquilo não voltaria acontecer". A famosa manobra de Nico na Mirabeau, um erro que até hoje gera opiniões distintas - e que vai atravessar os anos, afinal de contas ninguém sabe se foi erro ou de propósito - e o entrevero dos dois no final da Kemmel, que forçou a saída de Hamilton e onde o relacionamento de dois caras que se conheciam desde a infância, naufragou inteiramente. Naquela ocasião, Lewis saiu fortalecido de toda aquela encrenca e isso foi fundamental para que ele chegasse ao seu segundo título mundial, dominando amplamente Rosberg que parecia perdido naquela fase final do mundial.
O acontecimento de ontem em Monte Carlo poderiam muito bem ter sido contornado com um não de Hamilton para o chamado que recebeu para a troca de pneus no fim da corrida. Lewis tinha em torno de onze segundos quando o Safety Car foi acionado após o acidente de Verstappen e Grosjean, e até então não havia nada à respeito aos seus pneus se estavam desgastados. Fiquei surpreso quando vi o piloto inglês trocando os pneus e pelos cálculos seria impossível ele voltar à frente de Nico e Sebastian, principalmente porque o tempo total na parada de box em Mônaco era de 25 segundos em média. Ou seja, não precisaria ser um matemático de primeira linha em saber que não daria tempo de voltar na primeira colocação. E depois, num duplo desespero por conta do próprio piloto e Mercedes, ficou a dúvida se ele teria voltado na frente de Vettel e que foi logo rechaçada com repetições da FOM na hora em que saíra dos boxes com Sebastian seguindo logo à frente. E como todos sabem, passar em Monte Carlo não é fácil e mesmo com pneus novinhos ele ficou encaixotado atrás da Ferrari e ainda tinha de se cuidar para não perder a terceira colacação para Ricciardo que estava em grande forma.
Os erros em Monte Carlo foram de ambas as partes. Não dá para salvar a pele dos caras da Mercedes, assim como a de Hamilton e ele, com uma experiência de quase dez temporadas e dois mundiais na conta, deveria ter ignorado a ordem e ter aguentado o tranco naquelas últimas voltas. Se brincar, conseguiria até mesmo abrir uma vantagem que o deixaria em paz com relação à Rosberg. Este último, aliás, venceu pela terceira vez no Principado e de forma consecutiva, igualando à Graham Hill, Alain Prost e Ayrton Senna. Para quem estava praticamente dominado pelo companheiro no mundial, estas duas últimas provas foram revitalizantes para ele.
A Mercedes precisa corrigir estes pequenos erros. Foi assim que perdeu em Sepang para Vettel e Ferrari e numa dessas, se Rosberg quebra ou bate, poderia ter jogado o trabalho de um fim de semana todo pelo ralo. Apesar de ainda terem o melhor carro, a Ferrari não está tão longe e se os dois pilotos se deflagrarem numa batalha sem fim, Sebastian e Ferrari estarão à espreita para pegar a taça no fim do ano.  

sábado, 23 de maio de 2015

GP de Mônaco - Classificação - 6ª Etapa

(Foto: autosport.com)
Assim como tem sido nos treinos classificatórios desde o ano passado, a única dúvida é saber qual dos dois pilotos da Mercedes é que sairá na pole. Tanto Hamilton, quanto Rosberg, apresentaram ritmos bem fortes desde os treinos livres e nem mesmo a ótima volta de Vettel, que lhe garantiu a primeira colocação na terceira prática, assombrou os prateados. A verdade é que Rosberg é quem apareceu com um bom passo nas duas primeiras partes do classificatório, dando a entender que poderia engrossar a batalha contra Lewis.  Por outro lado, Nico acabou errando no fina da Q2 ao passar reto na Saint Devote e talvez isso tenha minado suas chances, pois quando estava na luta pela primeira colocação no Q3, cometeu o mesmo erro e ficou distante de uma possível disputa. Isso facilitou bastante a vida de Hamilton, que já havia feito uma volta    excepcional e apenas administrara na sua última passagem ao melhorar mais dois décimos.
Sebastian Vettel fez o que pôde e colocou a Ferrari na terceira colocação, mas a sua corrida terá que ser de bastante atenção: a presença da Red Bull com Ricciardo e Kvyat logo em seguida, pode ser um indício de trabalho pesado para o alemão. Os carros rubro-taurinos tem feito um bom trabalho até aqui e a marca alcançada por eles é menor que quatro décimos do tempo feito por Sebastian (Daniel ficou à quase dois décimos e Kvyat à três). O duelo pelo pódio será muito interessante amanhã.
Os dois pilotos da Toro Rosso também foram bem e pelo que fizeram nos treinos desde a quinta, são desempenhos que merecem bastante atenção. Assim como Perez, que sai em sétimo, que fizera um bom trabalho até aqui levando a Force India ao Top-10. Os Mclaren esperavam uma jornada melhor, mas Button ficou em 11º - posição herdada com a punição dada a Grosjean, que perdeu 5 posições - e Alonso, que deixou o treino ainda no inicio do Q2 com problemas, ficou em 16º, mas sairá em 15 - também beneficiado com a punição de Roman.
Para os "Felipes", o treino não foi dos melhores: Massa sairá em 13º - neste que foi o pior treino da Williams no ano, já que Bottas foi limado logo na primeira parte - e Nasr em 15º, fazendo o que pode com um carro sem atualização.

O que esperar da corrida

Como sempre, dependerá muito da largada. Mas acredito que Lewis sairá vencedor amanhã e com Vettel logo em seguida. Os dois erros de Rosberg podem comprometer a sua pilotagem - entendendo que talvez esteja ansioso por tentar superar seu companheiro -, mas não podemos descartar de modo algum um cara que pilotou impecavelmente e venceu em Monte Carlo nos últimos dois anos.    

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Vídeo: Indy 500 1993

A edição 77ª das 500 Milhas de Indianápolis, realizada em 30 de maio de 1993 e que marcou a segunda vitória de Emerson Fittipaldi no Brickyard e que pode ser lida aqui.

GP de Mônaco - Treinos Livres - 6ª Etapa



Lewis Hamilton: “Ótimo. Foi um bom dia até agora. Aqui é questão de entrar no ritmo o mais tempo possível e tem que ser bem específico com as mudanças de acerto que faz. Não são muitas. Hoje o equilíbrio não estava longe do ideal, então estávamos só mudando pequenas coisas para ganhar performance. Ainda tem o que melhorar, mas estou feliz.
A primeira sessão foi realmente positiva, muito boa mesmo. E essa última também.
Eu dei uma volta na chuva. As linhas brancas, que foram pintadas de preto, estão mais escorregadias do que nunca. A tinta preta que colocaram ficou mais lisa que a branca. Ainda é a pista mais difícil de andar no molhado.
De qualquer forma, estou feliz com o acerto, mas há coisa que posso melhorar em cima disso e também na pista”.


Nico Rosberg: “Não foi o dia perfeito hoje, especialmente com esse tempo. Ninguém viu a chuva chegando, senão teriam colocado supermacios logo, então fomos pegos de surpresa. Mas deu para ver que o carro é rápido.
Tenho de ir melhorando na quinta, no sábado e então arrebentar na classificação.
Estamos confiantes de que vai, porque fizemos no ano passado e nada é diferente. É mais uma questão de acertar o carro e fazer uma boa classificação”.


Sebastian Vettel: “Nós esperamos descobrir no domingo. Até lá, obviamente, é difícil prever. No entanto, acho que devemos estar próximos aqui outra vez, embora, obviamente, é a natureza da pista e todos estão um pouco mais próximos. Não acho que possamos pegar Mônaco como referência, mas, claro, acho que estamos mais próximos.
É o que é e é o mesmo para todos. Obviamente, quando chove e nós sabemos que a previsão é melhor para os próximos dias, nós não tendemos a rodar, mas acho que o carro parecia ok. Nós não rodamos muito nessa manhã — e fizemos uma saída de tarde —, mas parece estar ok. Obviamente, teremos de esperar para ver no sábado.
Claro que estava bem escorregadio — escorregadio demais para realmente aproveitar bastante, mas acho que foi útil completar algumas voltas no início. Não tem muito sentido em fazer mais já que, obviamente, nós não temos pneus ilimitados então, se chover outra vez, podemos precisar deles.
Para ser honesto, não perdemos muita coisa. Nós queríamos testar algumas coisas na segunda saída e aí fazer um long-run, mas ninguém conseguiu fazer isso. É uma pena não ter ideia do pneu supermacio, mas acho que vamos ver no sábado”.


Max Verstappen: “Foi um bom dia. Procurei ir de forma gradual no primeiro treino porque tudo era novo para mim, mas eu me senti muito bem no carro de forma imediata. Isso me deu muita confiança, e terminar o treino da manhã em segundo me fez sentir ótimo.
Na parte da tarde, foi uma pena porque choveu e não pudemos completar tantas voltas como queríamos, mas, ainda assim, terminar em sétimo não é ruim, então estou muito feliz com meu primeiro dia guiando aqui em Mônaco”.


Felipe Massa: “Eu acho que não foi um grande dia. Andamos muito na primeira sessão, mas não muito na segunda por causa da chuva. Não testamos o supermacio, então é uma ‘meia’ compreensão do carro.
Eu acho que o único problema que tivemos hoje foi para aquecer os macios. Não andamos com o supermacio, espero que possa ser melhor para o nosso carro e que esteja mais quente também”.


Felipe Nasr: "Não foi um dia fácil para nós. Pela manhã, foi difícil fazer os pneus dianteiros funcionarem de forma adequada. Isso foi influenciado pelas baixas temperaturas e também pela falta de downforce. No TL2, fizemos algumas voltas antes de a chuva começar.
Nós identificamos que a nossa principal limitação no momento é falta de tração. Precisamos melhorar isso para sábado".

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Vídeo: Indy 500 1987

A 71ª Indy 500, disputada em 24 de maio de 1987, foi uma das mais surpreendentes da década de 80, após ficar claro que a vitória seria de Mario Andretti devido a sua belíssima performance na corrida, mas problemas mecânicos o traíram no final de a vitória foi de presente para outro mestre das 500 Milhas: Al Unser Snr.
A verdade é que Al Unser nem correria esta edição, mas foi chamado pela Penske para substituir Danny Ongais que havia tido uma concussão após um acidente. Sem patrocínio e sem ter testado adequadamente, Unser assumiu o volante de um March Cosworth - com um ano de defasagem para os demais modelos da marca -  e classificou-se na sétima fila, em 20º, ao lado de Derek Daly e Tom Sneva.
Mario Andretti havia dominado amplamente as atividades em Indianápolis - até mesmo a famosa disputa de pit-stops entre equipes ele tinha ganho - e estava confortavelmente na liderança da prova e quando faltavam 25 voltas para o fim, problemas de alimentação do combustível fez com que o ítalo-americano abrandasse o ritmo para depois ir aos boxes, deixando o caminho aberto para que Roberto Guerrero - que fazia uma corrida muito boa, apesar de estar uma volta atrás de Andretti - assumisse a ponta. O colombiano fez bem o seu papel, mas ao parar no boxes para o seu último pit-stop, verificou-se que este tinha problemas na embreagem e câmbio. Isso fez com que Guerrero perdesse quase uma volta para Al Unser - que até seis voltas atrás era carta fora do baralho, pois possuía duas voltas de atraso para Andretti.
Com Roberto recuperando quase uma volta perdida ele passou a caçar Al Unser, mas uma série de bandeiras amarelas acabou ajudando o velho Unser a vencer a Indy 500 pela quarta vez, tornando-se o mais velho a vencer a prova com 47 anos.
O mês de maio contabilizou um total de 25 acidentes nos treinos e dois acidentados com gravidade - Danny Ongais com concussão cerebral e Jim Crawford que teve sérios ferimentos nas pernas, sendo substituído por Gordon Johncock.
Um espectador acabou morrendo após ser acertado por um pneu solto do carro de Gary Bettenhausen, que acidentara na volta 130. O pneu vôou para a arquibancada após o carro de Roberto Guerrero ter colidido nele. O espectador Lyle Kurtenbach sofreu sérios danos na cabeça e foi declarado morto no Hospital Metodista de Indianápolis.
O detalhe mais interessante nesta vitória de Al Unser, é que o March que ele utilizara estava exposto em um hotel na Pensilvânia. De um simples adorno, para uma conquista histórica no Brickyard. 

Vídeo: GP de Mônaco 1965

O GP de Mônaco, diputado em 30 de maio de 1965, não contou com a presença de Jim Clark, Mike Spence e Dan Gurney, assim como o Team Lotus, estavam em Indianápolis para a disputa das 500 Milhas - prova que Jim Clark e Lotus venceriam.
Esse GP marcou a estréia de Denny Hulme na F1 pela Brabham, conseguindo uma oitava colocação no grid e terminando por lá mesmo no resultado final. Para Jackie Stewart foi também um dia especial: além de ter liderado uma corrida pela primeira vez, acabou por estrear em pódios terminando em terceiro com a sua BRM.
A vitória - a terceira no Principado - foi de Graham Hill, com Lorenzo Bandini em segundo. A prova foi marcada pela queda de Paul Hawkins no mar, após ter rodado e batido na chicane do Porto.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Vídeo: Indy 500 1982

A 66ª Indy 500 foi disputada em 30 de maio e teve como vencedor Gordon Johncock após uma batalha contra Rick Mears, que durou pelas últimas 40 voltas e terminou com Johncock vencendo Mears por apenas um centésimo - até então a chegada mais apertada de Indianápolis, até 1992. O mês de maio foi marcado pelo acidente mortal de Gordon Smiley, num dos mais violentos acidentes no Brickyard, durante os treinos.
Foi marcante também o acidente na largada entre Kevin Coogan e Mario Andretti, quando este tentou fechar A.J Foyt que saía em terceiro e rodou com Mario acertando ele em cheio. Outros dois carros ficaram de fora devido este acidente.
A prova daquele ano não contou pontos para os pilotos que corriam da PPG/CART, já que as 500 Milhas de Indianápolis era da USAC.

92ª 24 Horas de Le Mans - Uma Epopéia em La Sarthe

A segunda da Ferrari após o seu retorno à La Sarthe (Foto: Ferrari Hypercar/ X) Começar um texto sobre algo tão fantástico não é das melhore...