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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Foto 550: O ano de Sebastian Vettel

        

Temos que reconhecer que além do seu talento indiscutível, Sebastian tem uma estrela altamente brilhante. A sua mudança para uma Ferrari em reconstrução foi um ponto importante para a fase de ambos, uma vez que os dois lados vinham de uma temporada onde os bons resultados passaram bem longe. Vettel se adaptou rapidamente ao ambiente ferrarista e assim, como nos tempos da Red Bull, passou a liderar o time com todo entusiasmo e isso foi importante para esta fase de renovação italiana.
Suas três vitórias no ano foram o ponto alto – ou melhor, o ponto fora da curva – numa temporada onde as coisas estavam bem previsíveis e apenas alguns problemas é que poderíamos ter algo de diferente. E foi nestes erros e problemas da Mercedes, que Vettel estava apenas na espreita para aproveitar o momento certo de dar o bote. Essa temporada serviu para (começar) dissipar as dúvidas frente ao seu real potencial, que sempre foi posto em cheque devido os anos em que esteve a bordo do melhor carro do grid – senão fosse numa temporada inteira, como em 2011 e 2013, ele tinha a chance de um carro revigorado na segunda parte do mundial, como em 2012 – mas este 2015 com uma Ferrari que, teve o segundo melhor carro, porém bem distante da Mercedes, conseguiu incomodar e bem os carros prateados.
Sem dúvida, com uma Ferrari mais próxima da Mercedes em 2016, as coisas podem brilhar ainda mais para e a equipe, nesta que se desenha como a terceira renascença da mais popular equipe da Fórmula-1. 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

GP do Brasil: Engessado

Se havia alguma forma que pudesse dar alguma emoção ao GP de ontem, a Mercedes tratou de matar qualquer chance.
O engessamento de Hamilton frente a estratégia adotada pelo time para seus dois pilotos, deixou claro que apenas um erro crasso de Rosberg é que poderia abrir a possibilidade de um duelo mais intenso pela primeira posição, mas a adoção do plano de fazer Lewis parar apenas uma volta após Nico fez a corrida entrar naquele parafuso monotono.
Apesar das investidas de Lewis em algumas oportunidades, onde ele chegou a ficar cinco, seis décimos atrás de Rosberg, este conseguia livrar-se dos possiveis ataques do companheiro ao sair mais veloz da Junção. A aproximação demasiada ao carro de Rosberg, fez com que Lewis abrandasse os ataques visando apenas conservar os pneus já que qualquer ataque significava perda de tempo dele em relação à Sebastian Vettel.
A verdade é que a Mercedes nem deu ouvidos ao pedido de Hamilton em adotar um plano B na estratégia, o que deixaria ele com chances de tentar ficar mais um tempo na pista e ganhar a posição nos pits. Por outro lado, é claro que a Mercedes daria total atenção à Nico nessas provas derradeiras para que ele conquistasse - como acabou conquistando - o vice de pilotos frente a Vettel.
Com as coisas definidas, espera-se uma maior liberdade dos dois pilotos da Mercedes para a prova de Abu-Dhabi  a derradeira do mundial.

GP do Brasil: E foi chato

Quando vê um piloto como Kimi Raikkonen reclamar que a prova foi chata do inicio ao fim, ele resume apenas o sentimento da maioria dos espectadores e telespectadores que assistiram ao 43o Grande Prêmio do Brasil. Puxando pela minha memória, o último GP do Brasil que havia sido um porre tinha sido o de 1992 quando Mansell e Patrese marcaram as duas primeiras posições com folga sobre Michael Schumacher, que terminara em terceiro.
Se houve alguma emoção nesta corrida, ficou reservada a Max Verstappen que fez belas manobras em Perez e Nasr ao ultrapassá-los na marra no S do Senna. Fora isso, nada demais aconteceu. As Mercedes desde cedo manteram uma distancia confortável para Vettel, que não foi incomodado por Raikkonen que também não teve nenhum contratempo com Bottas, que foi o único dos cinco primeiros a ganhar posições graças a uma bela largada ao pular de sétimo para quinto. Ainda entre as Mercedes, de onde poderia sair algo, Lewis até que esboçou um ataque à Rosberg que sempre respondia com uma bela saída da Junção, não deixando margem para que o inglês usasse o vácuo para facilitar a ultrapassagem. Hamilton até reclamou que não conseguia chegar próximo de Nico, devido a perda da dianteira do carro causado pela turbulência. Também é de se destacar que a Mercedes não lhe deu chance de ousar na estratégia, fazendo com que ele parasse no pit sempre uma volta depois de Rosberg.
Para os brasileiros, foi um fim de semana para esquecer: enquanto que Massa não achou um bom acerto para a Williams - numa pista que tão bem conhece - a sua oitava posição era um consolo, mas o descuido da equipe com o pneu esquerdo traseiro, que se apresentou com temperatura e pressão elevada na hora do alinhamento do grid, jogou essa colocação pela janela com a exclusão do brasileiro logo após o GP. Nasr teve até chance de pontuar, mas uma queda de rendimento o fez despencar na tabela de classificação. Chegou a estar em nono.
Foi um GP chato, sem sal. A zoeira de Fernando Alonso ontem na classificação, acabou por salvar um fim de semana catastrófico em termos de emoção.
O bom número de espectadores - 136 mil - em Interlagos merecia um espetáculo melhor.
Foi tão chato que nem a chuva veio.

sábado, 14 de novembro de 2015

Foto 547: O canto do Alonso

Fernando Alonso parace ter gostado do "Mergulho do Lago", trecho que antecede a curva da "Junção" em Interlagos. Ontem ele havia parado ali quando o motor Honda abriu o bico e hoje voltou a ter o mesmo problema, parando no mesmo local.
Mas dessa vez foi diferente: pegou o banquinho de pesca - que deve ser de algum bombeiro - sentou-se e foi assistir o restante do Q1, como se estivesse na sala de casa ou na praia. Trocou algumas palavras com um rapaz do resgate à pé e ainda deu uma piscada para a câmera, que filmou boa parte daquele momento rilex do piloto espanhol. Após retornar aos boxes, ele e Button ainda foram tirar um sarro no pódio, cumprindo "a meta" que eles e a Mclaren Honda haviam traçado no início do ano, antes de caírem na real e verem o tamanho da encrenca que tinham pela frente.
O bom de tudo é que adotaram um importante mantra: melhor rir do que chorar!
E isso tem rendido ótimas montagens.

domingo, 1 de novembro de 2015

GP do México: Nada demais no retorno ao México

Aquelas altas probabilidades de chuva para o horário da corrida, não aconteceu. Aliás, estava um sol forte por lá. Aquela pista de patinação que os pilotos encontraram na sexta, estava mais emborrachado graças as categorias suporte do fim de semana. Aquele temor que fez Hamilton acreditar que Vettel poderia fazer uma largada muito melhor que os dois Mercedes por conta da longa reta, também não se confirmou. O que poderia ser ao menos algo próximo do que foi em Austin semana passada, passou bem longe.
As Mercedes dominaram como era de se esperar, com Rosberg liderando desde o início e Hamilton seguindo-o de longe, apenas esperando por um erro que o piloto alemão não cometeu em momento algum. No entanto o dia não foi dos melhores para Vettel, que largou mal, reclamou por várias voltas devido um toque com Ricciardo na largada, despencou na classificação, esta recuperando-se quando rodou e ainda travou uma disputa com Maldonado, onde tomou um "Xis" do venezuelano. Para completar a péssima jornada dele no México, bateu quando estava alcançando... Maldonado. Um fim de semana para ele esquecer...
Kimi também esteve num dia não muito dos melhores: além de sair do fundão devido uma troca de motor, acabou encontrando Bottas pelo caminho, onde eles reeditaram o duelo na Rússia... bem fielmente, mas desta vez com Valtteri batendo nele. Raikkonen abandonou e apesar das investigações, Bottas não recebeu nenhuma reprimenda. Melhor para ele: conseguiu um belo terceiro lugar. E para a Ferrari foi uma corrida pra lá de frustrante...
O mesmo não podemos dizer da Red Bull que por mais que o motor Renault não seja páreo para a Mercedes e Ferrari, o carro tem melhorado consideravelmente nestas útimas corridas, dando aos seus dois pilotos a oportunidade de brigar até pelo pódio. Se tivessem um bom motor, a história poderia ser diferente.
Sem dúvida Sergio Pérez foi o herói local. A qualquer passagem que ele fizesse - tanto nos treinos, quanto na prova - a torcida vibrava como se fosse um gol. Quando Sainz teve que devolver a posição devido um ganho de vantagem, ele devolveu o lugar para Pérez na parte do estádio e isso inflou a torcida ali presente. Sergio chegou em oitavo e pensando bem, aquele pódio da Rússia poderia ter sido hoje. A torcida viria abaixo em festa...
O retorno da F1 ao México foi positivo. Se a corrida não foi grande coisa, ao menos a presença da categoria num palco tão tradicional foi importante para mostrar o quanto que o público mexicano estava ansioso - se eles gostaram da prova, é uma outra história - ao esgotar os ingressos em uma semana e lotar as arquibancadas. Fazia um bom tempo que não viámos arquibancadas lotadas assim.
É um marco importante para mostrar que a categoria precisa resgatar lugares tradicionais e deixar de lado praças insossas que tem invadido a categoria da década passada pra cá.

GP do México: O que esperar?

Pista lisa e possibilidade de chuva. São os dois fatores que mais chamam atenção para a prova de logo mais no revitalizado Hermanos Rodriguez. Se os pilotos reclamaram - e apanharam - para achar a aderência num asfalto escorregadio, as coisas tendem a ficar bem piores se a chuva der as caras no circuito mexicano: a possibilidade de cair uma chuva na hora da largada (13 horas local) é de 50%, e a possibilidade aumenta para 80% quando a corrida estiver pra lá de sua metade, caindo para 30% quando estiver no/ após o final da prova. Apesar de nem sempre as previsões se confirmarem, parece que podemos ter uma corrida com muitas alternativas, à exemplo de Austin semana passada.
Em relação a prova, Hamilton destacou a reta dos boxes com seus 900 metros desde a posição do pole até a primeira curva e que isso pode beneficiar Vettel que sai em terceiro. E ele tem razões para temer isso, pois Sebastian já conseguiu uma largada assim em Hungaroring onde conquistou a vitória das três que conseguiu esta temporada. É bom observar, também, o passo da duas Red Bull que até aqui fizeram um bom trabalho.
No entanto a corrida pode ser muito boa: primeiro por conta do asfalto; segundo por causa da possível chuva; terceiro a largada e depois todas as ações na grande e por último os pilotos, que agora estão mais "relaxados" após a definição dos dois campeonatos que os deixarão mais livres para arriscar mais nas disputas.

domingo, 25 de outubro de 2015

GP dos EUA: Austin, a melhor do ano

Ainda no twitter escrevi que a prova de Austin é daquelas provas doidas que acontecem de vez em quando, como as de Adelaide 1995 e Monte Carlo 1996. Mas a verdade é que esta corrida tornou-se sensacional pela tensão do primeiro "Match Point" na decisão do campeonato e devido o início dela com a pista ainda molhada.
A presença dos dois pilotos da Red Bull, aproveitando-se bem do acerto para chuva, deu um calor na Mercedes que fizeram a maioria pensar que hoje a equipe energética sairia do zero neste ano para vencer a primeira. O ritmo de Ricciardo - sempre espetacular na condução - e de Kvyat - que também soube fazer uma corrida agressiva - deu o tom de uma batalha interessantissima, onde Daniel chegou a liderar. Uma pena que a pista secou e toda essa vantagem deles foi para o limbo.
O caminho ficou aberto para Vettel, que agora era o homem a ameaçar o poderio da Mercedes: uma recuperação digna de mestre o colocou com chances de até mesmo vencer, quando adiantou-se na parada de box quando aconteceu a entrada do SC para a retirada do Sauber de Ericsson.
O uso de pneus médios frente aos macios d Mercedes, abria a possibilidade de conquista. Mas as paradas dos dois
Mercedes - mais a entrada do SC por conta do acidente de Kvyat - logo os coloca de volta na briga e Vettel sucumbe ao melhor ritmo de Rosberg. Ao menos tentou um ataque ao seu compatriota no fim, o que lhe daria a chance de adiar a decisão para o México, mas não conseguiu.
Até mesmo a presença das Mclarens em quinto e sexto numa certa parte da prova, foi surpresa para muitos. Button terminou em sexto e Alonso, com perda de potência no Honda, fechou em 11o. Não podemos deixar de destacar o grande trabalho de Max Verstappen, que chegou a incomodar Vettel num certo ponto da corrida e depois disputar o terceiro posto com o mesmo. Terminou em quarto.
Para Rosberg, que fez uma corrida muito boa em Austin, os erros foram frutos de um desespero em tentar algo que deveria ter feito durante todo ano e diferente da sua forma em 2014, este foi decepcionante. Com um desempenho deste em algumas etapas, poderia ter dificultado mais para Lewis.
E Hamilton fez apenas o trivial: não se meteu em disputas que poderiam lhe dar alguns problemas, exceto a largada, onde jogou duro com Nico Rosberg pela liderança - e venceu. Vitória mais que merecida na corrida e no título.
A prova de Austin acabou sendo o contrário de algo que é normal nestas pistas "Tilkeanas", onde a corrida é uma procissão. Não sei se os pilotos estavam animados em dar ao público um belo espetáculo ou se o pouco tempo de pista - principalmente com ela seca, que foi inexistente - ajudou para este belo GP.
Mas sem dúvida foi a melhor da temporada.

GP dos EUA: O que esperar?

Não será nenhuma surpresa se os carros saírem para a prova comboiados pelo Safety Car, devido as condições climáticas. Mas haverá a dúvida em relação ao comissários, se eles colocarão o SC na frente mesmo que não esteja chovendo. As prova da Porsche Super Cup e da F1 Historic Grand Prix foram realizadas sem maiores transtornos. Já é uma boa base.
E relação a prova, pelo que foi visto nos treinos, as Mercedes poderão ter a presença da Red Bull por perto. Os dois carros rubro taurinos  foram bem na pista molhada e até chegou a incomodar - sendo mais veloz - Hamilton no Q1 com Riciardo. É para se observar bem o passo dos carros do energético. Por outro lado o grande atrativo da prova será as recuperações de Vettel, Raikkonen e Bottas, que sofreram punições por troca de motores (os dois primeiros) e câmbio (Bottas), e terão que vir do fundo para tentar os pontos.
Ao mesmo tempo que a prova tenderá a ser boa, a presença do SC pode aparecer em ocasiões  por contas de acidentes, incidentes e até mesmo por conta da chuva. E a claridade natural também pode dar cabo da corrida, principalmente por causa do tempo nublado.

sábado, 24 de outubro de 2015

GP dos EUA: E a zuera não para...

Realmente, em situações como esta que ocorre em Austin, onde o treino vai sendo adiado de trinta em trinta minutos, a galera tem que passar o tempo.
E nisso a galera da F1 tem sido mestre, neste que é o GP mais comédia da década até agora.

GP dos EUA - 3o Treino Livre

Confesso que há tempos não via um fim de semana com tanta chuva assim para uma prova de F1. Chuva pesada mesmo, diga-se. Interlagos 2009 teve algo assim na classificação, quando atrasou horas e horas e depois no Canadá, 2012, quando a corrida teve que ser interrompida ainda no início devido a forte chuva que rendeu algumas piadas como as 4 Horas de Montreal, devido o longo tempo que ficou parado.
Parece que dessa vez a coisa pode acontecer por causa da forte chuva que tem caído em Austin, proveniente do furacão Patricia que está na costa oeste do México, mas que hoje pela manhã (aqui no Brasil) perdeu força. Mesmo assim o mal tempo continuará, tanto que as autoridades locais pediram para que as pessoas evitassem as estradas. O resultado disso foi o terceiro treino livre realizado com as arquibancadas vazias.
Com essa expectativa em saber se irá ou não acontecer a classificação, o terceiro treino pode servir como classificatório. Hamilton foi o melhor, seguido por Vettel e Hulkenberg, mas em vista que Sebastian terá que pagar dez posições por causa da troca de motor  Hulkenberg poderá formar a primeira fila com Lewis e a segunda seria de Bottas e Sainz Jr. Nico Rosberg largaria em oitavo e Vettel em 12o, o que facilitaria a vida de Hamilton caso a classificação não aconteça.
Mas por enquanto é apenas uma possibilidade, num local onde a chuva reinará por todo dia.

domingo, 27 de setembro de 2015

GP do Japão: Chutando a porta na casa da Honda

Sabe-se que Fernando Alonso é um cara hábil e não apenas dentro da pista, mas também fora dela. Trabalhar com o piloto espanhol quando a situação é favorável, deve ser das melhores. No entanto, quando não saem a seu gosto, tende a ser um inferno.
Não culpo o piloto espanhol por suas palavras hoje durante o GP em Suzuka, quando bateu forte na tecla relacionada ao motor japonês ao chamá-lo de "motor de GP2" devido a falta de performance frente a outros concorrentes.
Alonso foi bem até: subiu para nono após a largada, mas o rendimento do seu conjunto não o possibilitou sustentar ou até mesmo avançar o pelotão. Talvez sentisse que aquele momento era propício para ganhar mais uns pontinhos, mas a falta de potência e aderência não deixaram. Mesmo assim, ainda deu combate a Sainz, Kvyat e Verstappen até onde pôde e terminou em 11o. Apesar de ter sido uma boa atuação frente a essa atual situação, sabe-se que a paciência foi ralo abaixo e toda a suas declarações foram ao ar pela FOM, que sabe bem o tamanho do estrondo que as palavras proferidas por Fernando podem causar, pro bem ou pro mal.
A verdade mesmo é que ninguém ali da Mclaren está satisfeito, mas cada um agi do jeito que lhe convém: enquanto que Ron Dennis escreve uma carta para a Honda cobrando atitude, Button critica de uma forma mais "lordesca" possível, Alonso chuta a porta para o mundo ver.
Não se esqueçam: ele é de sangue latino e como tal, agirá assim sempre. Sem rodeios.

GP do Japão: A normalidade se restabelece

Sem dúvida alguma aquela prova de Cingapura tinha sido um ponto fora da curva, e essa corrida de Suzuka era uma possibilidade de vermos se tudo aquilo que acontecera semana passada era apenas acontecimento pontual, ou que as coisas haviam invertido.
Ao final dessas 53 voltas do GP japonês, pode-se ver uma Mercedes de volta a sua forma habitual. Apenas Rosberg é quem teve um maior trabalho para se recuperar após cair para quarto, depois de uma breve disputa com Hamilton pela liderança. Mas a forma como recuperou-se, mostrou bem como a equipe alemã estava de volta ao jogo.
Hamilton não teve nenhum incômodo e apenas Rosberg é que lhe deu algum trabalho na saída da segunda curva após a largada. Mas fora isso, foi mais um passeio para chegar a sua 41a vitória na F1 igualando a marca de Senna.
A verdade mesmo é que as coisas caminham para o terceiro título de Hamilton e um domínio brutal da Mercedes nestas etapas finais.

GP do Japão: O que esperar?

Os pilotos tiveram pouco tempo de pista seca em Suzuka, devido a forte chuva que esteve presente nas duas sessões de treinos na sexta. Isso atrasou, e muito, a busca por um melhor acerto para as condições de pista seca, que só foram encontradas no terceiro treino livre e na classificação. Portanto será uma prova bem interessante, pois sem ninguém ter idéia do tamanho dos desgastes no compostos, a corrida ganha um grande interesse.
Apesar da Mercedes ter voltado ao topo nesta classificação, a diferença de Rosberg até Vettel, que saí em quarto, é de sete décimos e sabendo que o ritmo da Ferrari tende a ser melhor em corrida, essa desvantagem pode despencar em certas voltas. Apesar da Williams ter Bottas em terceiro e Massa em quinto, não creio que ambos ameacem os carros vermelhos apesar de que esta pista se afeiçoe mais ao carro inglês. A Red Bull teve uma melhora consideravel e isso pode ajudar a apimentar essa disputa por aquele miolo das posições pontuáveis.
Acredito que a prova seja vencida por Lewis Hamilton, seguido por Vettel e Rosberg. Agora caso a chuva apareça, a loteria estará instalada.

domingo, 20 de setembro de 2015

GP de Cingapura: Como nos velhos tempos

Olhar a pilotagem de Sebastian Vettel hoje em Cingapura, me fez relembrar os seus velhos tempos na Red Bull, onde ele dominava amplamente enquanto o restante fazia o que podia para tentar acompanhá-lo. A verdade é que a sua pilotagem nesta pista citadina fica ainda mais vistosa, sabendo onde colocar o carro em cada centímetro do traçado de Marina Bay.
E tem sido interessante ver também a sua condução num carro que é claramente a segunda força no mundial e que neste fim de semana este muito superior aos demais, inclusive a Mercedes que tem sido o carro a
ser batido.
Apesar de Sebastian ainda alimentar a esperança de vencer o campeonato, mesmo estando 49 pontos atrás de Lewis, a prova de semana em Suzuka é que indicará se realmente a Ferrari ressurgiu ou que se essa prova foi apenas um ponto fora da curva.
Mas ao mesmo tempo, é inegável que o horizonte que se enxerga para 2016 para os lados de Maranello é o mais promissor.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

GP da Itália: Conquistando os Tiffosi

A primeira aparição de Sebastian Vettel frente aos tiffosi em Monza a serviço da Ferrari, só não foi melhor porque a vitória não aconteceu.
Desafiar o poderio da Mercedes neste atual estágio, é quase impossível e para vencê-los apenas uma quebra ou erros de estratégia e que poderiam ajudá-lo a chegar ao topo.
Mas de toda forma foi um dia sensacional para ele e a grande torcida da Ferrari. As palavras em italiano, o festejo junto da torcida e o desejo explícito em ter o GP italiano no calendário para o próximo ano, foi a chave para despertar de vez a paixão da torcida por Vettel.
Sebastian sabe muito bem como trabalhar o emocional da equipe e torcida e isso será importante para as demais temporadas na Rossa.

domingo, 6 de setembro de 2015

GP da Itália: Vitória na pista... e nos bastidores

(Foto: ESPN)
O GP da Itália não foi a melhor corrida do campeonato, mas também não foi a pior. Na média, foi como tantas outras de um campeonato que tem sido dominado de forma ampla por Lewis Hamilton. Se vocês quisessem alguma emoção, as câmeras da tv trataram de buscar as disputas intermediárias. Ali sim as disputas estavam mais animadas, mas mesmo assim não serviram para dar um ânimo maior a uma corrida que foi amplamente dominada por um cara só.
Interessante observar o passo que a Mercedes, especialmente a de Hamilton, teve hoje em Monza: o piloto inglês teve a sua disposição um novo propulsor que estava com alguns cavalos a mais que, por exemplo, Rosberg. Isso ficou claro desdes os primeiros treinos livres e a sua atuação hoje foi ainda emblemática. Nem mesmo com a evolução que a Ferrari introduziu neste seu GP caseiro, foi páreo para a Mercedes do inglês. A julgar pelo ritmo apresentado por Rosberg com uma especificação antiga, poderíamos ter tido uma corrida mais interessante em Monza e até mesmo com grandes chances de vermos a Ferrari vencer no velho circuito. Mas os alemães decidiram frear essa possibilidade mesmo antes de começar. E olha que a Ferrari conseguiu intrometer-se entre os prateados na classificação.
Sobre o ocorrido, fica a polêmica instalada: se para alguns a Mercedes (leia-se Hamilton) deveria ter sido excluída, para outros apenas uma reprimenda deveria ter sido dada sobre a polêmica dos pneus. O que eu penso é que cada um deve fazer o que bem entende. As lições do passado (Silverstone 2013) e recentemente em Spa, servem como alerta. Ignorar uma recomendação da Pirelli em relação ao uso da calibragem para certas corridas, sabendo do que pode acontecer mais adiante, fica a
cargo da equipe e se ela resolver andar com uma medição acima ou abaixo do é prescrito, ela que reponda pelo que pode acontecer com seus pilotos. Entendo que regras sejam regras e se todos concordaram com que foi dito, que seja cumprido. Mas essa é mais uma regra doida que acaba confundindo a cabeça de quem acompanha a categoria. Uma medição nos boxes, minutos antes da saída para o grid e outra já no grid, pode ajudar bastante nisso para as próximas provas.

GP da Itália: O que esperar?

Ao observar todos o treinos até aqui, fica mais do que fácil apontar uma vitória de Lewis Hamilton na corrida de Monza, mas não devemos descartar a Ferrari: mesmo que esteja ainda atrás dos carros prateados, a equipe sempre tem um trunfo na manga quando trata-se da corrida caseira, onde os tiffosi lotam o velho circuito mesmo que a equipe não esteja na melhor das fases. A primeira corrida de Vettel frente a torcida fanática, pode ser um bom impulso para que o tetra-campeão faça uma jornada bem positiva. E vale lembrar que alguns pilotos de ponta que correram no primeiro ano pela Ferrari, tiveram ótimos resultados no GP italiano: senão venceram na primeira visita, conseguiram ao menos completar o pódio.
E a largada de logo mais será importantíssima: com a presença das duas Ferraris logo a seguir, Hamilton terá que fazer uma saída bem limpa e segura, tentando rechaçar qualquer ataque que venha dos lados, afinal ele não terá a costumeira presença de Rosberg na primeira fila e isso requer uma atenção triplicada numa largada que tem uma longa reta até a primeira chicane. E olhando neste cenário, será dificil não ver um duelo entre os prateados e vermelhos pela vitória. Qualquer que seja a intromissão, até mesmo no resultado dos três primeiros no pódio, será uma grande surpresa.
E não estranhem se os hinos a serem tocados ao final do GP italiano seja aquela dobradinha que virou um grande clássico da categoria nos tempos de Michael Schumacher.
Quem entende do assunto, já matou a charada. 

domingo, 26 de julho de 2015

GP da Hungria: Um bela corrida em tributo a Jules

Sebastian Vettel decidiu a sua vida logo na largada, ao superar a má partida do duo da Mercedes
Nestes quase trinta anos de GP da Hungria podemos contar nos dedos as vezes que esta corrida foi emocionante: em 2006, com a intervenção da chuva, vimos uma exibição inesquecível de Alonso e Schumacher na pista e também de Button, que acabaria por vencer o seu primeiro GP na F1. Ano passado, também com uma ajuda da chuva, vimos Daniel Ricciardo abrir caminho para a sua segunda conquista na categoria ao realizar duas ulrapassagens de mestre em Hamilton e Alonso, num dos finais mais impressionantes daquele ano. Dessa vez não teve chuva, apesar de que a previsão apontasse uma pequena possibilidade que foi rechaçada com o sol aberto e poucas nuvens.
Era bem possível que víssemos uma corrida no melhor estilo de Hungaroring, mas a fabulosa largada de Vettel e Raikkonen nos deu a impressão de que as coisas fossem bem diferentes, como acabou acontecendo: Sebastian sumiu na frente, enquanto que Raikkonen manteve uma boa distância para Rosberg que não tinha mais a presença de Hamilton que errara na primeira volta despencando para nono. Melhor cenário que este, principalmente para a Ferrari, não existia. Porém a prova não teve grandes movimentações, excetuando algumas manobras corajosas de Ricciardo que fizeram a torcida ficar de pé nas arquibancadas, mas após o acidente de Hulkenberg que fez ser acionado o Safety Car é que as coisas mudaram de figura: a atitude dos pilotos foi outra após essa intervenção e eles partiram para uma prova de sprint, onde toques e várias ultrapassagens aconteceram de forma vertiginosa. Vettel pôde até se preocupar com a proximidade de Rosberg, mas a falta de atitude por conta do conterrâneo fez com que Sebastian continuasse incólume na ponta da corrida enquanto que Nico sofria pressão de Ricciardo, até que numa tentativa de ultrapassagem deste acontecesse um toque entre eles. Daniel teve alguns danos na asa dianteira e Rosberg um furo no pneu traseiro esquerdo que o fez despencar na classificação da prova. Para quem estava prestes a conseguir a liderança do campeonato, o desfecho foi dos mais brochantes. Aliás, esta foi uma corrida para esquecer da Mercedes e muito mais pela conduta de seus pilotos na pista.
Sebastian Vettel foi impecável desde a largada até o final, conseguindo maximizar toda a vantagem que conseguira num domingo atípico, mas ele mesmo já havia alertado que essa era uma boa chance para conseguir apanhar a Mercedes. Como eu disse na sua vitória em Sepang neste ano, é nestes momentos em que um grande piloto, em posse de um carro mediano - e que fique claro, mediano dentro do mundo das equipes grandes - é que consegue mostrar do que é capaz. Não é toa que Alonso nos seus tempos de Ferrari tinha essa pecha de melhor do grid.
Falando em Alonso, a corrida que foi realizada por ele e Button hoje, entra como um ato de paciência e resistência: paciência pelo fato de galgar as posições que foram sendo deixadas por erros, punições e incidentes de outros. A resistência por conta do carro e motor Honda, que deram aos dois essa possibilidade de conseguir chegar ao final da prova e marcar um bom número de pontos. A pista favoreceu bastante, claro, mas aparenta uma boa evolução da Mclaren e Honda. As provas de Spa e Monza nos mostrarão o quanto que foi essa melhora.
A Williams ficou no meio termo: enquanto que Bottas fez uma boa prova, Massa esteve muito abaixo da média nessa etapa. O uso da asa nova por Valtteri pode ter surtido um bom efeito para ele, mesmo que não tenha andado próximo de Ferrari e Red Bull, mas foi animador. Felipe esteve perdido nessa etapa com punições para pagar e o desempenho despencando durante o certame. Dias melhores em Spa e Monza é o que todos esperam por lá.
A Red Bull fez a sua melhor apresentação da temporada e fica mais do que claro que Ricciardo e Kvyat com um carro bem balanceado, podem conseguir apresentações bem melhores. E apesar de Daniel ter ficado em terceiro, devido a troca do bico do carro, ficou claro que se tivesse passado por Rosberg teria sido uma encrenca da pesada para Vettel naquelas voltas finais.
Apesar de Carlos Sainz ter abandonado, a Toro Rosso segue com uma dupla muito promissora: os trabalhos realizados por ele e Verstappen até aqui são dignos de aplausos e o que pequeno Max chegou em quarto e por muito pouco não igualou o pódio que o pai Jos conseguiu lá mesmo em Hungaroring em 1994, quando foi terceiro com a Benetton.
Os comissários estiveram numa jornada inspirada, ao dar inúmeras punições neste GP. Que o diga Pastor Maldonado, que anotou três apenas hoje.

Foi um bom dia este em Hungaroring. E não podia ter sido melhor esta corrida que foi um tributo à memória de Jules Bianchi. E onde quer que ele esteja certamente gostou do belo espetáculo que lhe foi oferecido.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

GP da Grã-Bretanha 2015

Essa é a segunda vez que uso um canal de áudio para colocar a minha opinião sobre um evento. A primeira e única, até então, tinha sido no treino de classificação para o GP da Espanha de 2014.
Portanto, desculpem por alguma baboseira que eu tenha falado no áudio.
Espero que gostem!

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...