segunda-feira, 27 de maio de 2013

Indy 500: A vez de Tony Kanaan


A tão sonhada vitória: Tony de punho fechado, festejando a sua primeira vitória nas 500 Milhas de Indianápolis
(Foto: Randy Ballinger/Reuters)

A temporada de 2004 para Tony Kanaan na Indy tinha sido ambígua: se de um lado ele conquistara um título inédito para o automobilismo brasileiro, por outro ele ainda se ressentia da chance que tivera de vencer as 500 Milhas de Indianápolis. Ele estava no encalço de Buddy Rice, que liderava a prova, quando a chuva caiu no mítico circuito. Na ocasião a chuva caiu na volta 178 e a bandeira vermelha foi dada 180ª passagem e junto a dela a corrida encerrada. A possibilidade de vencer a sua primeira Indy 500 tinha ido pelo ralo. Outras chances apareceram e foram igualmente frustradas por problemas que o limaram da corrida ou contratempos que o impediram de chegar a esta sonhada vitória.
A sua transferência para a KV Racing, um time de médio porte, foi entendido por muitos como um passo atrás em sua carreira, mas Tony sempre esteve forte na condução deste carro: abdicou do seu tradicional número 11 pelo 82 em 2011, devido o apoio da Lotus a equipe KV e esteve muito bem em Indianápolis naquele ano com o número que foi imortalizado por Jim Clark em 1965, que venceu a edição das 500 Milhas daquele ano e em 2012 ficou longe da vitória, mas não baixou os braços em momento algum. Outro duro golpe ele receberia este ano ao disputar a São Paulo Indy 300 e sua equipe errar feio nas contas do combustível – o que te sido corriqueiro neste time da KV – e lhe tirar a chance de vencer na pista de rua do Anhembi. O choro foi incontrolável. Página virada e agora era a vez da prova mais importante: a Indy 500.
Tony fez um bom pole Day e não teve problemas em colocar seu carro na 12ª colocação. Para a maioria que não acompanha essa prova isso seria uma péssima posição de largada, mas uma corrida que por muito pouco não premiou pilotos que saíram da última colocação – como Kevin Cougan em 1980 e Scott Goodyear em 1992 – a posição de largada é o que pouco importa. Tendo um carro veloz e extremamente eficiente para andar no tráfego, você passa a ter ótimas chances de vencê-la.
Se a F1 tem sido uma prova de economia por parte dos pneus, esta edição 97 das 500 Milhas de Indianápolis foi uma prova de economia, com a maioria optando por andar no vácuo do carro à frente para poupar combustível. O máximo que algum piloto conseguia abrir era meia reta, sendo tragado pelo pelotão logo depois. Uma verdadeira luta de vácuo. Ryan Hunter-Reay, o novato Carlos Muñoz, Eddie Carpenter, AJ Allmendinger, Tony Kanaan, Marco Andretti e Helio Castroneves, eram os pilotos a se revezarem na liderança da corrida e Kanaan, junto de Andretti, foram os que estiveram mais vezes na primeira posição, trocando-à volta a volta.
A corrida transcorreu tranquilamente, tanto que os acidentes de Hildebrand e Saavedra não demoraram a ser resolvidos pelo resgate e a prova retornou ao seu ritmo normal. Mas como manda o figurino são as últimas 50 ou 30 voltas que importam, com os pilotos a fazerem as suas últimas paradas de box e começarem a colocar a estratégia principal em prática: pé cravado até o fim. Desse modo é que Tony partiu co tudo para cima de Hunter-Reay e assumiu a ponta, mas logo foi ultrapassado pelo norte-americano. Na briga direta apareciam, além dos dois, Carlos Muñoz e Marco Andretti. Uma disputa direta entre a equipe Andretti contra a KV de Tony Kanaan. Batalha que deixou a arquibancada de pé e que nitidamente torcia pelo piloto brasileiro.
Mas o acidente de Graham Rahal na saída na curva dois, indo bater no muro interno quando faltavam sete voltas para o fim, parecia indicar que as coisas demorariam a ser resolvidas. Hunter-Reay era o líder e Tony o segundo. Os destroços e o carro de Rahal tinham sido retirados a tempo e a relargada foi dada, faltando três voltas para o fim. Friamente Tony conseguiu pôr em prática sua relargada foguete e saiu de trás do carro de Ryan como um “dragster” e junto dele trouxe Muñoz, que serviu para atrasar um pouco o piloto americano. Os ponteiros já estavam na metade da reta oposta quando as bandeiras amarelas foram mostradas: Dario Franchitti tinha encontrado o muro após a relargada. Tony viu as luzes amarelas piscando, mas não tirou o pé do acelerador e tirou rapidamente mais uma volta, ficando apenas duas para o fim. Desse modo o resgate não teria tempo hábil para retirar o carro de Franchitti e a relargada ser autorizada. A bandeira branca ainda foi dada sob o regime do Pace Car e a dupla quadriculada mais famosa do automobilismo mundial, foi dada a Tony. A derrota de 2004 tinha ficado de vez no passado.
No Victory Lane, ele foi recebido com o beijo da esposa e com os abraços e cumprimentos do time da KV Racing e ele pôde, enfim, tomar e se banhar com o leite da vitória. Depois festejou com seu amigo e ex-companheiro de equipe Alessandro Zanardi – que depois ele presentearia com o capacete que acabara de usar na vitória -  com Jimmy Vasser, chefe da sua equipe, que rasgou elogios ao piloto brasileiro. Uma tarde histórica em Indianápolis, que infelizmente foi preterida pelo futebol. A festa só foi vista pela internet, já que a Bandeirantes não quis limar pelo menos meia hora de um jogo que não valia muita coisa – afinal era apenas a primeira rodada do campeonato – para mostrar a premiação de Tony em Indianápolis. Uma pena.
Mas muito mais que essa conquista de Tony tenha sido a sétima de um piloto brasileiro nas 500 Milhas de Indianápolis – ele se junta a Emerson Fittipaldi (1989 e 93), Helio Castroneves (2001, 02 e 09) e Gil de Ferran (2003) – ela foi nada mais que a concretização de um trabalho que foi iniciado ainda no Kart com o apoio de seu pai, que morreu quando Kanaan ainda era criança. E todos os dissabores que ele sofreu nestas últimas edições e porque não dizer, nestes últimos anos, foi recompensado agora. 
Agora TK, como ele é chamado nos EUA, entrou de vez na vasta lista dos senhores que venceram no Brickyard. Merecido.
(Foto: AP Photo/ Michael Conroy)

GP de Mônaco - Corrida - 6ª Etapa



O pessimismo apresentando por Nico Rosberg durante a coletiva no sábado era normal: após mais uma pole, ele se lembrava dos últimos GPs em que saíra dessa posição e quem mal conseguia usufruir desta vantagem, uma vez que o seu carro caía drasticamente de performance devido – exclusivamente - pelo alto desgaste de pneus. Mas Mônaco, com seus trechos quase que mal cabem um carro, lhe reservava uma esperança de conseguir algo melhor naquela tarde. Para isso, ele deveria tentar construir uma ótima vantagem que lhe desse chances de fazer uma troca de pneus e ainda se manter à frente de seus rivais. Uma tarefa nada fácil, mas que poderia muito bem acontecer.
Apesar de uma largada sem problemas para os ponteiros, a corrida foi uma enfadonha procissão que viu Rosberg abrir uma diferença bem pífia para seu companheiro Hamilton que lutava com Vettel pela segunda colocação. Mais atrás, Webber segurava a galera que tinha Raikkonen, Alonso, Button e outros que formaram uma longa fila. Corrida modorrenta até que Felipe Massa resolveu tirar a contraprova do seu acidente no sábado na St. Devote e descobrir que não tinha sido uma boa idéia. O Safety-Car entrou e Vettel foi esperto ao ir para os boxes e mudar os pneus de super macios por macios e este exemplo foi seguido por Webber. Rosberg já estava longe e na volta seguinte, antes do SC encontrá-lo, ele também trocou para compostos macios e Hamilton veio logo a seguir. A diferença é que Nico ainda conseguiu voltar na frente, enquanto que Lewis caiu para quarto. Quando a relargada foi dada, Rosberg conseguiu abrir uma diferença razoável para Sebastian e Hamilton passou a pressionar veemente Webber, que conseguia anular as tentativas do inglês em pontos como a Lowes, Chicane do Porto, Tabac e Rascasse. Enquanto que a batalha pela terceira colocação fervia, Chilton resolveu ignorar os espelhos retrovisores ao espremer Maldonado contra o guard-rail da curva Tabac e proporcionar um pequeno vôo do piloto venezuelano, que acabou batendo forte na barreira de proteção e com isso jogando-as na pista. O SC entrou, mas de imediato a bandeira vermelha foi estendida faltando 32 voltas para o fim para que as barreiras fossem colocadas de volta. Com os carros alinhados e com novos pneus, seria uma nova corrida a ser feita no Principado.
Mas quando a relargada foi dada, as posições dos ponteiros não modificaram: Rosberg conseguiu abrir uma boa diferença para Vettel e Hamilton, que tentava como podia passar por Webber, agora sofria com problemas de pneus e não mais incomodava o piloto australiano. Enquanto isso, da quinta posição para baixo, Perez e Sutil faziam a festa ao conseguirem ótimas ultrapassagens sobre Alonso e Button. O piloto mexicano esta possesso na sua condução em Monte Carlo, mas errou na dose quando tentou passar Kimi na entrada da Chicane do Porto e acabou furando o pneu traseiro direito do Lotus do finlandês. Raikkonen foi aos boxes e voltou em 16º, conseguindo fazer uma das recuperações mais extraordinárias naquela pista ao subir dessa posição até a décima em poucas voltas e Sergio abandonou logo depois com o radiador de seu McLaren furado. Adrian Sutil foi mais esperto e menos ignorante nas ultrapassagens, aproveitando-se bem dos vacilos de Button e Alonso na Lowes, ele conseguiu chegar a um ótimo quinto lugar. Fernando, por sua vez, fez uma das piores apresentações da sua carreira ao optar por uma condução mais conservadora e isso lhe custou três colocações para Perez, Sutil e Button e terminou em sétimo.
A vitória de Rosberg já era cantada desde o GP da Espanha, mas para isso ele precisaria fazer a pole e a fez de modo tranqüilo até. O desempenho do W04 ainda o deixava em dúvida, mas o comportamento do carro em Monte Carlo foi bom e os pneus resistiram bem. A Red Bull também teve um bom ritmo nessa corrida e assim como a Mercedes, pouco sofreu com a borracha, mas achei que Vettel preferiu uma pilotagem mais segura para conservar os pneus, pois o seu início de corrida tinha sido extremamente agressivo ao tentar passar Hamilton, ou induzi-lo ao erro. Depois baixou a guarda, talvez já sabendo que os seus rivais diretos, Raikkonen e Alonso, estavam a passar por maus bocados nas 5ª e 6ª posições. Foi um GP lucrativo para ele. E o asfalto liso de Mônaco ajudou estas duas equipes que tem mais sofrido com estes pneus, enquanto que Lotus e Ferrari não tiveram um bom fim de semana.
Como eu escrevi ao término da corrida, alguns irão dar crédito a essa vitória da Mercedes pelo teste secreto que eles realizaram em Barcelona com os pneus da Pirelli, mas a verdade é que a prova que interessa mesmo para tirarmos as conclusões é a do GP do Canadá onde o asfalto é extremamente abrasivo e que consome os pneus em poucas voltas, e a Pirelli deve levar os mesmos compostos de Mônaco para Montreal e isso gerará ainda mais duvidas de como os carros se comportaram lá, em especial os da Mercedes.
A guerra declarada entre Red Bull e Ferrari contra a Mercedes por causa do agora famoso teste, irá render muito até o final de semana do dia 16 de junho. A batalha dos pneus extrapolou as pistas, indo parar nos tribunais e agora é hora da FIA e Bernie lidarem com o monstro que criaram.   

Resultado Final 
Grande Prêmio de Mônaco - Monte Carlo 
78 voltas - 6ª Etapa 
26/05/2013



1 - Nico Rosberg  (ALE/Mercedes)
2 - Sebastian Vettel (ALE/RBR)
3 - Mark Webber (AUS/RBR)
4 - Lewis Hamilton (ING/Mercedes)
5 - Adrian Sutil (ALE/Force India)
6 - Jenson Button (ING/McLaren)
7 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari)
8 - Jean-Eric Vergne (FRA/STR)
9 - Paul Di Resta (ESC/Force India)
10 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus)
11 - Nico Hulkenberg (ALE/Sauber)
12 - Valteri Bottas (FIN/Williams)
13 - Esteban Gutierrez (MEX/Sauber)
14 - Max Chilton (ING/Marussia)
15 - Giedo Van der Garde (HOL/Caterham)
 
Abandonaram a prova:
Sergio Pérez (MEX/McLaren)
Romain Grosjean (FRA/Lotus)
Daniel Ricciardo (AUS/STR)
Jules Bianchi (FRA/Marussia-Cosworth)
Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault)
Felipe Massa (BRA/Ferrari)
Charles Pic (FRA/Caterham-Renault)

sábado, 25 de maio de 2013

Vídeo: Indy 500, 1973

O acidente de Savage, em 1973
As 500 Milhas de Indianápolis de 1973 foi apelidada de "72 Horas de Indianápolis" numa brincadeira devido ao atraso causado pela chuva, que estendeu a corrida da segunda-feira até a quarta - a corrida era realizada no Memorial Day que era comemorado no dia 30 de maio, mas uma lei instituída naquele ano moveu a data para a última segunda-feira do mês de maio. Apesar da brincadeira, esta 57ª edição da prova foi marcada pela tragédia, começando pela morte do experiente Art Pollard no Pole Day.
Na segunda-feira a largada foi dada às 15:00 devido a chuva, mas na partida Salt Whalter acabou por decolar e bater no alambrado jogando todo combustível na multidão que estava na beira da cerca. Junto dele outros pilotos se envolveram no acidente, mas sem gravidade. Whalter e outros 11 espectadores sofreram queimaduras. Quando o resgate retirava os carros e a pista era limpa, a chuva voltou ao Indianápolis e ela foi transferida para a terça.
No dia seguinte 32 carros estavam no grid - menos o de Salt Whalter - e a corrida teria a sua partida às 10:15 da manhã. Na saída do Pace Car a chuva voltou a cair e foi dada a bandeira vermelha. A direção de prova esperou até às 14:00 para que a chuva cessasse, mas esta não deu trégua e a corrida foi transferida para a quarta.
Desta vez, já na quarta-feira, a largada foi dada mesmo com a ameaça inicial de chuva, mas o sol estava brilhando quando a prova começou. A corrida transcorreu normalmente até a 57ª volta quando Swede Savage bateu forte no muro interno da curva quatro, indo parar na entrada da reta principal. A bandeira vermelha foi acionada e para piorar, um dos integrantes da equipe de Savage, Armando Teran, foi atropelado por um caminhão do corpo de bombeiros que trafegava pela contra-mão dos boxes.
Apesar de tudo isso a pista foi limpa e a corrida reiniciada, mas ela não durou muito: na 129ª volta a chuva desabou em Indianápolis e o diretor de provas decidiu encerrar a prova e Gordon Johncock foi o vencedor.
Savage ainda resistiu aos ferimentos até o dia 2 de junho, quando veio a falecer decorrente a uma hepatite B contraída numa transfusão de sangue.
Os acidentes desta edição forçou a USAC a mudar muita coisa para 1974, como diminuir a potência dos motores turbo que estavam chegando a quase 1.000cv com a adição de válvulas pop-off; o tanque de combustível foi reduzido de 75 para 40 litros; as enormes asas traseiras usadas em 73, foram cortadas pela metade; muros, cercas, a entrada de box e o afastamento do público no circuito de Indianápolis, foram as mudanças feitas no Speedway tornando-o mais seguro para pilotos e espectadores.
Somente nove anos depois é que Indianápolis presenciou outra morte, no acidente de Gordon Smiley durante os treinos para a edição de 1982.

Hunt em Mônaco, 1975

Trabalho como banderinha há quase 11 anos e a principal instrução que é nos dada quando um piloto abandona uma corrida, em qualquer circunstância que seja, é de não tocá-lo em momento algum afinal de contas o cara está com a cabeça a mil e qualquer revide dele a qualquer movimento que você faça em direção dele, mesmo querendo ajudá-lo, pode dar em um empurrão ou algum sopapo.
Tem um vídeo do James Hunt onde ele desfere um soco na cara de um comissário de pista quando este vai tentar lhe falar algo, ou ajudá-lo, mas dias atrás achei este onde ele acaba de abandonar o GP de Mônaco de 1975 após tocar rodas com Patrick Depailler na entrada da Mirabeau e indo parar no guard-rail e já fora do carro e extremamente furioso, por pouco não sai na mão com um bandeirinha quando este tentar tirar ele da rota do Hesketh que estava sendo resgatado.

GP de Mônaco - Classificação - 6ª Etapa

Terceira pole para Rosberg e perspectiva de vitória em Monte Carlo, apesar do pessimismo do alemão com o ritmo do W04.
(Foto: Reuters)
Apesar das condições iniciais não serem tão favoráveis, com a pista molhada e úmida nas duas primeiras partes do treino, a Mercedes se impôs mais uma vez com uma bela volta de Nico Rosberg que lhe garantiu a terceira pole consecutiva neste ano. Lewis Hamilton apareceu com chances de tomar a pole de seu companheiro, mas ficou apenas 91 milésimos do tempo de Rosberg que foi de 1'13''876.
Sebastian Vettel também tinha hipóteses de tentar a primeira colocação, mas seu tempo foi um décimo pior e terá Mark Webber ao seu lado na segunda fila, com três décimos de atraso para o pole. Kimi Raikkonen aparece em quinto, com Alonso logo em seguida. Perez, Sutil, Button e Vergne, num ótimo trabalho ao volante do Toro Rosso, fecha os dez primeiros.
Apesar de ter sido mais uma vez sensacional nos treinos, Rosberg ainda não está otimista com ritmo de corrida do W04, mas desconfio que desta vez a chance de sair do Principado com um resultado satisfatório - uma vitória, quem sabe - não é descartada. Pistas de rua normalmente tem um asfalto mais liso e isso acaba sendo benéfico para os carros que tem sofrido com o alto desgaste neste ano e curiosamente são as duas que mais tem sofrido com isso, que estão nas duas primeiras filas. Levando em conta que Rosberg no início de prova tem um ritmo melhor que o de Hamilton, o piloto alemão poderá se beneficiar disso e fugir na liderança da prova, enquanto Lewis fará o "trabalho sujo" de segurar a galera. Se realmente os carros prateados não sofrerem tanto com o desgaste, podem conseguir aí o resultado que tanto perseguem.
Por outro lado as apostas pendem mais para a Red Bull, principalmente com Vettel e isso vem de encontro com a história do baixo desgaste da borracha. Pode muito bem atacar um dos Mercedes já na largada e despachá-lo para terceiro e marcar de perto o outro e esperar pelas paradas de box para pular na liderança. Alonso e Raikkonen, que haviam apresentado boas performances durante os treinos livres, sairão da terceira fila e terão que depender das estratégias de box para conseguir algo de concreto na corrida de amanhã. Felipe Massa, que nem treinou devido o acidente pela manhã que destruiu o seu carro e não foi reconstruído a tempo, sairá da última colocação e fará uma corrida de muita paciência para tentar, ao menos, beliscar um ponto amanhã.

Grid de Largada para o Grande Prêmio de Mônaco - 6ª Etapa

1 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m13s876
2 - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - 1m13s967 - a 0s091
3 - Sebastian Vettel (ALE/RBR) - 1m13s980 - a 0s104
4 - Mark Webber (AUS/RBR) - 1m14s181 - a 0s305
5 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - 1m14s822 - a 0s946
6 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m14s824 - a 0s948
7 - Sergio Perez (MEX/McLaren) - 1m15s138 - a 1s262
8 - Adrian Sutil (ALE/Force India) - 1m15s383 - a 1s507
9 - Jenson Button (ING/McLaren) - 1m15s647 - a 1s771
10 - Jean-Eric Vergne (FRA/STR) - 1m15s703 - a 1s827
11 - Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) - 1m18s331 - a 2s343
12 - Daniel Ricciardo (AUS/STR) - 1m18s344 - a 2s356
13 - Romain Grosjean (FRA/Lotus) - 1m18s603 - a 2s615
14 - Valtteri Bottas (FIN/Williams) - 1m19s077 - a 3s089
15 - Giedo van der Garde HOL/Caterham) - 1m19s408 - a 3s420
16 - Pastor Maldonado (VEN/Williams) - 1m21s688 - a 5s700
17 - Paul di Resta (ESC/Force India) - 1m26s322 - a 2s870
18 - Charles Pic (FRA/Caterham) - 1m26s633 - a 3s181
19 - Esteban Gutierrez (MEX/Sauber) - 1m26s917 - a 3s465
20 - Max Chilton (ING/Marussia) - 1m27s303 - a 3s851
21 - Jules Bianchi (FRA/Marussia) - sem tempo
22 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - sem tempo

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Vídeo: GP de Mônaco, 1980

Mais uma raridade: o vídeo completo do GP de Mônaco de 1980, 6ª etapa, disputado em 18 de maio com transmissão pela TV Bandeirantes.
A pole foi marcada por Didier Pironi com o tempo de 1'24''813 e a vitória ficando com Carlos Reutemann que foi seguido por Jacques Laffite e Nelson Piquet. Emerson Fittipaldi terminou em sexto.
O principal destaque nesta corrida, como boa parte deve saber, é para o acidente de Derek Daily que catapultou sua Tyrrell após tocar na traseira do Alfa Romeo de Bruno Giacomelli. Além deles, Jean Pierre Jarier, companheiro de Daily na Tyrrell, e Alain Prost abandonaram no ato.
O outro destaque vai para as ousadas ultrapassagens de Gilles Villeneuve naquele dia, ao passar Arnoux e Patrese na Saint Devote em momentos distintos.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Keke Rosberg, 30 anos atrás

Se nos treinos de hoje em Monte Carlo Nico Rosberg esteve extremamente rápido ao colocar a Mercedes na ponta dos dois treinos livres realizados lá, talvez ele possa sonhar com uma pole e quem sabe, até vencer. A situação não é fácil como todos sabemos devido ao alto desgaste dos pneus que aliado a baixa performance do W04, dificulta tudo. Mas seu pai, o velho Keke Rosberg, conseguiu uma improvável vitória no GP de Mônaco de 1983 ao sair da quinta colocação do grid e pular para segundo já na primeira curva.
Apesar da enorme falta de potência dos Cosworth frente aos motores Turbo da BMW e Renault, aquele tipo de traçado era o único em que um carro equipado com motor aspirado podeia fazer frente aos monstros turbocomprimidos. Com a pista molhada no início e partindo com pneus de pista seca, Rosberg conseguiu a primeira colocação ainda na primeira e volta e desapareceu na frente. Foi uma aposta arriscada, uma vez que os ponteiros Prost, Arnoux, Cheever e Tambay estavam com pneus para pista molhada e a aposta numa corrida com pista seca foi a cartada que a Williams e outros times tiveram e acabaram por se dar bem.
Com um pilotagem vistosa, andando de lado em vários trechos do circuito, Rosberg venceu com uma folga de dezoito segundos para Nelson Piquet e a terceira colocação ficou com Alain Prost. Depois desta conquista de Keke, a Williams só voltaria a vencer no Principado 20 anos depois com Juan Pablo Montoya ao volante.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...