segunda-feira, 1 de julho de 2013

Foto 218: Homenagem

(Foto: Ferrari Fans/ Facebook)
E a Ferrari não esqueceu daquele que deu a ela o seu primeiro triunfo no Mundial de Fórmula-1 há 62 anos, exatamente em Silverstone.
Apesar de simples, foi legal a lembrança em memória de José Froilan González, que morreu no último dia 15 de junho aos 90 anos.
Em 2011, horas antes do GP inglês, Fernando Alonso teve o privilégio de pilotar o Ferrari 375 que pertenceu ao "Cabezón" no GP da Grã-Bretanha de 1951.
Podiam ter repetido a dose este ano também.

GP da Grã-Bretanha - Corrida - 8ª Etapa



Uma dose de sorte para Nico: os problemas com Hamilton e Vettel deram ao piloto alemão a chance de vencer pela
segunda vez neste ano e mostrar que o carro da Mercedes, aparentemente, está com desgaste de pneus bem menor
do que em outras etapas.
(Foto: Divulgação)

Que últimas sete voltas mágicas que vimos em Silverstone. Um Mark Webber pilotando feito um alucinado, na sua última corrida naquele circuito com um carro de F1, após uma péssima largada que o jogou de quarto de 13º e que depois o jogaria para as últimas posições para trocar o bico avariado por causa de um toque com Grosjean. Terminou em segundo e com mais duas voltas poderia tentar uma ultrapassagem sobre Nico Rosberg, na disputa pela vitória. Fernando Alonso foi outro mestre ao se aproveitar bem dos pneus novos que trocara naquelas voltas com Safety Car e confesso que achei que aquele pit-stop tinha sido um tiro no pé. Mas o piloto espanhol arrancou para assegurar uma importante terceira colocação, mesmo após ter sofrido um baita susto com o estouro do pneu traseiro esquerdo do McLaren de Perez que ia à sua frente na “Hangar Straigth”. Lewis Hamilton, pela sua velocidade e circunstâncias que viriam mais tarde dar a conquista à Rosberg, poderia ter saído de Silverstone com uma bela vitória diante de seu público, mas o estouro do pneu esquerdo traseiro na oitava volta arruinou sua corrida obrigando-o a fazer uma prova de recuperação a exemplo do que fizera Webber e Felipe Massa. Este último tinha feito uma largada soberba ao sair de 11º para quinto na largada e estar forte atrás de Sutil quando o Ferrari rodou em uma das curvas após um estouro do pneu traseiro... esquerdo que também o jogara para fim do pelotão. Mesmo que todas essas recuperações tenham tido a ajuda do Safety – que reagrupou o pelotão nas suas duas entradas – e também pelo uso do DRS, não podemos negar que foram sete voltas de automobilismo em estado puro, com os pilotos a correrem sem ter a preocupação – que tem sido habitual – de economizar pneus.
Com relação aos pneus suicidas, ou pneus bomba, estes chegaram a um ponto crítico que, particularmente, imaginava que teriam um desgaste altíssimo em alguma etapa, até mesmo maior do que foi apresentado na corrida da Espanha. Mas as explosões dos pneus, todos os traseiros esquerdos, dos carros de Hamilton, Massa, Vergne – estes três com intervalos de duas ou três voltas de um para o outro – e de Perez, causou certa preocupação com o estágio que esta atingindo a Pirelli com a construção destes. Diga-se um estagio negativo, uma vez que, por muita sorte, estes pneus não terem estourado em curvas de alta. Imagino o estrago que teria sido se um deles tivesse explodido durante o contorno de uma “Copse” ou na seqüência rápida que é a “Maggots”, “Chapel” e “Club”. A não utilização do Kevlar na construção destes pneus foi um erro grave por parte da Pirelli, que já está investigando as causas destes estouros. A FIA, enfim, não esperou para que acontecesse algo de mais grave – lembre-se que a bruxa está à solta no mundo dos motorsports – e resolveu fazer uma reunião extraordinária para saber o que de fato aconteceu em Silverstone e as medidas que devem ser tomadas para as próximas etapas. E lembrar que a o GP da Alemanha, em Nurburgring, será no próximo domingo deixa um ar de suspense o que poderá acontecer com a Pirelli.
Voltando a corrida, esta parecia já ter dono quando Hamilton teve o seu problema de pneu: Vettel estava muito bem na dianteira da corrida e conseguira manter uma diferença confortável sobre Nico Rosberg, mas o câmbio quebrado faltando dez voltas para o fim tirou dele uma boa oportunidade de ampliar ainda mais a sua diferença para Fernando Alonso, que agora é de 21 pontos. Mas foi importante esta corrida para verificarmos que a Red Bull, aparentemente, resolveu os problemas de desgaste de pneus o que possibilitará Sebastian a impor seu ritmo nas corridas seguintes. A Mercedes também teve um final de semana muito bom: a pole de Hamilton e constância de Nico atrás de Vettel, não deixando seu conterrâneo desaparecer na frente, mostra o quanto que o teste secreto pode ter ajudado para resolver o crônico problema de desgastes de pneus, que tanto castigava os carros prateados. A Lotus, que parecia ter a chance de ver Raikkonen no pódio, viu o seu ótimo piloto cair posições após a saída do Safety Car numa aposta de não trocar pneus e tentar se equilibrar no baixo consumo que tem este carro com a borracha italiana, mas eles não contavam com os foguetes que foram Webber, Alonso e Hamilton naquela parte final com os pneus novinhos. A quinta posição foi amarga para eles. Já a Ferrari levou para Silverstone mais um daqueles famosos pacotes de novidades que se saíram um verdadeiro fracasso na classificação, mas que na corrida parece ter surtido algum efeito com o bom andamento que teve Alonso e Massa – não digo apenas na parte final da corrida, mas antes da segunda entrada do SC – com Massa tendo um ótimo início de prova e Alonso conseguindo discutir as posições intermediárias com chances de arrebatar um pódio mesmo que não houvesse essas intervenções. Mas o carro apresentou um grave problema de saída de frente na entrada das curvas e de saída de traseira após o contorno das curvas. De se destacar amplamente o bom trabalho de Sutil e Ricciardo nessa corrida, o que mostra que os carros de Force India e Toro Rosso podem dar um trabalho extra para os times de ponta em algum circuito nessa segunda parte do mundial, em especial pistas rápidas como Spa, Monza e Suzuka.
Os sustos que os pneus da Pirelli proporcionaram em Silverstone me fez retroceder oito anos, quando a Michelin retirou do grid do GP dos EUA todos os carros calçados com a sua borracha devido à deformação que estes sofriam na veloz curva 13 (curva 1 do oval), que resultou num forte acidente de Ralf Schumacher naquela ocasião durante os treinos. Apesar de na época ter achado ridículo, vejo que hoje os franceses tinham razão naquela atitude. Talvez isso não passasse pela cabeça dos homens da Pirelli se ali estivessem e mandariam os carros para a pista. E o resultado seria catastrófico.

Resultado Final 
Grande Prêmio da Grã-Bretanha 
Circuito de Silverstone - 52 Voltas 
8ª Etapa - 30/06/2013


1 - Nico Rosberg(ALE/Mercedes) - 1h32m59s456
2 - Mark Webber(AUS/RBR) - a 0s765
3 - Fernando Alonso(ESP/Ferrari) - a 7s124
4 - Kimi Raikkonen(FIn/Lotus) - a 7s756
5 - Lewis Hamilton(ING/Mercedes) - a 11s257
6 - Felipe Massa(BRA/Ferrari) - a 14s573
7 - Adrian Sutil(ALE/Force India) - a 16s335
8 - Daniel Ricciardo(AUS/STR) - a 16s500
9 - Paul Di Resta(ESC/Force India) - a 17s993
10 - Nico Hulkenberg(ALE/Sauber) - a 19s700
11 - Pastor Maldonado(VEN/Williams) - a 21s100
12 - Valtteri Bottas(FIN/Williams) - a 25s000
13 - Jenson Button(ING/McLaren) - a  25s900
14 - Esteban Gutiérrez(MEX/Sauber) - a 26s200
15 - Charles Pic(FRA/Caterham) - a  31s600
16 - Jules Bianchi(FRA/Marussia) - a 36s000
17 - Max Chilton(ING/Marussia) - a 1m07s600
18 - Guiedo van der Garde(HOL/Caterham) - a 1m07s700
19 - Romain Grosjean(FRA/Lotus) - a 1 volta

Não completaram:
Sergio Pérez (MEX/McLaren) - 47 voltas
Sebastian Vettel (ALE/RBR) - 42 voltas
Jean-Eric Vergne (FRA/STR) - 36 voltas

Volta mais rápida: Mark Webber(AUS/RBR): 1m33s401, na volta 52


quinta-feira, 27 de junho de 2013

O vídeo comemorativo da Porsche sobre suas conquistas nestas 24 Horas de Le Mans

E a Porsche divulgou, a exemplo da Audi, o vídeo que exalta as vitórias da marca de Weissach nesta edição das 24 Horas de Le Mans nas categorias LMGTE-PRO (Marc Lieb/Richard Lietz/Romain Dumas com o Porsche 991 do Team Manthey AG) e na LMGTE-AM (Narac/ Jean-Karl Vernay/ Christophe Bouchut da IMSA Performance Matmut).
E aio final do vídeo, uma pequena e justa homenagem a Allan Simonsen, morto durante a prova em Sarthe.

A saída de Mark Webber e o lugar mais cobiçado do grid para 2014

"Tchau, Webber!": O piloto australiano deixará a F1 ao final deste campeonato e defenderá a Porsche no WEC
(Foto: The Guardian)
Como todos sabem Mark Webber não ficará mais na Fórmula-1 para o ano de 2014. Ele dará continuidade a sua carreira no Mundial de Endurance (WEC) deixará a categoria máxima após doze anos por lá, tendo passado por Minardi, Jaguar, Williams e atualmente pela Red Bull, para quem ele pilota desde 2007. Fará falta? Pelo menos para mim não, uma vez que não aprecio sua pilotagem, mas reconheço que foi  um ótimo piloto até o ano de 2010 quando teve chances de conquistar algo de mais concreto - leia-se título mundial - e não o fez por ter se arrebentado durante um trilha - ou seja lá o que for - com um mountain bike.
Por outro lado, acho louvável sua atitude de seguir o caminho que tantos outros ex-pilotos da F1, que deram certo, ou não, na categoria, de ir correr no Campeonato Mundial de Endurance (antigo Mundial de Marcas, Sport Prototipos). Mark Webber esteve por lá no final dos anos 90 - precisamente 98 e 99  -onde defendeu as cores da Mercedes pilotando os belos Mercedes CLK GTR1, que o fez dar umas cambalhotas em Le Mans no ano de 1999. A sua ida para lá reforça o a equipe da Porsche, com quem vinha mantendo negociações, que eram constantemente rebatidas pelo próprio Mark em várias coletivas. Até mesmo um rumor de uma possível renovação com a Red Bull tinha sido ventilada na imprensa, mas hoje pela manhã o boato mais forte deu razão a toda a fumaça erguida há meses sobre essa possível junção de Mark com a Porsche a partir de 2014. Sinceramente foi um bela escolha pela parte dele, uma vez que o ambiente do Endurance é muito - mas muito - tranquilo do que a panela de pressão que é a F1. Os seus dias de parceiro de Sebastian Vettel já estavam contados depois do entrevero do GP malaio e desde lá, Webber vem apresentando um desempenho bem pobre e, se brincar, bem pior do que a do ano passado. Ele vai se juntar a Timo Bernhard, Romain Dumas e Neel Jani, que foi confirmado pela Porsche na segunda-feira pós 24 Horas de Le Mans. É um ótimo quarteto para os "Mestres de Le Mans".
Sobre o seu possível substituto na Red Bull, as apostas repousam sobre Kimi Raikkonen, que tem um bom relacionamento com Vettel, mas como diz o ditado "amigos amigos, negócios à parte". Acho difícil uma convivência tranquila entre os dois. Pode até ser que o início seja um mar de rosas por aquelas bandas, mas a natureza difícil de Sebastian, que já foi mostrada este ano, pode muito bem azedar tudo por lá. Afinal de contas, Raikkonen não entrará para brincar: apesar do seu tipo desligadão, voltou em grande forma e só não está numa disputa mais acirrada pelo título, porque a Lotus tem caído das pernas financeiramente falando o que dificulta o desenvolvimento do carro durante a temporada (vide 2011 e 2012 onde o carro caiu de rendimento no meio da temporada, voltando a se dar bem no final). Mas o que pesa uma possível saída de Raikkonen é o futuro incerto da Lotus, uma vez que o seu principal trunfo, James Allison, responsável pelos ótimos carros da equipe nestas últimas temporadas, saiu de lá no início do mês de maio e a parte financeira poderá influenciar bastante. Não é a toa que a equipe tem sondado Pastor Maldonado (leia-se a grana da PDVSA) para ocupar um dos cockpits do carro negro em 2014.
Mas ainda tem os novatos da Toro Rosso, que estão sedentos por um lugar ao sol na melhor equipe da atual F1. Pegar aquele cockpit, agora vago, é novo "turbo" para o ânimo de Ricciardo e Vergne que tem lutado constantemente em superar um ao outro, mas sem empolgar a cúpula da Red Bull. E ainda tem outros dois caras que no passado, tiveram seus nomes ligados a assumir o lugar de Webber, caso este viesse a sair: Sebastién Buemi - que é piloto de testes do time e defendeu a Toyota em Le Mans - e o de Nico Hulkenberg que, se não me falhe a memória, tem um ano de contrato com a Sauber e que teve seu nome indicado para ir para equipe rubro-taurina em 2013.
A verdade é que o grande atrativo da futura "Silly Season" é em saber quem será o premiado a ocupar o lugar deixado por Webber. No mínimo será divertido.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

A famosa primeira volta do GP da Grã-Bretanha, 1973

Jody Scheckter era nitidamente um piloto veloz e isso já havia despertado aatenção dos donos de equipe pelo paddock da Fórmula-1 naquele ano de 1973. Mas o único problema dele, como a maioria dos jovens afoitos que apareceram - e que aparecerião - nestas décadas na categoria, era a falta de cérebro. Podemos dizer que Jody foi um precursor do que veríamos no dias de hoje em pilotos como Romain Grosjean e Pastor Maldonado, em termos de velocidade pura - isso é inegável - e também na facilidade em causar grandes confusões. Nesse quesito Grosjean ganha fácil de Maldonado uma vez que ele iniciou as carambolas nos GPs da Bélgica de 2009 e 2012, principalmente a desta última, que foi de causar inveja ao que Jody havia feito 40 anos atrás em Silverstone.
Scheckter estava em sua quarta participação na F1. Havia feito outras três corridas, todas a serviço da Mclaren, nos GPs de Watkins Glen (1972), África do Sul e França. Aliás, neste mesmo GP da França, disputado no sempre belo circuito de Le Castellet, ele havia feito uma corrida impecável ao lutar bravamente contra o campeão reinante Emerson Fittipaldi pela vitória. Largou em segundo e já estava na liderança da prova ao dobrar da primeira curva e dali até a 41ª volta, duelou com Fittipaldi pela vitória até que o brasileiro tentou uma ultrapassagem na última curva e teve a porta fechada por Jody, ocasionando a quebra da suspensão do Lotus e consequentemente o abandono de Emerson. O sul-africano abandonaria duas voltas depois. Mas Silverstone foi o ápice do arrojo exagerado de Scheckter.
Jody saíra bem da sexta para a quarta colocação na largada e estava colado no câmbio do seu companheiro de equipe Peter Revson. Enquanto que as atenções estavam voltadas para a disputa Stewart-Peterson pela liderança, só pôde ver um carro branco levantando poeira após rodar na saída da rápida Woodcote: Jody Scheckter rodara e batera n muro interno da reta principal, e a maioria que veio atrás não conseguiu desviar, causando o maior acidente naquela pista antes da famosa corrida de 1975.
Nada mais que onze carros ficaram de fora da segunda largada, sendo que o prejuízo maior ficou para a equipe Surtees, que teve seus três carros limados da segunda prova - entre eles José Carlos Pace -, e Andrea de Adamich que, devido aos ferimentos desse acidente, encerrou a sua carreira.
A prova foi retomada e a vitória coube a Peter Revson, a primeira dele na F1. Para Jody Scheckter, restou as critícas e depois mais outras duas corridas pela Mclaren naquele ano (EUA e Canadá), até despertar o interesse do velho Ken Tyrrell que o levou para o seu Team em 1974.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

24 Horas de Le Mans 2013: Sangue, Drama e Glória em Sarthe

Quando Tom Kristensen desceu do seu Audi e-tron quattro #2, ele se tornara, pela nona vez, o vencedor das 24 Horas de Le Mans. Uma marca respeitável e que reforça ainda mais o título de "Mister Le Mans" neste período de 16 anos, que se iniciou em 1997 com a sua primeira vitória em Sarthe a bordo de um Porsche WSC-95 formando trio com Stefan Johansson e Michele Alboreto. Mas havia muito mais emoção em jogo: a morte de seu conterrâneo Allan Simonsen ainda nas primeiras horas de prova, tinha tirado o brilho de qualquer conquista em uma das quatro classes que competiam. Ao tentar desviar de um dos Ferraris, que rodara na saída da Tertre Rouge, Allan perdeu o controle de seu Aston Martin #95 - que havia largado da pole na categoria LMGTE-AM - indo bater violentamente contra o guard-rail externo daquela curva. Apesar de ter sido retirado dali e levado para o hospital, as notícias vindas de lá nos davam mais conforto com relação ao seu estado de saúde, mas ao fechamento da segunda hora de prova chegou a notícia de que Allan Simonsen, que estava prestes a completar 35 anos e que disputava as 24 Horas de Le Mans pela sétima vez, morrera devido os ferimentos do acidente que ocorrera na quarta volta. Um baque para todos, que não acontecia desde 1997 com o acidente mortal de Sebastien Enjolras durante os treinos e de Jo Gartner, durante a prova de 1986.
Este era o momento em que Kristensen ainda estava nos boxes, esperando o momento que Allan McNish e Loic Duval terminassem os seus turnos no comando do Audi #2. Certamente já sabia da notícia e quando assumiu o comando do carro na sexta hora, já era líder da prova após os problemas de câmbio que foi apresentado pelo Audi #1 e o pneu furado do #3, quase que tudo ao mesmo tempo. A sabedoria e cadência do velho Kristensen, que tão bem conhece cada cada canto daquele circuito, junto de McNish - que é outro que dispensa comentários - e mais Duval, levaram o Audi #2 a uma vitória que não aparentava ser deles no início da corrida.
A Audi, mais uma vez, esteve em boa forma em Sarthe e nem os problemas nos carros #1 e #3 os abalaram, mas tiveram que ficar de olho no desempenho dos Toyotas que por mais que não fossem tão rápidos durante todo o certame, estavam com uma volta de desvantagem para o carro #2. O TS030 Hybrid #8 e #7 estiveram próximos por toda o certame, exceto na última meia hora de corrida quando o #7, pilotado por Nicolas Lapierre, bateu na barreira de pneus da curva Porsche. Para a Toyota a única possibilidade de lutar contra o poderio da Audi, repousava sobre o tempo chuvoso que deu as caras em Sarthe em algumas situações - principalmente no início da corrida, que proporcionou a equipe japonesa a chance de lutar contra o Audi #1 pela liderança naquelas primeira voltas antes da intervenção do Safety Car, devido o acidente de Simonsen, com o carro #7 de Lapierre contra o André Lotterer. Mais atrás, se beneficiando da chuva, aparecia o #8 de Anthony Davidson numa verdadeira briga de foice contra os outros dois Audis. Três voltas alucinantes. Mas com a pista seca, este cenário se reverteu totalmente para a Audi, que pôs seus três carros nas primeiras posições até que os problemas jogassem o #1 - que era pilotado por Tréluyer - para a 24ª posição, fazendo com que o trio deste carro fizesse uma corrida de recuperação até levá-lo a quinta posição no final. O #3 teve um pneu furado justamente no momento que estava prestes a assumir a liderança, o que deixou o caminho aberto para o Audi #2. Ao menos o trio do Audi #3, formado por Marc Gene/ Lucas Di Grassi/ Oliver Jarvis, conseguiu ficar com a terceira posição no final.
Na LMP2 a OAK Racing conquistou a dobradinha com os seus dois Morgan Nissan #35 (Bertrand Baguete/ Martin Plowman/ Ricardo González) e #24, mas não foi tão fácil como mostra a tabela final: o #24 ficou na liderança por um bom período até que ele tivesse um contratempo na Maison Blanc, após uma rodada - que quase levou um dos Audis junto - jogando o carro para o meio do pelotão no decorrer da sexta hora. Isso deixou o outro carro da equipe numa disputa direta contra o #26 da G-Drive - então líder - e o #38 da Jota Sport. Com o as paradas de box e intervenções do Safety Car, a liderança voltou para o comando da OAK assim como a recuperação do trio Olivier Pla/ Alex Brundle/ David Heinemeier no #24. A terceira posição foi do #26 da G-Drive, pilotado por Roman Rusinov/ John Martin/ Mike Conway.
Na LMGTE-PRO o duelo ficou restrito a Aston Martin (AMR) contra a Porsche (Team Manthey AG), que estiveram próximos durante todas as 24 Horas se alternando na liderança da prova. Coube a Porsche a vencer este duelo após a desistência por acidente de Fred Mackowiecki no #99 da Aston Martin, após bater na saída da primeira chicane da Mulsanne. E isso se estendeu para a LMGTE-AM, que viu a Porsche vencer com o carro #76 da equipe IMSA Performance Matmut, pilotado por Raymond Narac/ Jean-Karl Vernay/ Christophe Bouchut, enquanto que o único Aston que ficou presente naquela categoria, o #96 de Roald Goethe/ Jamie Campbell-Walther/ Stuart Hall, fechou em sexto naquela categoria. Infelizmente não foi uma boa jornada para os carros britânicos, que ficaram na prova a pedido - segundo nota oficial da equipe - da família de Simonsen e que estavam confiantes numa dupla vitória nas duas classes dos GTs.
Estas 24 Horas de Le Mans teve um número recorde de intervenções de Safety Car que, ao total de todas as entradas, ficou por volta de seis horas. Ou seja, a corrida teve 18 horas de disputas diretas, entremeadas por estas intervenções. Mas as mais demoradas foi por causa dos reparos nos guard-rails em três situações.
Ao final dessa corrida, as lembranças de Allan Simonsen ainda estavam vivas nas palavras de Jacky Ickx no pódio e o abraço emotivo que ele deu em Kristensen, visivelmente emocionado, só reforçou este sentimento.
Para Kristensen, que havia perdido o pai em março passado, ele dedicaria esta vitória a ele, mas o piloto dinamarquês decidiu fazer essa em homenagem a Allan: “Perdemos alguém que compartilhava do mesmo sonho, um cara absolutamente humilde e gente boa. É um sentimento misto”, comentou. “Meu pai morreu em março, e ele me disse que eu iria ganhar Le Mans este ano. Espero que eu possa ganhar outro e dedica-lo ao meu pai, porque [a vitória] este ano é para Allan Simonsen”.
Esperamos ver a décima vitória sua em 2014, Kristensen, mas dessa vez numa forma mais alegre e festiva.

sábado, 22 de junho de 2013

24 Horas de Le Mans 2013: 10ª Hora

A nona hora de corrida em Sarthe vai chegando ao fim e as posições na LMP1 continuam inalteradas. O incansável Tom Kristensen continua na liderança com o Audi #1, com as Toyotas #8 e #7 em segundo e terceiro. Em quarto segue o Audi #3 e na 16ª colocação o Audi #1.
Na LMP2 nada alterado: a OAK segue com a sua dobradinha, #35 em primeiro e #24 em segundo a terceira colocação do #38 da Jota Sport.
Na LMGTE-PRO, liderança tranquila para o Aston Martin #99 de Rob Bell, com o outro Aston Martin de Darren Turner em segundo. A terceira posição ainda é do Porsche #92 de Marc Lieb.
A única mudança significativa de todos os ponteiros das quatro classes foi na LMGTE-AM, onde #88 da Proton Competition, com Roda ao volante, acabou encalhado na brita e viu sua liderança cair no colo do Porsche #77 da Dempsey-Del Piero. Em segundo vem o Porsche #76 da IMSA Performance Matmut e em terceiro a Ferrari #55 da AF Corse. O #88 se encontra na quinta posição, 40º no geral.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...