domingo, 14 de novembro de 2010

Um dia de glória para Vettel

Vamos voltar um pouco no passado. Não muito. Era domingo, 12 de setembro e em Monza era realizada a décima quarta etapa do mundial. Enquanto que Alonso batalhava uma vitória contra Button, Vettel tinha alguns contratempos na corrida, quando, por exemplo, lhe disseram que estava com algum problema de motor. Naquele momento ele tinha a sétima posição e logo em seguida, ao receber a notícia do motor, acabou deixando Webber passar. Então ele estava na oitava posição e isso que lhe garantiria apenas 3 pontos, que com certeza o deixaria ainda mais distante do mundial. Depois que se verificou que o motor não tinha problema algum, Sebastian voltou ao seu ritmo normal e então passou a fazer voltas parecidas com o de seu companheiro. Como todos sabem era uma prova atípica para a Red Bull, pois eles não tinham a menor chance contra Ferrari e Mclaren num circuito veloz como o de Monza, que beneficiava as duas primeiras equipes que faziam bom uso do duto frontal. As paradas de box começaram e todos trocaram pneus, menos Vettel, que conseguiu aguentar-se com os pneus macios por 52 voltas das 53 trocando-as na abertura da última volta e conseguindo transformar os possíveis três pontos da 8ª colocação, em 12 do quarto lugar.
Passaram-se quatro provas e Vettel venceu duas destas últimas e foi segundo numa e abandonou em Yeongam. Foi uma recuperação e tanto, porém ainda não colocavam fé em seu título. Abu Dhabi o favorecia, mas os comentários ainda eram se ele ajudaria ou não Webber. Mas o fim de semana de Sebastian foi generoso e ele pode desfrutar de um gosto que, pelos seus erros nesta temporada, podia demorar a chegar.
O acidente que quase ocasionou a decaptação de Schumi pelo aerofólio dianteiro do carro de Liuzzi forçou a entrada do safety ainda na primeira volta. Até então Vettel tinha largado bem e ficado em primeiro, seguido por Hamilton, Button, Alonso e Webber. Com o safety em pista, Rosberg, Petrov e outro punhado de pilotos entraram nos boxes para troca de pneus e voltaram no fim do pelotão. Até ai algo normal, diriam. Mas os dois primeiros, em especial Petrov, teriam um papel importante na corrida. Após a relargada, posições mantidas e a prova transcorreu normal até a volta 16, quando Alonso parou nos boxes e retornou em 12º, na frente de Webber (que duelava com Alguersuari) e atrás de Petrov. Resultado dos sonhos para Vettel, que agora tinha apenas que caminhar tranquilamente para sua vitória e título. Sebastian parou nos boxes, assim como Hamilton havia feito antes, mas o inglês ficou tolhido atrás de Kubica por várias voltas, perdendo assim a chance de ameaçar Vettel na briga pela vitória. Lá atrás, na décima posição, Alonso tentava de todas as formas ultrapassar ou induzir ao erro Petrov, fazia uma corrida aparentemente tranquila, mesmo com espanhol no seu encalço. O resto de início de noite na pista em Yas Marina foi assim: com Vettel totalmente rilex na frente e Alonso se matando e errando para passar Vitaly. Webber então nem se esforçou e por várias vezes teve chance de passar Alonso, quando este errou em algumas oportunidades.
Com as paradas de box dos que estavam na frente de Petrov e Alonso, ambos subiram para sexto e sétimo respectivamente. Mas de nada adiantava para a Fernando, pois ele estava marcando 4 pontos contra 25 de Vettel e o campeonato caía na mão do alemão por quatro pontos de diferença.
Sebastian conduziu sua Red Bull do mesmo modo intocável e preciso que havia feito nas 54 voltas anteriores. Calmamente Vettel trouxe seu carro para receber a bandeirada final. Ele já fazia a festa, mas Christian Horner e os demais da Red Bull preferiram esperar pela passagem dos outros. Quando Alonso passou colado no câmbio do Renault do russo, o nervosismo virou alívio e em seguida festa.
Vettel chorou e agradeceu todos da equipe pelo rádio. No pódio podia-se ver a expressão de felicidades no rosto do novo e mais jovem campeão mundial e também de Helmut Marko, que assim como Sebastian, era uma jovem promessa no início dos anos 70 e que infelizmente teve a carreira abreviada devido uma pedra que lhe fez perder um olho em Clermont Ferrand. Marko subiu ao pódio para receber o troféu da Red Bull e ver de perto a alegria do seu púpilo, em quem ele apostou ainda novo e teve que dar uns puxões de orelha pelos erros deste ano.
Voltando novamente até Monza, caso Vettel tivesse marcado somente aqueles três pontos da oitava colocação, certamente ele teria perdido o mundial para Alonso. Sebastian chegaria a 247 pontos contra 252 pontos de Fernando.
Aquela sua insistência com os pneus macios em Monza por 52 voltas foram cruciais e hoje recompensada. Parabéns ao campeão.
Por pouco: Schumi rodou após deixar para frear dentro da curva e acabou rodando. Liuzzi não viu e o acertou, e quase o acidente teria proporções piores. O safety car entrou em seguida e mudou o rumo da prova. 

Os três campeões: Lewis (campeão de 2008) e Button (2009) dão um banho no mais novo campeão, Sebastian Vettel

A Ferrari preferiu marcar de perto Webber e acabou matando a prova de Alonso. O espanhol fechou em sétimo e Webber em oitavo. Massa ficou atrás de Alguersuari desde a 18ª volta e acabou em 10º

RESULTADO FINAL
Grande Prêmio de Abu Dhabi- Circuito de Yas Marina
14/11/2010- 19ª Etapa

1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull Renault): 1h39min36s837
2. Lewis Hamilton (ING/McLaren Mercedes): +10s1
3. Jenson Button (ING/McLaren Mercedes): +11s0
4. Nico Rosberg (ALE/Mercedes GP): +30s7
5. Robert Kubica (POL/Renault): +39s0
6. Vitaly Petrov (RUS/Renault): +43s5
7. Fernando Alonso (ESP/Ferrari): +43s7
8. Mark Webber (AUS/Red Bull Renault): +44s2
9. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso Ferrari): +50s2
10. Felipe Massa (BRA/Ferrari): +50s8
11. Nick Heidfeld (ALE/Sauber Ferrari): +51s5
12. Rubens Barrichello (BRA/Williams Cosworth): +57s6
13. Adrian Sutil (ALE/Force India Mercedes): +58s3
14. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber Ferrari): +59s5
15. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso Ferrari): +1min03s1
16. Nico Hulkenberg (ALE/Williams Cosworth): +1min04s7
17. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus Cosworth): +1 volta
18. Lucas di Grassi (BRA/Virgin Cosworth): +2 voltas
19. Bruno Senna (BRA/Hispania Cosworth): +2 voltas
20. Christian Klien (AUT/Hispania Cosworth): +2 voltas
21. Jarno Trulli (ITA/Lotus Cosworth): +4 voltas

Abandonaram:
Timo Glock (ALE/Virgin Cosworth)
Michael Schumacher (ALE/Mercedes GP)
Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India Mercedes)

Melhor Volta: Lewis Hamilton (Mclaren) 1min41s274

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Atendendo os pedidos de um amigo

Meu amigo e leitor aqui do blog, GPto, pediu três vídeos quando eu escrevi o post/vídeo do duelo entre Lauda vs De Cesaris em Las Vegas 1982. Bom, são imagens que a maioria dos amigos que lêem este blog conhecem e muito bem: Gilles Villeneuve andando com a asa dianteira arrebentada duarante o GP do Canadá de 81; o mesmo Gilles, mas três anos antes, andando em três rodas em Zandvoort 79 e a belíssima ultrapassagem de Piquet sobre Senna em Hungaroring 1986. Mas vamos aos vídeos:




O circuito de Caesar's Palace

Dias atrás, quando a decisão foi empurrada para última corrida, lembrei logo que ano passado tinha odiado o circuito de Abu Dhabi. Sim, claro, é uma pista que tem instalações magníficas e realmente a tornam lindíssimas mas até ai, é só. Não me agradou nenhum pouco e mesmo com o campeonato do ano passado decidido, já vi ótimas corridas pós-decisão.
Mas houve outro circuito, que em minha opinião, foi tão ruim quanto o de Abu Dhabi: a pista montada no estacionamento do Caesars Palace, que sediou as decisões de 81 e 82. A pista foi criticada ao extremo, principalmente o modo em que ela foi feita em sentido anti-horário, o que castiga muito o físico dos pilotos. Também teve prejuízo para as equipes. Sem contar, também, o pouco espaço que todas equipes tinham para trabalhar. O pit lane era pequeno, não existia garagens (o que seria normal para uma pista que era montada, literalmente) e por isso os carros ficavam suspensos e muito, muito perto mesmo da área de rolagem dos carros sem contar que naquela época não existia nenhum limite de velocidade nos boxes. Aliando isso ao forte calor do deserto e alguns motores e câmbios quebrados naquele fim de semana, pode-se dizer que eles viveram um inferno, ou quase isso.
Assim como a ida da F1 para Abu Dhabi e outros locais do Oriente Médio e Ásia, a troca da tradicional prova final de Watkins Glen por Las Vegas foi dinheiro. Os organizadores de Glen não cumpriram os pedidos da categoria e Vegas acabou laçando Bernie pelo que ele mais gosta claro. E grana é o que não falta naquele lugar e lá a F1 foi se meter a fazer duas provas, em 81 e 82 que decidiram aqueles mundiais.
A pista em sim foi feito com esmero, fazendo que tivesse espaço suficiente para ultrapassagens e as áreas de escapes feitas com bancos de areia. O trabalho até que foi bom, mas o resultado final não foi dos melhores. Público era quase inexistente, pois o sol ardia o dia todo e por isso eram poucos os espectadores que se arriscaram a ver a prova. Se ao lado tem diversão melhor (cassinos), para que ficar torrando no sol o dia todo. O resultado de tudo foi um público de 30 mil na prova de 82, o que sugere que as marcas de 81 foram piores ou iguais. Interessante, mas escrevendo isso me lembro agora de Aida, no Japão. Foram feitas duas provas lá, em 94 e 95. Mas o circuito era chato, bem chato e valia mais a pena ficar dormindo durante a madrugada. Não havia nenhum ponto que prestasse para fazer uma ultrapassagem, e isso gerou criticas pesadas por parte dos pilotos e equipes. Bernie só coletou o dinheiro dessas duas provas, deu um tapinha nas costas do organizador e nunca mais a categoria botou os pés lá.
Voltando a Las Vegas, o que salvou mesmo a prova foi o fato dos títulos de 81 e 82 serem decididos lá: em 81, três pilotos (Reutemann 49pts, Piquet 48 e Laffite 43) estiveram na luta pelo mundial. Venceu Piquet, que terminou a corrida na quinta posição chegando à frente de Laffite (6º) e Reutemann (8º), que teve problemas de câmbio. Como se viu nas cenas que correram o mundo após o título, Piquet estava esgotado fisicamente por causa do forte calor e do trabalhoso circuito. Em 82, Rosberg (42 pts) e Watson (33) disputaram o título. Mesmo com Watson fazendo uma má largada, caindo de nono para décimo segundo, ele recuperou-se dessa falha e fechou em segundo, atrás de Alboreto que conquistava seu primeiro triunfo na categoria à bordo do Tyrrel. Rosberg, que fechou em quinto, levou o primeiro mundial da Finlândia na categoria.
Após essas duas incursões da F1 por Las Vegas, a prova nunca mais foi realizada por lá pois não tinha conseguido atingir o sucesso que pretendiam. Nos anos 90 quiseram fazer um circuito, ou remontar o do estacionamento, mas os cassinos não autorizaram e nisso a F1 teve que procurar outro lugar nos EUA para sediar seu GP, até encontrar Indianápolis nos anos 2000.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

F1 Battles- Jacques Laffite Vs Stefan Johansson

Era possível ultrapassar na velha Rascasse de Mônaco? Quando ela ainda era totalmente apertada? Bom, se você disse não aconselho que veja este vídeo da corrida de 1986 onde Laffite (Ligier JS27- Renault) ultrapassa por fora (!!!) Johansson (Ferrari F86) ensinando bem como ultrapassar na velha curva. Genial!

Análise dos dez primeiros- GP do Brasil 2010

Sebastian Vettel- Não tomou conhecimento do pole Hulkenberg e decidiu a sua vida na corrida ao virar na frente do alemão na entrada do “S”. Teve uma boa velocidade a corrida inteira e conseguiu manter-se longe de Webber, que era o único que podia lhe ameaçar. Não vai medir esforços para conquistar seu primeiro título em Abu Dhabi.


Mark Webber- Conseguiu livrar-se de Hulkenberg ainda na primeira volta, mas não foi veloz o suficiente para atacar Vettel durante a corrida. No final da prova, um superaquecimento de motor quase arruinou seu trabalho, pois, além de se preocupar com o motor com problemas,, tinha que ficar de olho em Alonso que aproximava-se perigosamente. Seu trabalho daqui alguns dias será duro.


Fernando Alonso- Parecia que não tinha condições de duelar com os Red Bulls na corrida, mas durante a competição conseguiu virar tempos iguais ou melhores que o duo rubro taurino. Perdeu tempo atrás de Hulkenberg e isso pode ter lhe custado tentar algo a mais contra seus dois adversários.


Lewis Hamilton- A única coisa de boa que tinha em seu carro era a velocidade de reta e só. Foi superado na corrida com facilidade por Alonso e assim como o espanhol, suou para ultrapassar Hulk.


Jenson Button- Saiu em 11º e só por isso, suas chances de ao menos continuar na disputa do mundial, foram aniquiladas. Na prova, trocou de pneus cedo e isso lhe deu a oportunidade de subir de posições quando os outros parassem. Terminou em quinto e junto delas, suas esperanças de título.


Nico Rosberg- Ele fez uma má classificação marcando o 13º tempo mas corrida, soube fazer boa estratégia e nem mesmo um problema de encaixe na roda dianteira direita, arruinou sua ótima prova de recuperação.


Michael Schumacher- Chegou estar entre os primeiros no Q3 de sábado, mas foi superado logo e fechou em oitavo. Durante a corrida mostrou bom ritmo, mas não o suficiente para ficar à frente de Rosberg.


Nico Hulkenberg- Foi o grande nome do fim de semana ao fazer uma volta canhão e ficar com a pole. Boas batalhas contra Alonso e Hamilton, mostrando que se tiver um bom carro em suas mãos pode fazer algo a mais. Mas para o ano que vem pode pilotar a carroça da Hispania, o que seria uma pena.


Robert Kubica- Boa classificação e na prova, foi atrapalhado por Petrov. Andou no bolo intermediário a corrida toda.


Kamui Kobayashi- Não brilhou como no ano passado, mas conseguiu salvar um ponto ao menos. Parecia ter problemas de freios, pois travava rodas direto no final da reta dos boxes. Seu único pecado é as classificações, se melhorar pode conseguir ao mais nas corridas.

E que venha Abu Dhabi

Vettel já havia alertado antes da prova que na largada ele olharia apenas para frente. Ao seu lado, na pole, estava Hulkenberg que havia assombrado a todos com suas três voltas extremamente velozes na classificação, com pneus slicks, numa pista ainda úmida por causa da chuva de antes da classificação. Com pista seca, como estava no domingo em Interlagos, seria complicado para o novato segurar a sua posição. Ao apagar das luzes vermelhas, Vettel cumpriu sua promessa e ao virar da primeira perna do “S” do Senna já estava na frente de Hulkenberg. A primeira parte do plano já estava feita e agora era abrir boa vantagem para Webber, que tinha despachado o jovem alemão na decida do lago. Sem ter nenhum incomodo por parte dos outros rivais, o duo da Red Bull desapareceu na frente. Sebastian dosou bem a diferença para Webber que sempre oscilou entre 3.5 e 1.8 segundos, desse modo um embate entre os dois pela vitória em Interlagos não aconteceu e a prova se tornou chata. Se bem que no meu modo de ver foi uma corrida tensa, pois alguns retardatários não aliviaram para os líderes, como aconteceu com Webber ao tentar passar Bruno Senna e Alonso tentando dobrar Buemi. Principalmente no caso do espanhol, pois o suíço deu trabalho por uma volta, com Fernando executando a ultrapassagem apenas no final da reta dos boxes depois de ter iniciado as manobras ainda no final da reta oposta.
Por falar em Alonso, este fez uma corrida que me surpreendeu. O motor que ele usou em Interlagos era simplesmente o mesmo de Monza, corrida que ele venceu após batalhar contra Button. O motor já estava forçado e debaixo da forte temperatura que este enfrentou ontem, me surpreendi com seus tempos de voltas que eram idênticos e as vezes mais rápido que o dos Red Bulls que iam à sua frente. Tanto que ele se aproximou de Webber com certo perigo no final da corrida (numa certa volta ele chegou a tirar até dois segundos do australiano), mas não conseguindo a aproximação suficiente para tentar o bote. Após a corrida, Mark disse que o motor estava superaquecendo na parte final da corrida e por isso teve brandar o ritmo, mas sempre tomando cuidado com a aproximação de Alonso.
A Mclaren teve mais uma jornada bem fraca e agora vê em Hamilton sua última esperança de título, pois a de construtores acabou ontem com a conquista da Red Bull após sua dobradinha. Lewis fechou em quarto, e mesmo após sua troca de pneus durante a visita dói safety car, devido o acidente de Liuzzi na saída do “S” do Senna, ele não conseguiu aproximar-se de Alonso. Agora ele tem 24 pontos de desvantagem para Fernando, que sugere apenas um milagre para que ele conquiste seu segundo mundial.
Já os brasileiros tiveram um fim de semana para esquecer. Massa, que saiu e nono, teve problemas no pneu dianteiro direito após sua primeira parada, tendo que voltar para arrumar e assim tendo sua prova arruinada. E ainda teve um toque com Buemi que o fez perder algumas posições. Recuperou-se e fechou em 15º. Barrichello teve um pneu furado numa disputa com Alguersuari e depois um problema no seu pit stop, que arruinaram sua corrida e assim fechou em 14º. Bruno Senna terminou em 21º e Di Grassi, que teve problemas na suspensão traseira de seu Virgin e chegou a abandonar momentaneamente a prova, voltou e fechou em 23º.
Enfim, o campeonato será decidido em Abu Dhabi, daqui cinco dias. Alonso fatura o campeonato com um segundo lugar e daí não dependerá de mais ninguém. Se ficar em terceiro é pegar a calculadora e fazer as contas de quem pode ou não levar o mundial de 2010. A Red Bull ainda não se decidiu para quem devem dar total apoio, e isso não acontecerá agora nessa curta semana, em que os treinos já começam na sexta. Vete, junto de Alonso, foi que mais cresceu de performance nas últimas 4 provas. E Monza fechou numa quarta posição que devia ser um oitavo, devido sua má apresentação durante aquele GP, mas a estratégia de trocar pneus no final da corrida salvou sua pele; em Cingapura foi segundo, pressionando fortemente Alonso; em Suzuka venceu com folga e na Coréia venceria facilmente se o motor Renault tivesse deixado. Visto essa ascensão e a preferência já declarada da equipe a favor do alemão, como se comportará a Red Bull caso Vettel esteja em primeiro, Webber em segundo e Alonso em terceiro em Yas Marina? Ao decorrer das 55 voltas em Abu Dhabi a resposta será conhecida, mas ainda acho que a Red Bull ainda vai acreditar até o último suspiro para uma quebra de Alonso, e nessa indecisão da equipe rubro-taurina o espanhol pode beliscar seu terceiro mundial. Realmente, estão numa encruzilhada.
Vettel decidiu sua vida na largada, ao ultrapassar o surpreendente Hulkenberg na primeira perna do "S"

Hulkenberg ainda foi atração da corrida nas primeiras voltas, ao segurar Alonso por sete voltas... 

... e dar trabalho para Hamilton em outro punhado de giros

Hamilton e Button chegaram em 4º e 5º respectivamente, mas é o inglês da frente que ainda tem chances de título. Porém precisará de um milagre, pois está 24 pontos atrás de Alonso

A primeira da Red Bull: a equipe que tem cinco anos de existência, fez a festa pelo seu primeiro título de construtores. A equipe chegou a 469 pontos contra 421 da Mclaren.


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

F1 Battles- Rene Arnoux vs Eddie Cheveer, Long Beach 1983

Ótima batalha entre Rene Arnoux (Ferrari 126 C2B) e Eddie Cheveer (Renault RE-30C) pela quarta no GP de Long Beach, em 1983. Inicialmente a disputa fora pela quinta posição, com Arnoux (6º) à pressionar Cheveer (5º). No final de uma das retas do circuito, Arnoux aproveita o vácuo e passa Cheveer que se atrapalha com o Williams de Laffite, que era quarto, e que está lento pela pista. Mais adiante, Cheveer se aproveita de um descuido de Arnoux e o passa, reassumindo o posto. Arnoux, como sempre, não baixou os braços e foi novamente buscar a posição no final da reta "Sheroline Drive".
A corrida daquele ano ficou marcada pela bela recuperação e dobradinha da Mclaren, com Watson em primeiro e Lauda em segundo, já que ambos largaram em 22º e 23º respectivamente. Arnoux fechou em terceiro e Cheveer abandonou quando estava em quinto, por problemas de câmbio.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Outras provas chuvosas e seus mestres

Enquanto que os pilotos discutiam sobre as condições do asfalto coreano sob água no último domingo, fui pesquisar algumas provas em que as situações de pista e visibilidade também não eram favoráveis, mas em que os pilotos de outrora entraram e fizeram delas épicas provas:


GP da Alemanha, 1961- O fabuloso Nordschleif já era perigoso seco, com chuva então as coisas se complicavam ainda mais. Stirling Moss, a bordo de sua Lotus 18/21, desafiou o poderio das Ferraris 156 pilotadas por Von Trips e Phil Hill na prova daquele ano disputado debaixo d’água. Moss bateu os dois pilotos da Ferrari chegando na frente de Trips com mais de 20 segundos de diferença, numa que teoricamente ele e sua Lotus jamais venceria a equipe italiana.


GP da Bélgica, 1963- Foi uma prova chuvosa do início ao fim, bem do estilo de Spa. Contrariando essa situação, Jim Clark iniciou sua caminhada para seu primeiro título ao vencer essa corrida chegando à frente de Bruce Mclaren com 4 minutos de avanço.


GP da Bélgica, 1966- A chuva caiu momentos depois dos pilotos largarem, pegando-os de surpresa em Bonneville. Vários pilotos rodaram e escaparam de bater ou cair em valas, menos Jackie Stewart que acabou batendo em uma casa e foi salvo por Graham Hill e por espectadores que ali estavam. A vitória ficou com John Surtees da Ferrari.


GP da França, 1968- A prova daquele ano foi disputada no circuito de Rouen, que com suas curvas rápidas, feitas em descida, era um circuito a ser respeitar. Desse modo, o estreante Jo Schlesser, ao volante do seu Honda, não respeitou a seqüência de curvas e acabou batendo, vindo morrer carbonizado. Logo em seguida a chuva despencou tornando a corrida ainda mais perigosa. Ickx ignorou a todas essas adversidades e venceu com sua Ferrari, mas quem deu o show foi Pedro Rodriguez ao marcar a melhor volta da prova e discutir a vitória até a sete voltas do fim, quando problemas de câmbio o fizeram ficar de fora.


GP da Alemanha, 1968- Assim como em 62 chovia em Nurburgring, mas desta vez tinha um fator que agravava ainda mais a visibilidade: as costumeiras neblinas baixaram, tr4onando praticamente impossível de ver ao algo. Stewart entrou em seu Matra, assumiu a liderança e efetuou uma das melhores apresentações debaixo de chuva constante e neblina, ao vencer tranquilamente a prova com 4 minutos e 3 segundos de diferença para Graham Hill.


GP de Mônaco, 1972- A chuva forte castigou Monte Carlo durante o fim de semana todo. Enquanto os demais tentavam achar algo além dos sprays lançados pelos carros da frente, Beltoise aproveitou a chance para vencer sua única prova na F1 e a última da BRM.


GP da Inglaterra, 1975- Foi uma corrida em que a chuva se tornou protagonista principal, ao ir e voltar constantemente embaralhando a competição. Sete pilotos revezaram-se na liderança da corrida, enquanto que outro tanto rodou na inundada curva Stowe indo parar nas cercas de proteção. Emerson sobreviveu à tudo e venceu seu último GP na F1.

GP da Áustria, 1975- Lauda brandou o ritmo, reconhecendo que a pista estava perigosa. O spray lançado pelos enormes pneus traseiros cegava os pilotos e por muita sorte, não houve um acidente grave. Brambilla ignorou as condições atmosféricas e do asfalto, abrindo caminho para vencer seu único GP na categoria. Ao comemorar, bateu seu carro.

GP do Japão, 1976- A enrolação em decidir se o GP da Coréia seria ou não realizado e seus atrasos, fez lembrar o do GP do Japão de 76. Por causa de uma chuva pesada que desabou sobre a pista de Fuji, deixando-a quase inundada, a prova foi adiada em três horas até que Ecclestone interveio com medo da corrida terminar no escuro. A prova decidiu o mundial à favor de Hunt quando este terminou em terceiro e Lauda, que ainda se recuperava dos ferimentos do acidente em Nurburgring, abandonou a corrida após duas voltas alegando falta de segurança.

GP dos EUA, 1979- Gilles Villeneuve foi mágico em meio o aguaceiro de Glen: na sexta se divertiu na chuva e enfiou 10 segundos em Jody Scheckter. No sábado sol e pista seca, terceiro tempo no grid e no domingo chuva e assim como na sexta, sobrou na frente dos concorrentes chegando na frente de Arnoux com diferença e 48 segundos.

GP do Canadá, 1981- Jacques Laffite venceu a prova de Montreal com seu Ligier debaixo de um dilúvio, mas quem fez uma apresentação brilhante foi Gilles que pilotou com a asa dianteira do seu Ferrari a cegar-lhe por voltas até que esta caiu pela pista. E ainda completou o GP sem ela, em terceiro. Genial.

GP de Mônaco, 1984- Senna e Bellof acharam aderência necessária para apresentar suas credenciais de estreantes em 84, ao domar suas máquinas e não tomar nenhum conhecimento ao ultrapassar pilotos muito mais experientes como Lauda e Arnoux. Prost pediu para que a prova fosse encerrada na hora em que Ayrton e Stefan estavam em seus calcanhares.

GP de Portugal, 1985- O cenário era bem parecido com Mônaco em 84: muita chuva e névoa d'água a atrapalhar os pilotos. Senna saiu da pole, liderou de cabo a rabo e venceu seu primeiro GP, com uma diferença de 1 minuto e dois segundos para a Ferrari de Alboreto.

GP da Inglaterra, 1988- Na única vez em que um carro não Mclaren não saiu na pole (Gerhard Berger e Alboreto fizeram a dobradinha da Ferrari) a chuva desabou com gosto em Silverstone, proporcionando Senna a fazer uma das suas aulas habituais, vencendo a prova com 23 segundos de avanço sobre Mansell.

GP da Austrália, 1989- Muita chuva e vários acidentes marcaram a prova australiana. Melhor para Thierry Boutsen que levou seu Williams inteiro até o final para vencer seu primeiro GP. Destaque para Satoru Nakajima que marcou a melhor volta da corrida.

GP da Austrália, 1991- Assim como em 89, a chuva desabou pra valer e a corrida qua não valia mais nada para o mundial, teve apenas 14 voltas tornando-a a mais curta de todos os tempos. Senna venceu após ótimo duelo com Mansell pela primeira posição.

GP da Europa, 1993- Ayrton tinha apenas uma chance de vencer as Williams e isso só podia acontecer em piso molhado. Donington amanheceu chuvoso e Senna pode mostrar sua classe mais vez ao derrotar as FW15 de Prost e Hill com autoridade. Mais sobre essa prova é só clicar aqui.

GP do Japão, 1994- Schumi e Hill batalharam em meio o temporal de Suzuka para quem venceria a prova e se aproximaria do título daquele ano. Hill, na melhor prova de sua carreira, venceu o desafio adiando a decisão para Adelaide. Mansell e Alesi travaram ótimo duelo pela quarta posição, sendo vencida pelo francês. Retratei este GP aqui no blog, ano passado.

GP da Espanha, 1996- Assim como Ayrton em 93, Schumacher só poderia sonhar em bater as Williams em condições especiais. E assim foi em Barcelona. Com muita chuva e frio, Schumi passou todos e venceu com tranquilidade a sua primeira prova pela Ferrari.

GP da Bélgica, 1998- Teve de tudo naquele GP: chuva continua; um senhor strike na largada envolvendo nada menos que 17 carros; segunda largada com Hakkinen ficando de fora; Schumacher mais uma vez dando uma aula sob chuva até acertar a traseira de Coulthard e indo para os boxes com apenas três rodas e quase socando a cara de David quando desceu do carro. Desse modo Hill ficou com o caminho vago para vencer seu último GP e o primeiro do Team Jordan na F1.

GP da Alemanha, 2000- Era dificil de crer que largando em 18º pudesse conseguir algo. Barrichello saiu desta posição e escalou até chegar à liderança, a poucas voltas do fim. Foi aí que caiu a chuva forte na parte do Stadium. As Mclarens de Hakkinen e Coulthard, com pneus de chuva, não alcançaram Barrichello que não havia parado para trocar pneus, continuando com os de pista seca. Ele igualava com as Mclarens na parte seca ( em sua maioria) e ganhava quase dois segundos na parte molhada, a do Stadium. Ele passou e venceu de modo magistral seu primeiro GP.

GP do Japão, 2007- Lewis Hamilton, o novato mais bem sucedido da história da categoria, provou que também sabia andar sobre água e venceu com folga enquanto que seu companheiro de Mclaren, Alonso, ficara estatelado na barreira de pneus. Outro showman da corrida foi Raikkonen, que se recuperou das últimas posições para chegar em terceiro.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Garotas da F1- GP da Coréia do Sul

Bom a corrida foi um pouco sem graça, mas as belas grid girls salvaram a tarde chuvosa em Yeongam

Análise dos dez primeiros- GP da Coréia do Sul

Fernando Alonso- Contra as duas Red Bulls ele não teria chance caso a prova fosse disputada em pista seca, mas no molhado conseguiu não se desgrudar do duo. Manteve-se sempre próximo de Vettel e teve sorte quando voltou atrás de Hamilton este errou após a saída do safety. Com o abandono de Vettel, aumentou a diferença para Lewis e passou para vencer confortavelmente. Se os motores Ferrari aguentarem Fernando estará no páreo e em Interlagos terá o reforço de Massa.


Lewis Hamilton- Ficou bravo pela a prova não ter tido a largada enquanto a pista estava um tanto molhada. Mas não teve o mesmo brilho que em outras provas chuvosas e foi muito burocrático. Está vivo na briga pelo mundial, mas ainda necessita de mais um milagre.


Felipe Massa- Prova cautelosa dele que permaneceu a corrida inteira em quarto lugar, mas sempre próximo de Hamilton. Em Interlagos costuma e praticamente insuperável e isso pode ajudar Alonso na disputa acirrada que deve ser em no autódromo paulistano.


Michael Schumacher- Melhor corrida dele no ano, o que mostra que pode estar se acertando novamente. Partiu com decisão pra cima de Button ganhando a quinta posição após a saída do safety, antes do acidente de Webber. Em Interlagos teremos uma prova se ele está realmente voltando à forma


Robert Kubica- Brigou nas posições intermediárias e escapou das armadilhas que algumas disputas proporcionavam.


Vitantonio Liuzzi- Assim como seu companheiro Sutil, bateu rodas com vários pilotos. Ao menos chegou ao fim podendo marcar mais alguns pontos em 2010.


Rubens Barrichello- Esteve no bolo das brigas, mas conseguiu sobreviver às disputas. Sua marca no final de semana foi, mais uma vez, um entrevero com Schumi com qual reclamou por ter sido bloqueado.


Kamui Kobayashi- Caiu para as últimas posições por ter trocado para pneus intermediários logo cedo, mas foi forte nas brigas contra Heidefeld e Sutil, com o qual, teve um incidente.


Nick Heidfeld- Também foi pro fundão e teve que escalar posições. Em três provas marcou 6 pontos.


Nico Hulkenberg- Estava em sexto quando teve um pneu furado, perto do fim da corrida o que lhe custou pontos valiosos.

domingo, 24 de outubro de 2010

O vai ou racha da F1 na Coréia e a vitória de Alonso

Nesses meus 20 vinte anos acompanhando F1 e estudando sobre tal, nunca tinha visto tamanha enrolação. Sim, vocês dirão que teve a prova de Fuji em 2007 disputado sob um aguaceiro igual ou pior que caiu em Yeongam foi enrolada também, mas ao menos foi por pouco tempo e, se não me engano, forma quinze voltas atrás do safety que quase me fez desistir e ir dormir. Hoje na Coréia a coisa foi pior: uma enrolação em decidir se haveria ou não a corrida ou até se essa seria feita apenas em 50% ou 75% a sua totalidade.
A largada foi até dada, com o safety comboiando-os, mas quase todos os pilotos disseram que não havia condições da corrida ser iniciada. Bom, realmente tinha água à beça, mas mesmo assim ainda podíamos ter uma largada segura, afinal eles são os melhores pilotos do mundo, não são?
Depois de quatro voltas, estacionaram no grid e novamente começou a discussão que só foi resolvida uma hora depois. Assim eles partiram para mais uma vez com a largada tendo a companhia do safety, que, aliás, a Mercedes deve ter agradecido muito pela exposição que o seu modelo SLS AMG teve nessa prova.
Bom, como disse muitos não queriam a prova, principalmente Vettel e ainda mais Webber, então líder do campeonato. Sim, então líder, pois ele rodou três voltas depois da saída do safety bateu no muro e voltou, acertando Rosberg que vinha bem na prova. Fim de prova para ele, que deve ter saído do carro elogiando e muito a mãe de Charlie Withing, e para Rosberg que havia feito uma ótima ultrapassagem sobre Hamilton e vinha na caça de Alonso.
A corrida na frente ficou modorrenta, afinal ninguém queria arriscar algo e ficar de vez fora da luta do mundial. Vettel teve uma tarde fabulosa e até surpreendeu os mais pessimistas que pensavam que ele poderia fazer outra burrada, costumeiro dele. Mas ele esteve imaculado e no momento que a vitória estava no seu bolso, o motor Renault abriu o bico na saída da primeira curva acabando assim com suas chances de vitória. Alonso agradeceu num dia de muita sorte para ele, pois além de ver as duas Red Bulls ficarem pelo caminho de camarote, venceu a prova e pulou de segundo para primeiro no mundial.
Enquanto que as coisas na frente pareciam já resolvidas, na turma do fundão, muita briga. Senna e Trulli bateram rodas e o italiano levou a pior abandonando em seguida com a frente da Lotus avariada. Quem bateu rodas com muita gente foi Sutil, que no final acabou ficando de fora da prova ao bater em Kobayashi. Petrov bateu forte, saindo ileso. Buemi enroscou-se com Glock abandonando a prova em seguida, enquanto que o alemão desistiu da corrida uma volta depois.
No geral foi uma prova tranquila, sem a adrenalina que uma corrida em pista molhada costuma proporcionar. Nem mesmo Hamilton, que claramente não gostou da atitude da largada ser feita com safety, não mostrou a agressividade que lhe é habitual, principalmente em circuito com essas condições.
Enfim a F1 vai embora de Yeongam que se tornou um palco dos mais confusos dos últimos tempos. Inicialmente era se a prova seria ou não realizada, o que acabou sendo ainda que com muita coisa a se fazer. Sendo feita a chuva atrapalhou as coisas, mas convenhamos que esta época na Ásia é extremamente chuvosa com a água podendo cair a qualquer momento e o que se viu foi toda aquela palhaçada que durou mais de uma hora para ser resolvida. E quando a corrida terminou o sol já tinha se posto. Para o ano que vem, proponho a colocação de refletores por toda a pista coreana, assim caso aconteça outra vez essas frescuras a prova ao menos não terminará no breu. Coitado do público que foi ao autódromo e lotou-o (confesso que fiquei surpreso com o bom número de espectadores) deve ter aprendido como funciona a F1 atual: muita pose e pouca ação.
Para as últimas duas etapas emoções vão sobrar. Alonso abriu 11 pontos de vantagem sobre Webber que continua com seus 220 pontos; Vettel caiu para quarto com seus 206 pontos, sendo ultrapassado por Hamilton que volta a ter alguma chance agora com 210 pontos. Azar de Button que terminou a prova em 12º e ficou para trás com 189 pontos, 43 atrás de Alonso. Matematicamente ainda tem chances, mas terá que rezar por um milagre e dos grandes nas duas últimas etapas.
Ficará a cargo de Interlagos decidir o mundial mais uma vez. Mas sinceramente, acho difícil que isso aconteça daqui quinze dias.
O novo líder: Alonso comemora a vitória em Yeongam e está próximo do seu terceiro título.


Um dia pra ser riscado da Red Bull: a batida de Webber e a quebra de Vettel jogam pelo ralo a chance da equipe matar o título de pilotos já em Interlagos. Agora eles terão que optar em apoiar Webber se quiserem o título.

Os caminhões entraram para limpar e tentar secar um pouco o encharcado asfalto.

Lewis volta a ter chances no mundial, mas terá que torcer por mais uma prova bagunçada para poder suspirar por talaté a última etapa. Na prova foi cauteloso ao extremo.

O astro do início da prova: o safety car ficou num total de 22 voltas na frente do pelotão entre suas duas entradas. Hamilton reclamou e muito sobre a largada em bandeira amarela e safety. "O que eles estão esperando? Os outros pilotos estão reclamando? Qual é a razão pela qual não largamos?" disse o inglês

RESULTADO FINAL
Grande Prêmio da Coréia do Sul- Circuito de Yeongam- 55 voltas
24/10/2010- 17ª Etapa

1º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari): 2h48min20s810
2º. Lewis Hamilton (ING/McLaren): a 14s999
3º. Felipe Massa (BRA/Ferrari): a 30s868
4º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes): a 39s688
5º. Robert Kubica (POL/Renault): a 47s734
6º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India): a 53s571
7º. Rubens Barrichello (BRA/Williams): a 1min09s257
8º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber): a 1min17s889
9º. Nick Heidfeld (ALE/Sauber): a 1min20s107
10º. Nico Hulkenberg (ALE/Williams): a 1min20s851
11º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso): a 1min24s146
12º. Jenson Button (ING/McLaren): a 1min29s939
13º. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus): a 1 volta
14º. Bruno Senna (BRA/Hispania): a 2 voltas
15º. Sakon Yamamoto (JAP/Hispania): a 2 voltas

Não completaram:
Adrian Sutil (ALE/Force India)
Sebastian Vettel (ALE/Red Bull)
Vitaly Petrov (RUS/Renault)
Timo Glock (ALE/Virgin)
Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso)
Lucas di Grassi (BRA/Virgin)
Jarno Trulli (ITA/Lotus)
Mark Webber (AUS/Red Bull)
Nico Rosberg (ALE/Mercedes)

Melhor Volta:Fernando Alonso (Ferrari) 1min50s257

sábado, 23 de outubro de 2010

Quetinho, Vettel sai na pole em Yeongam

Alonso já parecia estar com a o pole no bolso quando cravou seu tempo de 1'35''766 no minuto final do treino, mas não contava com a volta ainda melhor de Vettel que lhe garantiu a pole e de quebra Webber veio no embalo e marcou a segunda posição, formando assim a dobradinha da Red Bull para a primeira prova coreana.
Foi um treino interessante, com Webber, Alonso, Hamilton e Vettel a lutarem pela pole. Button reclamou pacas da falta de aderência causada pela mal aquecimento dos pneus e por isso sai em sétimo, o que pode acabar de vez com suas chances de tentar um já distante título. Hamilton estava no páreo, mas errou no momento principal, a Q3, e ficou apenas em quarto. Alonso deu um calor nas Red Bulls, como tem sido nas últimas etapas, e por pouco não saiu com a primeira posição no bolso. Webber não esteve bem na Q3 e por pouco não sai em sexto, melhorando apenas no minuto final. Já Vettel, que não ficou entre os primeiros em treino algum, tomou de assalto a pole.
Massa fez bom treino e com um pouco mais de sorte, poderia ter ficado entre os quatro primeiros e vai sair em sexto. Barrichello sai em décimo. Reclamou de uma obstrução que Schumi teria feito em sua volta veloz. O alemão pediu desculpas e escapou de uma punição. Di Grassi sai em 22º e Senna, não se acertando no circuito coreano, fechou em último.
A largada parece ser um ponto chave para pretensão dos quatro primeiros. A pista de Yeongam, como todos sabem, está suja pacas e Webber e Hamilton saem do lado ultrasujo do traçado. Bom para Vettel, que após a prova de Monza, tem feito boas corridas e está numa crescente. Alonso também pode sair benefeciado pulando à frente de Mark, o que tornaria a prova mais interessante e sem contar Hamilton, que vai para o tudo ou nada na Coréia e isso tudo pode mudar um pouco a cara de chata que a corrida pode tomar caso as Red Bulls desapareçam na frente. 

GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DA CORÉIA DO SUL- 17ª ETAPA

1º Sebastian Vettel (ALE/Red Bull): 1min35s585
2º Mark Webber (AUS/Red Bull): 1min35s659
3º Fernando Alonso (ESP/Ferrari): 1min35s766
4º Lewis Hamilton (ING/McLaren): 1min36s062
5º Nico Rosberg (ALE/Mercedes): 1min36s535
6º Felipe Massa (BRA/Ferrari): 1min36s571
7º Jenson Button (ING/McLaren): 1min36s731
8º Robert Kubica (POL/Renault): 1min36s824
9º Michael Schumacher (ALE/Mercedes): 1min36s950
10º Rubens Barrichello (BRA/Williams): 1min36s998
11º Nico Hulkenberg (ALE/Williams): 1min37s620
12º Kamui Kobayashi (JAP/Sauber): 1min37s643
13º Nick Heidfeld (ALE/Sauber): 1min37s715
14º Adrian Sutil (ALE/Force India): 1min37s783
15º Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso): 1min37s853
16º Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso): 1min38s594
17º Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India): 1min38s955
18º Jarno Trulli (ITA/Lotus): 1min40s521
19º Timo Glock (ALE/Virgin): 1min40s748
*20º Vitaly Petrov (RUS/Renault): 1min37s799
21º Heikki Kovalainen (FIN/Lotus): 1min41s768
22º Lucas di Grassi (BRA/Virgin): 1min42s325
23º Sakon Yamamoto (JAP/Hispania): 1min42s444
24º Bruno Senna (BRA/Hispania): 1min43s283

* Punido com a perda de cinco posições no grid devido o acidente em Suzuka

As marcas de Ímola

A foto é do genial Rainer Schlegelmich (extraído do livro "Driving to Perfection") tirada da reta de Ímola após uma das largadas. ...