segunda-feira, 17 de junho de 2019

87ª 24 Horas de Le Mans: Um sopro de esperança na edição mais brasileira de todas


(Foto: José Mario Dias)
Nas últimas horas de prova os resultados parciais revelavam um cenário interessante para três pilotos brasileiros:  O #36 da Signatech Alpine, pilotado nas horas finais por Nicolas Lapierre, vinha com uma diferença confortável sobre o #38 da Jackie Chan indicando que a vitória na classe estava praticamente assegurada.. Na LMGTE-PRO Alexander Pier Guidi comandava as ações no Ferrari #51 da AF Corse administrando, também, uma larga diferença construída a base de estratégias e fórceps para derrubar a esquadra da Porsche GT Team. Na LMGTE-AM as coisas pareciam resolvidas para o Ford GT #85 quando uma troca na dianteira começou a mudar o panorama. Trocada a peça com ajuda da equipe oficial da Ford o retorno foi tranquilo, mas um descuido em deixar as rodas girando enquanto o trabalho de pit-stop era feito gerou um stop&go para o trio formado por Ben Keating/ Jeroen Bleekemolen/ Felipe Fraga. A tensão em perder uma liderança que já os pertencia desde o final da tarde anterior era latente. A penalização foi cumprida e Bleekemolen, que se encontrava ao volante do Ford, saiu ainda com cinco segundos de vantagem sobre o Porsche #56 da Project 1. Restou apenas ao holandês da Ford aumentar a carga no acelerador e distanciar-se, para evitar qualquer ataque que viesse do Porsche da Project. A tensão ia embora e dava lugar ao sabor inexplicável.
Para os três pilotos brasileiros a conquista foi especial, claro. André Negrão chegou a sua segunda conquista consecutiva em Sarthe e de quebra, junto de Nicolas Lapierre e Pierre Thiriet, levou o campeonato da LMP2. Daniel Serra confirmou mais uma vez a sua destreza ao volante de um GT, algo que já acostumamos ver aqui no Brasil desde que começou a pilotar este tipo de carro. E Felipe Fraga com o seu já conhecido pé pesado, que o ajudou a ganhar fama e titulo na Stock Car, também passa a escrever um capitulo importante para ele no automobilismo estrangeiro.  
A vitória tripla dos pilotos daqui em Le Mans só reforça algo que já é recorrente: que existe vida fora da Fórmula-1. A cada conquista que um piloto nacional consegue nos grandes centros serve para mostrar a nova safra que mesmo que tenham o sonho de ingressar na F1 e este seja dizimado a pó, as possibilidades de seguir uma carreira internacional – e muito sucesso – existe e com grandes atrativos. André Negrão é um exemplo claro: tendo passado naturalmente pelos monopostos, acabou ingressando nos protótipos e já em 2017 – pela sua atual equipe, a Signatech Alpine - conseguiu um terceiro lugar nas 24 Horas de Le Mans na LMP2. Já na Super Temporada do WEC, que terminou exatamente em Sarthe, o piloto de Campinas chegou ao lugar mais alto do pódio na edição de 2018 e repetiu o feito neste 2019 para, também, levantar a taça de Campeão Mundial da LMP2. André seguiu apenas o caminho de outros dois jovens pilotos brasileiros que também trocaram os monopostos pelos protótipos: os “Felipes” Derani e Nasr hoje brilham na IMSA onde já tem seus nomes encravados na história da grande categoria. Portanto, exemplos para que a nova geração se inspire não falta.
Para o automobilismo brasileiro as marcas alcançadas por estes três, só enriquece ainda mais a história daqui no Endurance Internacional. As várias vitórias em provas importantes do Endurance Mundial como 24 Horas de Daytona, 24 Horas de Spa, 12 Horas de Sebring, 6 Horas de Watkins Glen e ainda mais os títulos – como o de Raul Boesel no World Sportscar de 1986; o de Ricardo Zonta no FIA GT de 1998, os de Christian Fittipaldi na IMSA no biênio 2014/ 2015 e mais o de Felipe Nasr em 2018- mostram um caminho dos mais interessantes para ser apostado. Por outro lado, mesmo com um automobilismo cambaleante como o nosso, estes resultados soam como um eco de que ainda existe uma chance de retomarmos o caminho do fortalecimento do nosso esporte para que outros pilotos sejam revelados e venham aumentar, no futuro, estes números que ainda vão crescer com esta turma que tem reescrevido a história do automobilismo nacional lá fora.  
Com resultados assim, sempre reaparece a velha questão: quando que chegará tão esperada vitória na geral? Passamos perto disso em 1973 com José Carlos Pace com a Ferrari, que ele dividiu com Arturo Merzario; em 1991 com Raul Boesel pilotando o Jaguar ao lado de Davy Jones e Michel Ferté; e depois com Lucas Di Grassi, que chegou em segundo na edição de 2014 quando estava a serviço da Audi ao compartilhar o volante do R18 com Tom Kristensen e Marc Gené. Diria que é apenas uma questão de oportunidade para que algum piloto brasileiro possa ingressar e, enfim, ter a chance de ganhar a grande clássica do automobilismo mundial. Afinal, é que a falta para coroar a riquíssima história de tantos títulos e vitórias que os pilotos daqui ajudaram a escrever mundo afora.

Na LMP1, mais uma vez Toyota

(Foto: Toyota)

Esta prova foi o reflexo do que foi a temporada inteira: uma Toyota anos luz à frente dos demais e a concorrência apenas esperando um deslize deles para que pudessem, enfim, vencer na geral. A fábrica japonesa fez valer a sua força e levou para casa a sua segunda 24 Horas de Le Mans, duas na mesma temporada – uma marca que dificilmente será superada por outra equipe. Independente dos estratagemas que possam ter empregado nas suas quatro conquistas nesta Super Temporada – título de marcas, pilotos e as duas edições das 24 Horas de Le Mans – a Toyota aproveitou bem da sua superioridade para vencê-las e esmagar um contigente de protótipos não híbridos que apenas esperavam pelas migalhas que podiam ficar pelo caminho. Culpa da Toyota? Talvez não tanto... Como sempre digo, nem sempre tudo chega aos nossos ouvidos e dificilmente chegará algo. Vá saber o que pode ter costurado a ACO com a fabricante japonesa após aquela saída maciça do Grupo VW (leia-se Audi e Porsche), sendo que uma movimentação dessa talvez até tenha mexido com o ânimo deles em disputar um mundial praticamente sozinha. Algum retorno pode muito bem ter sido acertado para que ao menos uma grande fábrica ficasse no certamente, uma vez que a menina dos olhos da ACO – a Peugeot – sempre rechaçou um retorno enquanto que os custos continuassem altos. A Toyota manteve-se no campeonato e ganhou com sobras, fazendo o que deve se fazer numa situação dessas. Pior é se tivesse perdido tudo ou parte dessas conquistas. A vergonha seria pesada para aqueles lados.
Sobre as conquistas em Le Mans, estas ficaram sob a luz da suspeita exatamente por contar com um piloto que tem o seu talento proporcional a polêmica que causa por onde passa: Fernando Alonso ingressou na Toyota exatamente para tentar conquistar uma das três jóias da Tríplice Coroa do Automobilismo e acabou ganhando duas, assim como fizera nos seus tempos de Fórmula-1 ao vencer duas vezes seguidas o GP de Mônaco que é a outra jóia da Coroa. Se em 2018 já ficaram de burburinho em torno de sua conquista, ao desconfiarem do ritmo de “Pechito” Lopez no meio da noite com o #7 que virava extremamente lento em face ao ritmo imposto por Alonso no mesmo momento da prova com o #8, indicando que ali poderia ter rolado alguma situação para que o espanhol levasse a prova junto de seus companheiros Kazuki Nakjima e Sebastien Buemi. O pobre argentino acabou por estar novamente no centro das atenções nesta edição ao apresentar um problema em um dos pneus – que depois foi confirmado pelo pessoal da Toyota que foi um problema no sensor de pressão dos pneus –  quando faltava exatamente uma hora para o final, que foi informado como um furo lento e que teve de ir aos boxes para trocá-lo. Com isso acabou perdendo a liderança da prova para o #8 que estava com Kazuki Nakajima ao volante e que apenas precisou conduzir o TS050 para a sua segunda vitória em Sarthe, numa prova que foi claramente dominada pelo #7 desde os treinos. Se foi uma vitória “ajeitada” para que o #8 saísse de Le Mans com a segunda conquista em Sarthe e de lambuja o título desta Super Temporada, não saberemos. Mas a verdade é que para uma fábrica que tantas vezes ficou no quase num território que foi sempre a sua ambição, qualquer sinal de problemas é algo que chega arrepiar os japoneses.
A corrida da LMP1 teve sua ação mesmo entre os não híbridos, onde Rebellion e SMP se entregaram a uma batalha fenomenal pela terceira posição. Os quatro carros batalharam por um bom tempo, sendo que o #3 enfrentou nos mais variados horários os dois carros da equipe russa já que o #1 enfrentou muitos problemas e precisou fazer algumas recuperações para enfim terminar a prova na quarta colocação na geral, exatamente a frente do #3 que também passou por alguns problemas e até mesmo um pequeno acidente um pouco antes do anoitecer. A SMP teve o seu #17 acidentado na parte noturna, quando este vinha bem na classificação ao incomodar os Rebellion junto do gêmeo #11. Este último sobreviveu ao desafio e desbancou a equipe suíça ao levar o terceiro lugar com o trio Vitaly Petrov/ Mikail Aleshin/ Stoffel Vandoorne, com o belga fazendo um belo trabalho nesta sua primeira visita à Sarthe -  onde registrou a maior velocidade de reta (350 km/h). ByKolles e Dragonspeed não chegaram ao final da prova pelos inúmeros problemas que apareceram durante o certame.

LMP2: Uma batalha dura, mas recompensada no final para a Signatech Alpine

 
(Foto: Signatech Alpine Matmut)
A corrida nessa classe foi concentrada especialmente no embate entre a Signatech Alpine e a G-Drive, onde os dois carros se entregaram a uma disputa que animou bastante as horas que se seguiram em Sarthe até o anoitecer, quando o #26 da G-Drive começou abrir distância sobre o Alpine #36 da Signatech. Mas antes disso, a troca de posições na liderança feita por estes dois carros foi visceral – com direito a uma ultrapassagem sensacional de André Negrão em plena Mulsanne usando o que podia de pista para efetuar a manobra.
Com o G-Drive se distanciando e fazendo trabalhos de pit-stop de forma correta e efetiva, ficava cada vez mais difícil para que o panorama mudasse à favor da Signatech Alpine. Mas já perto do amanhecer, o G-Drive apresentou problemas no motor de arranque do Gibson assim que fez uma parada de box. Com o problema não sendo solucionado a tempo – gastou-se cerca de vinte minutos para que o #26 voltasse à pista já com um bom atraso – o caminho ficou aberto para que o trio do #36 da Signatech Alpine (Nicolas Lapierre/ André Negrão/ Pierre Thiriet) assumissem a liderança e apenas administrassem a volta de vantagem que tinham sobre o #38 da Jackie Chan DC Racing – com quem lutavam pelo titulo da LMP2. A vitória veio apenas para abrilhantar ainda mais o título conquistado pelo trio na categoria – isso sem contar na segunda conquista em Sarthe. O furo no pneu do #38 da Jackie Chan DC Racing (Ho-Pin Thung/ Stéphane Richelmi/ Gabriel Aubry) foi um alento ao trio do #36 uma vez que eles vinham bem e podiam ameaçar a então segunda colocação, entrando na luta direta pelo título.

LMGTE-PRO: Ferrari derrubando a esquadra da Porsche

 
(Foto: AF Corse)
Por um tempo essa categoria parecia que estava fadada a ter a vitória direcionada para Porsche ou Corvette, visto que os desempenhos destes carros estavam em grande forma – especialmente pelo #92 e #91 da Porsche e pelo #63 da Corvette. Foi uma prova em que estes três estiveram com condições claras de saírem vencedores dessa classe. Mas como se trata de uma prova de 24 Horas, as coisas podem mudar constantemente.
Para a Porsche a perca do #92 por conta de um problema no escapamento que o alijaram da disputa pela vitória foi um duro golpe antes do amanhecer, mas ainda restava esperanças com os #91 e #93 que vinham muito bem. Porém a grande performance do trio da Ferrari #51 da AF Corse foi importante para o desenrolar da prova. O trio formado por Alessandro Pier Guidi/ James Calado/ Daniel Serra, destoou do restante que defendiam suas esquadras ao fazerem stints muito bons e conseguir levar o Ferrari #51 ao topo da tabela de classificação e alcançando uma vitória para a marca italiana justamente no ano que comemora-se a primeira conquista da Ferrari em Le Mans. Uma conquista e tanto, principalmente por lutar – e bater – equipes genuinamente de fábrica. Uma conquista igualmente importante para Pier Guidi e James Calado que venceram pela primeira vez em Le Mans e também para Serra, que venceu a sua segunda 24 Horas de Le Mans num intervalo de três anos.
A Ford despediu-se de Sarthe sem ter uma grande performance nesta sua última passagem. Talvez apena o Ford GT #67 (Andy Priaulx/ Harry Thincknell/ Jonathan Bomarito) é quem teve alguma hipotese, já que foi o melhor carro do quarteto desde os treinos. Mesmo assim, não foi um grande incomodo para Porsche, Ferrari e Corvette – a despedida da Ford só não passou em branco porque salvaram a festa na LMGTE-AM.
A Corvette parecia se encaminhar para uma batalha pela vitória que poderia coroar a sua festa de 20 anos ininterruptos em Sarthe. Mas a queda do #64 – após um baita acidente na Curva Porsche ainda na parte da tarde de sábado, quando tocou-se com o Porsche #88 (AM) da Dempsey – os deixaram apenas com o trio do #63 em ação. Jan Magnussen/ Antonio Garcia/ Mike Rockenfeller fizeram um belo trabalho até o amanhecer, mas uma rodada na Curva Porsche – que pareceu não muito amigável com o carro americano – pôs tudo a perder e com isso saírem da disputa pela vitória, terminando na nona posição da classe.
Talvez quem tenha tido mais motivos para sair de Sarthe com a decepção em alta, foi a Aston Martin. Depois de um treino classificatório onde os carros – especialmente o #95 que fez a pole – terem conseguido um ótimo desempenho, o BOP de performance feito na sexta-feira alijou os Vantage com diminuição da pressão do turbo e também a perca de dois litros na capacidade do tanque. A falta de potência foi certamente vista no inicio da prova com o #95 sendo atacado por Corvette e Porsche, sucumbindo às investidas. O calvário para o #95 acabou no meio da noite, quando Marco Sorensen bateu na Indianapolis. Um desfecho melancólico. O #97 também sofreu um acidente e ainda voltou para a prova, mas sem grandes perspectivas já que fechou em último na classe e com um bom par de voltas de atraso.
A BMW também realizou a sua última corrida no WEC e sem conseguir grande destaque – a não ser pelos memes que rodaram a internet por causa do tamanho do M8 frente aos demais GTs. Foi uma prova discreta dos dois M8 e apenas o #82 é que chegou ao final, na 11ª posição enquanto que o #81 abandonou a poucas horas do final. A BMW vai concentrar esforços na IMSA, que ainda está com o campeonato em andamento.
Para a Porsche ainda restou a festa pelo título entre as marcas e também entre os pilotos, com o título ficando para a dupla do Porsche #92 Kevin Estre e Michael Christensen.

LMGTE-AM: Keating Motorsport salvando a Ford

 
(Foto: Keating Motorsport)
Esta era uma classe que parecia se desenhar para uma vitória da Porsche. A Dempsey-Proton Racing era a mais credenciada para levar a classe, mas problemas acabaram atrapalhando o andamento para uma equipe que poderia ter levado a prova até mesmo com certa tranquilidade. As atrapalhadas de Satoshi Hoshino no comando do Porsche #88 – ele estava ao volante do carro quando ocorreu o acidente com o Corvette #64 - deitaram por terra a chance de vencer, talvez, com o melhor carro do grupo. O #77 da Dempsey-Proton Racing bem que tentou acompanhar os rivais, mas também não teve folego suficiente e fechou num triste quinto lugar.
Como já foi relatado no inicio do texto, o Ford GT #85 da Keating Motorsport escalou o pelotão tranquilamente para assegurar uma honrosa vitória para a Ford em sua despedida do WEC – apesar que especula-se a entrada de um Ford GT ainda para a temporada 2019/ 2020. Apesar do susto da punição que por muito pouco não arruinou uma conquista que soava tranquila, a vitória foi orquestrada pelo ótimo desempenho do trio em especial de Jeroen Bleekemolen e Felipe Fraga.
A Porsche ainda repousou a suas esperanças no Porsche #56 da Project 1, principalmente quando o #85 teve seus percalços na parte final da prova. Mas tiveram que se contentar com a segunda posição. Mas a Project 1 ainda teve o que comemorar, afinal levou o título de marcas e também o de pilotos com o seu trio Jörg Bergmeister/ Egidio Perfetti/ Patrick Lindsey.
Rodrigo Baptista, que estava no comando do Ferrari #84 da JMW Motorsport junto de Jefrey Seagal e Wei Lu, subiu ao pódio também numa ótima jornada do trio.
O campeonato do WEC volta em setembro, com a abertura do mundial 2019/2020 marcada para o dia 1º com as 6 Horas de Silverstone.



domingo, 16 de junho de 2019

87ª 24 Horas de Le Mans: Toyota lidera e mudanças na LMP2


Faltando menos de duas horas para o final das 24 Horas de Le Mans, algumas mudanças em Sarthe: o G-Drive #26 esteve muito bem durante boa parte das últimas horas, principalmente após domar o ímpeto dos pilotos do Signatech Alpine #36 e distanciar deles a ponto de ter uma diferença confortável. Mas em um de seus pit-stops pela manhã, acabou arruinando a oportunidade de vencer mais uma vez na LMP2 quando o motor de arranque parou de funcionar. Isso deixou-os de fora por vinte minutos para que conseguissem fazer os reparos e acabaram retornando para a prova. Agora ocupam a sétima posição.
Quem também teve problemas foi o #32 da United Autosport que teve um parte traseira se soltando em plena Mulsanne e que também foi aos boxes para os reparos necessários. Ocupam a 14ª colocação neste momento. A Dragonspeed #31 teve um acidente com Maldonado ao volante e ocupam a 18ª posição na classe. A liderança nessa classe pertence ao #36 da Signatech Alpine, seguido pelo #38 da Jackie Chan e pelo #28 da TDS.
Na LMP1 a Toyota continua muito bem, sempre com a formação inicial: o #7 lidera com o #8 logo em seguida. O Rebellion #3 ocupava a segunda posição quando aparentou problemas e teve que ser recolhido para os boxes e agora está na quinta posição. A terceira posição está sob o comando do #11 da SMP. O ByKolles acabou abandonando por problemas.
Na LMGTE-PRO a AF Corse continua na liderança com o seu #51 e sempre com os Porsche na cola (#91 e #93). O Porsche #92 que esteve muito bem por boa parte das horas, acabou apresentando problemas no exaustor e perdeu um bom par de voltas. Neste momento ocupa a 11ª posição. Para a Corvette, que já havia perdido o #64 na batida de ontem na Porsche Curve, por muito pouco não perdeu o #63 com Jan Magnussen ao volante quando este rodou também na Porsche Curve e quase fazendo um belo estrago. Conseguiu voltar e agora ocupa a oitava posição na classe.
Na LMGTE-AM apenas um pequeno susto para o líder Ford GT #85 que escapou, mas sem maiores consequências. Em segundo aparece o Porsche #56 da Project 1 e o terceiro para o #84 da JMW. Essa classe ainda teve dois incidentes: o #86 da Gulf Racing que bateu na Indianapolis e que agora ocupa a décima posição e também o Ferrari #60 da Kessel Racing, que rodou na entrada para a Porsche Curve e acabou na brita. Ocupa a 14ª colocação.

sábado, 15 de junho de 2019

87a 24 Horas de Le Mans: Tudo na mesma em Sarthe

Com treze horas de prova, algumas mudanças se deram na LMGTE-PRO: O Porsche #92 que liderava, foi puxado para a garagem para reparos no exaustor, sendo liberado vinte minutos depois e agora ocupa a 12a posição na categoria. A liderança é do Ferrari #51 da AF Corse, ainda seguido pelos dois Porsche #93 e #91.
A Toyota trocou a dianteira do #8, mas sem maiores demoras e a equipe continua com seus dois carros na frente. O Rebellion #3 segue em terceiro.
Na LMP2 as coisas se mantêm na mesma, com o G-Drive liderando a classe com folga para o Signatech. E ainda aconteceu um incidente com o #49 da ARC Bratislava que fez o carro ser recolhido para os boxes.
Na LMGTE-AM, o Ford GT #85 ainda comanda as ações com o Aston Martin #90 em segundo e o Ferrari #84 da JMW em terceiro.

87a 24 Horas de Le Mans: 50% concluído

Chegamos a metade da prova em Sarthe. Mais uma hora tranquila e agora é uma metade tensa, onde a fadiga mecânica dos carros começam aparecer e daí as visitas aos boxes são mais constantes.
A Toyota tem seus dois carros na dianteira, sempre com o #7 a frente do #8. Na terceira posição, com três voltas de atraso, aparece o Rebellion #3.
O G-Drive #26 continua forte na liderança da LMP2, com mais de um minuto de vantagem sobre o Signatech Alpine #36. Em terceiro aparece o #38 da Jackie Chan.
Na PRO, a liderança é do Ferrari #51 da AF Corse, com o Porsche #92 em segundo e o outro Porsche #91 em terceiro.
O Ford GT #85 da Keating Motorsport ainda dá as cartas na liderança da LMGTE-AM com o Aston Martin #90 da TF Sport em segundo e o Porsche #77 da Dempsey-Proton Racing em terceiro.

87a 24 Horas de Le Mans: Tranquilidade a caminho da metade da prova

A décima primeira hora se faz presente em Sarthe. Apesar das posições nas classes terem se mantido, apenas o acidente do SMP #17 nos esses do Karting é que movimentou esta última hora.
A Toyota segue inabalável, com o #8 liderando o pelotão com o #7 em segundo e a terceira posição do Rebellion #3.
Na LMP2 a disputa cessou de vez e o G-Drive #26 vai liderando com folga o Alpine #36 da Signatech. A terceira posição é #38 da Jackie Chan.
Na LMGTE-PRO o Porsche #92 segue na frente com o Ferrari #51 da AF Corse em segundo e o outro Porsche #93 em terceiro.
Na LMGTE-AM a liderança é do Ford GT #85 da Keating Motorsport que segue confortavelmente a frente do Porsche #77 da Dempsey-Proton Racing.

87a 24 Horas de Le Mans: No escuro de Sarthe

A prova está entrando na sua décima hora e por enquanto a calmaria tem reinado neste exato momento. Mas alguns enroscos, abandonos e acidentes.
Um destes enroscos foi na disputa pela 11a posição na LMGTE-PRO entre o Ford GT #66 e o Porsche #94, sendo que o carro estadunidense acabou levando a pior ao rodar na segunda chicane da Mulsanne. Para a Aston Martin a noite não tem sido das melhores: o Aston Martin #98 da AM teve problemas e parou pela pista, para depois voltar a funcionar algumas voltas depois. Já pela PRO, o #95 que largou da pole acabou escapando e batendo na zona da Indianápolis e abandonar. Uma corrida bem frustrante para quem alimentava uma certa esperança.
Na ponteira das classes, nenhuma novidade: a Toyota lidera com o #7 e o #8 em segundo. A terceira posição é do #17 da SMP.
Na LMP2 as disputas se acalmaram e o G-Drive #26 segue líder com o #36 da Signatech em segundo e o #38 da Jackie Chan em terceiro.
Na LMGTE-PRO as movimentações de posições tem variado por conta dos Pit Stops, sendo que na pista as coisas andam mais tranquilas. A liderança neste momento pertence ao Porsche #92, seguido pelo Ferrari #51 da AF Corse e pelo Corvette #63.
Na LMGTE-AM as coisas andam ainda mais tranquilas, sendo que o #85 da Keating é líder com o Porsche #56 do Team Project 1 e pelo Ferrari #84 da JMW.

87ª 24 Horas de Le Mans: Após oito horas...


A prova se aproxima do momento em que a noite passará a tomar conta. No entanto as próximas horas que estão por vir, são conhecidas como as mais criticas e é onde começa a decidir os rumos da prova. Porém, nas últimas horas, é que as coisas foram mais intensas.
Enquanto que a Toyota lidera a classe com total folga – apesar de uma escapa de Pechito Lopez  com o #7, que deu ao #8 a chance de pegar a liderança – nada demais tem incomodado a fábrica japonesa. Por outro lado a Rebellion  andou a ter seus problemas:além do #1 que enfrentou problemas nas primeiras horas de corrida, o #3 esteve sempre bem e duelando de igual para igual como o #11 da SMP até que um rodada seguida de batida frontal na freada para a segunda chicane da Hunaudières, tirou o #3 de combate por algumas voltas até que fosse colocado de volta à pista após os reparos feito pela equipe. Os dois Rebellion - #3 e #1 – aparecem em quinto e sexto, logo atrás do duo da SMP #17 E #11. Os carros da ByKolles e Dragonspeed vão vivendo seu calvário ao visitarem mais os boxes que a pista.
Na LMP2 a categoria se resume especialmente a batalha entre o #36 da Signatech e o #26 da G-Drive que se revezaram algumas vezes na liderança da classe, sem nunca desgrudarem um do outro. É o que tem mantido vivo o espirito dessa categoria e esta tem se revelado a grande disputa da corrida.
Na LMGTE-PRO a batalha continua a mil. Se a Ferrari #51 da AF Corse esteve bem – principalmente quando Daniel Serra esteve no comando – agora é a vez do Porsche #92 de Kevin Estre comandar as ações por lá. A primeira baixa dessa corrida veio exatamente da PRO quando o Corvette de Marcel Fassler acabou tocando com o Porsche #88 da Dempsey-Proton Racing e foi de encontro ao muro, destruindo bastante o carro americano. Fim de prova para o Corvette #64.
Na LMGTE-AM a liderança segue com o Ford GT #85 da Keating Motorsport, seguido pelo Ferrari #84 da JMW e pelo Porsche #56 DA Team Project.
A corrida já se aproxima do final de sua oitava hora.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...