Havia um clima envolto dos dois contendores ao título mundial. O comportamento de ambos era o mais questionável: Rosberg parecia tranquilo e Hamilton transparecia a mesma situação. Restava saber apenas como seria o desempenho deles quando apagasse as luzes vermelhas.
A largada de Lewis foi uma paulada no psicológico de Rosberg, que pareceu não apresentar que tinha sido afetado, mas a sua velocidade estava abaixo do esperado. Porém a corrida ainda era longa, podia acontecer alguns percalços, não é mesmo?
Os problemas para Nico foram aumentando de forma gradual, no mesmo instante que a pilotagem de Lewis parecia inabalável. Aqueles problemas que tanto atormentavam o inglês nas provas iniciais e em alguns estágios do mundial, tinham voltado de forma abrupta e cruel para Nico desde o GP de Cingapura.
A verdade é que Lewis esteve acima da média desde aquele evento de Spa. Dominou Rosberg como quis e os problemas de Nico apenas facilitaram essa tarefa enquanto que o piloto alemão precisava procurar algo a mais para tentar barrar o crescimento do seu companheiro, que nitidamente é mais espetacular. Mas não podemos negar, também, o valor de Nico nesta temporad que, com um carro tão superior que os demais, confirmou a evolução que tem demonstrado desde que se juntou à Mercedes em 2010. Uma pena mesmo que estas duas corridas, em que teve vários problemas, tenham selado as suas pretensões para o título.
Com relação à Lewis, mais que merecido o título para um cara que passou situações complicadas nos seus últimos anos de Mclaren, exatamente por não saber dosar as suas emoções em momentos decisivos. Acredito que o apoio do pai e de sua namorada - que convenhamos, viviam em enternas idas e vindas e isso o prejudicava demais -, ajudou bastante para que chegasse a este segundo mundial. Conseguiu manter a concentração e fez muito além do que esperávamos, que foi fazer uma corrida sem nenhum erro. Acabou por ser a coroação de um dos melhores pilotos que apareceram na categoria nos últimos dez anos.
Para a Mercedes, uma temporada histórica a nível daquelas que cansou de fazer nos anos 30 e anos 50. No ano que completou 60 anos do triunfal retorno as corridas de monopostos com Fangio e Kling em Reims 1954, o título de pilotos, construtores e o recorde de maior número de vitórias ficaram para os prateados.
Sem dúvida um ano com a marca da Mercedes, como nos velhos tempos.
Sobre a corrida
Tirando fora esse clima de decisão - que merecia um lugar mais interessante e histórico para isso - a corrida foi bem meia boca, melhorando um pouco com a tensão que se instalou devido a ótima performance de Massa frente a dúvida se Lewis deixaria a vitória em segundo plano, já que os problemas de Nico já deixavam o alemão fora de combate. Mas claro que um título com vitória é muito melhor, e Hamilton se manteve à frente de um soberbo Massa.
Foram boas corridas de Vettel e Alonso, as últimas deles na Red Bull e Ferrari. Claro que devido a deficiência de seus carros, o espetáculo que estes dois pilotos, que discutiram por duas vezes o título (de forma direta), poderia ter sido melhor se os carros ajudassem.
Bottas e Ricciardo confirmaram as suas potencialidades nessa prova final com pilotagens agressivas, mostrando o quanto que o futuro destes dois jovens podem ser brilhantes caso tenham carros à altura deles.
Não foi o melhor dos mundiais na parte técnica, uma vez que as equipes pouco puderam apresentar, mas os pilotos compensaram em algumas oportunidades toda essa desvantagem.
E esperamos que 2015 seja bem melhor que este ano. E quem sabe com uma ou duas equipes a desafiar a Mercedes. O que acho pouco provável que aconteça.
A largada de Lewis foi uma paulada no psicológico de Rosberg, que pareceu não apresentar que tinha sido afetado, mas a sua velocidade estava abaixo do esperado. Porém a corrida ainda era longa, podia acontecer alguns percalços, não é mesmo?
Os problemas para Nico foram aumentando de forma gradual, no mesmo instante que a pilotagem de Lewis parecia inabalável. Aqueles problemas que tanto atormentavam o inglês nas provas iniciais e em alguns estágios do mundial, tinham voltado de forma abrupta e cruel para Nico desde o GP de Cingapura.
A verdade é que Lewis esteve acima da média desde aquele evento de Spa. Dominou Rosberg como quis e os problemas de Nico apenas facilitaram essa tarefa enquanto que o piloto alemão precisava procurar algo a mais para tentar barrar o crescimento do seu companheiro, que nitidamente é mais espetacular. Mas não podemos negar, também, o valor de Nico nesta temporad que, com um carro tão superior que os demais, confirmou a evolução que tem demonstrado desde que se juntou à Mercedes em 2010. Uma pena mesmo que estas duas corridas, em que teve vários problemas, tenham selado as suas pretensões para o título.
Com relação à Lewis, mais que merecido o título para um cara que passou situações complicadas nos seus últimos anos de Mclaren, exatamente por não saber dosar as suas emoções em momentos decisivos. Acredito que o apoio do pai e de sua namorada - que convenhamos, viviam em enternas idas e vindas e isso o prejudicava demais -, ajudou bastante para que chegasse a este segundo mundial. Conseguiu manter a concentração e fez muito além do que esperávamos, que foi fazer uma corrida sem nenhum erro. Acabou por ser a coroação de um dos melhores pilotos que apareceram na categoria nos últimos dez anos.
Para a Mercedes, uma temporada histórica a nível daquelas que cansou de fazer nos anos 30 e anos 50. No ano que completou 60 anos do triunfal retorno as corridas de monopostos com Fangio e Kling em Reims 1954, o título de pilotos, construtores e o recorde de maior número de vitórias ficaram para os prateados.
Sem dúvida um ano com a marca da Mercedes, como nos velhos tempos.
Sobre a corrida
Tirando fora esse clima de decisão - que merecia um lugar mais interessante e histórico para isso - a corrida foi bem meia boca, melhorando um pouco com a tensão que se instalou devido a ótima performance de Massa frente a dúvida se Lewis deixaria a vitória em segundo plano, já que os problemas de Nico já deixavam o alemão fora de combate. Mas claro que um título com vitória é muito melhor, e Hamilton se manteve à frente de um soberbo Massa.
Foram boas corridas de Vettel e Alonso, as últimas deles na Red Bull e Ferrari. Claro que devido a deficiência de seus carros, o espetáculo que estes dois pilotos, que discutiram por duas vezes o título (de forma direta), poderia ter sido melhor se os carros ajudassem.
Bottas e Ricciardo confirmaram as suas potencialidades nessa prova final com pilotagens agressivas, mostrando o quanto que o futuro destes dois jovens podem ser brilhantes caso tenham carros à altura deles.
Não foi o melhor dos mundiais na parte técnica, uma vez que as equipes pouco puderam apresentar, mas os pilotos compensaram em algumas oportunidades toda essa desvantagem.
E esperamos que 2015 seja bem melhor que este ano. E quem sabe com uma ou duas equipes a desafiar a Mercedes. O que acho pouco provável que aconteça.
Sim... Historicamente sem graça.
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