quarta-feira, 31 de julho de 2013

Apenas uma jogada


(Foto: Divulgação)

O cair da bandeira quadriculada em Hungaroring encerrou a primeira parte do mundial de Fórmula-1 e iniciou uma frenética bateria de especulações em torno de três nomes: Ferrari, Alonso e Red Bull. A visita do agente do piloto espanhol ao motorhome da equipe rubro-taurina que, segundo Abad e Horner, era para tratar sobre Carlos Saiz Jr., que faz parte do programa de jovens pilotos da Red Bull, ascendeu a luz amarela em todos os meios de comunicações que começaram a caçar todas as informações e depoimentos de todos os lados, uma vez que presença do empresário de Alonso estaria negociando uma possível ida do seu agenciado para o time dos energéticos a partir de 2014. Os elogios de Christian Horner para o piloto espanhol só aumentaram o frisson da imprensa e as reclamações de Fernando com o baixo desempenho da Ferrari na corrida húngara serviram para deixar ainda ouriçada toda a comunidade da categoria.
Apesar de que exista a velha a máxima de que “contratos podem ser rasgados”, acho difícil Alonso sair da Ferrari antes do término do seu contrato que espira em 2016. Ao contrário do que foi com a McLaren em 2007, o ambiente da “Rossa” é muito menos hostil do que existia no time de Woking. A não ser que ele faça como Prost em 1991 que chamou o carro da Ferrari de caminhão e foi “convidado” a se retirar da equipe ao final daquele ano, tanto que nem disputou o GP da Austrália. Mas nem isso, no meu ver, faria com que Fernando saísse de lá. Outra: Horner fez o certo. Foi diplomático em elogiar Alonso, mas talvez se lembre bem de quando foi procurar o espanhol na metade da década passada para integrar a então novata Red Bull e ouviu um não. Ironicamente, o “Patinho Feio” que Fernando deu de ombros há quase dez anos, virou um belo “Cisne” e o tem deixado constantemente para trás. Se arrependimento matasse... . Por outro lado Vettel também já expressou a sua opinião, dizendo que prefere Kimi do que Fernando por lá, uma vez que o seu relacionamento com o finlandês é muito melhor dentro e fora das pistas do que é com Alonso. E Sebastian sabe muito bem disso, afinal ele era um garoto que estava dando os primeiros passos na categoria quando assistiu de camarote o embate Alonso vs McLaren & Hamilton em 2007 e viu o inferno que pode se transformar a Red Bull com a presença de Fernando por lá.
A impressão que passa é que todo este cenário formado por Fernando Alonso, com relação as suas constantes reclamações, é unicamente para pressionar a Ferrari a procurar melhorar o carro que tem caído pelas tabelas. Na Hungria pôde ser visto que a equipe italiana esteve um passo atrás de Red Bull, Mercedes e Lotus e isso tem incomodado o piloto espanhol, que chegou a dizer que a quando a equipe entrega à ele e Massa um carro competitivo, ambos conseguem boas performances e o exemplo usado por ele foi exatamente a corrida da Espanha quando venceu e Felipe foi terceiro, nessa que foi a melhor apresentação da equipe na temporada. De certa forma Alonso tem razão, mas isso não vem de hoje e muito menos de 2010. Em 2009, quando as regras foram mudadas, era normal você ler e ouvir declarações de Massa e Raikkonen de como era complicado pilotar a F60 e isso ficou mais claro quando Luca Badoer e Giancarlo Fisichella puseram as mãos neste carro e passaram a frequentar as últimas posições nas corridas em que substituíram o acidentado Massa. Se não fosse a vitória de Kimi em Spa naquele ano, a Ferrari teria passado em branco. Portanto as dificuldade da equipe em desenvolver os carros vem desde 2009 e Fernando Alonso, pensando que pudesse pegar uma época de grande fase da equipe igual à década passada, acabou se dando mal. A proibição dos testes nos períodos entres as provas foram proibidos e nenhuma equipe sentiu tanto essa decisão do que a Ferrari, que estava acostumada a terminar as corridas e na segunda-feira seguinte já correr para Fiorano ou Mugello para testar novas peças ou solucionar problemas. O uso do túnel de vento da Toyota, em Colonia, não é confiável. A equipe japonesa, na sua estadia na categoria, sempre reclamava que nem sempre os resultados obtidos naquele túnel eram traduzidos na pista, sendo que durante os treinos e corridas era um verdadeiro fiasco.
Por outro lado, Alonso também não foi capaz de construir em torno de si uma equipe forte, como fizera Michael Schumacher na segunda metade dos anos 90, que mais tarde culminou num período de domínio brutal do piloto alemão que se estendeu de 2000 até 2004. Mas antes de obter todo esse sucesso, Michael trabalhou forte junto de Todt, Brawn, Byrne e outros caras da parte técnica que conseguiram ganhar quilometragem para que pudessem desempenhar cada um o seu papel, de forma a dar para a Ferrari todo o sucesso que veio em seguida. Talvez eles esperassem isso de Fernando, como também o próprio esperasse uma equipe mais bem organizada como era nos tempos de... Schumacher. Por isso que não foi à toa o puxão de orelha de Luca Di Montezemolo, dizendo que o espanhol devia "evitar polêmicas e dar com humildade e determinação sua própria contribuição, estando perto, na pista e fora, à equipe e aos seus homens". 
A Ferrari já contra-atacou e contratou James Alisson, que trabalhou na equipe entre 2002 e 2004 e esteve no comando dos projetos dos Renaults que foram campeões com o próprio Fernando Alonso no biênio 2005/06. Era uma contratação que já vinha sendo ventilada na imprensa há algum tempo, mas ele poderá trabalhar na equipe somente a partir de setembro quando estará livre do seu contrato com a Lotus. Interessante isso, pois ele entrará na equipe exatamente quando o mundial estiver com oito provas restantes e pode, quem sabe, dar um fôlego para a equipe nessa reta final. O possível regresso de Rory Byrne a equipe em 2014, deixaria mais forte a equipe técnica da Ferrari.
Com a pressão exercida por Alonso e as casa de Maranello a se mexer para tentar sair dessa crise, pode render uma boa fase para o time nos próximos anos. E se eu fosse o Alonso, não sairia de lá agora.  

terça-feira, 30 de julho de 2013

Foto 229: Caminho Alternativo

(Foto: Sebring International Raceway/ Facebook)
Talvez a dupla da Ferrari 250 Testa Rossa #16, Olivier Gendebien/ William Greenspun, estivesse com um pouco de pressa quando um dos dois tentou ultrapassar por um local não recomendável o Jaguar D-Type #10 da dupla Pierce Woods/ Bobby Unser durante as 12 Horas de Sebring de 1957.
A dupla do Jaguar acabou por abandonar a prova na volta 33 com problemas no eixo traseiro, talvez por causa do acidente. Já a dupla da Ferrari, encerrou a sua participação na volta 111 por problemas de motor.
A vitória ficou com a Maserati 450S #19 de Jean Behra e Juan Manuel Fangio.

Foto 228: Brasil

A primeira fila para a largada do GP da Itália de 1953: Alberto Ascari na Ferrari 500 #4 largando da pole; Juan Manuel Fangio com a Maserati A6GCM-53 #60 em segundo e Giuseppe Farina com a outra Ferrari 500 #6 na terceira posição.
Na 21ª posição a presença brasileira nessa prova: Chico Landi, ao volante de uma Maserati A6GCM, marcara o tempo de 2'12''800 largando na frente de gente boa como Príncipe Bira, Louis Chiron e Hans Stuck Sr. (estes dois últimos pilotando carros construídos por eles mesmos). Era a quinta prova de Landi - as outras quatros tinham sido em Monza 1951; Zandvoort e Monza 1952 e Bremgarten 1953. Na pista italiana, ele conseguira um oitavo lugar em 1952, até então o seu melhor resultado na categoria. Naquela edição de 1953 Chico acabou por abandonar com problemas no motor, numa prova que foi vencida por Fangio, seguido por Farina e Luigi Villoresi.
A última participação de Chico Landi na F1 remonta a 1956, quando disputou o GP da Argentina com uma Maserari 250F e chegou em quarto.
Na foto, do lado esquerdo, a bandeira brasileira logo após a dos EUA.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

24 Horas de Spa-Francorchamps - Highlights

E aqui fica um belo resumo do que aconteceu de melhor nas 24 Horas de Spa-Francorchamps, disputada neste final de semana. A vitória ficou com o trio da Mercedes SLS formado por Maximilian Götz/ Maximilian Bukh/ Bern Schneider do Team HTP Motorsport. A segunda posição foi para a Porsche do Team Manthey com Marc Lieb/Richard Lietz/Patrick Pilet ao volante e a terceira para o Audi R8 comandado por Andre Lotterer/Christopher Mies/Frank Stippler.
Bruno Senna, que correu com o Mclaren do Team Von Ryan Racing em trio com Rob Barff e Chris Goodwin, foi 15º na geral e oitavo na classe Pro Cup. Cesar Ramos, em trio com Daniel Zampieri e Davide Rigon, pilotando uma Ferrari 458, abandonaram por problemas no motor quando a prova estava a menos de duas horas do fim. Carlos Kray, que esteve no comando de um Mclaren junto de Justino Azcarate, Phillip Eng e Ilya Melnikov, também anbandonaram.

Foto 227: Williamson e Purley

Os anos 70 foram sangrentos para a F1. Talvez não tanto quanto os anos 50 e 60, mas foram. As pessoas talvez a tratem como tal devido ao fato das corridas, ainda sim de forma tímida, começarem a ser transmitidas pela TV e portanto a imagem de um grave acidente, com o piloto preso nas ferragens envolto pelas chamas, acabassem por chocar a comunidade que começava a acompanhar aquela corrida de monopostos.
Não tenho muito a acrescentar ao acidente que deu cabo a vida de Roger Williamson no GP da Holanda de 1973, mas aqui fica um bom texto para lhes indicar que é do Paulo Alexandre Teixeira no seu Continental Circus.
A negligência dos homens que deveriam ter apagado o fogo é o mais revoltante. David Purley saindo do seu carro rapidamente para tentar tirar Williamson, que ainda estava vivo, é daquelas cenas que ficaram - e ficarão - perpetuadas por anos e anos.
A foto acima é de momentos antes do triste acidente, com Roger na frente de Purley, provavelmente na freada para a "Tarzan", primeira curva do circuito de Zandvoort.

GP da Hungria - Corrida - 10ª Etapa


Lewis comemorando a sua 22ª vitória na F1 e a primeira pela Mercedes: ele também igualou a marca de Fangio, que venceu corridas nas sete primeiras temporadas na categoria.
(Foto: Reprodução)

Por incrível que pareça, a prova da Hungria foi de certa forma agradável. Não que tivesse tido uma luta direta entre os contendores, mas ao menos tivemos mais ultrapassagens do que a edição de 2012, onde só houve quatro ultrapassagens. A adoção de uma área para o uso do DRS deu uma ajuda nesse quesito, mas alguns fatores foram importantes para que tivéssemos uma prova desse molde naquele kartódromo gigante, que está no calendário desde 1986 e que terá a sua presença estendida até 2021 como foi confirmado neste final de semana. Os húngaros tem dinheiro de sobra e a nossa paciência será testada até o início da próxima década. Fazer o quê!
Voltando para a corrida, a presença de Romain Grosjean nas três primeiras colocações foi animadora. Além de estar sempre num bom ritmo, tirando proveito do bom desempenho do Lotus em altas temperaturas, ele conseguiu acompanhar bem o passo de Sebastian Vettel que ia em segundo e isso nos deu a impressão que o afoito francês – que agora é papai – pudesse tentar uma manobra ousada que pudesse desalojar o tri-campeão da vice liderança da prova. Isso não aconteceu, mas ele tentou de todas as formas e isso pôde ser visto após a primeira parada dos ponteiros quando Vettel voltou atrás de Button e Grosjean estava no seu encalço. Foram voltas agonizantes para Sebastian, que tinha que tentar ultrapassar rapidamente Jenson, para que Lewis não abrisse grande vantagem, se preocupar com as investidas – e uma possível tresloucada – de Romain. E as coisas pareciam ter se complicado quando o seu engenheiro Rocky lhe disse que o carro estava com níveis de super aquecimento acima do normal, devido o tempo que passou encaixotado no câmbio da McLaren. Vettel tirou o pé, deixando com que Grosjean o pressionasse e até a aproximação de Alonso pôde ser vista. Voltas mais tarde o piloto alemão conseguira a ultrapassagem sobre Button e Romain, para não perder tempo, acabou tocando rodas com o inglês e cortando a chicane. Nenhum dano para os carros, mas ao final da corrida vinte segundos foram acrescidos no tempo do francês. O pior ainda viria com uma punição tosca por parte dos comissários, quando estes entenderam que Grosjean havia usado a parte de fora da curva quatro para ganhar a quinta posição de Massa. Um triste erro dos comissários que lhe deram um Drive & Through por causa disso, arruinando um possível pódio para o mais novo papai da praça.  
Lewis Hamilton e a Mercedes foram quem souberam melhor guardar o segredo para a prova. A expectativa para ver em que volta o carro prateado cairia de rendimento, foi logo anulada quando o inglês entrou nos boxes na volta oito, surpreendendo a todos já que o seu ritmo naquele momento era bom e ele já levava 1.5 segundos de vantagem sobre Vettel. Essa antecipação da Mercedes em chamá-lo foi importante, pois serviu para riscar o possível desgaste dos pneus que fatalmente o jogaria para trás. Mas o decorrer da prova foi ainda mais importante, com Lewis andando bem e parecendo não ter tanta preocupação em preservar os pneus, apesar dos pedidos da equipe via rádio para tomasse cuidado com os compostos traseiros. O forte calor era ameaça com relação aos pneus, mas ajudou o carro alemão – uma vez que Nico Rosberg não teve uma grande tarde em Hungaroring – que a exemplo da Lotus, consegue render bem nesse cenário. Foi a 22ª vitória de Lewis que igualou um recorde que pertencia unicamente a Juan Manuel Fangio, que é de ter vencido corridas nas sete primeiras temporadas completas. Ao menos a separação número 6352438272 da ex-namorada Nicole, parece não ter afetado assim a sua vida como em outras ocasiões. A noitada da mansão da Playboy foi revitalizante.
Sebastian Vettel, para mim, era o grande favorito nessa corrida, mas o encontro com Button após a sua primeira parada o fez perder um grande tempo e mesmo depois que se livrou do inglês, a diferença de 15 segundos para Hamilton já era algo complicado para se tirar, e isso ficou claro no decorrer do certame. O duelo com Raikkonen nas voltas finais foi outro ponto alto dessa prova, com o finlandês a se defender dos ataques do alemão de forma limpa. Talvez pelo problema de superaquecimento que apareceu na primeira parte da corrida, acabou privando-o de tentar ser mais veemente nas investidas. Sobre Raikkonen, este foi um pecado ter largado apenas em sexto. Tivesse saído em terceiro, como foi o caso de Grosjean, talvez pudesse ter discutido a vitória contra Lewis e Sebastian com a opção de tentar parar apenas duas vezes contra três dos dois oponentes, e isso ficou claro no fim da prova com a sua segunda posição.
A Ferrari não teve uma boa jornada na pista húngara. Apesar de ter um bom ritmo de corrida, Alonso e Massa ficaram quase que estáticos nas posições que largaram (5º e 7º). A única oportunidade que tiveram foi na largada, com Fernando ficando encaixotado nos carros de Vettel, Grosjean e Rosberg, sem conseguir avançar nenhuma posição, enquanto que Felipe brigou contra Rosberg e Raikkonen após a curva 4 quando acabou tendo um toque com o piloto alemão no que danificou a sua asa dianteira. Vale lembrar que a Ferrari teve um desempenho pífio na prova de Mônaco com seus dois pilotos fazendo uma corrida bem apagada. Talvez a sequência de pistas de média e alta velocidade possa ajudar o time italiano.
A Fórmula-1 entrará num recesso que terá fim somente no fim de semana do dia 23, 24 e 25 de agosto, quando será realizada a 11ª etapa em Spa-Francorchamps. Até lá os trabalhos estarão proibidos nas fábricas, mas vale lembrar que as grandes evoluções nos carros de 2012 aconteceram exatamente após este retorno.
Será a última cartada.

Resultado Final – Grande Prêmio da Hungria  
Circuito de Hungaroring – 70 Voltas  
10ª Etapa – 28/07/2013

1: Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - 70 voltas em 1h42min29s445
2: Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) – 10s9
3: Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 12s4
4: Mark Webber (AUS/Red Bull) – 18s0
5: Fernando Alonso (ESP/Ferrari) – 31s4
6: Romain Grosjean (FRA/Lotus) – 32s2
7: Jenson Button (ING/McLaren) – 53s8
8: Felipe Massa (BRA/Ferrari) – 56s4
9: Sergio Perez (MEX/McLaren) – a 1 volta
10: Pastor Maldonado (VEN/Williams - a 1 volta
11: Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) - a 1 volta
12: Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso) - a 1 volta
13: Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso) - a 1 volta
14: Giedo van der Garde (HOL/Caterham) – a 2 voltas
15: Charles Pic (FRA/Caterham) - a 2 voltas
16: Jules Bianchi (FRA/Marussia) - a 3 voltas
17: Max Chilton (ING/Marussia) - a 3 voltas

Não completaram
Paul Di Resta (ESC/Force India)
Nico Rosberg (ALE/Mercedes)
Valtteri Bottas (FIN/Williams)
Esteban Gutierrez (MEX/Sauber)
Adrian Sutil (ALE/Force India)


sábado, 27 de julho de 2013

GP da Hungria - Classificação - 10ª Etapa

O pole-man do dia: trigésima pole de Hamilton na F1
(Foto: Getty Images)
A surpresa de Hamilton pelo rádio após a conquista da sua pole, quando foi comunicado sobre o acontecido, não era de se estranhar: Vettel tinha dominado amplamente os treinos de sexta e por mais que as Mercedes tivessem dominado as duas primeiras partes da classificação, era para o tri-campeão que eram feitas as apostas. Apesar de uma volta com quase um segundo de vantagem (1'19506) sobre Rosberg, Vettel parecia estar cravando mais uma para sua coleção de poles, mas Hamilton  foi brilhante ao baixar o tempo para 1'19''388. Um tempo de respeito, que só foi confirmado após a última cartada de Sebastian que passou a 0''038 centésimos da marca de Lewis. Foi a trigésima pole do piloto inglês.
Apesar de saber bem que a posição de largada em Hungaroring é importante, Lewis não inspira confiança com o desempenho do seu Mercedes para a prova de amanhã. Com os novos pneus que a Pirelli levou para a Hungria, a Mercedes não sabe como será o comportamento do carro durante uma prova inteira, uma vez que a equipe ficou de fora dos testes de pneus em Silverstone na semana passada. Portanto, a corrida húngara será de descobertas para o time alemão.
Vettel sai em segundo e sem dúvida é o grande favorito, mas terá que ficar esperto com os possíveis ataques de Grosjean que teve bom desempenho nos treinos desde a sexta e foi o mais rápido no terceiro treino livre. O próprio francês, que fez o terceiro tempo, indicou que a diferença da Lotus para Sebastian não é tão grande assim e isso pode ser visto na tabela de tempos, com ele ficando a 0''169 décimos do piloto alemão e Raikkonen, que sairá em sexto, a 0''425 décimos da marca alcançada por Vettel. Vale lembrar que os Lotus estiveram em grande forma nesta pista ano passado e que o carro deste ano tem boa performance sob temperatura alta.
Alonso ficou satisfeito com o ritmo da Ferrari na classificação e até acredita que possa surpreender na largada, ao tentar ganhar a posição de Vettel já na primeira curva saindo da quinta colocação. Apesar do otimismo e saber que ele faz ótimas largadas, acho complicado conseguir  algo assim na primeira curva contra um piloto que sairá da segunda posição. Massa esperava uma posição melhor, mas a sétima colocação foi o máximo que pôde alcançar.
A minha aposta para esta corrida repousa sobre Vettel, mas isso dependerá exclusivamente da sua largada. Ficar atrás de Hamilton implicará em desgastar mais os pneus - o que acredito que neste caso não será grande problema, uma vez que este problema parece ter sido resolvido por aquelas bandas. Os Lotus estarão fortes, assim como Rosberg - que assim como Lewis, dependerá exclusivamente do que o Mercedes pode render durante a corrida - e Alonso. O calor é um dos grandes desafios, uma vez que alguns pilotos reclamaram de formação de bolhas nos pneus dianteiros nas primeiras voltas.
Por incrível que pareça, mas Hungaroring pode nos oferecer uma boa prova amanhã. É o que esperamos.

Grid de largada para o Grande Prêmio da Hungria - 10ª Etapa

1) Lewis Hamilton (ING/Mercedes) 1m19s388
2) Sebastian Vettel (ALE/RBR) 1m19s426  + 0s038
3) Romain Grosjean (FRA/Lotus) 1m19s595  + 0s207
4) Nico Rosberg (ALE/Mercedes) 1m19s720  + 0s332
5) Fernando Alonso (ESP/Ferrari) 1m19s791  + 0s403
6) Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) 1m19s851  + 0s463
7) Felipe Massa (BRA/Ferrari) 1m19s929  + 0s541
8) Daniel Ricciardo (AUS/STR) 1m20s641  + 1s253
9) Sergio Perez (MEX/McLaren) 1m22s398  + 3s010
10) Mark Webber (AUS/RBR) sem tempo
11) Adrian Sutil (ALE/Force India) 1m20s569
12) Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) 1m20s580
13) Jenson Button (ING/McLaren) 1m20s777
14) Jean-Eric Vergne (FRA/STR) 1m21s029
15) Pastor Maldonado (VEN/Williams) 1m21s133
16) Valtteri Bottas (FIN/Williams) 1m21s219
17) Esteban Gutierrez (MEX/Sauber) 1m21s724
18) Paul di Resta (ESC/Force India) 1m22s043
19) Charles Pic (FRA/Caterham) 1m23s007
20) Giedo van der Garde (HOL/Caterham) 1m23s333
21) Jules Bianchi (FRA/Marussia) 1m23s787
22) Max Chilton (ING/Marussia) 1m23s997

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Foto 226: Copa das Províncias, 1964-1965

O logo da Copa das Províncias, com o apoio da Ford e com os carros da Lotus
(Foto: Lotus Seven Passion)
Imagine uma categoria reunindo os melhores pilotos de uma nova geração e colocando-os para pilotar carros iguais, representando um estado do país como se fosse um "Campeonato Nacional"? Mais ou menos assim é que surgiu a Copa das Províncias, idealizado e concretizado pelo jornalista suíço Gerard Crombac junto do então presidente da FFSA (Federátion Française du Sport Automobile) Raymond Roche e pelo organizador do GP de Paris, Maurice Festivier.
A intenção dessa competição era dar chance aos novos valores do automobilismo francês naquele momento. A Ford francesa apoiou a idéia e entregou um Kit Car Club Lotus Seven para cada estado que participaria do evento e coube aos pilotos, juntos de amigos que formariam as equipes, a montagem do Lotus Seven no final de 1963.
Em 20 de maio de 1964 a largada foi dada em Paris e a vitória coube a equipe parisiense, que tinha como piloto Henri Pescarolo. O campeonato daquele ano teve oito etapas (Paris, Magny-Cours, Reims, Clermont-Ferrand, Cognac, Albi, Ilha da França e Montlhéry). O título daquela primeira temporada foi de Robert "Jimmy" Mieusset, pela equipe de Lion. Ele e a equipe repetiriam a dose em 1965 - Robert foi um dos melhores pilotos de subida de montanha do seu país, tendo conquistado cinco titulos nacionais da modalidade entre 1971 e 1975 - e no campeonato de subida de montanha, a vitória ficou com José Dolhem com a equipe de Paris.
Dos pilotos envolvidos nestes dois campeonatos e que ganhariam fama mais tarde, foi Henri Pescarolo, Patrick Depailler, José Dolhem e Johnny Servoz-Gavin.
O Lotus Seven nº 1 da equipe da Ilha da França teve como madrinha a cantora Françoise Hardy.
A equipe foi nona na classificação de 1964.
(Foto: Lotus Seven Passion)
O jovem Henri Pescarolo no carro da equipe Paris.
(Foto: Lotus Seven Passion)
Patrick Depailler no comando do Lotus Seven da equipe de Auvergne.
(Foto: Lotus Seven Passion)

A lista dos pilotos e provincias participantes da primeira edição, em 1964:
(Foto: Lotus Seven Passion)

1. LYON (No.14)
Pierre Seguin
Gerard Martin
Robert Mieusset
Salvador Costa
Jean Pin
Marc Louis
François Lacareau
Peter Beal
Maurice Robert
 
2. NORMANDIA (No.2)
Patrice Grandsart
Denis Dayan
 
3. PARIS (No.20)
Henri Pescarolo
Philippe Delloye
 
4. Auvergne (No.14)
Patrick Depailler
Rene Huot
 
5. Languedoc (No.18)
Jean-Pierre Bonami
Tucom
Christian Gaity
 
6. BERRY (n º 7)
Jean Nobby
Salas de Gilbert
 
7. MAINE BRITAIN (n º 9)
Rene Bernasconi
Jean-Claude Bernasconi
 
8. Burgundy, Franche-Comte
Victor Balducci
Gerard David
Nello Chelli
 
9. ILE DE FRANCE (No.1)
Claude Swietlik
Michel Ménétrier
José Dolhem
 
10. CHAMPAGNE (No.4)
Bernard Mimos
Guy Bouju
Marcel Thomas
Alain Berton
 
11. Alsace-Lorraine (No.5)
Jean-Jacques Schoendorf
Bernard Thevenot
Jean-Marie Ulrich
Maurice Bourion
Simon Rosenthal
 
12. Limousin (n º 11)
Claude Gongora
Alain Lechartier
Yves Marquis
 
13. Anjou-Touraine (N º 8)
Francis Gomez
Jean-Louis Lhomond
Philippe Munier
Duret
François Binet
 
14. Dauphine-Sabóia (No.15)
Georges Servoz-Gavin
Marc Branco
Jean-Philippe Quenéerff
Jean-Paul Banco
 
15. Bearn (No.19)
André Bourrec
Jacques Boyer
 
16. Saintonge-Aquitaine (No.10)
Bernard Aumaitre
Christian Belben
Pierre Blanchon
André Six
John Grama
Max Rebaudo
Philippe Rivière
Serge Pariolaud
 
16. COTE D'AZUR (No.16)
Jean-Claude Militello
 
18. FLANDERS-Artois (No.3)
Jean-Philippe Dupont
Jean-Marc Auvray
Jean-Paul Foucart
 
19. PROVENCE (No.17)
"Jean Max"

A classificação final dos campeonatos de 1964:
(Foto: Lotus Seven Passion)

(Foto: Lotus Seven Passion)

terça-feira, 23 de julho de 2013

Volta Rápida, 4 anos


Acho que alguns que acompanham este blog desde no início sabem da dificuldade que tenho em escrever sobre este espaço criado há exatos 4 anos, curiosamente numa noite de 23 de julho bem parecida com a de hoje: gelada e chuvosa.
Mas o post de hoje, como nos dos outros três, é apenas para, mais uma vez, agradecer a presença de todos neste período. O Volta Rápida atingiu a marca das 100.000 visualizações em dezembro de 2012 e passados sete meses já está as portas de chegar aos 150.000. Apesar do tempo no ar, vale lembrar que este lugar estava com menos de 30.000 visualizações no final de 2011. Portanto, foi um salto e tanto.
Os posts melhoraram com o passar do tempo e esse foi um dos fatores para que o Volta Rápida tivesse seus números elevados ao que é hoje. As parcerias também foram importantes. Os meus inúmeros amigos listados do lado direito no "Blogs de Respeito", tem o link deste nos seus respectivos blogs o que agradeço bastante e consequentemente me abriram portas importantes para que eu pudesse escrever em outras praças, como a Revista Speed (o Diego Trindade, bota essa máquina pra funcionar aí, amigo!), o Surto Olímpico do Regys Silva, que me deu a oportunidade de escrever sobre a epopéia do Zanardi nas Paralímpiadas de Londres e no site Vavel, do qual ainda estou devendo alguns textos (rsrs), mas sairão em breve.
O que esperar do Volta Rápida para o seu quinto ano? Mais trabalho e pesquisas insanas e muito devaneio. É o que resta a esse pobre mortal.
Pra encerrar o texto, fica só os meus agradecimentos a todos que leem meus devaneios nestes quatro anos. E espero continuar a escrever mais e mais.
Um abraço.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

F1 Battles: Mario Andretti vs Didier Pironi, Long Beach 1981

Os relatos da época já apontavam o quanto que o Ferrari 126CK - um dos mais belos F1 da casa de Maranello - projetado pelo finado Dr. Harvey Postlethwaite era uma chassi que não inspirava grandes ambições para a marca naquela temporada de 1981, mas o motor turbo de 6 cilindros era o que havia de melhor naquela "cadeira elétrica".
E isso pôde ser visto muito bem na prova de abertura daquela temporada, realizado em Long Beach, com o duelo entre Didier Pironi (Ferrari) contra Mario Andretti (Alfa Romeo), com o piloto francês fazendo o impossível para se manter na quarta colocação na parte sinuosa e simplesmente andando feito um foguete nas grandes retas do belo circuito citadino. Mas isso não foi o suficiente para lhe garantir aquela posição, sendo suplantado por Mario Andretti algumas voltas depois.
Pironi acabou por abandonar a corrida na volta 67 com problemas no motor e Mario fechou na quarta colocação. A vitória foi de Alan Jones, seguido pelo seu companheiro de Williams Carlos Reutemann e por Nelson Piquet com a sua Brabham.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Foto 225: 19 de julho


Talvez estes dias de julho sejam bons para testes de pilotos brasileiros. Nelson Piquet fez o seu primeiro teste na F1 em 19 de julho de 1978 com o Mclaren M23 da equipe de Bob Sparshott, em Silverstone. Cinco anos depois foi a vez de Ayrton Senna fazer os seus primeiros quilômetros num F1, desta vez pela equipe campeã da época, a Williams.
Se não bastasse essa coincidência, Emerson Fittipaldi fez a sua estréia na F1 em 18 de julho de 1970 no GP da Grã-Bretanha disputado em Brands Hatch, ao volante do Lotus 49.
De fato, julho é uma boa época época para pilotos brasileiros se aventurarem na Inglaterra a bordo dos F1.

Foto 224: Araucária

Em meio das discussões que apoiam ou não a reforma de Interlagos, uma foto dos tempos áureos do velho circuito paulistano com os seus quase oito quilômetros de extensão.
Na foto dois carros contornando a curva do "Pinheirinho" - com um pinheiro (araucária nas terras do sul) exatamente no canteiro central, que acabou por dar o nome a famosa curva.
Não sei de qual ano é a foto, mas com relação aos carros talvez seja uma prova da extinta Mecânica Nacional - que mais tarde se chamaria Mecânica Continental.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Vídeo: Adrian Sutil ao volante do Porsche 917/30

Ontem escrevi um breve texto sobre a vitoriosa passagem da Porsche no campeonato da Can-Am, no biênio 72/73, quando a fábrica de Weissach se associou com Roger Penske e faturou os campeonatos daquelas duas temporadas com George Follmer (1972) e Mark Donohue (1973) com os modelos 917/10 e 917/30, sendo que este último debitava 1.580cv de potência.
Na edição deste ano do Goodwood Festival of Speed, realizado no último fim de semana, Adrian Sutil, piloto da Force India na F1, teve a oportunidade de pilotar este canhão nas vielas do antigo circuito inglês. E a Porsche, no seu canal oficial no Youtube, postou esta volta do piloto alemão com o Porsche 917/30.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Foto 223: Duro de Matar

Vida dura para os concorrentes naquela época: a Porsche veio e dizimou os demais naqueles anos da Can-Am
(Foto: Porsche 917 The Legend/ Facebook)
Os primeiros anos da Can-Am, destinado à carros do Grupo 7 da FIA entre fim dos anos 60 e início dos 70, teve um domínio assombroso por parte da Mclaren com os seus lendários M6, M7, M8 e M20, que tiveram várias evoluções no decorrer dos cinco anos de domínio da marca fundada por Bruce Mclaren. A princípio, com uma intervenção ou outra da Lola com os seus T222, os campeonatos foram dominados amplamente pelo team anglo-neozelandês.
Com a mudança nos regulamentos, que baniram os carros com motores de 5.0L para a temporada de 1972 no Mundial de Carros Sport, a Porsche virou-se para a Can-Am naquele ano. Naquele campeonato o desenvolvimento dos bólidos era ilimitado e única coisa que a Porsche precisou foi trabalhar um 917 com as especificações regentes da época: um novo chassi descoberto (cabriolet) denominado 917/10  e motor turbo com 830cv de potência. Em parceria com Roger Penske, o carro estreou em 11 de junho de 1972 em Mosport tendo Mark Donohue ao volante. O piloto americano completou a prova na segunda posição, com as mesmas 80 voltas de Denny Hulme que estava no volante do Mclaren M20 Chevrolet. Um ótima estréia.
Mas o acidente de Donohue durante testes tirou-o de linha, forçando Roger Penske a chamar George Follmer para pilotar o Porsche. E ele não decepcionou: venceu cinco corridas e chegou a marca de 130 pontos, 65 a mais que o vice-campeão Denny Hulme e Milt Minter - que terminou empatado com o piloto neozelandês. A Mclaren tinha sido derrotada e o novo alvo, agora, seria a Porsche.
Para 1973 as mudanças no chassi levaram o carro a se chamar 917/30 e a potência do motor foi elevada para singelos 1.580cv, no que tornou-se o carro mais potente de sua época. O resultado de tudo isso foi um campeonato totalmente da marca alemã, vencendo todas as oito etapas e tendo como campeão Mark Donohue que venceu seis provas e chegou aos 139 pontos contra 62 de George Follmer, que estava no comando do Porsche 917/10 da Rinzler Motorracing Royal Crown.
Com a crise do petróleo naquela metade dos anos 70, a SCCA (Sports Car Club of America) optou por diminuir o tanque de combustível e isso levou a Penske a retirar o 917/30 daquele campeonato - exceto a prova de Mid-Ohio que teve a presença de Brian Redman com este Porsche do Team Penske, marcando a pole e terminando em segundo. Os demais Porsches que correram aquele último campeonato da Can-Am - a categoria só voltou em 1977 totalmente remodelada em sem as grandes fábricas - eram os 917/10 com motorização aspirada. O campeonato de 1974 foi dominado pelo Shadow DN4 Chevrolet de Jackie Oliver e George Follmer, com o campeonato ficando para Jackie.
Passados quase quarenta anos dessa parceria, os rumores indicam para uma nova associação de Roger Penske com a Porsche, visando usar o novo LMP1 da marca já em 2014.
Apesar de ser apenas rumores, seria legal ver esse duo novamente nas pistas.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Foto 222: Os 12 Mclarens

Belo infográfico onde a Mclaren mostra os 12 carros que foram campeões do mundo de Fórmula-1 nestes 50 anos da marca.
Além dos carros, que vem com a ficha técnica de cada um, tem a ficha dos pilotos que levaram estes aos respectivos títulos.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Foto 221: 24 Horas de Daytona, 1971

(Foto: Porsche 917 Legend/ Facebook)
Mais uma bela foto, agora da largada para as 24 Horas de Daytona de 1971. Na pole a Ferrari 512M #6 do Team Penske que contou com os serviços de Mark Donohue/ David Hobbs; em segundo a Porsche 917 K #2 da JWE com Pedro Rodriguez/ Jackie Oliver; em terceiro a Ferrari 512M #22 da NART com o quarteto Peter Revsdon/ Sam Posey/ Chuck Parsons; Luigi Chinetti Jr.; em quarto a outra Porsche 917K #1 da JWE com Jo Siffert/ Derek Bell; a quinta posição era da Ferrari 512M #20 da NART (em parceria com a Young American Racing) com Masten Gregory/ Gregg Young e a sexta posição com a Ferrari 512S #23 da NART com Ronnie Bucknum/ Tony Adamowicz.
A vitória foi de Rodriguez/ Oliver com uma vantagem de uma volta (388) para a dupla Bucknum/ Adamowicz. Em terceiro fechou a Ferrari do Team Penske, com Donohue/ Hobbs.

Crash: Continental Tire Sports Car Challenge, Watkins Glen

E as coisas estiveram animadas na sexta etapa do Continental Tire Sports Car Challenge - que é a categoria de apoio nos fins de semana das provas da Grand-Am - disputada em Watkins Glen, entitulada de "Continental Tire 150 At The Glen", no dia 29 de junho.
Pelo que parece a chuva pegou os pilotos de surpresa e em alguns pontos do circuito já estava forte. Com pneus slick, as escapadas eram inevitáveis e até mesmo dois carros bateram forte na barreira de pneus e chegaram a capotar. Os pilotos envolvidos sairam bem.
A vitória ficou com a dupla Boden/ Sellers pilotando um BMW M3 da Fall-Line Motorsports após 50 voltas, num total de 2 horas de prova.

F1 Battles: Ronnie Peterson vs Patrick Depailler, Kyalami 1978

E que chegada estes dois senhores proporcionaram para o público naquela volta final em Kyalami durante o GP da África do Sul de 1978, terceira etapa daquele mundial.
Aparentemente Patrick Depailler já estava com a vitória no bolso, mas algum problema na primeira curva - uma possível saída de frente do Tyrrell - acabou dando à Ronnie Peterson a chance que precisava para atacar o piloto francês ferozmente nas curvas seguintes e efetuar a ultrapassagem nos "Esses" e conquistar uma bela vitória para a ele e a Lotus.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

GP da Alemanha - Corrida - 9ª Etapa


A primeira em casa: Vettel subiu a vantagem para 34 pontos sobre Fernando Alonso no mundial
(Foto: Reuters)

A corrida disputada em Nurburgring serviu para afirmar uma impressão que estava pairando no ar nas últimas etapas: é a forma com que a Red Bull melhorou consideravelmente o seu desgaste excessivo de pneus que limitava as performances de Vettel e Webber. E isso pôde ser visto muito bem nas recuperações do piloto australiano nas corridas da Inglaterra e na de ontem, com ele andando ao extremo e sem ter grandes problemas com a borracha. Para Vettel, que teve exibições sólidas em Montreal, Silverstone e ontem em Nurburgring, reforça o quanto que a equipe evoluiu neste que era o seu “calcanhar de Aquiles” nesta temporada.
Não foi uma vitória fácil de Sebastian, uma vez que ele teve que lutar contra o duo da Lotus que estavam em boa forma neste GP alemão. Tanto Grosjean, quanto Raikkonen, estiveram próximos de Vettel desde a primeira parada de box não deixando o piloto alemão tomar grande distância. Mas do mesmo modo que ocorrera no Bahrein 2012/2013, faltou um pouco de atitude por parte dos pilotos da Lotus para tentar algo contra Sebastian: Raikkonen, que aspira chances no mundial, se aproximou de Sebastian nas últimas voltas, mas não teve tempo suficiente para tentar um ataque enquanto que Grosjean, numa das suas melhores provas na categoria, até que teve um momento de grande ameaça para com a liderança do tri-campeão, mas não soube aproveitá-la – ou, seja lá o que for, tenha passado pela sua cabeça as burradas do último ano e as pesadas criticas e preferiu acomodar-se na segunda colocação, que seria perdida para o seu companheiro.
Por outro lado os desempenhos de Ferrari e – principalmente – da Mercedes, foram bem abaixo do esperado. Enquanto que a “Rossa” teve em Alonso seu único representante – Massa abandonara no inicio da quarta volta após uma rodada que mais ele assumiria que fora por erro próprio -, a Mercedes cravou a pole com Hamilton no sábado, mas viram a vantagem ser pulverizada com a ótima largada dos carros da Red Bull. Para completar o desempenho do carro foi caindo durante todo o certame do GP, numa das piores corridas da equipe desde a Espanha. De se destacar nessa corrida o bom desempenho de Button e Hulkenberg, que chegaram a ficar entre os quatro primeiros devido a suas estratégias de box ao economizar bem os pneus.
Além dessa corrida ter marcado a primeira vitória de Vettel frente ao seu público, ela serviu para o piloto alemão ampliar a diferença para Alonso: a vantagem que havia caído para 21 pontos após o GP britânico, subiu para 34 pontos com esta sua vitória e quarta colocação alcançada pelo piloto espanhol. E o mais importante agora é o nível que este carro da Red Bull alcançou neste fim da primeira metade do campeonato, já que esperávamos que mais cedo ou tarde isso fosse solucionado. E a estagnação no desempenho da Ferrari e a oscilação do carro da Mercedes facilitará ainda mais esse caminho para o tetra-campeonato consecutivo de Sebastian.

Resultado Final 
Grande Prêmio da Alemanha 
Circuito de Nurburgring - 60 Voltas 
7/7/2013 - 9ª Etapa

1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull): 60 voltas em 1h41min11s
2. Kimi Raikkonen (FIN/Lotus): a 1s008
3. Romain Grosjean (FRA/Lotus): a 5s830
4. Fernando Alonso (ESP/Ferrari): a 7s721
5. Lewis Hamilton (ING/Mercedes): a 26s927
6. Jenson Button (ING/McLaren): a 27s996
7. Mark Webber (AUS/Red Bull): a 37s562
8. Sergio Pérez (MEX/McLaren): a 38s306
9. Nico Rosberg (ALE/Mercedes): a 46s821
10. Nico Hulkenberg (ALE/Sauber): a 49s892
11. Paul Di Resta (ESC/Force India): a 53s771
12. Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso): a 56s975
13. Adrian Sutil (ALE/ Force India): a 57s738
14. Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber): 60s160
15. Pastor Maldonado (VEN/Williams): a 61s929
16. Valtteri Bottas (FIN/Williams): a 1 volta
17. Charles Pic (FRA/Caterham): a 1 volta
18. Giedo van der Garde (HOL/Caterham): a 1 volta
19. Max Chilton (ING/Marussia) a 1 volta

Não completaram
Jean-Éric Vergne (FRA/Toro Rosso)
Jules Bianchi (FRA/Marussia)
Felipe Massa (BRA/Ferrari)

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...