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domingo, 27 de maio de 2018

102a Indy 500: Sofri, Aprendi e Venci



A maestria de Will Power em circuitos mistos nunca foi posto em dúvida. Veloz, ágil e letal dos treinos até o fim da corrida, o australiano sempre foi um favorito disparado neste tipo de traçado. Talvez já o considerávamos um vencedor antecipado da etapa e ele apenas confirmava os prognósticos com uma pilotagem sensacional. Se Rick Mears é conhecido como o "Rei dos Ovais", não seria exagero dizer que Power é "Rei dos Mistos". Mas pilotos que se aventuram na América, precisam aprender os segredos dos circuitos ovais para conseguir um sucesso completo por aquelas bandas.
Power, aquele piloto temido nos circuitos mistos, virava uma presa fácil nos ovais. E às vezes até uma piada. O seu desempenho era pífio neste tipo de pista e isso lhe custou três perdas de campeonato: o que era conquistado brilhantemente nos mistos, se perdia quase que totalmente nos ovais e isso era preocupante, pois num campeonato como o da Indy que possuem estes dois tipos de pistas, o piloto precisa de um equilíbrio para conseguir tal êxito. É mais ou menos como um piloto que tem o costume de bons desempenhos nos ovais e quando é jogado nos mistos, sucumbe as variedades de curvas deste tipo de pista e tudo que foi conquistado no outro acaba se perdendo fácil neste. O equilíbrio é necessário.
Power conseguiu este equilíbrio de 2014 para cá, passando a andar bem entre os ponteiros e as vitórias em ovais longos, médios e curtos passaram a aparecer. Automaticamente, seu nome passou a ser inserido na lista de favoritos para a Indy 500.
Como bem disse, Power esteve bem nesta edição ao ficar constante entre os primeiros e saber o momento certo para escalar o pelotão. Quando a última bandeira amarela foi acionada, por conta do acidente de Tony Kanaan, Power estava em terceiro e não aparentava ter chances de alcançar as possíveis zebras Stefan Wilson e Jack Harvey, que estavam em primeiro e segundo respectivamente. Mas surgia a dúvida se eles não teriam que parar para um Splash&Go. Quando Stefan passou e abriu a volta 196, parecia que o inglês - irmão de Justin Wilson - venceria a prova e as imagens de uma possível homenagem ao seu irmão poderia acontecer, porém, tanto ele quanto Harvey, rumaram para os boxes e o caminho para Will Power estava aberto. Só precisava conduzir o Dallara Chevrolet para a sonhada quadriculada.
A vitória de Will Power talvez não tenha sido a mais espetacular como a de outros, sendo acossados ou sofrendo por não saber se o combustível daria para chegar ao final. Na verdade, o sofrimento de Power já havia passado, quando ele era apenas uma chacota e figurinha carimbada para sofrer nos ovais em seu tempo de aprendiz neste tipo de circuito.
E hoje Power deu uma amostra que aprendeu bem a guiar nos ovais americanos.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Indycar: O retorno de Montoya

"Estou realmente excitado por me juntar a esta lendária equipa a partir da próxima temporada", começou por dizer o piloto colombiano. Tive a oportunidade de guiar com algumas das melhores equipas do mundo e sempre admirei Roger Penske pela sua organização. Considero uma honra que que me foi oferecida uma oportunidade de guiar para eles"
Estas foram as palavras de Juan Pablo Montoya, divulgadas no site da Penske hoje a tarde. O piloto colombiano de 38 anos se juntará a Helio Castroneves e Will Power na equipe do senhor Roger Penske, que alinhará, assim, três carros para a próxima temporada.
Roger Penske também falou sobre o novo contratado: "Juan é um vencedor mais do que provado em todos os niveis desportivos. Venceu uma série de corridas e campeonatos e tem uma multidão de fãs apaixonados atrás de si. Estamos ansiosos por construir uma relação de sucesso e acreditamos que vai ser uma mais valia para a Penske".
Montoya retornará a um território onde mostrou do que foi capaz no biênio 99/2000, quando esteve a serviço da Chip Ganassi. Venceu o campeonato de 1999 da extinta CART e ganhou com sobras as 500 Milhas de Indianápolis pela mesma equipe em 2000, sem contar as inúmeras vitórias e duelos que fez a sua fama de "Win or Wall"ganhar força e mais a sua coragem extrema. Como não se lembrar das voltas finais em Michigan quando ele e Michael Andretti praticamente tocaram rodas a todo percurso, em 1999?
A verdade é que este acaba sendo um grande reforço para a Penske e também para a IRL, que anda mal das pernas. Montoya ainda tem aquela gana que o fez conquistar fãs pelo mundo, mas andou adormecido neste seu período da NASCAR. As suas atuações na Grand-Am, onde conquistou por três vezes as 24 Horas de Daytona (2007, 2008 e 2013) comprovam isto.
Conseguindo perder os quilinhos a mais que conquistou com os churrascos, milk shakes e big macs da vida, certamente será uma das estrelas do campeonato do ano que vem e incomodará o sossego de Helinho e Power a todo momento.
E quem sabe, caso vire a realidade da Penske retornar ao Endurance via a Porsche, o colombiano não de o ar da graça por lá também... 

domingo, 16 de outubro de 2011

Crash: Indycar, Las Vegas 2011

Ainda com poucas voltas se deu um "Big One" onde envolveram 15 carros na prova final que está acontecendo em Las Vegas. Entre os envolvidos, está Will Power, que decidia o título contra Dario Franchitti. Com isso, o piloto da Chip Ganassi torna-se campeão desta temporada, pela quarta vez. Pippa Mann saiu com uma mão machucada, mas Dan Wheldon, o vencedor da Indy 500 deste ano e de 2004, é o que parece estar em pior situação. As primeiras informações é que Wheldon está em estado grave. Seu carro foi um dos que vôou contra o alambrado:

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...