segunda-feira, 28 de junho de 2010

Análise do dez primeiros- GP da Europa

Sebastian Vettel- Largando da pole num circuito de rua as coisas ficam mais fáceis e com seu companheiro Webber de fora, ficou ainda mais. Mesmo assim teve que manter a concentração para segurar o ímpeto de Hamilton nas primeiras curvas do circuito após a largada. Depois teve sossego para abrir boa vantagem e vencer a prova. 

Lewis Hamilton- Ótima largada pulando de terceiro para segundo. Depois tentou tomar a liderança de Vettel onde não teve sussesso. No episódio do safety car, foi uma mancada das grandes pois ele tinha visto o carro sair boxes e acabou ultrapassando-o. Foi punido mais tarde mas ainda sim conseguiu voltar atrás de Vettel, mesmo com 14 segundos de desvantagem.  

Jenson Button- Largando em sétimo tudo parecia complicado para ele, mas o safety car o ajudou e talvez, se não tivesse ficado ancalhado atrás de Kobayashi por quase toda a prova, poderia ter chegado em segundo. Mas está vivíssimo neste mundial.

Rubens Barrichello- Grande prova dele. Saiu em nono e foi um dos beneficiados pela entrada do safety. Fazendo apenas uma troca de pneus e com um carro constante, conseguiu chegar na melhor posição dele e da Williams no ano. Tem que comemorar muito, pois acredito que não terá outra chance dessas pois o motor Cosworth é uma porcaria. Vai sofrer horrores no novo traçado veloz de Silverstone, próxima etapa.

Robert Kubica- Constante e sempre o polonês vai fazendo um mundial fabuloso. O carro é decente e o motro Renault está no mesmo nível dos Mercedes.

Adrian Sutil- Saiu em 13º e sua corrida também seria complicada, mas como os demais, o safety car salvou sua prova. Segundo ele, foi a melhor corrida do ano.

Kamui Kobayashi- Se teve alguém que soube aproveitar e muito bem a entrada do safety foi ele. Largou em décimo oitavo e tinha uma corrida perdida, mas subiu para terceiro após a entrada do carro de segurança  e ali se manteve até quando faltava três voltas para o fim. Trocou os pneus, voltou em nono, atacou Alonso e Buemi nas duas últimas voltas e chegou em sétimo. Uma atuação maravilhosa.

Fernando Alonso- Sem dúvida ele e Massa se deram mal com a história do safety. Estava em treceiro quando houve a intervenção do carro de segurança na prova e, enquanto ele fazia toda a volta atrás deste, os outros paravam para a troca de pneus e assim ele despencou para 12º. Entregou a mancada de Hamilton para a FIA mas pagou um mico danado quando ficou nervoso ao saber que o inglês tinha pago a punição e ainda se encontrava em terceiro. Ta na hora dele começar a acelerar mais e deixar Lewis em paz. Virou uma obsessão sem limites. 

Sebastian Buemi- Boa prova do suiço que começa a bater Alguersuari também nos treinos. Na prova estava em sétimo até o fim, mas os pneus estavam na lona. Segurou as investidas de Alonso, mas contra Kobayashi, que tinha pneus novinhos, não conseguiu segurá-lo e  na última volta perdeu a posição na entrada da reta dos boxes. Acabou caindo para nono após receber 5 segundos por desrespeitar o safety. 

Nico Rosberg- Os graves problemas de freios no seu Mercedes (Schumi enfrentou problema semelhante) agravaram ainda mais o péssimo fim de semana dos carros prateados. Antes dos treinos parecia que podia largar entre os dez, mas teve que se contentar com a 12ª posição. Na corrida as coisas estavam critícas, mas as punições para De La Rosa e Petrov o ajudaram e assim ele conseguiu marcar um pontinho.

domingo, 27 de junho de 2010

Vettel volta a vencer em corrida marcada por punições e acidente espetacular

Circuitos urbanos normalmente revelam corridas chatas, principalmente se carros superiores largam na frente e desaparecem na ponta das provas. Assim foi em Mônaco com Webber este ano e hoje a história se repetiu, desta vez com Vettel.
Claro que sua vantagem final sobre Hamilton ficou em cinco segundos, devido a preocupação de poupar combustível, mas mesmo se o inglês apertasse o ritmo (como chegou a acontecer em alguns momentos da prova) e chegasse em Vettel, o alemão teria condições suficiente para abrir vantagem.
De todo um modo a prova para Sebastian foi tranquila. Teve trabalho apenas para segurar os ataques de Hamilton nas primeiras curvas do circuito, quando o inglês chegou a emparelhar com ele e discutir a liderança da corrida mas ele teve braço e velocidade o suficiente para garantir a primeira posição e depois abrir boa vantagem (que não chegou mal aos 4 segundos). Com Webber fora da jogada após uma má largada deste, Vettel teve total tranquilidade na prova e voltou a vencer após cinco provas.
Por falar no australiano, a sua prova é de para ser esquecida. Uma largada pavorosa despencando de segundo para nono na primeira volta, fez a Red Bull adiantar a sua parada nos boxes o que o relegou para décimo nono. Quando tentava ultrapassar Kovalainen, seu carro toca na traseira do Lotus do finlandês, decola, cai de ponta cabeça e depois vira com as quatro (quer dizer, com o que restou) para o asfalto e vai parar na barreira de pneus, batendo com certa violência. Mas Webber saiu ileso.
Fora isso a prova extremamente modorrenta mas quem se destacou foi Kobayashi, que ficou na terceira posição desde a saída do safety car na volta 13 até a 55ª passagem quando teve que entrar nos boxes para fazer sua troca de pneus. Voltando em nono, ele atacou Alonso (que também atacava Buemi) e ultrapassou o espanhol numa bela manobra no mesmo local onde Webber se acidentou. Na última volta freiou e ganhou a posição de Buemi na última curva do circuito, subindo assim para sétimo. Uma exibição maravilhosa do japonês que vinha penando nas últimas provas e que tinha nos mostrado uma pilotagem virtuosa com as exibições nas provas do Brasil e Abu-Dhabi ano passado.
Erros durante a prova foi o que não faltou. Hamilton foi punido por ter ultrapassado o safety no momento que este saía dos boxes. Fez um Drive & Through e voltou ainda na segunda posição, mas perdeu uma boa chance de tentar atacar Vettel  na parte final da corrida.
A Ferrari, que vinha bem com Alonso em terceiro e Massa em quarto, acabou sendo prejudicada pela entrada do safety. Com os outros pilotos parando antes do duo da Ferrari, estes quando pararam voltaram em 12° (Alonso) e 17° (Massa). No fim Fernando terminou em sétimo e Massa em 11°, numa corrida que inicialmente indicava ser ótima para os carros italianos.
Schumi também esteve com chances de até chegar no pódio, mas a Mercedes aniquilou tudo quando mandou o alemão para os boxes quando este se encontrava em terceiro após parada de boxes de alguns pilotos durante o safety car. Voltou em 17° e sua prova já estava arruinada, mas mesmo assim relembrou seus tempos de Ferrari ao marcar por três vezes a melhor volta da corrida. Terminou em 15°.
Outros nove pilotos se deram mal em desrespeitar a entrada do safety: Jenson Button, Rubens Barrichello, Nico Hülkenberg, Robert Kubica, Vitaly Petrov, Adrian Sutil, Sébastien Buemi, Pedro de la Rosa e Vitantonio Liuzzi. Foi acrescentado 5s no tempo final de prova de todos eles e assim Alonso que havia chagdo em nono subiu para oitavo, Buemi caiu para nono; De La Rosa e Petrov que haviam terminado em 10° e 11°, cairam para 12° e 14° respectivamente. Assim Rosberg pulou para décimo e Massa para 11°.
Barrichello, que havia vencido ano passado com a BrawnGP em Valência, chegou em quarto na sua melhor prova até aqui em 2010; Di Grassi acabou na frente de Glock chegando em 17° e Senna, que se envolveu num incidente com Timo, teve a asa dianteira quebrada e acabou em 20°.



Alonso e Massa em ação no GP do Europa: ambos esperavam um resultado melhor após o treino do sábado e na corrida estavam bem quando o safety entrou. Alonso terminou em oitavo e Massa em 11°. O espanhol foi quem entregou a ultrapassagem de Hamilton sobre o safety car. Mas não gostou nenhum pouco quando perguntou ao seu engenheiro em que posição havia voltado seu desafeto e ele o disse que Lewis, mesmo tendo cumprido a punição, ainda se encontrava em segundo. 

Mark Webber relembrou seus tempos de Mercedes e vôou literalmente com seu carro ao tocar na traseira do Lotus de Kovalainen. O nome da curva em que aconteceu o acidente, leva o "singelo" nome de "A curva do cemitério" pelo fato da curva passar perto de um cemitério.

Hamilton ataca Vettel após a largada: o piloto inglês foi punido mas conseguiu terminar em segundo. Ainda é líder do mundial com 127 pontos, nove a mais que Button.

RESULTADO FINAL
Grande Prêmio da Europa
Circuito de rua- Valência- Espanha
9ª Etapa


1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 57 voltas
2. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - a 5s
3. Jenson Button (ING/McLaren) - a 12s6
4. Rubens Barrichello (BRA/Williams) - a 25s6
5. Robert Kubica (POL/Renault) - a 27s1
6. Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 30s1
7. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - a 30s9
8. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 32s8
9. Sebastian Buemi (SUI/Toro Rosso) - a 36s2
10. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 44s3
11. Pedro de la Rosa (ESP/Sauber) - a 47s4
12. Vitaly Petrov (RUS/Renault) - a 48s2
13. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 46s6
14. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - a 48s2
15. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 48s8
16. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - a 50s8
17. Lucas Di Grassi (BRA/Virgin) - a 1 volta
18. Timo Glock (ALE/Virgin) - a 2 volta
19. Karun Chandhok (IND/Hispania) - a 2 volta
20. Bruno Senna (BRA/Hispania) - a 2 volta
21. Jarno Trulli (ITA/Lotus) - a 4 volta

Deixaram a prova:
Nico Hulkenberg (ALE/Williams) - volta 50
Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - volta 9
Mark Webber (AUS/Red Bull) - volta 9

Volta mais rápida:
Jenson Button (ING/McLaren) - 1min38s766

sábado, 26 de junho de 2010

Vettel na pole em Valência

Num treino sem grande trabalho, Sebastian Vettel garantiu a sua terceira pole no ano e com seu companheiro de equipe Mark Webber ao seu lado na primeira fila, a vitória da Red Bull é quase certa. Nesta prova a equipe vai utilizar o duto frontal, que acabou sendo uma boa arma já neste treino de sábado.
Completando os dez primeiros, Hamilton em terceiro; Alonso em quarto seguido de Massa na quinta posição mostrando uma melhora considerável do carro da Ferrari que estréia uma nova traseira; em sexto Kubica em outro bom trabalho com o carro da Renault; sétimo Button; oitavo Hulkenberg; nono Barrichello e décimo Petrov.
A decepção fica com o duo da Mercedes, Rosberg e Schumi que não passaram para a Q3 e ficaram em 12°e 15°, respectivamente. Foi um balde de água fria, pois ambos elogiaram o bom desempenho do W01 nos treinos da sexta.
Di Grassi sai à frente de Glock (21° e 22°), enquanto Senna sai em último.
Desculpe-me pelo texto curto.

GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DA EUROPA- 9ª ETAPA

Q1
1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1min37s587
2. Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min37s662
3. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 1min37s969
4. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min38s075
5. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min38s127
6. Robert Kubica (POL/Renault) - 1min38s137
7. Jenson Button (ING/McLaren) - 1min38s210
8. Nico Hulkenberg (ALE/Williams) - 1min38s428
9. Rubens Barrichello (BRA/Williams) - 1min38s428
10. Vitaly Petrov (RUS/Renault) - 1min38s523

Q2
11. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1min38s586
12. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min38s627
13. Adrian Sutil (ALE/Force India) - 1min38s851
14. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - 1min38s884
15. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1min39s234
16. Pedro de la Rosa (ESP/Sauber) - 1min39s264
17. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - 1min39s458

Q3
18. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - 1min39s343
19. Jarno Trulli (ITA/Lotus) - 1min40s658
20. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - 1min40s882
21. Lucas di Grassi (BRA/Virgin) - 1min42s086
22. Timo Glock (ALE/Virgin) - 1min42s140
23. Karun Chandhok (ING/Hispania) - 1min42s600
24. Bruno Senna (BRA/Hispania) - 1min42s851

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ferrari mostra força com Alonso e é mais rápida da sexta em Valência

Com uma volta 0''056 milésimos mais rápido que Vettel, Alonso colocou a Ferrari no topo da tabela de tempos desta sexta em Valência. O espanhol marcou 1'39''283 e mostra que as mudanças na traseira da Ferrari parecem ter surtido efeito. O mesmo não pode desfrutar Massa, que rodou na saída da ponte e ficou parado na pista forçando uma bandeira vermelha. Voltou ao treino e terminou em sétimo.
Além de Vettel em segundo, que elogiou o desempenho do seu Red Bull com o duto frontal, seguiram na lista Webber, Rosberg, Hamilton, Kubica, Massa, Sutil, Button e Barrichello. Schumi, que diz ter ficado marvilhado ao pilotar pela primeira vez no circuito urbano de Valência, fechou em 11°.
Di Grassi ficou em 22° e Senna em 23°.
Por ser tratar de um circuito urbano, acredito que a Ferrari, lembrando do bom desempenho deles em Mônaco, podem fazer um ótimo trabalho e assim sendo sérios candidatos à pole neste sábado.

TREINOS LIVRES PARA O GRANDE PRÊMIO DA EUROPA- 9ª ETAPA

1. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min39s283
2. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1min39s339
3. Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min39s427
4. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min39s650
5. Lewis Hamilton (GBR/McLaren) - 1min39s749
6. Robert Kubica (POL/Renault) - 1min39s880
7. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min39s947
8. Adrian Sutil (ALE/Force India) - 1min40s020
9. Jenson Button (ALE/McLaren) - 1min40s029
10. Rubens Barrichello (BRA/Williams) - 1min40s174
11. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1min40s287
12. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - 1min40s387
13. Vitaly Petrov (RUS/Renault) - 1min40s618
14. Kamui Kobayashi (JPN/Sauber) - 1min40s906
15. Pedro de la Rosa (ESP/Sauber) - 1min40s945
16. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1min41s115
17. Nico Hülkenberg (ALE/Williams) - 1min41s371
18. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - 1min41s457
19. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - 1min41s371
20. Jarno Trulli (ITA/Lotus) - 1min42s993
21. Timo Glock (ALE/Virgin) - 1min43s811
22. Lucas Di Grassi (BRA/Virgin) - 1min43s854
23. Bruno Senna (BRA/Hispania) - 1min44s095
24. Karun Chandhok (IND/Hispania) - 1min44s566

quarta-feira, 23 de junho de 2010

GP da Europa, 1985

A décima quarta etapa do mundial de Fórmula-1 de 1985 foi realizado na belíssimo circuito de Brands Hatch, entitulado como Grande Prêmio da Europa. Para aquela prova, as atenções estavam voltadas para o possível desfecho do mundial pró Alain Prost (Mclaren- TAG Porsche) contra Michele Alboreto (Ferrari). O piloto francês tinha 16 pontos de vantagem para o italiano e este último precisava mais do que nunca da vitória para empurrar a disputa para as duas últimas provas restantes, em Kyalami (África do Sul) e Adelaide (Austrália).
Enquanto os dois contendores ao título colocariam seus nervos à prova, os demais ficaram relaxados para tentar beliscar uma vitória no GP europeu.
Senna (pole) e Piquet (2º) marcaram a primeira dobradinha brasileira numa primeira fila de uma corrida, com Ayrton a quebrar o recorde da pole em mais de dois segundos. Na segunda fila, o duo da Williams com Mansell aparecendo em terceiro e Rosberg em quarto. Prost estava confortável com a sua quinta colocação, já que Alboreto aparecia dez posições atrás e isso o ajudava e muito.
Senna saiu bem e conseguiu se manter na frente de Mansell, que o pressionou na Paddock após ter passado por Piquet na largada. Nigel erraria o trajeto na curva Druids e assim caiu para quarto, após ser ultrapassado por Rosberg e Piquet.
Agora a briga era de Senna e Rosberg, que resultou numa rodada do finlandês que tentou ultrapassar o brasileiro por dentro na curva Surtees. Keke rodou e foi acertado por Piquet que abandonou ali mesmo. Rosberg ainda foi aos boxes, trocou o pneu estourado, voltou em 23º com quase uma volta de atraso e conseguiu terminar em terceiro após grande recuperação.
Mansell voltou a atacar Senna após o incidente entre Rosberg e Piquet com força total. Na oitava volta Ayrton se encontrava logo atrás de Keke e este o bloqueou. Mansell aproveitou o descuido de Senna e o ultrapassou na curva Surtees. Dai e diante o inglês abriu vantagem e se encaminhou para a sua primeira vitória na F1. Foi a primeira vitória de um britânico na categoria desde a conquista de Hunt no GP do Japão de 1977.
Para Alain Prost, que havia caído várias posições após a largada quando desviou do carro de Rosberg, conseguiu superar Alboreto na pista e no campeonato. O francês chegou em quarto e conquistou o seu primeiro mundial. Alboreto abandonou a corrida na 13ª volta com problemas no turbo do seu carro e assim terminou o sonho de um piloto italiano vencer o mundial pela Ferrari após 32 anos.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

E os Peugeots tropeçaram na sua arrogância, mais uma vez

De vez em quando uma boa rasteira na autoconfiança vem a calhar. Nas 24 Horas de Le Mans deste ano, disputada nos últimos dias 12 e 13 de junho, a comunidade automobilística viu como perder uma prova ganha por total ignorância de uma equipe.
A Peugeot tinha feito um estrago. Havia posicionado seus quatro carros (três oficiais e um semi) nas duas primeiras filas e o pole tinha colocado no melhor Audi, que aparecia em quinto, mais de 3.5 de vantagem.
A vitória da inteligência: os Audi vencem as 24 horas de Le Mans 2010
Na corrida um ritmo alucinante que fez a maioria crer que os Audi não teriam a menor chance. Por volta, os carros franceses viravam entre 1 à 2 segundos e meio mais veloz que os alemães e isso deixava claro o tamanho da superiodade que eles tinham naquele momento. Não se abalaram nem quando o carro nº3 de Bourdais/ Lamy/ Pagenaud saíram da corrida com a suspensão traseira quebrada. O conserto foi descartado e assim a Peugeot ficava alijada de um carro.
Pedir para os outros dosarem o ritmo? Que nada. Continuaram a mandar bala e virando voltas extremamente velozes. O preço de tanta correria desnecessária aconteceu quando os Peugeots foram abandonando um a um e na altura que faltavam 2 horas para o fim da prova, apenas um Peugeot permanecia na prova e era o semi-oficial do Team Oreca pilotado por Panis/Lapierre/Duval.
Talvez a ganância do time oficial da Peugeot tenha afetado a equipe Oreca, que também não controlou o ímpeto de seus pilotos e os deixou mandar o sapato perto do fim da corrida tanto que haviam feito a melhor volta em 3min19s074 (0''637 décimos mais rápido que a pole) faltando apenas 1h30 para o término. Estavam próximos do Audi #7 de Kristensen/Capello/Mcnish quando o motor Peugeot estourou. Foi o canto do cisne para os franceses, que almejavam, pelo menos, o terceiro lugar no pódio.
Foi uma derrota burramente vergonhosa comparada, talvez, com o Grande Prêmio do ACF (Automóvel Clube da França) de 1914.
Lautenschlager à caminho da vitória no GP do ACF de 1914
A Peugeot se encontrava como a maior fábrica de carros daquele tempo e também a maior equipe de corridas do mundo. No ano de 1913 havia vencido as principais provas: GP do ACF, 500 Milhas de Indianápolis entre outras. Para a corrida francesa de 1914 a Peugeot havia preparado seu novo carro: o L-45 que foi destinado aos melhores pilotos franceses daquela época Georges Boillot, Jules Goux (que havia vencido em Indianápolis para a marca no ano anterior) e Victor Rigal. Entre tanta outras equipes a ameaça vinha da crescente Mercedes, que levou 5 carros confiando-lhes aos pilotos Christian Lautenschlager, Max Sailer, Otto Salzer, Théodore Pillette e Louis Wagner.
A corrida deveria ser um domínio dos Peugeots, mas a Mercedes comandou o inicio da prova com Sailer que imprimia um ritmo violentíssimo durante as cinco voltas que permaneceu na prova. No intuito de não deixar a Mercedes vencer a prova, a Peugeot liberou Boillot e Goux para perseguirem Max no mesmo ritmo. O piloto alemão abandonou a prova com problemas de rolamento e Boillot assumiu a ponta, liderando por 13 voltas com um ritmo ainda mais absurdo. Assim os pneus de seu Peugeot não aguentaram e ele teve que fazer um pit stop quando faltava duas voltas para o fim. Quando voltou, tinha o Mercedes de Lautenschlager no seu encalço. O piloto alemão, com um carro mais inteiro, forçou o ritmo e Boillot, na tentativa natural de defender a sua posição, acabou tendo problemas numa válvula do seu carro forçando abandonar a prova e deixar caminho aberto para a trinca da Mercedes vencer, com Lautenschlager em primeiro, Wagner em segundo e Salzer em terceiro. Goux, com o outro Peugeot, teve que abrandar o ritmo por problemas e terminou em quarto. Tinha sido arrasador o desempenho dos Mercedes que colocaram os franceses em seus devidos lugares.
Passados 96 anos a Peugeot não aprendeu com o passado e tropeçou novamente na sua arrogância exagerada.
O trio da Mercedes da esquerda para direita: Lautenschlager, Wagner e Salzer.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Análise dos dez primeiros- GP do Canadá

Lewis Hamilton- Uma bela pole no sábado e uma corrida magnífica no domingo deram ao inglês uma vitória maiúscula, conseguida no braço e com grande duelos contra Vettel e Alonso, com quem teve que a companhia durante todo GP.Com a conquista assumiu a liderança do mundial de pilotos.


Jenson Button- Parecia uma prova apagada do inglês, mas como sempre poupou pneus e se aproveitou do erro de Alonso para subir à segunda posição na classificação já perto do fim da corrida. Tinha carro para tentar chegar em Hamilton, mas acabou desistindo. Está em segundo no mundial de pilotos.

Fernando Alonso- Grande corrida do espanhol, mas seus erros na tentativa de de ficar á frente das Mclarens lhe custaram, talvez, até mesmo a vitória. Fora isso mostrou uma boa evolução da Ferrari ao andar no encalço de Hamilton a corrida inteira. Pode ter uma boa jornada em Valência, próxima etapa.

Sebastian Vettel- Mais uma vez errou na classificação, mas com a perda de cinco posições de Webber no grid, saiu em segundo e duelou com Hamilton no início da prova. Depois da sua primeira roca de pneus ficou em quarto e não ameaçou mais ninguém na prova.


Mark Webber- A perda de cinco posições no grid pela troca do câmbio o prejudicou e talvez pudesse discutir a vitória com Lewis durante a corrida. Até tentou arriscando ficar na pista por mais de vinte voltas com pneus duros, na esperança que os demais fizessem uma terceira parada que não aconteceu. Ele fez seu segundo pit e voltou em quinto, onde terminou a prova.


Nico Rosberg- Prova tranquila do alemão. De bom mesmo foi se classificar mais uma vez na frente de Schumi com total tranquilidade.


Robert Kubica- Assim como Rosberg fez uma corrida tranquila e a única vez que teve trabalho, fora com Schumi, quando este saía dos boxes e brigaram forte pela sexta posição.


Sebastien Buemi- Helmut Marko, chefe de recrutamento de novos talentos da Red Bull, tinha cobrado bons resultados do suíço e ele não decepcionou: fez uma bela corrida e conseguiu grande ultrapassagem contra Schumi e melhor, não tomou tempo de Alguersuari de quem vinha levando uma surra a algumas provas.


Vitantonio Liuzzi- Largou em sexto, bateu rodas com Massa na largada, duelou com o brasileiro em outra fase da prova e teve uma briga de sair lascas com Shumi pela nona posição que acabou ganhando. Uma corrida e tanto do italiano que precisava de um bom resultado.


Adrian Sutil- Boas brigas no pelotão intermediário contra Buemi, Massa, Liuzzi e Schumi. Terminou em décimo após se aproveitar da ultrapassagem de Liuzzi em Schumacher.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...