Um belo pôster com alguns dos Ganassi desde o Lola-Chevrolet de Eddie Cheever em 1990 - ano que a equipe estreou na extinta CART - até o DW12-Honda com que Scott Dixon venceu o seu terceiro campeonato na IRL no último sábado em Fontana.
E claro, sempre com o apoio da rede de lojas de varejo Target.
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
MotoGP 500cc: Michael Doohan vs Alex Crivillé - Eastern Creek, 1996
Confesso que lembrava nitidamente do acidente, mas confundia a pista. Imaginava que o GP da Austrália de 1996 das 500cc havia sido disputada no tradicional circuito de Phillip Island, mas naquele ano foi realizado em Eastern Creek - que é um belo circuito, ao menos para mim.
O campeonato daquele ano já havia sido decidido à favor de Doohan (o seu tri-campeonato), mas nem por isso ele se privou de mais um vez duelar com o seu companheiro de equipe oficial da Honda, o espanhol Alex Crivillé, com quem disputou palmo a palmo o título daquele ano.
Última volta do GP da Austrália e Crivillé tenta um ataque final a liderança de Doohan, mas acaba calculando mal a manobra e acerta o australiano. Apesar da queda, os dois voltaram para corrida para Alex encerrar em sexto e Michael em oitavo. No final, após descerem das suas motos, uma discussão entre os dois pilotos sobre a tal manobra, até que alguém meteu a mão na câmera e cortou o restante da cena...
A vitória naquele último GP das 500cc ficou com Loris Capirossi, da Yamaha.
O campeonato daquele ano já havia sido decidido à favor de Doohan (o seu tri-campeonato), mas nem por isso ele se privou de mais um vez duelar com o seu companheiro de equipe oficial da Honda, o espanhol Alex Crivillé, com quem disputou palmo a palmo o título daquele ano.
Última volta do GP da Austrália e Crivillé tenta um ataque final a liderança de Doohan, mas acaba calculando mal a manobra e acerta o australiano. Apesar da queda, os dois voltaram para corrida para Alex encerrar em sexto e Michael em oitavo. No final, após descerem das suas motos, uma discussão entre os dois pilotos sobre a tal manobra, até que alguém meteu a mão na câmera e cortou o restante da cena...
A vitória naquele último GP das 500cc ficou com Loris Capirossi, da Yamaha.
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Foto 264: Autorama
Bernd Rosemeyer e o seu Auto Union C-Type durante uma das famosas provas de velocidade que colocava a fábrica das quatro argolas frente à frente com a Mercedes-Benz, durante os anos 30.
Nesta foto, tirada em janeiro de 1937, Rosemeyer venceu a batalha contra Rudolf Caracciola (Mercedes) quando estabeleceu o recorde de 252,46 MPH (403,93 Km/h) na Autobhan que liga Frankfurt à Darmstadt.
Um ano depois, exatamente neste local, o piloto alemão perderia a vida após um acidente quando se preparava para superar Caracciola.
Nesta foto, tirada em janeiro de 1937, Rosemeyer venceu a batalha contra Rudolf Caracciola (Mercedes) quando estabeleceu o recorde de 252,46 MPH (403,93 Km/h) na Autobhan que liga Frankfurt à Darmstadt.
Um ano depois, exatamente neste local, o piloto alemão perderia a vida após um acidente quando se preparava para superar Caracciola.
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Le génie Nelson Piquet - Parte final
Parte 2: Le Génie Nelson Piquet
O otimismo apresentado por Piquet nas duas últimas corridas
ao dizer que ainda seria campeão, mesmo estando em desvantagem frente a horda
francesa, começou a fazer sentido quando Patrese cravou a pole em Monza para a
disputa do GP da Itália e isso foi um balde de água fria nos “tiffosi” que
esperavam uma dobradinha de seus pilotos naquele treino. Tambay salvou a honra
da Ferrari ao ficar em segundo com Arnoux em terceiro e Piquet em quarto. Prost
fez apenas o quinto tempo – dois segundos pior que a pole de Patrese – e De
Cesaris fechou os seis melhores. A largada foi perfeita para a Brabham, que
teve Patrese segurando a dianteira e Piquet pulando de quarto para segundo e
para completar, Prost saiu mal e virou a primeira curva em sétimo. Um início
promissor para equipe de Bernie Ecclestone, que sofreria um revés com a perda de
Patrese já na terceira volta devido uma quebra do motor BMW – que já incomodava
a equipe. Piquet assumiu a liderança e tratou de abrir vantagem sobre Arnoux,
tanto que quando ele foi para o seu
pit-stop, acabou voltando ainda em primeiro e assegurando a sua segunda vitória na temporada. Arnoux ficou em segundo, seguido por Arnoux, Cheever, Tambay, De Angelis – que marcara os seus primeiros pontos no ano – e Warwick em sexto, mostrando a boa forma do carro da Toleman projetado por Rry Byrne. Alain Prost, o líder do campeonato, havia optado por uma corrida burocrática afim de poupar o motor e tentar chegar nos pontos. Mas de nada disso valeu: o motor Renault pifou na volta 26. Um desaire que não estava nos planos da fábrica francesa. Alain viu a sua diferença para o segundo colocado despencar para dois pontos em relação à Arnoux (51x49); Piquet retomou o terceiro lugar ao subir para 46 pontos; Tambay o quarto com 40; Rosberg e Watson continuavam estáticos em quinto e sexto respectivamente com a mesma pontuação.
Parte 1: Le Génie Nelson Piquet
Parte 2: Le Génie Nelson Piquet
Piquet vira o jogo e leva o
bi-campeonato
pit-stop, acabou voltando ainda em primeiro e assegurando a sua segunda vitória na temporada. Arnoux ficou em segundo, seguido por Arnoux, Cheever, Tambay, De Angelis – que marcara os seus primeiros pontos no ano – e Warwick em sexto, mostrando a boa forma do carro da Toleman projetado por Rry Byrne. Alain Prost, o líder do campeonato, havia optado por uma corrida burocrática afim de poupar o motor e tentar chegar nos pontos. Mas de nada disso valeu: o motor Renault pifou na volta 26. Um desaire que não estava nos planos da fábrica francesa. Alain viu a sua diferença para o segundo colocado despencar para dois pontos em relação à Arnoux (51x49); Piquet retomou o terceiro lugar ao subir para 46 pontos; Tambay o quarto com 40; Rosberg e Watson continuavam estáticos em quinto e sexto respectivamente com a mesma pontuação.
Com o cancelamento do GP de Nova Iorque, o GP da Europa
entrou para completar o calendário daquele ano. A pista de Brands Hatch, que já
havia acomodado a Race Of Champions no mês de abril e que revezava com
Silverstone o direito de realizar o GP da Grã-Bretanha, foi palco da 14ª etapa
daquela temporada. Uma oportunidade de ouro para os teams ingleses, já que o
circuito era utilizado por elas para realizarem seus testes. E isso ficou claro
quando a pole foi para a... Lotus, com De Angelis marcado a sua primeira
pole-position na F1. Um desempenho animador para uma equipe que correu no
pelotão intermediário por quase toda a temporada, devido o péssimo desempenho
do 93T. Patrese ficou com a segunda colocação, seguido por Mansell –
confirmando a melhora da Lotus – e Piquet em quarto. A quinta e sexta posições
foram conquistadas por Arnoux e Tambay, com o duo da Renault, Cheever e Prost,
fechando em sétimo e oitavo respectivamente. Um grid dos sonhos para a Brabham
e Piquet.
A corrida teve um duelo visceral entre Patrese e De Angelis
– o piloto da Brabham conseguira a ponta após a largada - pela liderança, que
acabaria num acidente entre os dois quando Elio tentou uma ultrapassagem e
acabou batendo com Patrese. Piquet passou por eles e assumiu a liderança. Ricardo
retornou para a corrida, terminando em sétimo e De Angelis abandonando a prova
duas voltas depois com o motor estourado. Prost escalou o pelotão até chegar à
segunda posição se beneficiando com os problemas de Mansell e Patrese e com a
ajuda de Cheever, que teve que lhe entregar a terceira colocação devido a
ordens de equipe. René Arnoux, em corrida bem discreta, enfrentou problemas com
a sua Ferrari e via as suas chances de título diminuir após ele ir para os
boxes e voltar em 11º. Ele acabaria a prova em nono. Outro que acabou por se
dar mal foi Tambay: ele era o terceiro – há nove voltas do fim – quando os
freios da Ferrari falharam e ele passou reto, vindo a bater de frente. Fim de
corrida e de suas chances no mundial. Nelson Piquet venceu a prova em Brands
Hatch, seguido por Prost, Mansell – em mais uma bela corrida do britânico –, De
Cesaris e as duas Tolemans de Warwick e Bruno Giacomelli fechando os seis
primeiros. O campeonato acabou ficando embolado para a última prova, em
Kyalami: Prost viu a sua folga de 14 pontos para Piquet cair para apenas 2
(57x55); Arnoux aparecia em terceiro com remotas chances de vencer o mundial
somando 49 pontos; fora da briga, Tambay era o quarto com 40; Rosberg o quinto
com 25 e Watson o sexto com 22.
(Foto: Sutton Images) |
A matemática para que um dos três chegassem ao titulo:
Alain Prost
1 – Precisaria apenas chegar à frente de Piquet.
2 – Caso Piquet chegasse em segundo, ele deveria terminar em
terceiro. Assim os dois empatariam em 61 pontos e ele ganharia o campeonato por
ter conseguido mais vitórias.
3 – Qualquer outro resultado em que ambos ficassem abaixo da
terceira posição, o título seria de Prost.
Nelson Piquet
1 – Somente a vitória interessava ao brasileiro. Conseguindo
isso, não importava a posição que chegasse Prost.
2 – Terminando em segundo, Alain teria que fechar de quarto
para baixo.
3 – Terminando em terceiro, Prost não poderia chegar além da
sexta posição.
4 – Terminando em quarto e Alain não pontuando, o campeonato
já seria dele.
René Arnoux
1 – Vencer e torcer para que Piquet chegasse de quinto para
baixo e Prost nem pontuar.
2 – Vencer e torcer para que nenhum dos seus dois rivais
pontuasse.
Em 15 de outubro a F1 iniciava a sua última corrida da 34ª
Temporada da sua história e estava prestes a presenciar o primeiro piloto campeão
do mundo a bordo de um carro com motor Turbo. Todo desenvolvimento técnico
iniciado pela Renault ainda na metade dos anos 70, quando ela trouxe esta
novidade para a F1 em 1977, seriam jogada naquela tarde em Kyalami durante o GP
da África do Sul. Mas os oponentes não seriam dos mais fáceis, como a própria
fábrica francesa havia constado durante toda a temporada: a Ferrari esteve
forte em quase todas as corridas e era um adversário a ser respeitado e do
outro lado a arracada sensacional da Brabham com Nelson Piquet ao volante,
saindo de um moribundo quarto lugar na classificação para ficar a dois pontos
de Prost. A batalha estava prestes a começar.
Alheio a tudo isso, Tambay marcou a pole com Piquet em
segundo. A terceira posição ficou a cargo de Patrese, com Arnoux em quarto,
Prost em quinto e Rosberg, estreando o motor Honda no novo Williams FW09, em
sexto. Um grid de largada perfeito para Piquet. Quando a luz verde se apagou,
Nelson conseguiu sair melhor que Tambay e virou a primeira curva na liderança e
Patrese também aproveitou a
ocasião para deixar a Ferrari do francês para trás.
Mais atrás, Arnoux caía algumas posições e Prost continuava em quinto, mas
atrás de De Cesaris que fizera uma ótima largada pulando de nono para quarto.
Arnoux deu adeus as suas remotas chances de título quando o
motor Ferrari apresentou problemas na 9ª volta. Nesta altura Piquet liderava
com certa folga e Patrese tratava de atrasar ao máximo Prost. A sorte sorriu
para Piquet quando Alain foi para os boxes na volta 35 e acabou abandonando a
prova após problemas no Turbo. O título mundial já estava praticamente
garantido, mas ainda faltava terminar a prova e Nelson abrandou o ritmo
permitindo que Patrese, De Cesaris e Lauda o ultrapassassem. O quarto lugar que
agora era ocupado pelo piloto brasileiro já lhe dava o título, mas uma falha no
motor TAG Porsche do McLaren de Lauda tirou o austríaco de combate e permitiu
que Piquet subisse e terminasse em terceiro para garantir, de vez, o seu
segundo título mundial. Patrese venceu a sua primeira corrida no ano –
tornando-se o oitavo vencedor daquela temporada – De Cesaris foi o segundo,
Warwick quarto em mais outra boa apresentação com a Toleman; Rosberg o quinto e
Cheever fechando em sexto.
A pontuação final do campeonato fechou com Piquet dois
pontos à frente de Prost (59x57); Arnoux em terceiro com 49; Tambay em quarto
com 40; Rosberg quinto com 27 e Watson sexto com 22.
A maestria de Piquet e a controvérsia
com relação ao seu título
Quem visse o campeonato mundial até a altura do GP da
Holanda certamente diria que Piquet e Brabham estariam fora da batalha pelo
campeonato. A baixa produtividade da trinca formada por Piquet/Brabham/BMW
havia sido totalmente baixa frente a grande forma que os franceses apresentaram
desde a corrida de Long Beach. A Renault, com Alain Prost, sempre esteve bem.
Foram poucas as falhas – em especial os dois primeiros GPs do ano – e durante
boa parte da temporada Prost não teve do que se queixar. Do outro lado a
Ferrari, com o duo de franceses formado por Arnoux e Tambay, fez bem o papel
que lhes foram confiados e o número de poles e as vitórias conseguidas durante
o ano, mostraram o quanto que o trabalho realizado por Harvey Posthlewaite e
Mauro Forghieri foi positivo na construção dos modelos 126C2 e 126C3.
Mas Gordon Murray guardou bem a evolução do seu ótimo – e
belo – BT52 para a hora certeira: as melhorias introduzidas a partir do GP da
Holanda deu à Piquet a chance de brigar pau a pau contra os seus adversários e
manobra de Prost para cima dele naquela corrida, pode ser interpretada como o
primeiro ataque de desespero já que a tendência de um carro daquele naipe
melhorar a cada GP é bem maior. Portanto, uma vitória de Alain naquela prova
holandesa seria vital para as suas pretensões ao título. Mas aí houve a batida,
a saída de Piquet, o seu abandono... e os temores de da curva crescente que a
Brabham já apresentava, foi visto perfeitamente por todos nos GPs da Itália e
Europa com Piquet pilotando de forma brilhante e irretocável para desespero da
imprensa francesa, que já cravava o título para um dos seus pilotos. Kyalami
acabou por ser o balde d’àgua final no sonho francês com os abandonos de Arnoux
e Prost.
Para a Renault o sonho de conquistar o título mundial, ou
melhor, ser a primeira a ganhar com motor turbo, acabou gerando uma crise que
definhou a equipe até os seus últimos dias da temporada de 1985, quando ela
saiu de cena. Foi um forte pancada que foi agravada ainda mais com a perda do
mundial de construtores para a Ferrari. Mas a Renault ainda chiou bastante com
relação a conquista da Brabham, acusando a equipe de Bernie Ecclestone de ter
usado gasolina ilegal naquela época, em especial na fase final do campeonato.
Na época nada foi comprovado, mas demorou alguns anos até descobrirem que a equipe
inglesa tinha usado o tal combustível e que este fora desenvolvido por
cientistas alemães em Peenemunde. Aí já era tarde... e a Renault teria que
esperar por mais nove anos para ver um motor da sua fábrica vencer o mundial de
F1 (1992 com a Williams) e outros vinte e dois para que a sua equipe vencesse o
campeonato.
Para Nelson Piquet, ele esperou por mais quatro anos até
chegar ao tri-campeonato após – mais – uma guerra, desta vez dentro da própria
equipe. E para a Brabham as glórias foram ficando para trás e com o pouco tempo
de Bernie Ecclestone em cuidar da equipe, frente ao seu trabalho com a FOCA, a
equipe ficou largada e após um período que ficara de fora da F1 (1988), a
equipe retornou em 1989 para encerrar de vez as suas atividades em 1992.
Parte 1: Le Génie Nelson Piquet
Parte 2: Le Génie Nelson Piquet
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Le génie Nelson Piquet - Parte 2
Parte 1: Le Génie Nelson Piquet
Prost e Arnoux se revezam e
Piquet cai na tabela
O GP do Canadá não apenas marcou o fim da
aventura da F1 pela América naquela temporada, como também encerrou a primeira
parte do campeonato. Duas novidades para a pista canadiana: além de ter mudado
o nome do circuito para Gilles Villeneuve, Jacques Villeneuve, irmão de Gilles,
tentaria se classificar para aquela corrida a bordo do March da equipe RAM.
Infelizmente o irmão de Gilles não conseguira a classificação, repetindo o
feito de 1982...
René Arnoux mais uma vez pôs a Ferrari na
ponta do grid, mostrando o quanto que o carro italiano estava forte naquela
ocasião. Prost saiu em segundo com Piquet, Tambay, Patrese e Cheever fechando
os seis primeiros. A corrida foi de domínio amplo de René Arnoux que só perdeu
a liderança do GP durante a parada de box. Nelson Piquet estava numa boa
terceira colocação – estava logo a frente de Prost – e poderia pensar num pódio
naquela corrida se não fosse o cabo do acelerador quebrado, forçando o seu
abandono na volta 16. Patrese era outro que estava formidável na corrida: uma
vez pulando de sexto para segundo na largada, o italiano ensaiou uma reação
contra a liderança de Arnoux até que o câmbio do Brabham passou a ter
problemas, forçando assim o seu abandono na volta 57. Alain Prost fez uma prova
discreta, apesar de ter ficado na casa dos pontos por toda a corrida até que
Keke Rosberg – em mais uma bela corrida – o passou na disputa pelo quarto
lugar. René Arnoux acabou por vencer a prova, seguido por Cheever – que chegou
42 segundos depois – Tambay, Rosberg, Prost e Watson. Alain Prost aumentou em
mais dois pontos a sua vantagem para Piquet (30x27) e o piloto brasileiro tinha
naquele momento a compania de Tambay, que também somava 27 pontos; Keke Rosberg
era p quarto com 25; René Arnoux subira para quinto com 17 pontos e Watson o
sexto, com 16.
Silverstone recebeu a F1 após um mês de
recesso da categoria, e algumas equipes levaram evoluções de seus modelos para
a disputa do GP da Grã Bretanha: A Brabham – rebatizando o BT52 como versão B -
apresentou melhorias na aerodinâmica, suspensão, um novo bocal para o
reabastecimento e de “bônus” a BMW conseguiu mais alguns cavalos para o seu excepcional
motor Turbo de 4 cilindros. Indo na mesma toada que a rival, a Ferrari também
lançou a evolução do 126C2 que agora seria conhecido como 126C3, com uma
aerodinâmica e suspensão mais aperfeiçoada e também a distribuição de peso que
ficou mais uniforme. A Lotus contratou Gérard Ducarouge – que estava na Alfa
Romeo – e este conseguiu construir um carro em tempo recorde para substituir o
problemático 93T: o 94T, agora com motor Renault Turbo
também para Nigel
Mansell, passou a render bons frutos para De Angelis e Mansell. A Honda acabou
por ser a grande novidade da corrida – e do ano: voltando após 15 anos de
ausência, a fábrica do senhor Soichiro Honda colocava uma unidade V6 Turbo para
empurrar o chassi 201 da Spirit, equipe oriunda da Fórmula 2. Stefan Johansson,
assim como na estréia extra-oficial da equipe na Corrida dos Campeões, foi o
piloto escolhido para conduzir o bólido.
A volta da Honda, com a equipe Spirit e Johansson ao volante |
A Ferrari continuou a dar as cartas nas
classificações e René Arnoux fez a sua terceira pole consecutiva, agora tendo
Tambay ao seu lado na primeira fila. Prost ficou em terceiro e De Angelis,
mostrando a ótima evolução do novo Lotus 94T, fechou em quarto com Patrese e
Piquet completando os seis primeiros. A corrida foi uma luta intensa pela
liderança, em especial entre Prost, Tambay e Arnoux, mas Piquet conseguiu
quebrar essa trinca francesa após a sua parada de box na volta 42 quando
conseguiu voltar a frente de Patrick. Arnoux sofreu com o desgaste dos pneus e
um possível pódio acabou virando um quinto lugar. De se destacar a grande prova
de Nigel Mansell que enfim tinha em mãos um bom carro. Saindo de 18º, subiu o
pelotão aos poucos até conseguir um excelente quarto lugar. Niki Lauda também
fez ótima corrida e voltou a pontuar com o sexto lugar, fato que não acontecia
desde o GP de Long Beach quando terminou em segundo. Com mais uma vitória de
Prost, o piloto francês chegou aos 39 pontos, seis a mais que Piquet e oito que
Tambay; em quarto se manteve Rosberg com 25; Arnoux subiu para 19 na quinta
posição e Watson continuou com os seus 16 pontos na sexta posição.(Foto: Sutton-Images) |
O GP da Alemanha, disputado no veloz
Hockenheim, comprovou mais uma vez a ótima fase que a Ferrari passava naquele
estágio da temporada: Patrick deu a quarta pole-position consecutiva para a
“Rossa” e Arnoux fechou a dobradinha com a segunda posição. De Cesaris,
apresentando uma boa pilotagem, repetiu a terceira posição conseguida em Spa e
teve ao seu lado Nelson Piquet. Prost e Cheever fecharam a terceira fila para a
Renault. Apesar de uma boa largada, a liderança de Tambay não passou da segunda
volta quando este foi superado por René. Mas a corrida terminaria cedo para
Patrick, já que o motor do seu Ferrari estourou na 9ª volta. Desse modo Piquet
assumia a segunda colocação e mais tarde subiria para a ponta da corrida após a
entrada de Arnoux para o seu pit-stop. Nelson liderou até a 31ª volta, quando
também fez a sua parada voltando em segundo. A segunda posição parecia
garantida quando o motor BMW estourou – com incêndio logo em seguida – forçando
o seu abandono. Este resultado, caso acontecesse, deixaria o piloto brasileiro
há um ponto de atraso para Prost que conseguia apenas o sexto lugar após
enfrentar uma queda de rendimento do seu Renault. A sorte sorriu ao francês
narigudo, porque além da quebra de Piquet, Cheever também enfrentou problemas
vindo a abandonar e sendo assim ele subiu para quarto. Arnoux confirmou a
vitória seguido por De Cesaris, Patrese – que conseguia, enfim, os seus
primeiros pontos naquele ano – Prost, Watson e Laffite. Lauda seria o quinto, mas
devido uma ajuda externa após uma rodada, o piloto austríaco foi
desclassificado. Prost aumentou a vantagem para Piquet em nove pontos (42x33);
Tambay seguiu em terceiro com 31; Arnoux passou Rosberg na pontuação somando
três pontos mais que o atual campeão mundial (28x25) e Watson chegara aos 18 na
sexta posição.
Dando sequência as pistas de alta
velocidade a F1 se deslocou para o majestoso Zeltweg para a realização do GP da
Áustria, 11ª etapa. Já estava ficando fácil saber que a pole ficaria com a
Ferrari devido a sua ótima velocidade neste treino oficial e coube à Tambay a
honra de dar à equipe de Enzo Ferrari a marca histórica de 100 pole-positions e
para a festa ficar completa, Arnoux se colocou em segundo. Nigel Mansell
conseguiu uma bela terceira posição e teve ao seu lado na segunda fila, Nelson
Piquet. Prost e Patrese fecharam a terceira fila. Tambay conseguiu se manter na
frente de Arnoux e ao contrário do que acontecera na Alemanha, Patrick soube
segurar o ímpeto do seu companheiro. Mansell despencou para quinto e ainda
perderia a posição para Patrese. Piquet e Prost apareciam em 3º e 4º
respectivamente. Tambay, que já havia feito a sua parada de box na 22ª volta,
acabou por abandonar na volta 30 quando a pressão do óleo caiu. Nelson Piquet é
quem aparecia com grande chance de vitória, afinal ele havia herdado a
liderança na 28ª volta e quando fez a sua parada, ele conseguira voltar ainda
frente de Arnoux. Um belo trabalho de Piquet e Brabham que teria dado resultado
caso o motor BMW não apresentasse mais uma vez problemas, o que fez o
rendimento cair drasticamente e dessa forma ele virou presa fácil para Arnoux e
pouco depois para Prost. A luta ficou restrita ao dois franceses e quem levou a
melhor foi Prost, que conseguiu a ultrapassagem a 48ª volta e garantiu a sua
quarta vitória no mundial. Arnoux, Piquet, Cheever, Mansell – que ainda salvou
dois pontos após sofrer com o baixo rendimento dos pneus Pirelli – e Lauda
fecharam os seis primeiros. Prost ampliava naquele momento a diferença para
Nelson em 14 pontos (51x37); Arnoux continuava a sua escalada na tabela de
pontos e agora era terceiro, com 34 pontos; Tambay o quarto com 31; Rosberg o
quinto com 25 e Watson em sexto com 18.
(Foto: Sutton-Images) |
A Brabham, visando reverter o jogo contra o
domínio de Renault e Ferrari naquele campeonato, levou para a Holanda melhorias
que foram logo percebidas na classificação quando Piquet quebrou a sequência de
cinco poles consecutivas da Ferrari. Mesmo na pole, o brasileiro ainda teve
Tambay na primeira fila; Elio De Angelis marcou o terceiro tempo com Prost em
quarto, Mansell em quinto – mostrando a crescente melhora da Lotus – e Patrese
em sexto. Arnoux, que vinha sendo um dos mais velozes nas classificações,
aparecia somente em décimo. A largada perfeita de Piquet lhe deu a chance de
continuar na ponta após a Tarzan, ao contrário de Tambay que fez uma péssima
largada e virou a primeira curva em 21º... um início desastroso para a Ferrari.
Talvez o único consolo para o time italiano foi a largada de Arnoux que
proporcionou a ele a chance de subir para sétimo. Prost ainda teve um trabalho
com Cheever, que largara bem pulando de oitavo para segundo, mas que foi
resolvido logo na segunda passagem.
O duelo entre Piquet e Prost, que mais
parecia uma caça do gato ao rato, era o ponto alto da corrida, mas tinha outros
dois atrativos naquele GP holandês que interessavam a todos também: as duas
Ferraris vinham em franca recuperação, com René alcançando o terceiro posto e
Tambay o oitavo lugar, mais uma vez mostrando o quanto que aquele 126C3 era
bom. Os dois ponteiros ainda não haviam parado para os seus respectivos
pit-stops, mas isso acabou nem acontecendo: Prost, na ânsia de tentar assumir a
ponta, acabou arriscando uma ultrapassagem quando viu uma fresta se abrir
quando Piquet começa a contornar a Tarzan. O problema é que Alain deixou para
frear muito dentro da curva e as rodas bloquearam, fazendo com que o seu
Renault deslizasse e acertasse o Brabham de Piquet que foi de encontro à
barreira de pneus. Fim de prova para Nelson e Prost continuou, para abandonar
depois de algumas voltas. René Arnoux ganhou a liderança de presente, que ele
acabou conservando até o final. Tambay conquistou um brilhante segundo lugar
após a sua desastrosa largada; Watson foi terceiro com a McLaren Cosworth, já que
a equipe estreara naquele GP o TAG Porsche Turbo que foi utilizado apenas por
Lauda que abandonou por causa da quebra deste. Derek Warwick foi o outro nome
da prova, levando a Toleman a ganhar os primeiros pontos na temporada - e dele
também – ao ficar em quarto; Mauro Baldi e Michele Alboreto fecharam o pódio.
Alain Prost manteve a liderança com os seus 51 pontos, mas agora tinha René
Arnoux em segundo com 43, Tambay alcançou Piquet e empatou com ele em 37
pontos; e Rosberg via agora a sua quinta posição ser ameaçada por Watson, que
chegara aos 22 pontos contra 25 do finlandês.
Estas cinco corridas de domínio amplo de
Prost e Arnoux, onde eles se revezaram nas vitórias, acabou por ser infrutífero
para Piquet. Neste período Prost conquistou 23 pontos; Arnoux foi quem mais
conseguiu pontos ao ganhar 35 e Tambay, que mesmo não ganhando nenhuma corrida,
conseguiu somar 14 pontos. Piquet teve uma maré de azares que o fez conquistar
apenas 10 pontos. Para os franceses, era só uma questão de tempo para festejar
a primeira conquista de um piloto do seu país na F1, mas as três últimas
corridas reservavam algo a mais para aquela reta final de campeonato.
Parte Final: Le Génie Nelson Piquet
Parte Final: Le Génie Nelson Piquet
Assinar:
Postagens (Atom)
-
Daqui algumas horas familias e amigos estaram reunidos para mais uma virada de ano. Hora de lembrar das coisas boas ou más que passaram nest...
-
- Cadillac #2 em trabalho de box; voltou em nono com Aitken no comando - A linha de frente da LMP2 (#37, #22 e #183) realizando suas paradas...
-
- Toyota #7 roda e retorna na chicane Dunlop. Lopez vinha na casa dos 32 segundos atrás do Ferrari #50 de Nicholas Nielsen, mas viu a difere...