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domingo, 14 de abril de 2019

GP da China: Mercedes a Mil



Com toda a divulgação em torno da corrida de número 1000 da Fórmula-1 e mais a esperança de um possível duelo entre Ferrari e Mercedes, esse era o GP que mais despertava uma expectativa de como poderia ser aquela prova centenária. Porém o mau entendimento da Ferrari com seu carro – mais uma vez – deitou por terra essa possiblidade de tentar dar a este GP um espetáculo melhor. Enquanto que a Ferrari estava atordoada em tentar achar o ritmo – revivendo um fim de semana bem parecido com aquele de Melbourne –, a Mercedes desfilava a sua finesse e competência sem ter quem os ameaçasse. Pior que após este GP chinês as impressões de que o time alemão estava – mais uma vez – escondendo o jogo nos testes de pré-temporada, parece ainda mais evidente.
A Mercedes já demonstrava forças no segundo treino livre, quando Bottas suplantou Vettel na casa dos milésimos. No terceiro treino livre foi onde os carros alemães, especialmente com Valtteri, deram o verdadeiro tom do que podiam fazer no qualy de logo mais ao ver o finlandês cravar a melhor marca com mais de três décimos de vantagem sobre Vettel. Na classificação Bottas repetiu a performance ao cravar a pole, com 27 milésimos de avanço sobre Hamilton e três décimos sobre Vettel. Uma possível reação repousava na corrida.
A largada foi um verdadeiro bloqueio dos Mercedes sobre os Ferrari, sem dar nenhuma chance de reação para o duo ferrarista. Daí em diante não houve nenhuma aproximação por conta da Ferrari para com a Mercedes, com a diferença chegando a ficar na casa dos oito segundos de atraso de Vettel para Bottas e de doze para Hamilton que liderava com folga. O máximo que Sebastian conseguiu se aproximar da Mercedes foi perto do fim da prova, quando  Bottas levou certo atraso para superar Leclerc na luta pela segunda posição.
O GP chinês não foi dos melhores. Insosso desde o inicio, com os carros bem espaçados, as chances de duelos se esvaíram. Apenas a tensão nas discussões entre os pilotos da Ferrari com o time é que deram um tom diferente e claro, causaram a polêmica do dia ao pedirem para que Charles Leclerc desse passagem para Sebastian Vettel que estaria mais veloz. A verdade é que a vantagem de Charles para Vettel e depois do alemão para o monegasco após a inversão de posições, não deram nenhuma diferença no que a Ferrari pretendia que era tentar alcançar Bottas. A polemica aumentou quando Sebastian foi chamado ao box após a parada de Verstappen – que passava a ser uma ameaça – e Charles ficando na pista por mais voltas. Isso relegou o jovem piloto ao quinto posto quando parou após três voltas, com um atraso de 16 segundos para Vettel e doze para Max. Charles acabaria em quinto, mas as suas reclamações ainda em pista mostra o quanto que a Ferrari terá que trabalhar essa situação. Vagamente, lembrou a primeira rusga entre Hamilton e Alonso na Mclaren em 2007 na altura do GP de Mônaco, onde a equipe barrou um possível ataque de Lewis sobre Fernando.
Alheio a tudo isso, a Mercedes fez uma grande prova ao dominar amplamente as ações com Hamilton e Bottas e ainda, mostrando grande trabalho da equipe box, chamou os dois carros para fazer a derradeira troca de pneus e rechaçar qualquer chance de reação de Vettel – que parara voltas antes. Lewis conseguiu recuperar-se de um final de semana que parecia complicado ao não achar o acerto ideal nos treinos e ter melhorado na classificação, onde conseguiu se aproximar de Bottas. O piloto inglês soube se aproveitar bem da ótima largada que realizara para construir uma vantagem cômoda para a sua vitória. Para a Mercedes foi a terceira dobradinha nas três corridas iniciais, igualando a marca da Williams de 1992.
Baku será mais uma oportunidade para vermos se a Ferrari reagirá ou se a Mercedes continuará com o seu passeio dominical.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Foto 736: Alguns cascos para o milésimo GP




Alguns pilotos resolveram mudar o desenho de seus cascos para este GP de número 1000 da Fórmula-1.
George Russell optou por fazer uma parte em lembrança ao layout clássico do capacete de Juan Pablo Montoya, que competiu na F1 entre 2001 e 2006 - sendo de 2001 até 2004 pela Williams, equipe qual o jovem inglês defende. Segundo Russell, este foi o primeiro layout que ele usou em um capacete que foi herdado do seu irmão. A única diferença eram as cores, como está na segunda foto.
Daniel Ricciardo também resolveu homenagear o maior representante do automobilismo australiano: seu capacete remete ao usado por Jack Brabham. E neste ano completará 60 anos do primeiro título de "Black Jack" na categoria.
O capacete a ser usado por Nico Hulkenberg traz apenas o logotipo clássico da Renault, utilizado entre 1946 e 1959 sendo o primeiro colorido a ser usado pela marca. 

segunda-feira, 16 de abril de 2018

GP da China: O pulo do Touro

Se pudéssemos classificar a prova da China, seria em três fases:

1a - O domínio amplo da Ferrari com os pneus macios sobre a Mercedes é imenso, a ponto de deixar os prateados totalmente perdidos.
Mesmo com a diferença oscilando entre 2,5 a 3,5 segundos, ficava claro que Vettel podia dar a resposta a hora que quisesse, principalmente por saber que o carro de trás terá problemas para atacar o da frente por conta da turbulência. Aliás, Mercedes sofre com isso há anos, mesmo quando o apoio aerodinâmico não era tão forte (2014-2016). Esta primeira parte do GP chinês foi bem morno, tendo apenas duelos intensos nas posições intermediárias (a zona da briga de foice), onde Alonso andou desafiando os carros da Haas. Na dianteira viu-se uma procissão, sem que ninguém atacasse ninguém.

2a - Após a únicas paradas de box dos dianteiros, a perca da liderança de Vettel para Bottas nos mostrou um cenário bem interessante, com o finlandês conseguindo andar no mesmo ritmo de Sebastian, mas agora ambos usando o mesmo composto (médio), e dando a Mercedes uma chance de vencer. Mesmo com a Ferrari deixando Raikkonen mais tempo na pista e ele dando uma pequena ajuda para que Vettel chegasse em Bottas, antes que fosse para os Boxes, as coisas não pareciam tão fáceis e o alemão precisaria de ir para a batalha na pista para retomar a dianteira. Lewis, também calçado com os médios, começava achar uma melhor performance. Neste momento a prova ganhava uma nova situação, onde as voltas finais poderiam reservar bons duelos.

3a - Essa parte foi a virada: o enrosco das duas Toro Rosso - com Gasly tocando em Hartley, fazendo-a rodar - forçou a entrada do Safety Car para que o gancho pós reta oposta fosse limpo. Neste momento os dois Red Bull foram ao box para se livrarem dos médios e calçar os macios, o que dava a eles a chance de atacar as Ferrari e Mercedes.
Foi o momento que apareceu a genialidade de Ricciardo, ao escalar o pelotão com agressividade e ultrapassagens bem calculadas. Max também trilhava um caminho bem interessante e que poderia ter lhe rendido uma vitória, caso não batesse em Vettel no hairpin. A mudança de rumos definiram um desfecho que era bem pouco provável até minutos antes do incidente dos dois Toro Rosso.

Este GP chinês deu mais uma prova do que é feito Daniel Ricciardo. Das suas seis vitórias na categoria, ao menos quatro delas foram em situações onde a corrida parecia resolvida e onde entra num momento de "acomodamento" dos demais. Ele sabe explorar bem este momento, atacando de forma impiedosa os adversários ao extrair o máximo de seu equipamento. E olha que passou perto de quase largar do fundo do grid após a sua quebra de motor no terceiro treino livre. O trabalho hercúleo dos mecânicos em reaver o motor e entregar o australiano para o classificatório, foi recompensado com a vitória dele.
E sem dúvida, a sua ultrapassagem sobre Bottas já é um dos grandes momentos do ano.


domingo, 15 de abril de 2018

O que esperar - GP da China

Visto a ótima forma dos Ferraris em Xangai, fica difícil não apontá-los para uma vitória acompanhada de dobradinha, sempre com Vettel na frente de Raikkonen. Neste momento, é o melhor conjunto deste início de campeonato sobrepondo os seus rivais e até então dominantes Mercedes, que não se encontraram com os pneus ultramacios. Aliás, fica, ao menos para este escriba aqui, a impressão de que a Mercedes está segurando as rédeas após os problemas de motor e câmbio que o Hamilton teve nas duas primeiras etapas, e isso acaba capando - e muito - a sua performance. A política de três motores nesta temporada já incomoda a Mercedes neste início. A Rede Bull aparece bem e é deles que esperamos um salto melhor neste início de GP chinês, onde podem muito bem bagunçar - no bom sentido - a ordem das forças para esta corrida.
Para os demais, a batalha será bem interessante no pelotão intermediário, uma vez que do sétimo - Nico Hulkenberg - até o 14o - Stoffel Vandoorne - a diferença está no mesmo segundo. Um pelotão bem equilibrado e que pode ter ainda a visita de uma Toro Rosso, que foi muito bem com Pierre Gasly em Sakhir, mas em Xangai, até agora, não foi nem sombra.
Para que tenhamos uma análise mais precisa, é importante que nem chuva, quebras ou Safety Car, interfiram no andamento desta prova. Será importante para vermos algumas ações na dianteira da prova, coisa que não podemos ver na Austrália e no Bahrein, onde as variáveis - quebras, punições e SC - interferiram um pouco nos resultados.

domingo, 9 de abril de 2017

GP da China: De volta ao comando

Após uma derrota como aquela em Melbourne duas semanas atrás, era de se esperar que a Mercedes voltasse com carga total para contra-atacar o avanço da Ferrari na etapa chinesa. A pole de Hamilton no sábado foi um bom indício, mas ainda assim a sombra de Vettel estava bem próxima e isso indicava uma batalha daquelas para o domingo.
O misto de pista seca/ molhada/ úmida em alguns setores forçou o uso dos pneus intermediários e também fazia imaginar que as primeiras voltas seriam de total caos. O incidente de Stroll e mais o acidente de Giovinazzi no início da prova, forçaram o uso do Safety Car Virtual e o Safety Car tradicional e isso acabou sendo importante para o desfecho da corrida que acabou vendo uma vitória tranqüila de Hamilton em solo chinês. Todo esse rolo nas voltas iniciais acabou levando a Ferrari a tirar Vettel do segundo lugar e levá-lo para os boxes e trocar os intermediários pelos macios. O que não contavam é que o tetra-campeão ficasse tanto tempo atrás de Ricciardo, Verstappen e Raikkonen - mais tarde Max se livraria de Daniel com uma bela manobra na curva 5 – para depois ficar outro tanto de tempo assistindo Raikkonen tentar ameaçar a terceira colocação de Ricciardo. Vettel ligou o “modo de ataque” e foi para frente ao concretizar uma bela manobra sobre Kimi e depois realizar sobre Ricciardo outra bonita manobra a ponto de baterem até rodas para conquistar o terceiro lugar, e algumas voltas mais tarde se beneficiaria do erro de Max no final da reta oposta para garantir o segundo posto. Daí em diante, mesmo com pista livre e fazendo boas voltas, era quase impossível alcançar Lewis que respondia prontamente a qualquer ataque do piloto alemão. Hamilton parecia estar com tudo sob controle a tal ponto de dizer que o carro estava perdendo rendimento numa volta e na outra cravar a melhor marca até então. Talvez mesmo que o SC não tivesse sido acionado e dado a Vettel a chance de lutar diretamente com ele, acho que seria difícil do piloto alemão bater Lewis hoje. O inglês estava bem seguro na pilotagem e as suas voltas velozes em resposta as que foram conquistadas por Sebastian, eram um bom indicativo de como estava o nível de Hamilton hoje. Por outro lado, as indicativas de que a Mercedes parece render melhor em temperaturas mais baixas, parece ser verdadeiro e isso é um ponto bem interessante para o desenrolar da temporada.
A Red Bull, ainda com certo déficit para Mercedes e Ferrari, foi bem nesta etapa chinesa. Interessante foi a fenomenal largada de Max Verstappen ao sair de 16º e passar em 9º no complemento da primeira volta, o que facilitou bastante o seu trabalho. A manobra sobre Ricciardo para conquistar o segundo lugar foi digna de aplausos, mas nas voltas finais se viu acossado pelo companheiro de equipe. Uma melhor saída de curva por parte do holandês, ajudou bastante para que ele se mantivesse no terceiro lugar.
Outros bons destaques dessa prova chinesa ficam por conta de Fernando Alonso, que figurou entre os dez primeiros desde o início do GP após uma boa largada e sempre duelando contra Sainz e Bottas. De certa forma, foi até surpreendente ver o ritmo dele e da McLaren, uma vez que já sabemos bem do tanto de problemas que este conjunto reserva. Tanto que ele e Vandoorne nem completaram a corrida; Magnussen foi bem e conquistou os primeiros pontos da Haas no ano; o duo da Force India chegou em nono e décimo (Perez e Ocon), em mais uma corrida puxada para eles. Se dividíssemos a F1 em grupos, o formado por Haas, Force India, Renault, Toro Rosso e, eventualmente, a McLaren, seria um dos mais equilibrados. As decepções ficam por conta de Bottas, que errou após o seu pit-stop e perdeu uma boa chance de tentar um lugar no pódio e assim teve que escalar o pelotão até onde pôde (6º lugar) e para a Williams que, segundo Felipe Massa, não conseguia achar aderência com nenhum dos jogos de pneus e isso o fez despencar de forma drástica na tabela final do GP ao ficar à frente apenas da Sauber de Marcus Ericsson. A Renault também não foi bem com seus pilotos, uma vez que teve em Nico Hulkenberg uma boa chance de conquistar pontos nessa corrida já que o alemão tinha conseguido um excelente sétimo lugar – porém Hulkenberg acabou por estragar a sua corrida, ao cometer ultrapassagens durante os períodos dos SC virtual e tradicional e resultado em penalidades que somaram quinze segundos.
A corrida chinesa foi pródiga em bons momentos exatamente por conta da audácia dos pilotos em arriscarem as manobras de ultrapassagens. Nem mesmo o uso do DRS na grande reta do circuito chinês, proporcionou grande número de ultrapassagem como no passado. Mas de todo modo, foi uma corrida interessante para vermos o comportamento de Ferrari e Mercedes após a prova inicial do campeonato e também do abismo que separa ela da Red Bull até aqui.

Bahrein será outro capitulo bem legal dessa batalha entre Mercedes e Ferrari.    

domingo, 17 de abril de 2016

GP da China: Rosberg, o intocável

Ainda lembro de Nico Rosberg, ao final de 2014, dizendo que se quisesse superar Lewis Hamilton em 2015 ele deveria se aplicar mais na preparação fisica e mental para conseguir tal feito. O problema é que Lewis iniciou a temporada de 2015 tão melhor quanto fora em 2014 e não deu chance alguma para que Nico pudesse beliscar, ao menos, um vitória que lhe desse ânimo. E pior: Hamilton anulou seu companheiro num local que ele se saía melhor, que eram as poles. Com isso, Rosberg teve a sua segunda posição ameaçada por Sebastian Vettel, ameaça que foi logo aniquilada com três conquistas nas provas que restavam.
Talvez toda aquela preparação que ele esperava ter para o inicio de 2015, acabou sendo reforçada para este 2016: se as poles nas duas primeiras corridas não vieram, a competência e sorte estiveram ao seu lado. Na Austrália largou mal, mas a bandeira vermelha ajudou para que ele virasse o jogo para cima de Vettel, que liderava com autoridade. No Bahrein, uma melhor largada que Lewis ajudou para que fizesse uma prova tranquila, sem sustos e passasse para vencer a segunda do ano.
Hoje, na China, nem mesmo a melhor largada de Daniel Ricciardo serviu para intimidar Nico, que logo se livrou do australiano - que teria o azar de furar o pneu logo de imediato - tratou de abrir assim que o SC saiu e daí pra frente ninguém mais viu Rosberg, com raras exceções de quando a transmissão achava-o superando algum retardatário. O domínio de Nico foi tão grande, que a diferença dele para Vettel, o segundo, foi de 37 segundos. Uma corrida a parte.
Com esse resultado, Rosberg chegou a seis vitórias consecutivas (as 3 finais de 2015 e mais as 3 deste inicio de mundial) e ultrapassa Stirling Moss como o piloto que mais venceu provas sem ser campeão mundial, contabilizando 17 triunfos.
Apesar dessa fase brilhante de Rosberg, onde ele tem escapado ileso das confusões que tem acontecido no pelotão dianteiro e partido para estas importantes vitórias, é bom que lembrem que ainda temos 18 corridas pela frente e a tendência é que altos e baixos apareçam para ele.
Mas se ele conseguir manter a média que tem feito até aqui, estará bem encaminhado para tentar o seu primeiro título mundial.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Foto 565: Punição para Hamilton no GP da China

Segundo informação passada pela conta oficial da Mercedes no Twitter, Lewis Hamilton perderá cinco posições no grid para o GP da China neste final de semana devido a troca do câmbio de seu Mercedes.
A equipe averiguou a peça que segundo eles sofreu danos no GP do Bahrein e escolheram trocar para este GP por achar que a pista chinesa propicia muito a ultrapasagem, o que facilitaria bastante a recuperação de Lewis. Lembrando este circuito tem duas longas retas, sendo a oposta uma das maiores do certame.
Para Hamilton que teve um inicio de campeonato eclipsado pela boa performance de Rosberg, essa noticia pode complicar um pouco sua tentativa de recuperação, uma vez que o carro da Mercedes não é tão bom no tráfego e que as suas largadas até aqui foram desastrosas.

Foto 564: Reunião

Nos últimos anos, após o advento da selfies, tem sido comum ver um grupo de pilotos se autofotografando em momentos de lazer, como um carteado ou entornando alguns copos enquanto seguem viagem para algum lugar.
Mas esta foto de Nico Rosberg, que foi publicada em sua conta no Twitter, mostra o momento de descontração num jantar numa altura em que a importância das palavras destes que alinham seus carros a cada Grande Prêmio, tem sido fundamentais para mostrar o caminho para onde a categoria deva seguir.
Na foto só não aparecem Romain Grosjean, Kimi Raikkonen, Ryo Haryanto e Kevin Magnussen.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Foto 501: Rusgas em Xangai

Ontem assisti a corrida, mas por ter saído o dia todo nem pude colocar o texto sobre a sofrível prova que tivemos ontem em Xangai. Porém, ao abrir sites especializados, me deparei com as reclamações de Rosberg que indicava uma possível "sacanagem" por parte de Hamilton em andar lento numa parte da prova e que isso destruiria os seus pneus macios, deixando-o vulnerável para que Vettel ameaçasse a sua segunda colocação. Após a resposta de Hamilton, ao dizer que se "já que estava lento, porque não passou", as criticas apareceram como um avalanche. Depois de um período favorável a sua pilotagem em 2014 e que esvaiu-se com problemas mecânicos, erros e a subida de performance de Hamilton na parte final do mundial, acabou culminando num final de temporada melancólico para Nico. Comparando o início dos dois mundiais, até que há uma certa semelhança entre ambas, sendo que a única diferença é que ele havia vencido a prova de abertura para depois deparar-se com uma sequência de quatro vitórias de Hamilton que foi barrada por Rosberg apenas em Mônaco, onde o campeonato tomou um rumo que, no momento, parecia estar pendendo para o piloto alemão. Outro fator que está sendo anulado por Lewis é a frequência de poles de Rosberg: esta era uma de suas armas principais para duelar com seu companheiro, tendo a chance de ditar o ritmo da corrida à seu favor e tentar aniquilar qualquer que fosse a chance de Hamilton.  Não creio que Lewis tenha feito aquelas voltas de propósito para prejudicar Rosberg, afinal de contas ele salvou os pneus exatamente para ter o luxo de parar depois da Ferrari de Vettel, o que funcionou muito bem. Mas entendo também o desabafo de Nico após a corrida.
Os acontecimentos de ontem em Xangai, mostram que Rosberg precisa urgentemente de virar o jogo. Não apenas tentar bater Lewis em treinos e corridas, mas como também se cuidar da eminente chegada da Ferrari - principalmente com Vettel - e isso talvez o esteja perturbando-o. Após aquela temporada confortável em que apenas tinha de marcar cerradamente Lewis, o ano de 2015 não começou do jeito que Rosberg imaginava. Voltar aos estudos para tentar parar Lewis, é preciso.
E num carro vermelho, à meia distância, um certo piloto alemão observa atentamente todas essas movimentações...

sábado, 11 de abril de 2015

GP da China - Classificação - 3ª Etapa

Olhando a tabela dos tempos obtidos para a formação do grid de largada e isolando as duas Mercedes, que estiveram num outro nível nessa classificação, e transferirmos isso para a corrida de amanhã - num cenário hipotético, que fique claro -, teremos uma corrida interessantíssima da terceira posição para trás. A diferença de Vettel (3º) para Raikkonen (6º) é de um pouco mais de meio segundo e no meio das duas Ferraris aparecem as duas Williams, que de certa forma foram um surpresa se levarmos em conta o desempenho que vinham tendo nos treinos livres perdendo terreno até para a Red Bull. Mesmo sabendo que em corrida as condições podem mudar para o lado vermelho - o que é a tendência - talvez a Williams tenha achado um bom ritmo para tentar desafiá-los. Mas, por outro lado, Vettel salvou um jogo novo de pneus macios, o que lhe dá uma chance de seguir à frente e tentar se intrometer no meio das Mercedes - uma jogada bem próxima do que aconteceu em Melbourne.
A Mercedes fez o que era de se esperar, tendo em Hamilton um nível de pilotagem bem acima dos demais. Foi quase um segundo de vantagem sobre Vettel a marca alcançada por Lewis e apenas Rosberg é quem se aproximou mais, ao ficar 42 centésimos atrás da marca do seu companheiro. Se as coisas forem normais, em todos os sentidos, a equipe prateada terá uma tarde mais tranquila.
A Sauber foi a surpresa do treino ao levar os dois carros ao Q3: Nasr e Ericsson fizeram um bom trabalho e sairão na nona e décima colocações. Se os problemas que enfrentaram na Malásia - especialmente com Felipe - terem sido resolvidos, é bem provável que cheguem com os dois carros na zona de pontos.
Para a Mclaren, que teve uma melhora considerável, os dois carros ficaram no Q1: Button foi o 17º e Alonso - que enfrentou problemas no terceiro treino livre - foi o 18º.

O que esperar da corrida?

É bem provável que a Mercedes sairá vencedora amanhã, e com o Hamilton, mas a dobradinha já é algo duvidoso devido essa carta na manga que Vettel guardou para a corrida. Por outro lado, os duelos pelas demais posições serão bem interessantes.

Grid de Largada para o Grande Prêmiuo da China - 3ª Etapa

PosPilotoCarroTempoDif
1Lewis HamiltonMercedes1m35.782s -
2Nico RosbergMercedes1m35.824s 0.042s
3Sebastian VettelFerrari1m36.687s 0.905s
4Felipe MassaWilliams/Mercedes1m36.954s 1.172s
5Valtteri BottasWilliams/Mercedes1m37.143s 1.361s
6Kimi RaikkonenFerrari1m37.232s 1.450s
7Daniel RicciardoRed Bull/Renault1m37.540s 1.758s
8Romain GrosjeanLotus/Mercedes1m37.905s 2.123s
9Felipe NasrSauber/Ferrari1m38.067s 2.285s
10Marcus EricssonSauber/Ferrari1m38.158s 2.376s
11Pastor MaldonadoLotus/Mercedes1m38.134s -
12Daniil KvyatRed Bull/Renault1m38.209s -
13Max VerstappenToro Rosso/Renault1m38.393s -
14Carlos SainzToro Rosso/Renault1m38.538s -
15Sergio PerezForce India/Mercedes1m39.290s -
16Nico HulkenbergForce India/Mercedes1m39.216s -
17Jenson ButtonMcLaren/Honda1m39.276s -
18Fernando AlonsoMcLaren/Honda1m39.280s -
19Will StevensMarussia/Ferrari1m42.091s -
20Roberto MerhiMarussia/Ferrari1m42.842s -

sexta-feira, 10 de abril de 2015

GP da China - Treinos Livres - 3ª Etapa

Lewis Hamilton: “Foi bem próximo entre nós e a Ferrari, e Nico [Rosberg] também está perto. Teremos uma corrida.
“Para ser honesto, não sei quanto andei em cada pneu. Com os médios, não pareceu tão bom, ainda temos que analisar e ver em comparação aos outros.
Tive um dia inteiro correndo hoje, o que faz uma grande diferença"

Kimi Raikkonen: “No geral, foi um bom dia de trabalho. Tivemos um problema com os freios à tarde, porém os mecânicos fizeram um trabalho muito bom e resolveram isso, então consegui voltar à pista para seguir em frente com o programa.
É um pouco cedo para previsões, ainda temos coisas para melhorar. Temos de garantir que tudo vai funcionar para termos outro bom dia, sem quaisquer questões e problemas, e então, vamos fazer nosso melhor para a classificação e a corrida”


Daniel Ricciardo: “Tivemos uma boa sexta-feira, andamos o que foi possível ao longo das sessões e nosso ritmo parece ser bom. Tivemos algumas atualizações aerodinâmicas e a dirigibilidade está cada vez melhor. Definitivamente tivemos uma melhora, e isso é tudo o que podemos pedir. Obviamente, temos que percorrer mais alguns passos, mas estamos caminhando no rumo certo, então isso é positivo.”


Sebastian Vettel: "Em geral, eu estou feliz com o carro. Acho que podemos melhorá-lo, é para que a sexta-feira normalmente serve. Em um cenário ideal, eu gostaria de ter dado mais voltas, mas foi uma sessão solida para a equipe também. Eu acho que podemos dar um passo à frente amanhã.
A Mercedes estava muito forte hoje, nas duas sessões e em todas as entradas na pista, e eu acho que para nós o mais importante é garantir que vamos dar este passo durante a noite. Eu acho que tem algumas coisas que podemos ajustar e então vamos ver onde chegamos. A prioridade número 1 é ficar logo atrás. Se não ficarmos, temos que garantir que ninguém vai nos passar. É só a terceira corrida do ano, e é uma pista completamente diferente, condições diferentes, é novo para todo mundo. O mais importante para nós é pensar em nós mesmos e dar um passo depois do outro.
Eu acho que, em geral, nós temos um bom carro, então podemos sempre ficar confiantes. Mas são só os primeiros dias. Então a meta principal é assegurar que vamos chegar atrás da Mercedes, você precisa aceitar que eles são muito fortes. Com o passar do tempo, obviamente, vamos tentar ficar cada vez mais próximos.
É crucial, mas eu acho que estava normal para todos, provavelmente não tão louco como vimos em outros anos."


Nico Rosberg: "Temos um carro incrível. Temos que olhar agora exatamente onde estamos. Seremos os mais rápidos em uma volta, em ritmo de corrida é que precisamos olhar melhor.Talvez eles consigam nos superar. Mas acho que seremos rápidos"



Daniil Kvyat: “Estamos investigando o que aconteceu com os freios, parecia que eu não podia parar o carro, então precisamos aprender sobre. Tudo estava bem até o fim do TL2. Foi uma pena que eu não pude dar uma sequência maior de voltas, mas ainda assim foram muitas voltas. Trouxemos algumas atualizações para cá e elas parecem bem positivas”. 

terça-feira, 27 de maio de 2014

Foto 347: Especialistas


Ao vencer a prova de Mônaco, Nico igualou a marca de seu pai Keke de cinco vitórias na F1. O mais interessante de tudo é, que além do número alcançado, também tenha uma coincidência no tipos de circuitos onde venceram: o velho Rosberg conquistou vitórias na Suiça 1982; Mônaco 1983; EUA 1984 e 1985 e depois no final da temporada de 1985, na estreante Adelaide que acolheu o GP da Austrália. Ou seja, quatro circuitos citadinos (Monte Carlo, Dallas, Detroit e Adelaide).
Nico Rosberg chegou à sua primeira vitória na China 2012; venceu em Mônaco 2013 e mais tarde na Grã-Bretanha; e ganhou na abertura deste mundial na Austrália e repetiu a dose em Mônaco. Das suas cinco vitórias, três em pistas de rua (Monte Carlo por duas vezes e Albert Park). 
Sete vitórias para a família Rosberg neste tipo de circuito. 

segunda-feira, 21 de abril de 2014

GP da China: Como nos anos 50

(Foto: Getty Images)
Quando a Mercedes retornou ao mundo dos Grand Prix - desta vez entitulada de F1 - em  4 de julho de 1954, o que se viu foi um domínio ainda mais amplo e assustador do que a Ferrari de Alberto Ascari tinha apresentado nas duas últimas temporadas. Comandado por Juan Manuel Fangio, Karl Kling e Hans Hermann, os W196 foram soberanos naquela prova da França realizada em Reims - naquele mesmo dia a Seleção da Alemanha derrotava o rolo compressor que era a Seleção da Hungria, do lendário Ferenc Puskas, na final da Copa do Mundo na Suíça por 3 x 2 - e começariam ali um domínio que culminaria nos dois títulos mundiais de Fangio daquele ano e no seguinte. O saldo daqueles duas temporadas onde os rivais enxergavam os carros prateados apenas na largada e chegada, foram de 9 vitórias (Fangio 8 e Moss 1); 8 poles (Fangio 7 e Moss 1) e 8 melhores voltas (Fangio 5, Moss 2 e Kling 1) - lembrando que a Mercedes disputou apenas doze das 16 corridas realizadas entre 1954 e 1955.
Passados quase 60 anos, e guardando devidas proporções por causa dos carros, época e pilotos, podemos dizer que a atual Mercedes - que não é puramente alemã, devido as suas raízes inglesas da época da Brawn GP - tem feito até aqui uma temporada irretocável. Lewis Hamilton tem traduzido bem a excelente fase da equipe e dele também com poles e vitórias maiúsculas sem deixar dúvidas que o W05 é o carro do momento e as performances de Nico Rosberg, que por mais que não seja tão brilhante que seu parceiro, tem a velocidade e regularidade à seu favor que o mantém ainda na ponta da tabela do mundial com quatro pontos de vantagem sobre Lewis (79x75). Mas a com bela fase que Hamilton tem atravessado, será difícil para o filho de Keke sustente a dianteira do campeonato.
Apesar de se esperar que alguma equipe reaja a ponto de incomodá-los, a impressão que passa é de que a Mercedes está com a artilharia pronta para reagir e contra atacar os rivais. O que deixaria ainda mais aberta a possibilidade de Hamilton e Rosberg discutirem o mundial entre eles, numa verdadeira caça da lebre contra a raposa.

A corrida

Certamente a turma ficou empolgada pela magistral corrida que nos foi apresentada no Bahrein semanas atrás, e isso fez com que todos esperassem por algo igual ou melhor na corrida chinesa. Mas tirando a largada, com algumas trocas de esbarrões, onde as Williams de Massa e Bottas mais pareceram aquelas bolinhas de Pinball, a prova de Xangai foi sonolenta porque ninguém chegou próximo de Lewis Hamilton que efetuou uma corrida ainda mais tranquila do que aquela da Malásia. Nico Rosberg só conseguiu se livrar dos Red Bulls de Ricciardo e Vettel e mais a Ferrari de Alonso, na parte final quando não podia fazer mais nada para alcançar seu companheiro de equipe. Mas ao menos serviu para pudesse sustentar a dianteira do mundial.
Para a Ferrari foi um dia positivo com o inesperado - ou não - pódio de Fernando Alonso nesta etapa, uma vez que quinze dias atrás as coisas tinham beirado a catástrofe em terras barenitas. Mas o próprio Fernando havia alertado que as modificações que viriam à partir da China, dariam oportunidade de brigar pelo pódio. Uma pena que Raikkonen ainda não tenha se encontrado neste seu retorno à "Rossa", mas com a chegada da fase européia é de se esperar que ele esteja no encalço de Alonso, já que se mostrou muito confiante frente ao resultado alcançado pelo espanhol.
Na Red Bull, onde a maioria esperava que um dos carros estivesse no pódio, foi uma corrida até frustrante. Mas a o valor de Ricciardo tem mantido a equipe em alta até agora e seu ótimo ritmo tem sido motivo de bons comentários por aqueles lados, principalmente pelo fato de estar na frente de Vettel nestas últimas etapas. O tetra-campeão não tem se sentido confortável neste novo carro e sua pilotagem tem ficado muito abaixo daquilo que nós conhecemos e na China parece que ficou ainda mais evidente, apesar de ter tido problemas com desgastes de pneus. Assim, à exemplo de Kimi, a fase no Velho Continente pode ser uma boa para ele.
A Mclaren teve um final de semana para esquecer, afinal seus dois carros pouco figuraram entre os dez neste final de semana. Por outro lado, a Force India, pelo menos com Hulkenberg, esteve bem e pontuou mais um vez para eles e Sergio Perez, fazendo uma corrida de recuperação, ainda conseguiu salvar um nono lugar. Destaque mais uma vez para Dani Kvyat que vem batendo consistentemente Vergne nesta luta interna na Toro Rosso.
O que mais me impressionou foi o alto desgaste dos pneus numa corrida onde a temperatura esteve baixa desde os primeiros treinos. A farofa localizada em boa parte do circuito, lembrou aquela de várias corridas do ano passado, onde acostumamos a chamar os Pirelli de "Pneus de Farinha". Outro ponto que foi motivo de conversa é a pressa dos comissários durante o GP, que culminou no término dessa em duas voltas a menos. Um erro de informação entre a central e o cara do PSDP (Posto de Sinalização e Direção de Provas) pode ter dado nisso. É claro que pode acontecer em qualquer lugar do mundo - até mesmo aqui no Brasil, onde a equipe de sinalização e resgate é sempre elogiada pela FIA -, mas um pouco mais de preparo nestes locais onde mal existe automobilismo, viria a calhar.
Depois desta excursão por Oceania, Oriente Médio e Ásia, a F1 terá um hiato de três semanas até igressar na parte européia. Espera-se que todos apresentem melhoras significativas - em especial Red Bull, Ferrari, Mclaren e Williams - para que possam fazer frente à Mercedes. Mas visto que os carros prateados estão num nível acima, e que também levarão melhoras para esta jornada na Europa, começo a achar que não será tão fácil alcançá-los.

sábado, 19 de abril de 2014

GP da China - Classificação - 4a Etapa

Vettel deu uma dica bem humorada de como tirar a grande vantagem da Mercedes neste início de mundial, dizendo que a instalação de chicanes nas retas seria uma solução. Brincadeiras à parte, a Mercedes, especialmente com Hamilton, foi mais uma vez espetacular na classicação ao obter a quarta pole consecutiva. Lewis sobrou no Q3 e nem mesmo a aparente ameaça da Red Bull foi páreo para ele.
Aliás, essa é uma boa chance para o time dos rubro-taurino tentarem algo na prova de amanhã, isso caso ela venha a ser disputada em pista molhada. O problema é que o cara que vai à frente deles, é um exímio piloto nestas condições climáticas. O valor que Ricciardo tem mostrado até agora - é a terceira vez que larga na frente de Vettel no ano - e mais a forma indiscutível de Sebastian, pode dar algum trabalho ao piloto inglês. E não podemos nos esquecer de Nico Rosberg, que apesar de ter errado bastante na classificação, tem um belo carro nas mãos e pode muito bem oferecer um bom espetáculo partindo da quarta colocação no que se diz a respeito de duelos com os outros três ponteiros.
Fernando Alonso arrancou um bom quinto lugar, o máximo que a sua Ferrari pode proporcionar. Massa saí logo em sexto e espera-se mais uma de suas ótimas largadas para amanhã. Destaque mais que positivo - e heróico - foi a passagem de Romain Grosjean para o Q3 com a ratoeira da Lotus. Sem dúvida um trabalho louvável do piloto francês.
Acredito que será uma corrida interessante se esta for disputada sob chuva, mas a previsão é de que a corrida possa ser feita com o tempo seco e com baixa temperatura. Se for assim, e não tiver contratempos, a vitória ficará mais uma vez nas mãos de Hamilton.

Grid de largada para o Grande Prêmio da China -  4a Etapa

1) Lewis Hamilton (ING/Mercedes) 1m53s860
2) Daniel Ricciardo (AUS/RBR-Renault) 1m54s455 +0s595
3) Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) 1m54s960 +1s100
4) Nico Rosberg (ALE/Mercedes) 1m55s143 +1s283
5) Fernando Alonso (ESP/Ferrari) 1m55s637 +1s777
6) Felipe Massa (BRA/Williams-Mercedes) 1m56s147 +2s287
7) Valtteri Bottas (FIN/Williams-Mercedes) 1m56s282 +2s422
8) Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes) 1m56s366 +2s506
9) Jean-Eric Vergne (FRA/STR-Renault) 1m56s773 +2s913
10) Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault) 1m57s079 +3s219
11) Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) 1m56s860
12) Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) 1m56s963
13) Daniil Kvyat (RUS/STR-Renault) 1m57s289
14) Adrian Sutil (ALE/Sauber-Ferrari) 1m57s393
15) Kevin Magnussen (DIN/McLaren-Mercedes) 1m57s675
16) Sergio Pérez (MEX/Force India-Mercedes) 1m58s264
17) Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber-Ferrari) 1m58s988
18) Kamui Kobayashi (JAP/Caterham-Renault) 1m59s260
19) Jules Bianchi (FRA/Marussia-Ferrari) 1m59s326
20) Marcus Ericsson (SUE/Caterham-Renault) 2m00s646
21) Max Chilton (ING/Marussia-Ferrari) 2m00s865
22) Pastor Maldonado (VEN/Lotus-Renault) sem tempo

segunda-feira, 15 de abril de 2013

GP da China - Corrida - 3ª Etapa



A julgar pelo ritmo apresentado durante as 56 voltas do GP chinês, dificilmente alguém seria páreo para Fernando Alonso naquela rara tarde de sol em Xangai. Após uma classificação onde Lewis Hamilton ditou o ritmo e Kimi Raikkonen mostrou mais uma vez a força da Lotus ao colocá-la na primeira fila, era difícil prever se a Ferrari teria ritmo para brigar, principalmente, com a Mercedes de Hamilton. Mas a má largada de Kimi e o ataque maciço do duo ferrarista na abertura da terceira volta, ao ultrapassar Lewis na reta de largada, facilitou a vida de Alonso que teve apenas o trabalho de construir uma vantagem que lhe deu o conforto de fazer os pit-stops e voltar na frente ou próximo dos seus rivais diretos.
As câmeras on-board e as externas mostraram o quanto que a pista chinesa é porosa. Devido ao tempo fechado dos últimos anos, ora por poluição, ora por causa da chuva, isso ficou camuflado e pouco podíamos ver o quanto que ela é abrasiva. Com a Pirelli levando seus pneus macios e médios, as equipes tiveram um quebra cabeça infindável neste fim de semana e que por incrível que pareça, foi dominada amplamente por um carro que tinha sérios problemas de desgaste de pneus nos últimos anos. A Ferrari parece ter resolvido esta questão, pois até o ano passado este era o grande calcanhar de Aquiles da equipe vermelha. Se eles acertassem o carro para andar bem com um tipo de pneus, quando o outro fosse usado certamente o ritmo de corrida seria prejudicado. Ontem Alonso não demonstrou nenhum tipo de dificuldade com isso, tanto que quando seus pneus médios já deveriam estar na lona, ele conseguia manter um bom passo frente  aos demais. Na sua luta por um lugar no pódio, Vettel parecia ter condições de tirar de Fernando a chance de ganhar a corrida quando fez a sua parada na volta 34. Ele alcançara Raikkonen e Lewis rapidamente na luta pela 2ª e 3ª posições e seus tempos de volta eram muito bons e sua desvantagem para Alonso era de 23 segundos. Mas após seis voltas e depois de ter superado seus dois rivais, Sebastian se encontrava com 19 segundos de desvantagem e essa diferença ficou oscilando nessa casa até que Alonso parou nos boxes em torno da volta 40-43 e voltou em segundo, bem próximo de Vettel. Uma volta foi o suficiente para o espanhol passá-lo e abrir larga vantagem. Para Sebastian ainda restava a chance de colocar os macios e fazer um curto stint no ritmo de classificação. Isso foi possível faltando quatro voltas para o fim e ele descontou uma diferença de 7-8 segundos para Lewis em três voltas, virando tempos na marca de 1’36 – num momento que os demais já viravam na casa de 1’39-1’40. Mas os dois erros na entrada e contorno do curvão que antecede a reta oposta, o privou de passar Hamilton na reta na última volta e conseguir o terceiro posto.  
Devido a esta característica abrasiva, a corrida ficou ligada ao consumo dos pneus e quem soube melhor administrá-los é que se saiu bem. Fernando Alonso foi o vencedor, mas Button também brilhou neste quesito que lhe é habitual. Com um carro nitidamente abaixo de Red Bull, Ferrari, Mercedes e Lotus neste momento, o piloto inglês conseguiu retardar ao máximo as sua paradas de boxes e livrou um honroso quinto lugar, sendo que chegou a ficar em segundo em algumas ocasiões, e fez apenas duas paradas contra três dos quatro primeiros. Com um carro em melhor condição, podia ter subido ao pódio. Lewis, com a sua Mercedes, aparentava estar em grande para este GP quando cravou uma pole com certa folga e o desempenho do seu carro com pneus médios era satisfatório a ponto de ser indicado como favorito a uma vitória. Esse desempenho não apareceu e Hamilton teve que contentar-se em brigar com Kimi Raikkonen pela segunda posição. O piloto finlandês mostrou bom desempenho mais uma vez, mas os danos de um incidente com Pérez num estágio da corrida, que por pouco não resultou num grave acidente, o atrasaram bastante. E nem o Lotus, que mostrou ser um carro bem econômico no trato com os pneus, não escapou de fazer três paradas de box. Apesar de Mark Webber ter sido limado na primeira metade da corrida, devido um pneu solto, a Red Bull sofreu com os desgastes dos pneus no carro de Vettel. Largando com os médios e arriscar apenas duas paradas, essa idéia foi para o ralo quando Sebastian parou na volta 14 para fazer a sua primeira troca de pneus. O restante da corrida foi uma batalha intensa do tri-campeão com os compostos para tentar conservá-los ao máximo. Ao que parece, este deve ser o grande desafio dos rubro taurinos durante esta primeira parte do mundial: tentar diminuir o alto desgaste dos pneus e dar a Sebastian a chance de lutar pela pole, sem ter que sacrificar essa oportunidade como aconteceu na China.
A Ferrari apresentou uma melhora nos seus carros e, pelo menos neste momento, parece ser o melhor carro do lote e isso pode se confirmar na corrida da semana que vem, no explosivo GP do Bharein. Uma semana não parece ser suficiente para que os concorrentes consigam correr atrás de evoluções para que possa alcançar o time italiano. Mas isso pode muito bem ser apenas um acerto feliz que Alonso conseguiu para esta etapa. A verdade mesmo é que a Pirelli acena com a possibilidade de mudar a composição dos pneus para a corrida da Espanha, a quinta etapa. E se a Ferrari conseguiu entender o “segredo da borracha”, talvez desfrute muito pouco dela. 

Resultado Final - Grande Prêmio da China - Circuito de Xangai - 56 Voltas - 3ª Etapa - 14/04/2013

1- Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1h36m26s945
2- Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - a 10s100
3- Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - a 12s300
4- Sebastian Vettel (ALE/RBR) - a 12s500
5- Jenson Button (ING/McLaren) - a 35s200
6- Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 40s800
7- Daniel Ricciardo (AUS/STR) - a 42s600
8- Paul di Resta (ESC/Force India) - a  51s000
9- Romain Grosjean (FRA/Lotus) - a 53s400
10- Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) - a 56s500
11- Sergio Perez (MEX/McLaren) - a 1m03s800
12- Jean-Eric Vergne (FRA/STR) - a 1m12s600
13- Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a 1m33s800
14- Valtteri Bottas (FIN/Williams) - a 1m35s400
15- Jules Bianchi (FRA/Marussia) - a 1 volta
16- Charles Pic (FRA/Caterham) - a 1 volta
17- Max Chilton (ING/Marussia) - a 1 volta
18- Giedo van der Garde (HOL/Caterham) - a 2 voltaS

 
Não completaram:                                                    
Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - na 22ª volta
Mark Webber (AUS/RBR) - na 16ª volta
Adrian Sutil (ALE/Force India) - na 6ª volta
Esteban Gutierrez (MEX/Sauber) - na 5ª volta
 
Volta mais rápida: Sebastian Vettel (ALE/RBR) - 1m36s808


sábado, 13 de abril de 2013

GP da China - Classificação - 3ª Etapa

A primeira pole: Hamilton foi absoluto nos três estágios do treino, ao marcar o melhor tempo em todos eles.
É a sua primeira pole pela Mercedes.
(Foto: EFE)
Devido o alto desgaste dos pneus macios na pista chinesa, o treino que definiu o grid para o GP chinês foi modorrento pelo fato dos pilotos terem arriscado pouco visando economizarem os compostos. Tanto que o número de voltas que cada piloto deu, em especial aqueles que passaram para a Q3, somando os três estágios do treino, deve ter girando em torno de 5 a seis voltas para garantir uma boa classificação. E isso refletiu em alguns posicionamentos neste treino.
Hamilton levou a sua primeira pole pilotando pela Mercedes ao fazer a marca de 1'34''484, contra 1'34''761 de Raikkonen que levou a Lotus um ótimo segundo lugar. Alonso fez o terceiro tempo e Rosberg o quarto, com Massa ficando em quinto e Grosjean em sexto.
Com um olhar direcionado para a estratégia, Vettel ficou apenas com a nona colocação, mas sairá com pneus médios enquanto que os ponteiros largarão com os macios. Button também teve uma boa apresentação neste treino ao colocar a Mclaren em oitavo e assim como Sebastian, ele largará com os médios. A surpresa foi o desempenho de Daniel Ricciardo com a sua Toro Rosso, ao levá-la ao sétimo posto. Mark Webber, que teve ficou pelo caminho na Q2 por falta de combustível, sairá na última posição devido a falta de 1 litro de gasolina que é usado para análise.
A Mercedes ratificou a boa apresentação feita nos treinos livres e a pole de Hamilton só confirmou o seu favoritismo para a corrida de amanhã. Eu particularmente apostava numa dobradinha da equipe, mas Raikkonen e Alonso estiveram em melhor forma que Nico. Mas apesar do favoritismo da Mercedes, o bom mesmo é olhar atentamente para a Lotus, principalmente a de Kimi Raikkonen. Eles não apareceram tão bem nos treinos anteriores e o finlandês fez um ótimo trabalho ao conseguir essa segunda colocação. O fato de largar na frente diminui bastante o perigo de ficar preso em um duelo, como aconteceu na Malásia com os dois carros negros. Kimi e Romain fizeram três paradas cada, uma a menos dos que ia à frente, mas o atraso com disputas deixou o duo de fora da briga pela vitória em Sepang, sendo que tinham um bom ritmo. Largando mais a frente, é de se esperar que possam fazer bons stints e surpreender a por enquanto favorita Mercedes.
Já a Ferrari esteve bem e aparentemente seria a segunda força nos treinos, mas a aparição das Lotus deixará o trabalho ainda mais pesado para Alonso e Massa que se mostraram satisfeitos com o ritmo dos dois carro. Com relação a Red Bull, eles optaram pela estratégia em tentar pegar os seus rivais durante a corrida, tanto que Vettel abdicou da pole ao usar um jogo de pneus médios enquanto boa parte usava os macios. Sairá em 9º e apostará no desgaste excessivo dos demais para subir de posições.

Grid de Largada para o Grande Prêmio da China - 3ª Etapa

1º Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - 1min34s484
2º Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) – 1min34s761
3º Fernando Alonso (ESP/Ferrari) – 1min34s788
4º Nico Rosberg (ALE/Mercedes) – 1min34s861
5º Felipe Massa (BRA/Ferrari) – 1min34s933
6º Romain Grosjean (FRA/Lotus) – 1min35s364
7º Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso) - 1min35s998
8º Jenson Button (ING/McLaren) – 2min05s673
9º Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) – sem tempo
10º Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) – sem tempo
11º Paul Di Resta (ESC/Force India) – 1min36s287
12º Sergio Pérez (MEX/McLaren) – 1mi36s314
13º Adrian Sutil (ALE/ Force India) – 1min36s405
14º Pastor Maldonado (VEN/Williams) – 1min37s139
15º Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso) – 1min37s199
16º Valtteri Bottas (FIN/Williams) – 1min37s769
17º Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber) – 1min37s990
18º Jules Bianchi (FRA/Marussia) – 1min38s780
19º Max Chilton (ING/Marussia) – 1min39s537
20º Charles Pic (FRA/Caterham) – 1min39s614
21º Giedo van der Garde (HOL/Caterham) – 1min39s66
*22º Mark Webber (AUS/Red Bull) – 1min36s679


*Desclassificado

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Análise dos dez primeiros - GP da China - 3ª Etapa

1. Nico Rosberg - Fez uma pole numa volta impecável que dificilmente seria batida por alguém, mas não era favorito para a prova justamente por causa do alto desgaste dos pneus. Esse problema não apareceu de forma tão latente como se esperava, e quem teve esse azar foram seus concorrentes diretos. Manteve uma boa distância de Schumi no início e mais tarde sobre Button, que era o seu oponente mais perigoso. Foi uma merecida vitória.

2. Jenson Button – Pulou de quinto para terceiro na largada, o que facilitou bastante a sua vida, e isso parecia ajudar-lhe quando as Mercedes começassem a ter os problemas de pneus. Isso não aconteceu, mas ele estava com chances de vencer quando fez a sua última para de box. Ali ele perdeu a oportunidade quando um mecânico atrasou-se na colocação de um dos pneus. Perdeu tempo atrás de Raikkonen e Vettel e isso lhe custou uma possível chance de brigar contra Rosberg pela vitória.

3. Lewis Hamilton – Tinha carro para largar na primeira fila, como ele demonstrou no sábado, mas a punição pela troca de câmbio relegou-o para sétimo. Fez uma corrida cautelosa e não se afobou no duelo que teve com Pérez pela terceira posição. Aliás, ele terminou nesta mesma colocação, repetindo o resultado das duas corridas anteriores e com isso, é o líder do mundial. Tem tido desempenhos bem administrados, o que é elogiável.

4. Mark Webber – Nestas primeiras etapas, onde a Red Bull tem apresentado algumas dificuldades, ele tem sido bem regular. Largou em sexto, teve um bom ritmo, duelou com Alonso, Button e Hamilton por posições e terminou a corrida em quarto podendo até, caso os pneus tivessem agüentado, conquistado um pódio. Mostrou que o carro rubro taurino, em corridas, é bem melhor que nos treinos ao andar próximo das Mclarens em quase toda a corrida.

5. Sebastian Vettel – Falhou na classificação ao ficar de fora do Q3, fato que não acontecia desde o GP do Brasil de 2009. Recuperou-se bem e chegou brigar pelo pódio enquanto seus pneus agüentaram. Apesar de algumas critícas que tem recebido, mostrou uma boa velocidade e garra na prova chinesa.

6. Romain Grosjean – Enfim marcou os seus primeiros pontos no ano. Andou muito bem durante todo certame e levou o seu carro inteiro ao final. Protagonizou com Maldonado uma dos melhores duelos da corrida, ao bater rodas em algumas curvas quando disputavam posições na casa dos pontos. Com mais calma, poderá estar presente mais vezes na casa dos pontos neste ano, pois o carro da Lotus é muito bom.

7. Bruno Senna – Saiu em 14º e teve uma tarde trabalhosa no meio do pelotão, ao batalhar contra Saubers, Force Índias, Ferraris e Red Bull por um lugar na zona de pontos. Teve um toque na traseira do Ferrari de Massa, que poderia ter arruinado com a sua corrida. Fora isso, esteve bem e por pouco não chegou em sexto, perdendo-a nas últimas voltas para Grosjean. Precisa apenas melhorar nas classificações.

8. Pastor Maldonado – Assim com seu parceiro Bruno, escalou o pelotão para levar o outro Williams à casa dos pontos. Mostrou o espírito combativo de sempre ao duelar contra Alonso e Grosjean de forma dura e crua, o que vem agitando bastante aquele pelotão intermediário nas últimas corridas. E este desempenho só reforça que o carro é muito bom e que a dupla da Williams, que era criticada por ser pagante, tem dado conta do recado.

9. Fernando Alonso – Dificilmente repetiria o desempenho da Malásia, e ele próprio sabia disso. Mas lutou como sempre e chegou em nono, mesma posição que largara. O carro ainda tem muito que melhorar.

10. Kamui Kobayashi – Esperava-se mais dele após o belo treino que fizera no sábado, ao colocar a Sauber em terceiro. Mas a péssima largada, despencado para sétimo na primeira volta, arruinou uma possível chance de pódio. Marcou a melhor volta e bateu o badalado Pérez no duelo que tiveram na pista. Ao menos demonstrou que não ficou abatido com toda a atenção que o mexicano atraiu para si após a bela apresentação da Malásia.


Grande Prêmio da China - Corrida - 3ª Etapa

Rosberg, enfim, chegou à sua primeira vitória na F1.
FOTO: REUTERS
A pole de Rosberg havia sido recebida com alegria, mas ainda tinha uma corrida para ser realizada e todos na Mercedes sabiam bem que as limitações do carro, por causa do alto desgaste de pneus, era grande e isso poderia prejudicar-lhes durante as 56 voltas. Mas a cada volta que se passava o jogo melhorava à favor de Nico: inicialmente a desistência de Schumacher, após um erro do mecânico durante o seu primeiro pit-stop, deixou Rosberg mais isolado na frente e nem a proximidade de Button, em laguns momentos, o abalou. Os pneus, que eram o principal ponto fraco dos Mercedes, resistiram e Nico foi um dos poucos, se não o único, a não sentir tanto os efeitos do desgaste que pegou os outros pilotos de calças curtas, principalmente nas últimas 20, 16 voltas quando os duelos pelas posições, mais precisamente da segunda para trás, foi de uma intensidade tremenda. E isso deu à corrida um interesse, até porque estava modorrenta e dependente apenas das estratégias dos times. Button também foi vitíma do erro de um mecânico no seu último pit stop, e juntando o fato de ter ficado retido por voltas e voltas atrá de Raikkonen, isso acabou atrapalhando-o na tentativa de buscar a liderança de Nico.
Os pneus Pirelli determinaram o passo da corrida, mas isso só ficou mais latente quando a prova caminhava para o seu final. As disputas ficaram mais intensas e ferozes, como no duelo entre Grosjean vs Maldonado vs Alonso vs Pérez, que por algum momento chegaram a tocar rodas. Pérez não limitou-se à essa disputa. Travou rodas por várias vezes ao defender a sua terceira posição contra Hamilton por duas voltas e nas últimas voltas, esteve discutindo com seu companheiro Kobayashi. O trenzinho formado por Raikkonen, que ocupava a segunda posição à 16 voltas do fim, ajudou para houvesse ótimos duelos na casa dos pontos também atrasou Button em tentar chegar em Rosberg. Raikkonen despencou várias posições quando os seus pneus não aguentaram mais, Seguindo este exemplo de Kimi, que ficou apenas com duas paradas de box, Vettel conseguiu andar em segundo por algumas voltas, mas cairia para quinto no final após seus pneus desgastarem. Hamilton fechou em terceiro, repetindo a mesma colocação que conquistara nas duas provas iniciais e com isso, está liderando o mundial. Um feito interessante por sua parte, pois tem tido atuações sólidas deixando a afobação de lado, que o tanto prejudicou nos últimos anos.
Rosberg venceu e tirou um peso das costas. Da sua geração, de pilotos bem sucedidos em categorias menores, ele era o único que não havia marcado pole e nem vencido. Robert Kubica, Heikki Kovalainen, Lewis Hamilton e Sebastian Vettel, já estavam com vitórias e até títulos nas costas. Nico, que estreara em 2006 no Bahrein pela Williams marcando um ponto e fazendo a melhor volta, passou épocas difíceis na equipe do tio Frank e achou na Mercedes um lar em que poderia, enfim, mostrar o seu trabalho e pensar seriamente em vencer corridas. Demorou, mas ela veio. 
E com essa vitória, a Mercedes se dá a oportunidade de pensar alto neste ano.
Button teve chance de tentar a vitória em Xangai, que foi arruinada por um erro no último pit stop e depois pelo atraso que tivera atrás de Raikkonen e Vettel em disputas por posições.
FOTO: AP


Alonso fez o que pôde com o seu Ferrari, mas acabou termindo onde largou: em nono. Webber levou o seu Red Bull até a quarta colocação e teve bons duelos durante a prova.
FOTO: REUTERS

Nico e Schumacher conseguiram sustentar as suas posições após a largada, algo que Kobayashi não fez ao despencar de terceiro para sétimo.
FOTO: REUTERS


Bruno fez outra boa corrida ao terminar em sétimo, logo à frente de Maldonado. Poderia ter conseguido a sexta posição, mas perdeu-a para Grosjean durante as batalhas das últimas voltas.
FOTO: REUTERS


De terceiro em terceiro...: Hamilton repetiu a mesma colocação final nestas três corridas do campeonato, até aqui disputadas e é o novo líder do mundial. É a prova de que está pensando mais no campeonato do que na corrida em si. Teve um duelo dos bons com Sérgio Pérez, que o segue nesta foto.
FOTO: AP


Massa até que conseguiu um bom desempenho no início da corrida e a estratégia parecia ser boa, visando a casa dos pontos no final da corrida. Parecia. Ele terminou em 12º, à frente de Raikkonen que sofreu com o desgaste dos pneus e despencou de 2º para 13º no final. Koba marcou 1 ponto, mas esperava-se mais dele nesta prova depois da bela classificação do sábado.
FOTO: REUTERS


Grande Prêmio da China
Circuito de Xangai - 56 voltas
15/04/2012 - 3ª Etapa

1. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1h36min26s929
2. Jenson Button (ING/McLaren) - a 20s626
3. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - a 26s012
4. Mark Webber (AUS/Red Bull) - a 27s924
5. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 30s483
6. Romain Grosjean (FRA/Lotus) - a 31s491
7. Bruno Senna (BRA/Williams) - a 34s597
8. Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a 35s643
9. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 37s256
10. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - a 38s720
11. Sergio Pérez (MEX/Sauber) - a 41s066
12. Paul Di Resta (ESC/Force India) - a 42s273
13. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 42s700
14. Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - a 50s500
15. Nico Hulkenberg (ALE/Force India) - a 51s200
16. Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso) - a 51s700
17. Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso) - a 1min03s100
18. Vitaly Petrov (RUS/Caterham) - a 1 volta
19. Timo Glock (ALE/Marussia) - a 1 volta
20. Charles Pic (FRA/Marussia) - a 1 volta
21. Pedro de la Rosa (ESP/Hispania) - a 1 volta
22. Narain Karthikeyan (IND/Hispania) - a 2 voltas
23. Heikki Kovalainen (FIN/Caterham) - a 3 voltas             

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...