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domingo, 19 de janeiro de 2020

Foto 825: Jenson Button, Melbourne 2009


O festejo de Jenson Button após a sua vitória no GP da Austrália de 2009, que iniciou a caminhada para um surpreendente título para ele e então novata BrawnGP, que havia surgido meses antes do que sobrara da Honda.
Jenson era a esperança do automobilismo britânico no início dos anos 2000, tendo feito uma boa temporada de estréia em 2000 pela Williams e andando no mesmo nível que Ralf Schumacher na segunda parte daquele mundial.
Porém a sua carreira foi pautada em ir para certos lugares em momentos errados, como ter ido para a Benetton em 2001 - quando esta já estava em fase de transição para a Renault, onde ele ficou em 2002 e não teve grandes oportunidades. Mas acabou indo para a BAR em 2003 onde teve grandes atuações, que culminou na sua primeira vitória - e com estilo - no chuvoso GP da Hungria de 2006.
Apesar dos anos seguintes não terem sido dos melhores, 2009 foi uma grande oportunidade que apareceu assim como um cometa. E claro, foi muito bem aproveitado.
Hoje o Campeão Mundial de 2009 completa 40 anos.

sexta-feira, 29 de março de 2019

Foto 720: Brawn GP, Melbourne 2009

Aquele momento em que a abóbora virou carruagem: Jenson Button e Rubens Barrichello dão a primeira dobradinha a equipe Brawn em Melbourne

Foi interessante ver toda aquela epopéia de Jenson Button, Rubens Barrichello e Ross Brawn desde o anúncio da retirada da Honda da Fórmula-1, passando pelas incertezas nas carreiras de Button e Barrichello, até chegar no nascimento da Brawn GP no meio dos escombros do que foi um dia a equipe japonesa.
O que é esperado de uma equipe novata é que ande do meio para trás do pelotão, ainda mais se tratando da F1 onde as cobras estão em qualquer canto a espreita. Mas os tempos velozes que Button e Barrichello - este último sendo decidido nos "acréscimos", após um pequeno vestibular do qual Bruno Senna também esteve presente, para saber quem tomaria partido do segundo carro - imprimiram nos testes de pré-temporada até surpreenderam, mas foi entendido como um blefe, afinal a nova equipe não tinha um patrocinador master. Mas aqueles carros brancos com detalhes em verde limão e equipados com os motores Mercedes, reservariam um pouco mais para a abertura do mundial em Melbourne.
Apesar dos treinos livres terem tido uma Williams-Toyota forte - especialmente com Nico Rosberg - as BrawnGP estavam bem entre os seis primeiros, mas sem mostrar grande força. Tanto que Barrichello foi o melhor da equipe nos três treinos livres, ao marcar o segundo melhor tempo na TL 2. Porém, é na classificação que as coisas começam a se revelar: as duas BrawnGP foram soberanas, com Jenson Button a marcar a pole e Barrichello cravar o segundo melhor tempo.
Na corrida, apesar da má largada de Barrichello - que ainda se envolveria num enrosco com Webber na primeira curva -, a BrawnGP teve um Jenson Button uma corrida tranquila e sem nenhum problema com  adversários. A recuperação de Rubens até a segunda posição foi importante para mostrar o quanto que o BGP 001 era bem balanceado e resistente. A festa no pódio com a dobradinha da equipe, mais Jarno Trulli da Toyota, foi quase como um alivio para alguns caras que até meses antes nem saberiam se estariam no grid de 2009.
Uma melhor interpretação do regulamento por parte de Ross Brawn - que desenvolvera o "difusor duplo" por conta de um engenheiro da Honda que havia achado uma brecha no regulamento onde a tal inovação podia ser criada, mas que poucos engenheiros deram atenção -, foi o principal trunfo da equipe que dominou amplamente a primeira parte do mundial e ao final do ano estaria comemorando os títulos de Pilotos (Jenson Button) e Construtores.A BrawnGP teria papel importante também para a história do automobilismo brasileiro dentro da categoria, pois foi através dela que Rubens Barrichello venceu seus últimos GPs em Valência - válido como GP da Europa - e Monza, que a foi a última vez que o hino nacional tocou em um Grande Prêmio.
Aquela equipe que chegara fazendo estardalhaço e vencendo os dois campeonatos da categoria, não existia mais ao final do ano: a Mercedes comprara toda a estrutura e reiniciava a sua caminhada na Fórmula-1.
E para a BrawnGP restou apenas entrar nos livros de história com estilo e respeito. E melhor: invicta!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Quando a FIA atrapalha

Toda modalidade esportiva que se preze tem que ter uma entidade honesta. Sei que hoje em dia isso é luxo, e isso podemos ver perfeitamente com CBF aqui no Brasil que vira e mexe faz das suas artimanhas para ajudar um clube ali, outro acolá, direitos de transmissão para uma só TV, amistosos de araque e por aí vai. A FIA ultimamente, mais precisamente desde a última década, tem mudado de modo vertiginoso as regras da F1 como crianças que mudam tudo numa brincadeira a fim de ferrar o melhor do resto. E isso vem detonando ainda mais a categoria nestes últimos. A proibição do difusor assoprado para a prova de Silverstone é apenas mais das palhaçadas que a entidade tem feito nestes tempos, em que a procura por várias ultrapassagens para garantir o show tem sido absurda. 
Mudar o regulamento no meio de temporada ou para o próximo ano, é do feitio deles e não vem de hoje. Não precisamos voltar muito no tempo para vermos isso. Em 2009, sob o domínio avassalador dos carros da BrawnGP, a FIA aceitou as reclamações das demais equipes e proibiu o difusor duplo que tinha pegado todos com as calças na mão num momento que a categoria estava em fase de transição, com as equipes se acostumando aos novos compostos slick e com carros mais limpos, sem aquele monte de apêndices aerodinâmicos. Outro exemplo conhecido foi o de 78, quando Gordon Murray desafiou o gênio Chapman e colocou na pista o Brabham BT46 "Fan-Car". Para o desespero de Colin Niki Lauda truscidou suas Lotus em Anderstorp e quando parecia que a F1 tinha encontrado um novo caminho para o efeito-solo, a Brabham levou um soco no estômago ao saber que seu carro estava proibido pelo simples fato de ser inseguro. A reclamação de Chapman junto a CSI tinha surtido efeito e assim sua cria, o Lotus 79, reinaria sozinho pelo resto da temporada. Outras proibições, como o carro de quatro motrizes da Williams de 83 e os freios mágicos da Mclaren de 1998, foram outras onde a FIA meteu o bedelho e procurou tirar o doce da boca de seus criadores em detrimento a reclamações à boca pequena. Sim, essas idéias de ferrar a concorrência não sairia da cabeça somente dos comandantes da entidade. Qualquer equipe que se sinta lesada, ora por ter sido copiada ou por se sentir atrás da outra que está vencendo (leia-se imcompetente), vai reclamar e muito. E nesse caso, com a proibição deste difusor assoprado, não foi diferente.
 O Brabham BT46 sofreu com a proibição após a sua estréia espetacular no GP da Suécia de 78...
 ... e a Williams também sentiu na pele com as mudanças para 94, após seus Fw14B e Fw15 (acima) terem brilhado em 92 e 93 com toda eletrônica disponível

Newey soltou os cachorros ao dizer que pode ter sido a Ferrari que fez a cabeça da FIA a ponto desta chegar a proibir o uso da peça. E Adrian sabe do que está falando, pois, como ele mesmo afirmou o RB6 foi construído totalmente em função deste artifício e como todos nós sabemos, também, que a Scuderia e um monte de outras equipes trabalhou pesado para copiar e tentar aperfeiçoar esta peça. A concordo com Newey quando ele diz que tudo isso está acontecendo pelo fato da Ferrari não ter conseguido sucesso com a cópia. Ele também apontou a Mclaren como uma das reclamaram, mas no meu ver o time de Woking não tem muito que reclamar, pois foram o que fizeram a melhor cópia e conseguiram desbancar a Red Bull por duas vezes. E essa queda de rendimento nas últimas etapas é especialmente, no meu ver, por causa dos pneus. O fato de Newey ter falado mais da Ferrari também é um ranso de que vem desde 93, quando a FIA proibiu toda eletrônica para a temporada de 94 por pedido dos italianos que não conseguiram, em momento algum, se acertar com toda aquela modernidade. O resultado de tudo isso foram os vários acidentes causados por carros quase inguiáveis na temporada de 94, incluindo as duas mortes do negro 1º de maio em Ímola. E a Ferrari sempre teve passe livre na FIA para fazer o que bem entendesse como destaquei neste texto, escrito em setembro de 2010, sobre a absolvição da Ferrari no caso do GP da Alemanha.
Outro medo que ronda é de que os carros possam ficar instáveis em entrada de curvas tornando-os perigosos, como destacou Webber. Pode até acontecer, mas nisso eu acredito muito pouco e é muito mais um pessimismo por parte dos pilotos do que qualquer outra coisa. 
A pista de Silverstone será o palco de uma possível transformação no mundial deste ano, mas também pode ser motivo de chacotas caso a Red Bull saia vencedora do GP inglês. Sinceramente, essa é a minha vontade.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Decisão em Spa!


Cheguei a escutar que a temperatura para este final de semana em Spa será alta, em torno dos 23-25°C o que deixou a galera da Brawn bem agitada. Como todos sabem, se fazer frio a casa cai para a equipe inglesa e para os austriacos da Red Bull será a grande chance, afinal em todas a corridas que teve tempo feio eles venceram.

Até acho que a Red Bull terá uma vantagem maior nessa etapa pelo fato da pista de Spa ser rápida, com curvas velozes o que deixam os carros bem avontade nesse estilo de circuito, mas a melhora da Brawn merece ser bem observada e outra, Vettel tem apenas mais 2 motores disponiveis até o final da temporada, já que os pilotos, pelo regulamento, tem 8 motores para toda a temporada. Se quebrar algum do alemão nesse fim de semana, complica de vez sua situação.

Eles estrearam componentes na aerodinâmica na prova da Hungria, que acabou sendo um fracasso, tanto que Button terminou em sétimo e Barrichello em 10º. Dizem que alguns foram retirados do carro e assim eles voltaram a ter um bom desempenho na prova valenciana. Mas ainda sim temos que ver como poderão se comportar em Spa, onde, teoricamente, as Red Bull vão podem mandar na prova avontade.

Outra que vai ter sua prova de fogo é a Mclaren. Nas 2 últimas corridas eles andaram muito bem, a ponto de Hamilton vencer a corrida da Hungria com certa tranquilidade. Mas como que nesses circuitos o perfil era de média para baixa velocidade, isso sugere que a prova de Spa também pode ser um bom teste para ver se os carros da equipe de Woking voltaram pra valer a brigar pelas vitórias.

Barrichello se animou com sua vitória em Valência e acredita que isso pode ter mechido com Button, afinal a diferença entre os dois é de 18 pontos, totalmente reversível até o final da temporada.

O Button vai passar por uma corrida tensa. Ele sabe que essa é uma chance de ele tentar reverter a situação. O carro aparentemente melhorou, mas num circuito onde Barrichello normalmente anda bem e as Red Bulls podem fazer um estrago, ele terá que rezar e muito para não tomar mais uma na cabeça. E o pior que é a próxima etapa é em Monza, onde as curvas são feitas acima dos 220km/h fácil e a configuração dos Red Bull tem a tendência em fazer 1-2 lá.

A vida dele não será nada fácil.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...