sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Foto 546: Adelaide, há 20 anos

Uma das pistas que mais fazem falta ao calendário da categoria e que sempre proporcionou provas bem interessantes, como a de 1985, 1986, 1989, 1990, 1991, 1993, 1994 e principalmente a de 1995, que foi uma das melhores (pelo menos para mim) da década de 1990.
Foi a prova que nos fez passar pelo temor da tragédia nos treinos, devido o grave acidente de Mika Hakkinen; as despedidas de Michael Schumacher da Benetton; de Gerhard Berger e Jean Alesi da Ferrari; de David Coulthard da Williams; de Roberto Pupo Moreno da Fórmula-1.
Adelaide também receberia a categoria pela última vez e sendo assim fomos brindados com uma prova caótica, onde acidentes e quebras deixaram que apenas oito carros chegassem ao final: Damon Hill venceu, com uma vantagem de duas voltas sobre Olivier Panis que se arrastava nas últimas voltas devido a falha em um dos cilindros do motor Renault de sua Ligier. Mas para a sorte dos franceses, Gianni Morbidelli, com a Footwork Arrows, estava muito longe para ameaçar o segundo posto da equipe de Guy Ligier. Mark Blundell (Mclaren), Mika Salo (Tyrrell) e Pedro Lamy (Lotus) fecharam ps seis primeiros - Pedro tornara-se o primeiro português a pontuar na F1, fato que se repetiria quase dez anos depois com o terceiro lugar de Tiago Monteiro em Indianápolis 2005.
Para Adelaide ficou a marca da Williams ter aberto e fechado a passagem da F1 por aquelas bandas: venceu em 85 com Keke Rosberg e dez anos depois repetira o feito com Damon Hill.
Saudades de Adelaide...

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O meu Grande Prêmio do Brasil, Por Paulo Roberto Giglio Alves

O Paulo Roberto foi uma das primeiras pessoas com quem fiz amizade nestes treze anos envolvido com automobilismo. Começamos juntos na Speed Fever e após dois anos, ele saiu da equipe para retornar pela Interlagos Sinalização e Resgate.
De imedato ele aceitou o convite de escrever aqui para o blog, e tratou de relembrar um dos capítulos mais legais da história do GP brasileiro.

Grande Prêmio do Brasil, 1978


"Quando meu amigo e xará Paulo Abreu pediu que eu escrevesse um texto sobre o GP do Brasil de F1 que mais me marcou, eu poderia citar a vitória de Emerson em 1973 com seu Lotus ou a de 1974 com a McLaren. Pensei na vitória de José Carlos Pace, o eterno Moco com seu Brabham, e tendo Emerson em segundo, em 1975. E as vitórias de Piquet em 1983 com o Brabham ou a de 1986 com o Williams, com Senna em segundo com o Lotus? Teria ainda as brilhantes vitórias de Senna em 1991 e 1993, ambas com o McLaren . E mesmo as vitórias de Massa em 2006 e 2008, ambas com a Ferrari. Mas seria meio óbvio escolher qualquer uma destas vitórias brasileiras. Mas, na minha opinião, o GP mais emblemático aconteceu em 29 de Janeiro de 1978, em Jacarepaguá. 

Emerson Fittipaldi pilotou o Copersucar (Fitti é o nome oficial) FD5A, de forma soberba. Aliás, este foi o melhor carro da linhagem Fitti. Emerson bateu na pista apenas nomes e carros como Niki Lauda (Brabham Alfa Romeo), Mário Andretti (Lotus Ford), Regazzoni (Shadow Ford) e Didier Pironi (Tyrrell Ford) , e chegou em 2° lugar, sendo batido apenas por Carlos Reutemann (Ferrari). Lembro que a cada passagem do argentino, o público nas arquibancadas gritava "quebra, quebra, quebra"... Este foi o primeiro de dois pódios obtidos pela equipe Fitti. O outro seria em em 1980 com o terceiro lugar em Long Beach, na primeira vitória de Nelson Piquet. Na bandeirada final, a pista estava tomada de ambos os lados no melhor estilo Monza. 

Este foi o GP Brasil de F1 que mais me marcou ... Espero que tenha gostado !!! Forte abraço !!!"

terça-feira, 10 de novembro de 2015

O meu Grande Prêmio do Brasil, Por Paulo Alexandre Teixeira

Paulo Alexandre Teixeira, o Speeder76, dispensa maiores apresentações: com o seu Continental Circus há quase dez anos no ar, é uma das referências na blogosfera dedicada ao Motorsport.
E hoje é ele quem nos conta sobre um GP do Brasil muito especial, que aconteceu há 25 anos.


Grande Prêmio do Brasil, 1990

(Foto: Agência Estado)

"Nunca coloquei os pés num autódromo brasileiro, apesar da minha admiração por Jacarépaguá e Interlagos, situados em cidades diferentes e que, de uma certa forma, marcaram o automobilismo da minha infância, na década de 80. Especialmente numa altura em que os “testes no Rio” eram uma referência e a corrida era sempre a primeira do calendário.

Para recordar alguma corrida em especifico pra o espaço do Paulo, vou recuar um quarto de século no tempo. Digo isto por alguns motivos, um deles um pouco mais pessoal: quando esta semana folheava um livro antigo na minha biblioteca, descobri um recorte de jornal de 1989 onde se mostrava um desenho de Interlagos antes do definitivo, onde se mostravam, entre outras coisas, uma chicane do tipo “Bus Stop” de Spa-Francochamps pouco depois da Curva 3. Tudo isto antes de Ayrton Senna ter entrado em cena e feito o famoso “S” com o seu nome.

Nunca tinha visto Interlagos, e no alto dos meus 14 anos, tinha altas expectativas sobre ele. Os mais velhos falavam bem dela, de como era desafiadora para os carros e para os pilotos, e no verão brasileiro, era penalizador para os motores e restantes componentes do carro. E em 1990, sem Alain Prost no caminho, toda a gente dizia que iria ser um “passeio” para ele, o nativo de São Paulo, que tinha começado a andar no kartódromo ao lado da pista, em tenra idade.

Para piorar as coisas, seguia bem de perto a atualidade brasileira: Collor estava no poder e tinha congelado tudo, desde o salário até as pensões, numa tentativa (vã) para controlar a inflação. Havia expectativas altas, pois ele tinha sido eleito recentemente, e parecia que tentava controlar o “dragão” (como vocês chamam à inflação) mas com os piores métodos possíveis. E para melhorar as coisas, o ódio do brasileiro a Jean-Marie Balestre, o presidente da então FISA era ao ponto de gozar na cara deles, afirmando que eles não tinham dinheiro “nem para atirar tomates contra a sua cara”. Balestre, o arrogante francês, sendo… Balestre.

E tudo estava encaminhado para aí: Senna tinha feito a pole-position e liderava a prova,
distanciando-se de Alain Prost. Parecia que era desta, a vingança de Senna sobre Prost, pois os eventos de Suzuka tinham sido escassos meses antes, e essa sede era enorme. E com a situação do país, então, teria sido mais um motivo de orgulho de um povo que se via humilhado a cada encrenca que acontecia.

Mas surgiu um japonês pelo caminho… e as coisas complicaram-se. Não tanto por culpa de Satoru Nakajima, mas sim por causa da já lendária falta de paciência para os retardatários. Foi o que tinha acontecido ano e meio antes em Monza, quando Jean-Louis Schlesser estava no caminho de Senna, e este estragou as coisas impedindo uma vitória da McLaren a cem por cento e proporcionou uma lendária dobradinha à Ferrari, apenas um mês após a morte do Commendatore. Bico danificado e trocado e no final, Alain Prost comemorava a sua sexta (e última) vitória no Brasil, ainda por cima na casa do seu “nemesis”. E perante um público que sentiu tudo isso como nova humilhação.
Mas no ano seguinte, as coisas foram totalmente diferentes. E em circunstâncias que tiveram o seu quê de épico."


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O meu Grande Prêmio do Brasil, Por Ron Groo

A galera que já acompanha os inúmeros blogs sobre automobilismo espalhados pela rede, conhece bem a faceta bem humorada e sarcástica com qual Ron Groo conduz brilhantemente seus textos no Blig Groo.
E hoje ele relembra o GP de 2006, onde um certo alemão roubou a cena numa das melhores atuações de sua carreira.

Grande Prêmio do Brasil 2006




"Dois mil e Seis...

O ano do segundo título de Fernando Alonso e da primeira vitória de Felipe Massa em Interlagos.
Também foi o último Grande Prêmio do Brasil disputado por Michael Schumacher pela Ferrari, quando o alemão se aposentou pela primeira vez.

Foi seu último grande ato na categoria.
Havia chances matemáticas de que o alemão hepta campeão conseguisse sua oitava estrela no topo de seu capacete.

Eram pequenas, sim... O adversário era jovem, ambicioso, contava com uma equipe que trabalhava totalmente para si e era apadrinhado pela encarnação do capeta em pessoa, mas até o desfecho da corrida ninguém ousava dizer que era impossível.

Michael dependia de uma composição de resultados que consistia em ter que vencer a corrida e que o asturiano não marcasse pontos.

A coisa ficou ainda mais complicada quando no Q3 dos treinos de classificação o alemão ficou sem tempo.

Aparentemente nem ele e nem sua torcida pareceu se preocupar já que no Q2 o alemão havia marcado um tempo melhor até que o tempo oficial da pole posítion de seu companheiro de equipe, Felipe Massa.

Nem mesmo com Fernando Alonso largando na quarta posição e já na décima volta ser o terceiro colocado.

Michael que havia largado em décimo e no fim da primeira passagem pela reta oposta já havia feito duas ultrapassagens.

Mais algumas voltas e o alemão já era o quinto, mas um pneu furado o mandou para a última posição.

Fim das esperanças de título, mas começo do show.

Schumacher pilotou como um alucinado tirando de sua Ferrari tudo que poderia dar e um algo a mais.

Ultrapassou gente em todos os pontos da pista (lembrando que ainda não existia DRS) incluindo seu sucessor no time vermelho, Kimi Raikkonen, no fim da reta de largada de forma espetacular e – até certo ponto – humilhante assumindo a quarta posição nas ultimas voltas da prova.

Para coroar a apresentação, ainda fez a volta mais rápida da corrida. (1.12:162 no giro de número setenta)

O alemão se aposentou das pistas (esqueça seu comeback pela Mercedes, não conta) deixando nos fãs – dele e da categoria – um gosto de quero mais e a certeza de que aquele piloto contestado por muitos era um dos personagens mais importantes da F1 em sua era pós-romântica.

Todo o resto sobre ele é dor de cotovelo.

E deste mal não sofremos."

domingo, 8 de novembro de 2015

O meu Grande Prêmio do Brasil, Por Tati Coimbra

Para quem acompanha os blogs sobre automobilismo certamente conhece um pouco da Tati Coimbra, uma das comandantes do Blog Octeto Racing Team (que completou 8 anos de existência no dia 4 de novembro) que trata, especificamente, dos pilotos preferidos de cada uma das integrantes. E a Tati é fã confessa de Fernando Alonso.
Enfim, a Tati nos mostrará o GP do Brasil preferido dela.

Grande Prêmio do Brasil 2006


(Foto: Tati Coimbra)


"22 de outubro de 2006. GP do Brasil em Interlagos. Fernando Alonso campeão. O bicampeão do mundo mais jovem da história. Este recorde já não “nos” pertence mais, mas as lembranças daquele dia ainda estão guardadas no meu coração. Vivas e inesquecíveis.

Foi naquele domingo ensolarado que tive a minha experiência consciente em um autódromo (quando criança fui ao saudoso Jacarepaguá, mas não me lembro) e em uma corrida de F1. E logo de cara, tive a sorte de ver o meu piloto e equipe favorita campeões do mundo. Ao vivo e em cores. Pertinho de mim.


Tudo naquele fim de semana foi especial. Lembro-me ter chegar logo cedo ao autódromo, para tão famosa fila para o setor A, ainda tudo escuro, mas já com minha bandeira das Asturias pendurada nas costas. E sob os olhares curiosos e perguntas soltas no ar: “que bandeira é esta?!”, eu desfilava o orgulho de carregar as cores do meu piloto campeão. Azul e amarelo, as mesmas da minha equipe. Ô que saudades que tenho dos bons tempos de Renault.

Passei “fome”, sede e senti muito calor, MUITO mesmo, mas nada disso me fez sair do lugar até que a corrida terminasse e eu pudesse respirar aliviada com o mais um título assegurado. Embora o campeonato estivesse praticamente decidido, era contra Schumacher e a ferrari (com letra minúscula mesmo) que estávamos disputando, e com contra eles era fundamental bom manter os
(Foto: Tati Coimbra)
olhos abertos, tanto para o bem quanto para o mal.


Mas o meu piloto venceu. Deu tudo certo. Tudo foi perfeito. Emocionante. E mesmo depois de 9 vezes indo a Interlagos (este ano será minha 10ª. vez consecutiva) e algumas derrotas dolorosas, eu ainda me arrepio e sinto a mesma emoção da primeira vez que estive lá. Isso porque sei que foi lá que Fernando Alonso fez seu nome, por duas vezes.  E foi lá vivi de um dos dias mais felizes da minha vida."

sábado, 7 de novembro de 2015

O meu Grande Prêmio do Brasil, Por Beatriz Lourenço

A Beatriz Lourenço é fã do Kimi Raikkonen e muito antes dele, de Mika Hakkinen. Não hesitei em chamá-la para escrever sobre o GP do Brasil mais marcante, pois sabia muito bem qual seria a escolha dela.
Pois bem, hoje quem comanda por aqui é a Senhorita Be!

Grande Prêmio do Brasil, 2007



"Quando o Paulo me convidou pra escrever um texto sobre minhas memórias do GP do Brasil eu adorei a ideia porque eu amo F1, amo escrever e sou fã do Kimi Raikkonen... E qualquer chance que eu tiver pra juntar as três coisas é uma ótima chance que eu não deixaria passar.

Tudo começou em 25 de setembro de 2005, o dia do GP do Brasil. 'Tava um tempo esquisito, uma tarde meio escura em São Paulo, e eu estava - como sempre - assistindo a corrida e torcendo pra chuva. Lembro que o Kimi estava disputando com o Alonso o título e lembro exatamente a minha raiva e tristeza quando o asturiano saiu campeão (naquela época o mais jovem campeão) e lembro desse dia em detalhes porque, logo depois da corrida, eu recebi o primeiro pedido de namoro da minha vida, de um moço que tinha decidido me pedir naquele dia porque queria que eu não ficasse triste depois da derrota do meu piloto predileto. Eu aceitei, é claro - o que fez a derrota ser deixada em segundo plano e aquele GP se tornar inesquecível.

Dois anos depois, em 2007, eu estava em ano de vestibular e tinha dado uma pausa no namoro com o moço do GP 2005 porque eu queria (precisava) passar na USP e estudar era a minha prioridade. Tinha terminado gostando do cara, correndo o maior risco da vida, e não estava nem um pouco feliz com isso. A temporada 2007 foi uma das melhores pra mim: O ano foi tão bom que até o Alonso, que eu DE-TES-TA-VA desde 2005, tinha se tornado uma figura menos odiável depois do surgimento do Hamilton. A McLaren era minha equipe predileta e eu não tinha engolido a ida do Kimi pra Maranello. 

Nem as vitórias do Kimi na Austrália, na França, na Inglaterra e em Spa tinham diminuido meu ranço - embora eu, no fundo, considerasse um grande avanço se comparado a temporada 2006 (Mercedes, NUNCA te perdoarei!).

No GP da China, quando o Hamilton fez aquela lambança. eu subi a plaquinha do "Eu acredito" e tava na maior expectativa pro GP do Brasil de 2007.
E ele chegou.

21 de outubro, um domingão que era uma pausa entre dois vestibulares e começou com uma mensagem de "vamos nos ver depois da corrida?" do ex-namorado. Falei que só ia sair de casa se o Kimi ganhasse e ele debochou, dizendo que eu ia perder o vestibular porque jamais sairia. E fui pra corrida.
Massa na pole, Lewis em segundo, Alonso em quarto atrás do Kimi... E todo mundo apostando que o título ficaria com alguém dos prateados. E tudo levava a crer que sim já que a combinação do Kimi era a mais difícil das três (tinha que ganhar e torcer pro Alonso não chegar em segundo e pro Hamilton não chegar entre os cinco).

Na última parada nos boxes o Kimi assumiu a ponta e ficou lá até o fim, contando com uma boa dose de sorte (e a minha torcida) pra se tornar campeão Mundial da temporada 2007 por UM PONTO de diferença pro Alonso e pro Hamilton, que terminaram empatados com 109 pontos.

Terminei aquele dia vestindo vermelho, na rua, comemorando e jurando amor eterno à Ferrari, ao Kimi e ao ex-namorado, que se tornou namorado de novo aquele dia e pelos próximos 3 anos.
Dessas três paixões a única que dura até hoje é a do Kimi. Já a Ferrari e o (novamente e em definitivo) ex-namorado... Bem... O que comentar, não é mesmo?

Vamos focar no GP do Brasil que esse ano, mesmo sendo só pra cumprir tabela, tem tudo pra ser uma prova emocionante JUSTAMENTE POR ISSO.

E fiquem de olho nos finlandeses disputando o quarto lugar do mundial, hein? O Bo77as já andou dizendo por aí que não vai deixar barato as duas últimas corridas. Vale a pena separar a pipoca e sentar a bunda na frente da TV (ou ver in loco, se você é do tipo que vê in loco)."

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

O meu Grande Prêmio do Brasil, Por Diego Trindade

Diego Trindade assina os textos no Blog do Trindade e por um bom período, foi o editor chefe da saudosa Revista Speed.

Hoje é ele que quem comandas as ações aqui, ao falar um pouco do GP do Brasil de 2006.

Grande Prêmio do Brasil 2006




"Nunca fui ao autódromo para acompanhar a um Grande Prêmio. Este ano, mais uma vez, havia esboçado uma possível ida ao GP do Brasil; porém, nada feito. Percebi que precisava ter me organizado um pouco mais cedo e contar com mais dinheiro, digamos que $$$$.

Em 2013 eu havia ganho um ingresso da patrocinadora da Sauber para assistir ao GP. Não me desfazendo, mas era o setor G e não cobriam as despesas com viagem e hospedagem. A verdade é que a empresa não conseguiu me enviar os ingressos a tempo para a corrida. Um atendente me ligou dizendo: “Diego, o ingresso está em minhas mãos. Se enviarmos para você, não chegará a tempo. O que eu faço?”. A minha vontade era de responde: “Coloque fogo!”.

O título de 2013 já havia sido decidido em favor de Sebastian Vettel e a corrida nem foi tão emocionante assim. Não perdi muita coisa.

Mas o GP de alguns anos antes, em específico 2006, esse sim, esse foi emocionante.
Felipe Massa havia ganho uma vaga de titular ao lado do heptacampeão Schumacher. O então garoto teria de aprender muito e colaborar no que fosse com o alemão. Em especial no 35º GP do Brasil, Felipe Massa poderia ter tido um papel importante na disputa, quase decida, do título daquele ano. Isso porque Schumacher se encontrava 10 pontos atrás de Alonso na última corrida.

Assim que os carros saíram dos boxes no Q3 da qualificação, Schumacher teve um problema em sua Ferrari. Não recordo ao certo o que era, fiz questão de não procurar. Lembo-me que durante a qualificação, estava junto com um amigo meu, naquilo que seria o “sótão” da casa de seu avó. Estávamos jogando algum game de 64 bits; Atari, se não me falha a memória. Por algum motivo, sabe-se lá qual, eu torcia desenfreadamente para o Barrichello, enquanto o Léo, meu amigo, torcia de mesmo modo para o Massa. Se tivéssemos apostado, Léo teria ganho.

A verdade é que durante todo esse tempo acompanhando a carreira do Massa na Ferrari, poucas vezes vi ele andar como naquela corrida. Não pela disputa ou pela competitividade, mas sim pelo domínio exercido. Ok, naquela altura do final de semana a concorrência não era muito forte, mas o controle que Massa exerceu foi excepcional.

Até então, poucas vezes eu havia visto um brasileiro vencer uma corrida; uma com o Massa, GP da Turquia, e umas duas com o Barrichello. Imginem ver um brasileiro vencer em casa, 13 anos depois do grandioso Senna? Sem contar que dois anos antes havia visto a tentativa frustrada de Barrichelo.


A corrida foi marcante. Não houve grandes duelos entre os pilotos, porém dois se destacaram: a dupla da Ferrari. Schumaher em sua última grande oportunidade da carreira, deu um show sem igual; desde a largada, até mesmo no “toque” com Fisichella, ele vindo passando todo mundo lá de trás e… o mais legal: a ultrapassagem onde foi espremido por Raikkonen no “S do Senna” a três voltas do fim.

O outro, claro, foi Felipe Massa. O brasileiro “só” venceu a corrida de ponta a ponta. Após a bandeirada, pegou a bandeira brasileira e fez a “volta da vitória”; foi para emocionar qualquer um.
Para fechar a conta, pódio com vitória do Brasil, Hino Nacional e macacão verde a amarelo.

Menção Honrosa: GP do Brasil de 2008
Eu admito. A tensão foi maior durante a corrida de decisão do título de 2008. Convenhamos, já havia visto um brasileiro vencer em casa dois anos antes. Imaginem agora: ver um brasileiro vencer a corrida de casa, na chuva, e ainda levar o título mundial depois de 17 anos? Esse teria sido o melhor GP do Brasil de todos se não tivesse acontecido o que aconteceu 20 segundo após Massa ter cruzado a linha de chegada ."

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...