segunda-feira, 17 de maio de 2010

Análise dos dez primeiros- GP de Mônaco

Mark Webber- Com a pole garantida no final do treino, restava-lhe apenas largar bem e foi o que fez. E ainda, andou muito sem dar chances ao seu companheiro Vettel. Já é um nome forte ao título e a renovação de contrato junto a Red Bull deve sair em breve.


Sebastian Vettel- Não teve o mesmo passo de Webber nos treinos e nem na corrida, mas largou bem ao pular na frente de Kubica. Webber já é uma realidade e agora  é ver como se comporta a esperança alemã daqui pra frente.


Robert Kubica- Genial. Uma pena que Mônaco seja tão cruel com ultrapassagens, pois teria sido magnifico vê-lo atacar Vettel durante a prova. Mas sem dúvida, ao lado de Webber, tem sido uma das grandes sensações deste campeonato.


Felipe Massa- Quarto lugar na largada, quarto na chegada. O carro se adaptou bem em Mônaco e ele voltou a ter um bom final de semana. Um alívio após os problemas da última prova na Espanha.


Lewis Hamilton- Ficou tolhido atrás de Massa a corrida toda e não pode mostrar todo seu virtuosismo como em outras provas. Chegou a tentar, mas desistiu em seguida.


Fernando Alonso- Burrada no sábado e bela corrida no domingo mesmo largando em último, pilotou com garra e inteligência. Depois não conseguiu mais seguir o ritmo de Hamilton, talvez poupando pneus. Durmiu no ponto com Schumi no final da prova, mas acabou recuperando a posição quando o alemão foi punido. Tivesse largado na frente, podia ter discutido a vitória com as Red Bull.


Nico Rosberg- Largou na frente de Schumi, mas perdeu-a na largada para o mesmo. Fim de semana bem normal, mas exaltou a competitividade do carro.

Adrian Sutil- Saiu em 12° e foi subindo de posições conforme as coisas iam acontecendo a sua frente. Com isso chegou em oitavo, na frente de seu companheiro Liuzzi que saiu em décimo.

Vitantonio Liuzzi- Prova normal, mas acabou chegando atrás de seu companheiro que largou duas posições abaixo da dele.

Sebastian Buemi- Não esperava nada desta prova, mas foi agraciado com a punição de Schumi e com isso marcou um ponto para ele e Toro Rosso

Webber imparável em Mônaco

Normalmente o piloto que larga de uma pole position em Mônaco tem, pelo menos em minha humilde opinião, 80 por cento de vitória garantida. Para Mark Webber isso foi importante, claro, mas será que conseguiriam parar o australiano hoje no principado mesmo se alguém estivesse à sua frente?
O ritmo imprimido por Webber desde a largada e após as relargadas foi de tal domínio que mesmo se tivesse ficado para trás na largada, conseguiria passar seu oponente na parada de box ou até mesmo na pista. Vettel, que conseguiu largar bem e pular à frente de Kubica, não teve braço para acompanhar seu companheiro. Seu sorriso ao receber o troféu no pódio foi apenas pura formalidade, pois ele sabe que agora o seu companheiro é a grande ameaça para o seu reinado dentro da equipe e também para a disputa do título. Num todo foi um final de semana perfeito para a Red Bull, que parece ter resolvido seus problemas de confiabilidade e com isso passa a caminhar firme rumo aos seus dois primeiros títulos, os de pilotos e construtores.
Ao restante dos competidores só lhe restaram brigar pelo o que tinha a disposição. Alonso mostrou como ultrapassar em Mônaco e fez várias. Button abandonou no início por erro imperdoável da Mclaren ao deixar tampada as entradas de ar do seu carro. O motor superaqueceu e o inglês abandonou sua primeira prova no ano. A Williams teve um prejuízo e dos grandes, com seus dois pilotos a destruirem os carros. Hulkenberg bateu dentro do túnel ainda na primeira volta e Barrichello teve uma quebra na suspensão traseira esquerda, quando fazia a subida do cassino. Seu carro escapou e bateu de traseira nos guard-rails. Senna e Di Grassi abandonaram numa altura que faziam boa prova.E por último Chandhok e Trulli se enroscaram na Rascasse, quando o italiano forçou por dentro e escorreu e acabou subindo no carro do indiano. Por mais que assustasse, Chandhok saiu ileso. Webber que vinha logo atrás, por pouco não foi pego pela bagunça dos dois.
Massa foi bem e terminou onde largou, em quarto. Hamilton ainda tentou algo mas desistiu de atacar Felipe quando viu que não teria menor chance de ultrapassá-lo e preferiu ficar com sua quinta posição. Alonso e Schumi se encontraram na pista e o espanhol se manteve à frente de Michael após a única parada deste para a troca de pneus. Na última volta, após a saída do Safety, Alonso escorrega e Schumi o passa por dentro quando se encaminhavam para a derradeira curva do circuito. Mais tarde Schumi foi punido. A descrição do artigo 40.13 diz que a saída do safety car da frente do pelotão é apenas estética e isso é feito para que o pilotos recebam a quadriculada normalmente, sem a presença deste, mas estão proibidas as ultrapassagens. Nisso Schumi tomou 20 segundos de punição e caiu para 12°, abrindo assim a décima posição para Buemi marcar ponto.
Mônaco viu a superioridade da Red Bull que eu acreditava não ser tão grande no principado, mas o alerta para as demais equipes já foi dado.

O clássico trenzinho de Mônaco formado por Webber, Vettel, Kubica e Massa


No braço e com a cabeça: Alonso fez belas ultrapassagens e decidiu seu futuro na prova logo no início, quando trocou de pneus. Di Grassi foi quem não aliviou para o espanhol e Fernando reclamou aos montes


Segura ai!!!!: Comissários seguram o Williams destruido de Hulkenberg após sua batida dentro do túnel. Fazer aquela decida do túnel segurando um carro com mais de 600kg sobre as rodinhas, não deve ser nada interessante


Quem disse que não dá pra passar em Mônaco?: Trulli tentou por cima de Chandhok mas acabou eliminando ambos da prova, e por pouco não levou Webber junto

RESULTADO FINAL
Grande Prêmio de Mônaco- Monte Carlo- 16/5/2010
6ª Etapa


1º Mark Webber (AUS/Red Bull): 1h50min13s355
2º Sebastian Vettel (ALE/Red Bull): a 0s448
3º Robert Kubica (POL/Renault): a 1s675
4º Felipe Massa (BRA/Ferrari): a 2s666
5º Lewis Hamilton (ING/McLaren): a 4s363
6º Fernando Alonso (ESP/Ferrari): a 6s341
7º Nico Rosberg (ALE/Mercedes): a 6s651
8º Adrian Sutil (ALE/Force India): a 6s970
9º Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India): a 7s305
10º Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso): a 8s199
11º Jaimes Alguersuari (ESP/Toro Rosso): a 9s135
12º Michael Schumacher (ALE/Mercedes): a 25s712*

Não completaram:
13° Vitaly Petrov (RUS/Renault)
14° Jarno Trulli (ITA/Lotus)
15° Karun Chandhok (IND/Hispania)
16° Heikki Kovalainen (FIN/Lotus)
17°Bruno Senna (BRA/Hispania)
18° Rubens Barrichello (BRA/Williams)
19° Kamui Kobayashi (JAP/Sauber):
20° Lucas Di Grassi (BRA/Virgin)
21º Timo Glock (ALE/Virgin)
22º Pedro de la Rosa (ESP/Sauber)
23° Jenson Button (ING/McLaren)
24º Nico Hulkenberg (ALE/Williams)

*: Schumacher cruzou a linha em sexto lugar, mas foi punido com a perda de 20 segundos por ultrapassagem irregular sobre Alonso

Melhor Volta: Sebastian Vettel (Red Bull) 1min15s192

sábado, 15 de maio de 2010

Webber é pole pela segunda vez, Massa sai em quarto e Alonso é último

Como não assisti a este treino classificatório de Mônaco (estava trabalhando na quinta etapa do GT Brasil em Interlagos) serei breve.
Webber mais uma vez foi perfeito em sua condução e garantiu sua segunda pole no ano, a sexta da Red Bull nos seis classificatórios até aqui disputados. Isso coloca sob pressão o até intocável Vettel, que errou e largará em terceiro.
Fantástico mesmo foi Kubica, que levou o bom carro da Renault ao segundo lugar e assim tem alguma chance na corrida. Claro, se passar Webber na largada ou então o australiano tiver algum problema. Massa colocou a sua Ferrari em quarto e vê uma boa chance de se aproximar de Alonso no mundial. O espanhol bateu seu carro na entrada do cassino e não pode treinar na parte da tarde. Com isso teve que trocar todo o chassi e com isso câmbio, motor. Vai largar dos boxes.
As Mclarens se colocaram em quinto com Hamilton e Button sai em oitavo. Bom trabalho para Barrichello que conseguiu levar seu Williams ao nono tempo. Na briga caseira da Mercedes, Rosberg sai em sexto e Schumi em sétimo. Di Grassi sai em 21° e Senna em 22°.

GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DE MÔNACO- 6 ETAPA

1° Mark Webber (AUS/Red Bull): 1min13s826
2° Robert Kubica (POL/Renault): 1min14s120
3° Sebastian Vettel (ALE/Red Bull): 1min14s227
4° Felipe Massa (BRA/Ferrari): 1min14s283
5° Lewis Hamilton (ING/McLaren): 1min14s432
6° Nico Rosberg (ALE/Mercedes): 1min14s544
7° Michael Schumacher (ALE/Mercedes): 1min14s590
8° Jenson Button (ING/McLaren): 1min14s637
9° Rubens Barrichello (BRA/Williams): 1min14s901
10° Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India): 1min15s170
11° Nico Hulkenberg (ALE/Williams): 1min15s317
12° Adrian Sutil (ALE/Force India): 1min15s318
13° Sebastian Buemi (SUI/Toro Rosso): 1min15s413
14° Vitaly Petrov (RUS/Renault): 1min14s576
15° Pedro de la Rosa (ESP/Sauber): 1min15s692
16° Kamui Kobayashi (JAP/Sauber): 1min15s992
17° Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso): 1min16s176
18° Heikki Kovalainen (FIN/Lotus): 1min17s094
19° Jarno Trulli (ITA/Lotus): 1min17s134
20° Timo Glock (ALE/Virgin): 1min17s377
21° Lucas Di Grassi (BRA/Virgin): 1min17s864
22° Bruno Senna (BRA/Hispania): 1min18s509
23° Karun Chandhok (IND/Hispania): 1min19s559
24º Fernando Alonso (ESP/Ferrari): sem tempo

quinta-feira, 13 de maio de 2010

60 anos de Fórmula-1

Em 13 de maio de 1950 um grupo de 22 pilotos, com carros de antes da segunda guerra mundial, iniciavam em no velho aeródromo de Silverstone, Inglaterra, o campeonato mundial de Fórmula-1.
Os carros dominantes daquela corrida, e também do campeonato, foram as Alfas 158 pilotadas por Juan Manuel Fangio, Giuseppe Farina, Luigi Fagioli e Reg Parnell.
Farina marcou a pole, melhor volta e venceu a corrida seguido pelos seus companheiros Fagioli e Parnell. Fangio abandonou a prova com problemas no seu Alfa quando faltavam 8 voltas para o fim.

GP de Mônaco, 1997

Michael Schumacher iniciava sua segunda temporada pela Ferrari. Ele sabia que tinha um carro que poderia lhe levar ao terceiro mundial, mas o ínicio da temporada tinha sido dominado pela dupla da Williams com duas vitórias para Jacques Villeneuve e uma para Frentzen. Sem contar, claro, com a vitória de Coulthard pela Mclaren em Melbourne. Schumi se encontrava em segundo no mundial com 14 pontos, 6 a menos que Villeneuve quando chegaram em Monte Carlo. Mas lá as coisas foram diferentes.
Com a pole ficando para Frentzen e Schumi se metendo no meio das duas Williams (Villeneuve saia em 3º), ele tinha a chance que precisava, pois ele sabia e muito bem que passar em Mônaco é quase impossível.
No domingo chovia e com a pista molhada Frentzen patinou e Schumi saiu como um tiro para a liderança, virando a St. Devote em primeiro e não saindo de lá até o final da prova. Villeneuve fez péssima prova e abandonou após um acidente, fato que ocorreu vários outros entre eles Frentzen, Hakkinen, Hill, Ralf Schumacher e por ai vai.
Outro que fez uma prova soberba foi Barrichello que com sua Stewart-Ford, largou em décimo e foi ganhando posições com ulrapassagens ou por abandonos dos outros até chegar em segundo, 53 segundos atrás de Schumi.
Dos 22 carros que largaram, dez completaram a prova com apenas quatro chegando na mesma volta do vencedor. A corrida terminou no limite de duas horas.
E o Michael Schumacher? Além de vencer sua primeira prova no ano (quarta pela Ferrari) assumiu a liderança do campeonato com 24 pontos.

Alonso dá as cartas em Mônaco no primeiro dia de treinos

Por mais que Rosberg com sua Mercedes importunasse em alguns momentos do treino, Alonso foi absoluto e marcou o melhor tempo dos dois testes em Monte Carlo. O espanhol dominou as duas sessões e fez a marca de 1'14''904 cerca de 0''109 mais veloz que Rosberg. A terceira posição ficou com Vettel, seguido por Massa, Schumi, Kubica, Hamilton, Sutil, Button e Webber completando os dez primeiros.
Os outros brasileiros: Barrichello foi o 14º; Di Grassi terminou em 20º e Senna, com mais problemas em seu Hispania, fechou em 24º.
No final da última parte do segundo treino, caiu uma garoa que impossibilitou a melhora dos tempos.

TREINOS LIVRES- GRANDE PRÊMIO DE MÔNACO- 6ª ETAPA

1. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min14s904
2. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min15s013
3. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1min15s099
4. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min15s120
5. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1min15s143
6. Robert Kubica (POL/Renault) - 1min15s192
7. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 1min15s249
8. Adrian Sutil (ALE/Force India) - 1min15s460
9. Jenson Button (ING/McLaren) - 1min15s619
10. Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min15s620
11. Vitaly Petrov (RUS/Renault) - 1min15s746
12. Sebastian Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1min16s276
13. Nico Hulkenberg (ALE/Williams) - 1min16s348
14. Rubens Barrichello (BRA/Williams) - 1min16s522
15. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - 1min16s528
16. Pedro de la Rosa (ESP/Sauber) - 1min16s599
17. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - 1min16s818
18. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - 1min17s023
19. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - 1min18s184
20. Lucas Di Grassi (BRA/Virgin) - 1min18s478
21. Jarno Trulli (ITA/Lotus) - 1min18s667
22. Timo Glock (ALE/Virgin) - 1min18s721
23. Karun Chandhok (IND/Hispania) - 1min20s313
24. Bruno Senna (BRA/Hispania) - 1min21s688

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Interlagos, 70 anos




“Não existe outro circuito no mundo como Interlagos. É o segundo mais comprido, menor apenas que Nurburgring, e os seus 7.9 km de retas e curvas são compreendidos numa área relativamente pequena. Para os espectadores, portanto, é o circuito ideal. Já para os pilotos, ele parece uma combinação de três outros circuitos: Kyalami, Silverstone e Watkins Glen Mas uma coisa é certa: não há a menor possibilidade de a corrida ser monótona”.
Essas foram as palavras de Jody Scheckter após o GP do Brasil de 1977. E ele tinha razão. O velho Interlagos era fantástico, desafiador e dava aos pilotos a chance de mostrar o quanto eles eram bons nos quase 8 km de subidas e descidas, curvas velozes e travadas do autódromo paulistano.
Louis Romero Sanson, engenheiro britânico, construiu o autódromo de Interlagos durante os anos trinta no mesmo tempo que fez, também, o projeto de urbanização daquela região. O nome de Interlagos, que significa “entre - lagos” (ele foi construído entre as represas Billings e Guarapiranga) foi escolhido pela filha de Sanson. A pista foi entregue em 1940, mas já em 1939, Manoel de Teffé e outros pilotos fizeram uma pequena corrida no futuro autódromo. Foram gastos naquela construção 7.200 m3 de pedras, 135 km de arame farpado e 470 m3 de madeira para fazer os camarotes. Até então um empreendimento gigantesco.
Dr. Euzébio de Queiroz Matoso, então diretor da Auto Estradas de Interlagos e seu fundador Louis Romero Sanson, realizaram seus sonhos em 12 de maio de 1940 quando o GP Cidade de São Paulo inaugurou a nova casa do automobilismo paulista e nacional. Os portões foram abertos e pagava quem quisesse, afinal com o redor do terreno do autódromo ladeado de arame, ficava difícil de coibir a entrada de pessoas. A arrecadação foi de 5.000 contos de réis, uma fortuna na época. Na corrida inaugural, a vitória ficou com Arthur Nascimento Jr com Alfa-Romeo, seguido por Chico Landi pilotando uma Maserati.
Dez anos depois de sua inauguração, Dr. Sanson vendeu a área do autódromo de Interlagos, que era de 1,600.000 m2, para o grupo organizador que cuidaria dos festejos do IV Centenário da Cidade de São Paulo e assim esperava-se que para 1954, ano do 4º centenário, a pista recebesse melhorias. Isso não veio e controle do autódromo passou para o governo municipal.
Antes da grande reforma de 1966, Interlagos foi o celeiro para o grande desenvolvimento do automobilismo nacional nos anos 60 tanto no âmbito de competição quanto no de carros de rua. Todas as melhorias que eram encontradas nas pistas eram repassadas para os carros populares. Isso foi importante para erguer lendas automobilísticas como DKV-Vemag, Willys, Volkswagen, Ford entre outros. Ases do volante como Camilo Christofáro, Bird Clemente, Christian Heins, Fritz D’orey, os irmãos Fittipaldi, Luis Pereira Bueno, José Carlos Pace, foram uns dos que se formaram em Interlagos e fizeram história.
Interlagos 1973


Interlagos após a última revisão, em 2007


Comparação entre o velho e o atual traçado

A pista passou por reformas de 1966 até março de 1970, quando foi reaberta com a prova do campeonato Internacional de Fórmula Ford. Para atrair a F1, Interlagos voltou a sofrer mudanças para em 1972, numa prova extra-campeonato , a categoria máxima fizesse sua primeira aparição em solo brasileiro. Emerson Fittipaldi, com sua Lotus JPS preta, marcou a pole, liderou a prova inteira e perto do fim uma avaria o deixou a pé e o caminho aberto para o argentino Carlos Reutemann, com Brabham, vencer a corrida. Em 73 Emerson venceu com Lotus, repetindo a dose em 74 já na Mclaren, e Pace mantendo a invencibilidade brasileira no nosso GP, venceu com Brabham seguido por Emerson com Mclaren.
O GP do Brasil foi sediado em Interlagos até 1980, com uma interrupção em 78 quando a F1 foi para Jacarepaguá para realizar a prova. Com a pista já em estado crítico e com a prefeitura não querendo colocar dinheiro para mais uma reforma, o GP do Brasil mudou de endereço indo para o Rio de Janeiro a partir de 1981, onde a prova ficou até 1989. Foi uma década difícil para o belo autódromo, que ficou mal cuidado neste período.
Durante o ano de 1989 Interlagos ganhou a chance de sediar novamente o GP do Brasil, mas para isso tinha que adequar a pista à nova realidade da F1. Com obras feitas em quatro meses e sob a supervisão de Ayrton Senna, o velho traçado deu lugar a um menor. As curvas 1,2 retão oposto, curva 3, ferradura, Sargento e Laranja, deixaram de existir. A reta dos boxes foi ligada por um “S” em descida á curva do Sol, e todo esse traçado, passando pela antiga subida do lago até a saída da antiga ferradura, passaram a ser feitas na “contramão”, e assim a curva do Laranja passou a se chamar Laranjinha. O miolo se manteve quase o mesmo e a curva a junção foi recuada alguns metros. Naquele mesmo ano o circuito passou a se chamar José Carlos Pace, em homenagem ao grande piloto e busto foi colocado na entrada do autódromo.
Por mais que alguns entusiastas reclamem até hoje desta mudança, Interlagos foi elogiado ao máximo pela FIA e pilotos.
Sem mais nenhuma interrupção, Interlagos tem sediado grandes provas da F1, como as vitórias de Senna em 91 e 93; de Massa em 2006 e 2008; as decisões de títulos de 2005, 2006, 2007,2008 e 2009, todas com grande dose de suspense e emoção.
Por mais que Interlagos ainda tenha problemas na sua infra-estrutura, como infiltrações na torre de controle, alguns buracos em telas, pequenas rachaduras no asfalto, a drenagem que tem sido péssima entre outros, o autódromo recebe anualmente pequenas alterações por pedidos de Charlie Whiting, inspetor e diretor de provas da FIA, tornam a pista utilizável para a F1 e outras categorias internacionais.
Em época de circuitos insossos que se espalham ano a ano pelo mundo, Interlagos contínua sendo uma das grande maravilhas do calendário da F1.



Wilson e Emerson Fittipaldi com seus Fitti-Vê em Interlagos, nos meados dos anos 60

O circuito ainda com traçado em terra batida

Alonso e Schumacher em 2005: O piloto espanhol ganhou seu primeiro campeonato do mundo em Interlagos naquele ano, quando disputou o título contra Raikkonen.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...