Nannini terminou a prova em sexto com uma volta de atraso para Ayrton Senna, que venceu aquela prova. Ricardo terminou em 13º.
Hoje Alessandro Nannini completa 58 anos.
Confesso que ano passado olhei bem pouco para esta pista de Baku. Exatamente por estar extasiado pela final das 24 Horas de Le Mans de 2016, que acontecera minutos antes, a prova do Azerbaijão foi bem apagada mostrando o tamanho da burrada que foi colocá - la no mesmo dia e minutos depois da grande clássica francesa. Mas de toda forma, também não foi das melhores aquela prova que foi vencida por Rosberg na ocasião. Talvez os pilotos estivessem mais receosos, sei lá.
Porém, um ano depois, as coisas foram bem diferentes e muito agradáveis com pilotos mais bem familiarizados com o tratado. Uma corrida bem doida, onde ineficiência do trabalho do resgate foi um ponto negativo ao demorarem além da conta para retirar o carro de Kvyat. Os vários toques entre os pilotos e também nos muros, que ajudaram a espalhar uma série de pedaços de carro para todo canto forçando a entrada do SC e mais adiante uma bandeira vermelha. E o que dizer do entrevero de Hamilton e Vettel, onde Lewis diminuiu o ritmo e Sebastian acertou-o por trás para depois bater contra o inglês, indicando a sua revolta com a possível conduta do piloto da Mercedes. É uma discussão que renderá muito pano para manga, principalmente por conta, também, da demora dos comissários em resolver o assunto. Enquanto que Vettel tomou um stop&go de 10 segundos - que na verdade foram 32 segundos, se somarmos os dez da punição mais os 22 entre entrada e saída de box - Lewis não foi punido, mas o encosto de cabeça que soltou - se, obrigou uma parada extra.
Quem se beneficiou foi Ricciardo, que se recuperou bem na prova para estar no lugar certo quando os dois líderes do mundial sofreram seus problemas e vencer uma corrida que não desenhava de modo algum para Red Bull, apesar do bom rendimento mostrado por eles nos dois primeiros treinos livres - fico imaginando o que se passou na cabeça dos caras da Force Índia quando viram o resultado de Daniel. Melhor ainda foi ver Lance Stroll escapar das armadilhas que essa corrida reservou para fazer um trabalho sólido e sem erros e conseguir um pódio que até semanas atrás, se alguém ousasse falar isso, seria taxado de louco sonhador e "Lancete". Talvez seu único erro tenha sido nas voltas finais, quando relaxar demais e deixou que Bottas se aproximasse demais para perder o segundo lugar na linha de chegada para o finlandês. Aliás, Bottas conseguiu recuperar-se bem para terminar num improvável segundo lugar. Boas provas de Ocon, que a cada prova vai incomodando e mais e mais Sérgio Pérez - o incidente dos dois nessa etapa também vai render bastante na Force Índia - Kevin Magnusse, que chegou a flertar com o pódio e Fernando Alonso, que enfim teve uma prova limpa de problemas e que escalando o pelotão e escapando como podia dos acidentes e incidentes para marcar os dois primeiros pontos dele e da Mclaren no ano.
Foi um GP magnífico em Baku, justamente num lugar onde eu pouco esperava algo assim.
Agora imaginem uma prova ali com chuva
(Foto Andrew "Skippy" Hall/ Dailysportscar) |
Algumas horas de sono, e muitas surpresas. Até então um Porsche #1 andando de forma imaculada, intocável, aparece com problemas no meio da Mulsanne exatamente quando faltava menos de 4 horas para o fim. E o pior: a pressão do óleo no 919 Hybrid acabou forçando o abandono do carro que poderia levar a marca de Weissach ao 19o triunfo em Sarthe.
O melhor de tudo é olhar a classificação e ver um carro da Jackie Chan DC Racing, com o seu #38, liderando a prova com menos de três horas para o fim. Apesar de uma diferença de duas voltas para o segundo colocado da LMP2, o Alpine #35, a sua luta real é contra o Porsche #2 que até amanhecer em Sarthe parecia estar fora da batalha. Agora a diferença deste para o carro da Jackie Chan é de apenas 1 uma volta. Ainda tem chão para mais algumas viradas em Le Mans.
Na LMGTE-PRO as batalhas estão a todo vapor, como era de se esperar. Com as paradas de box, a liderança atualmente é do Porsche #91. Mas virtualmente, quando os demais pararem, a liderança voltará para as mãos do Aston Martin #97 que tem nesse momento em seu habitáculo, Daniel Serra.
Com um desempenho tão absurdo e consistente por parte do Toyota #7, mais uma vez era quase impossível pensar que os azares voltariam a assombrar os japoneses.
Não bastasse os problemas de freio no carro #8, que o jogaram para trás na tabela de pontos e com eternas 30 voltas de atraso, agora foi a vez do então líder #7 apresentar problemas e ficar parado na pista.
O Porsche #1 assumiu a liderança, seguido pelo outro Toyota #9 que tem uma volta de desvantagem.
Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...