quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Foto 550: O ano de Sebastian Vettel

        

Temos que reconhecer que além do seu talento indiscutível, Sebastian tem uma estrela altamente brilhante. A sua mudança para uma Ferrari em reconstrução foi um ponto importante para a fase de ambos, uma vez que os dois lados vinham de uma temporada onde os bons resultados passaram bem longe. Vettel se adaptou rapidamente ao ambiente ferrarista e assim, como nos tempos da Red Bull, passou a liderar o time com todo entusiasmo e isso foi importante para esta fase de renovação italiana.
Suas três vitórias no ano foram o ponto alto – ou melhor, o ponto fora da curva – numa temporada onde as coisas estavam bem previsíveis e apenas alguns problemas é que poderíamos ter algo de diferente. E foi nestes erros e problemas da Mercedes, que Vettel estava apenas na espreita para aproveitar o momento certo de dar o bote. Essa temporada serviu para (começar) dissipar as dúvidas frente ao seu real potencial, que sempre foi posto em cheque devido os anos em que esteve a bordo do melhor carro do grid – senão fosse numa temporada inteira, como em 2011 e 2013, ele tinha a chance de um carro revigorado na segunda parte do mundial, como em 2012 – mas este 2015 com uma Ferrari que, teve o segundo melhor carro, porém bem distante da Mercedes, conseguiu incomodar e bem os carros prateados.
Sem dúvida, com uma Ferrari mais próxima da Mercedes em 2016, as coisas podem brilhar ainda mais para e a equipe, nesta que se desenha como a terceira renascença da mais popular equipe da Fórmula-1. 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Foto 549: Jubileu de diamante

Fangio e Moss em Zandvoort, 1955

O Mercedes Benz 300 SLR de Stirling Moss e Denis Jenkinson na partida para a Mille Miglia de 1955
Passou despercebido por quase todos os sites e blogs relacionados ao automobilismo, mas neste 2015 fez 60 anos dos títulos da Mercedes Benz na Fórmula-1 e no Mundial de Carros Esporte.
Interessante olhar nestas duas temporadas o domínio que a fábrica alemã conseguiu: na F1, dos seis GPs que disputou em 1955 (as 500 Milhas de Indianápolis fazia parte do calendário, mas eram poucas ou nenhuma equipe do certame da categoria que atravessava o Atlântico para disputar a grande prova que estava meramente no calendário apenas para dar à F1 o status de Campeonato Mundial) a Mercedes venceu cinco, enquanto que a Ferrari conquistou apenas um GP. No Mundial de Carros Esporte a batalha foi mais intensa: enquanto que a Ferrari – atual bi-campeã do certame – tinha um carro muito bem acertado (750 e 860 Monza), a Mercedes tinha que confrontar com a velocidade pura dos carros da Jaguar com seus belos D-Type – apesar da velocidade dos carros ingleses, estes sofriam bastante com problemas mecânicos.
A Mercedes, com a sua equipe oficial, disputou apenas quatro das seis corridas programadas naquele ano de 1955: venceu três delas, sendo que duas marcando a dobradinha (Mille Miglia e Targa Florio) e a outra uma trinca, em Dundrod. A fábrica alemã acabaria por vencer o campeonato com dois pontos de vantagem sobre a Ferrari, que venceu apenas uma prova – a de abertura, nos 1000km de Buenos Aires – e assim não sendo com a equipe oficial. A Jaguar venceu em Sebring e na fatídica 24 Horas de Le Mans.

Apesar de toda essa diferença, ainda é de impressionar com a tamanha facilidade com que a Mercedes se impõe no cenário automobilístico de competição.

domingo, 29 de novembro de 2015

GP de Abu Dhabi: E acabou...

Olhando os comentários no Twitter após o término da prova, o que se via era apenas um sentimento de alívio de uma temporada insossa onde o domínio da Mercedes foi implacável, tendo apenas a intervenção de Sebastian Vettel e sua Ferrari em três oportunidades onde ele soube (muito) bem aproveitar as raras falhas da equipe alemã.
A corrida de Abu Dhabi foi ligeiramente melhor que as duas anteriores, mas ainda sim com o domínio amplo da Mercedes que mais uma vez se deu o luxo de questionar a estratégia de Hamilton, que preferia o uso dos supermacios nas voltas finais para tentar um ataque à Rosberg. A demora do inglês em entrar nos boxes devido a esse impasse, lhe tiraram essa possibilidade quando realizou o pit stop e retornou onze segundos atrás de Nico.
Rosberg aproveitou bem a sua pole e vantagem por toda a prova para vencer a terceira consecutiva, numa temporada que serve e muito para que ele volte forte ano que vem.
Kimi Raikkonen terminou na terceira colocação tendo um bom desempenho e fazendo a parte que deveria ser de Vettel nesta prova, caso este não tivesse problemas no Q1 na classificação. Conseguiu avançar bem com a parada de box dos que iam à sua frente, mas a quarta posição é o que conseguiria ao final devido o grande deficit para os que iam à sua frente.
Mas as lutas pelas posições intermediárias foi o que teve de bom na corrida. Aliás, essa tem sido a válvula de escape da FOM que tem mirado as suas câmeras nesse grupo do meio, onde as batalhas são mais intensas. De se destacara nesse meio o bom trabalho de Jenson Button, que consiguiu dar a sua Mclaren uma combatividade que foi raramete vista neste ano ao confrontar carros como o da Toro Rosso e da Sauber. Alonso teve mais um final de semana infernal, apesar de ter mostrado um bom passo nos treinos livres: a sua largada - onde ele levou um toque de uma das Saubers, fazendo com que perdesse o controle e batesse em Maldonado - foi arruinada e para completar um Drive Through por ter sido culpado no incidente com Pastor. Vendo o desempenho de Button, poderia ter sido um final de semana mais animador para ele.
Abu Dhabi encerrou um dos campeonatos mais enfadonhos da história da F1. Não culpo a Mercedes por isso. Afinal, fizeram bem o trabalho nestes dois últimos campeonatos e que as demais corram atrás para, pelos menos, tentarem se igualar a equipe germânica.
Cabe a F1 tentar resolver seus problemas, o que será bem dificil já que a categoria é refém das equipes dominantes.

sábado, 21 de novembro de 2015

WEC: A batalha em Sakhir

Não poderia ser melhor a decisão do WEC nestas 6 Horas do Bahrein, última etapa do campeonato: enquanto que o Porsche #17 enfrentou problemas mecânicos que o jogaram para trás na classificação geral, a sua recuperação foi sensacional ao chegar até a sexta colocação, mas a distância de três voltas para o Toyota #2 o impossibilitava avançar na classificação. Para tornar as coisas mais drámaticas o Audi #7 estava em segundo enquanto que o gêmeo #8 liderava, mas problemas de freio com este último quando a prova estava chegando na sua metade, deu ao Porsche #17 uma sobrevida principalmente quando o seu companheiro #18 assumiu a liderança com a parada do #7.
No momento, com a corrida a menos de duas horas e meia para o fim, tem o #18 na liderança após um duelo maravilhoso com o Audi #7 pela liderança. A terceira e quarta posições são dos Toyotas #1 e #2 e o #17 é quinto, colocação tal que lhe garante o título de pilotos.
No momento o Audi #7 apresentou problemas nos freios, que pode mudar o panorama da decisão caso o carro vá para os boxes.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Foto 548: Na praia

Os pilotos se divertiam bastante quando o Rio de Janeiro recebia a Fórmula-1, nos anos 80.
Na foto Michelle Alboreto disputando a jogada com Andrea De Cesaris, enquanto que Elio De Angelis apenas observa o desfecho do lance. A foto é de 1985.
A prova foi vencida por Alain Prost, Alboreto e De Angelis foram ao pódio terminando em segundo e terceiro enquanto que De Cesaris abandonou após... um acidente.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

GP do Brasil: Engessado

Se havia alguma forma que pudesse dar alguma emoção ao GP de ontem, a Mercedes tratou de matar qualquer chance.
O engessamento de Hamilton frente a estratégia adotada pelo time para seus dois pilotos, deixou claro que apenas um erro crasso de Rosberg é que poderia abrir a possibilidade de um duelo mais intenso pela primeira posição, mas a adoção do plano de fazer Lewis parar apenas uma volta após Nico fez a corrida entrar naquele parafuso monotono.
Apesar das investidas de Lewis em algumas oportunidades, onde ele chegou a ficar cinco, seis décimos atrás de Rosberg, este conseguia livrar-se dos possiveis ataques do companheiro ao sair mais veloz da Junção. A aproximação demasiada ao carro de Rosberg, fez com que Lewis abrandasse os ataques visando apenas conservar os pneus já que qualquer ataque significava perda de tempo dele em relação à Sebastian Vettel.
A verdade é que a Mercedes nem deu ouvidos ao pedido de Hamilton em adotar um plano B na estratégia, o que deixaria ele com chances de tentar ficar mais um tempo na pista e ganhar a posição nos pits. Por outro lado, é claro que a Mercedes daria total atenção à Nico nessas provas derradeiras para que ele conquistasse - como acabou conquistando - o vice de pilotos frente a Vettel.
Com as coisas definidas, espera-se uma maior liberdade dos dois pilotos da Mercedes para a prova de Abu-Dhabi  a derradeira do mundial.

GP do Brasil: E foi chato

Quando vê um piloto como Kimi Raikkonen reclamar que a prova foi chata do inicio ao fim, ele resume apenas o sentimento da maioria dos espectadores e telespectadores que assistiram ao 43o Grande Prêmio do Brasil. Puxando pela minha memória, o último GP do Brasil que havia sido um porre tinha sido o de 1992 quando Mansell e Patrese marcaram as duas primeiras posições com folga sobre Michael Schumacher, que terminara em terceiro.
Se houve alguma emoção nesta corrida, ficou reservada a Max Verstappen que fez belas manobras em Perez e Nasr ao ultrapassá-los na marra no S do Senna. Fora isso, nada demais aconteceu. As Mercedes desde cedo manteram uma distancia confortável para Vettel, que não foi incomodado por Raikkonen que também não teve nenhum contratempo com Bottas, que foi o único dos cinco primeiros a ganhar posições graças a uma bela largada ao pular de sétimo para quinto. Ainda entre as Mercedes, de onde poderia sair algo, Lewis até que esboçou um ataque à Rosberg que sempre respondia com uma bela saída da Junção, não deixando margem para que o inglês usasse o vácuo para facilitar a ultrapassagem. Hamilton até reclamou que não conseguia chegar próximo de Nico, devido a perda da dianteira do carro causado pela turbulência. Também é de se destacar que a Mercedes não lhe deu chance de ousar na estratégia, fazendo com que ele parasse no pit sempre uma volta depois de Rosberg.
Para os brasileiros, foi um fim de semana para esquecer: enquanto que Massa não achou um bom acerto para a Williams - numa pista que tão bem conhece - a sua oitava posição era um consolo, mas o descuido da equipe com o pneu esquerdo traseiro, que se apresentou com temperatura e pressão elevada na hora do alinhamento do grid, jogou essa colocação pela janela com a exclusão do brasileiro logo após o GP. Nasr teve até chance de pontuar, mas uma queda de rendimento o fez despencar na tabela de classificação. Chegou a estar em nono.
Foi um GP chato, sem sal. A zoeira de Fernando Alonso ontem na classificação, acabou por salvar um fim de semana catastrófico em termos de emoção.
O bom número de espectadores - 136 mil - em Interlagos merecia um espetáculo melhor.
Foi tão chato que nem a chuva veio.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...