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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A nossa incompetência e a competência dos argentinos

Há uma situação aqui no Brasil que posso dizer que aplica-se a todos os esportes: incompetência. Talvez eu seja um pouco radical e apenas o Volêi se salva nesta lista, mas o resto não escapa.
O Brasil teve nos últimos 40 anos 3 pilotos campeões mundiais e uma série de vitória que nos condicionou o status de potência no automobilismo. Claro, era normal você ver um punhado de caras sair daqui com dinheiro contado - o que acontece até hoje - e eles chegarem na Europa e arrebentarem conquistando títulos e mais títulos nas categorias de base. A consequência  foi o sucesso arrebatador que tivemos na F1 neste período.
Pois bem, o que foi feito neste tempo todo para que pudessemos continuar fortes lá fora? Nada. Por aqui as coisas andam à mingua e o resultado é que perdemos uma pancada de corridas nos últimos anos. Primeiro foi a Le Mans Series em 2007, que até onde sei, tinham um contrato de 3 anos com a organização daqui e do nada optaram correr na China em 2008, o que também acabou acontecendo. Talvez tenham rolado algum desentedimento ou sei lá o que for. Agora perdemos a chance de ver provax da F- Super League por aqui, mais precisamente em Goiania e Curitiba. Pois bem, o circuito goiano está em obras e o que mais me deixa impressionado é que essa data já estava marcada há meses e o pessoal nem se mexeu para apressar esses reparos por lá. Aproveitando este atraso a categoria também tirou Curitiba do calendário. E pensar que o FIA GT também correria em Pinhais e e categoria preferiu ir para a China, onde as corridas foram muito boas neste fim de semana passado. Estamos indo ladeira abaixo.
Enquanto perdemos, os nossos hermanos ganham. E como. Não bastassem ter uma etapa do Mundial de Rallye, ainda contam com uma do FIA GT, Rally Dacar e, para 2013, uma etapa da Moto GP será realizada no circuito de Termas de Río Hondo. O melhor de tudo, para eles, é que a reforma deste circuito será bancada pelo governo nacional.
Aí está uma prática muito normal do governo argentino em sua história: apoiar o automobilismo. Desde muito tempo que eles bancam a entrada de seus pilotos no automobilismo internacional, junto da ACA (Automovel Clube Argentino). Foi assim com Juan Manuel Fangio, Oscar Gálvez, José Froilan Gonzalez entre outros noa anos 40/50. E os resultados foram os melhores destes pilotos por lá, em especial com Fangio, que venceu 5 títulos mundiais, com Gonzalez que virou ídolo ferrarista por ter sido o primeiro a vencer com a marca italiana no Mundial em Silverstone, 1951, fora outras grandes vitórias do "Touro dos Pampas". Nos anos 70 foi a vez de Carlos Reutemann receber este apoio e astiar novamente a bandeira argentina na F1. Claro que nunca mais o país teve um piloto na categoria máxima, mas ao menos eles, mesmo que enfrentando crises econômicas bravas, sempre apoiaram o automobilismo em sua base, ou seja, as fábricas. Portanto, mesmo que não tenham pilotos lá fora em chance de chegar na F1, ao menos eles criaram uma condição para os pilotos possam continuar as suas carreiras de modo seguro e claro, caso algum queira se aventurar lá na Europa, o governo e a ACA bancam a parada.
Por aqui continuamos na nossa mazela de sempre; autódromos mal cuidados, dinheiro sendo usado para festas milionárias, viagens, badalações e alguns pilotos que podem garantir uma sobrevida do país na F1, e em outras categorias, continuam negociando corrida à corrida o dinheiro para sobreviverem por lá.
Sim, eles levão e coisa à sério por lá. E pronto.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

FIA GT1- Sachsenring- 4ª Etapa

Ficam os vídeos da rodada dupla da quarta etapa do FIA GT1 disputado neste fim de semana em Sachsenring, na Alemanha.
A qualifying race do sábado, foi vencida pela dupla Maxime Martin/ Fredéric Makowieck com um Ford GT (Team Marc VDS):

GT1 Qualifying Race Short Highlights from... por GT1
No domingo a vitória foi da dupla Christian Hohenadel/Andrea Piccini com um Aston Martin DB9 (Team Hexis AMR):

GT1 Championship Race Short Highlights por G1
 Bernoldi, em dupla com Warren Hughes, fechou as duas corridas na quarta posição.  

domingo, 28 de novembro de 2010

Minhas impressões sobre o FIAGT1

Um amigo reclamou das provas do FIAGT1 que aconteceram neste final de semana em Interlagos, classificando a prova como chata. Não vi assim. As provas de endurance, em sua maioria, é feita de pura e simples estratégia que é decidida entre equipes e seus respectivos pilotos. Esse meu amigo reclamava principalmente da falta de ultrapassagens, o que também não concordei. Do posto 22, onde trabalhei no sábado e neste domingo, vi ótimas disputas de posições e algumas ultrapassagens no final da reta Fittipaldi e antes dela. Ultrapassagens neste tipo de prova, não é tão comum, pois, como já disse, é baseada em estratégia. Mas se não tiver outra alternativa, é claro que o piloto de trás vai atacar sem piedade, assim como fez o Xandinho Negão (Maserati MC 12 Team Vitaphone) contra Darren Turner (Aston Martin DB9 Team Young Driver) no "Bico de Pato" ao passá-lo.
Saindo um pouco dessa pequena discussão, digo que gostei da categoria. Tinha curiosidade  de vê-la desde os tempos das poderosas Mercedes CLK GTR, que foram fortes no final dos anos 90 contra as Porsches e e os Panoz quando a categoria chamava-se, ainda, FIAGT. Um pessoal acessível, simpático, querendo que o público se sentissem em "casa" na visitação de box, convidando alguns para entrarem nos carros e ver como aquelas máquinas eram por dentro e sentir a "sensação de pilotá-las", mesmo com esses parados dentro dos boxes. Bem diferente da F1, por exemplo,que caso você encoste a mão em alguma parte do carro faltam lhe cortar as mão fora, tamanha rigorisadade de todos. Um ar bem amigável e tranquilo, sem aquelas pressões que a categoria máxima nos impõe a cada ano que desembarca aqui em São Paulo. Diria que é bem família também este ambiente, fazendo lembrar-me, com saudades, da única passagem da Le Mans Series lá em Interlagos no já distante novembro de 2007.
Por último, para fechar, uma bela vitória do Xandinho Negrão que voltou a pilotar no FIAGT após dois anos: “Para ser sincero, não tenho palavras sobre a vitória de hoje. Foi um fim de semana incrível. Aliás, tem sido maravilhoso desde o momento que recebi o convite para correr aqui. Estou muito feliz por esta oportunidade depois de dois anos”. Em seguida, ele explicou o momento em que passou Darren Turner: “Depois disso, durante a corrida, eu vi que o Aston Martin estava brigando um pouco mais com os pneus do que eu, então apenas esperei o melhor momento para tentar passá-lo. Infelizmente, não temos a mesma força de motor que eles, por isso tive de ser um pouco mais agressivo". De toda forma foi um presente para o público que compareceu à Interlagos num bom número de 18 mil pessoas, debaixo de sol escaldante que, acredito eu, tenha passado dos trinta graus.
Foi uma festa simples, e muito bem comemorada. E que voltem em 2011!
A bela vitória da dupla brasileira, Bernoldi/Negrão em Interlagos ao desbancar a dupla Turner/Enge da Young Driver

FOTOS: Bruno Terena (site Grande Prêmio)

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...