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terça-feira, 13 de julho de 2021

Foto 990: Jarno Trulli, GP da Alemanha 1997

 


Jarno Trulli durante o GP da Alemanha de 1997 a bordo do Prost JS45. Era a sua terceira prova pela equipe de Alain Prost, tendo estreado no GP da França em substituição a Olivier Panis que havia se acidentado durante o GP do Canadá. Trulli havia feito a primeira parte do mundial pela Minardi. 

Neste GP da Alemanha, então 10ª etapa do mundial, ele largou na 11ª posição e após o complemento da primeira volta já estava em sétimo logo atrás da Williams de Jacques Villeneuve. Por boa parte da prova os dois estiveram próximos, com o italiano sempre com 1 segundo ou menos de atraso para o canadense. Apenas na 23ª volta, por conta das paradas de boxes que iam à frente, Jarno chegou ocupar a terceira posição e voltaria para sétimo na volta 25 quando fez a sua parada de box e reiniciando a sua disputa com Villeneuve. 

Na volta 34 é que acontece o ataque de Jarno contra Jacques, quando ele ultrapassa o canadense que acaba rodando e ficando atolado na brita enquanto que italiano assumia o quinto posto. Trulli ainda teria a oportunidade de chegar em terceiro - ele subiria para quarto após o abandono de Giancarlo Fisichella - quando estava se aproximando de Mika Hakkinen, mas problemas nos freios acabaram deixando de lado essa oportunidade. 

Enquanto que Gerhard Berger reencontrava a vitória - que viria ser a última dele na Fórmula-1 -, com Michael Schumacher em segundo e Hakkinen em terceiro, Trulli marcava seus primeiros pontos na categoria com o quarto lugar conquistado. O jovem italiano explicaria mais tarde a seu ótimo desempenho no veloz circuito alemão: “Não estou surpreso”, diz Trulli, “Hockenheim sempre sorriu para mim na F3: ganhei seis vezes em 95 e 96! Esses pontos me permitem agradecer a Alain Prost por me dar a minha chance sem colocar nenhuma pressão sobre mim.” Com estes três pontos conquistados Jarno fechou o mundial na 15ª posição.

Jarno Trulli completa hoje 47 anos.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Os estreantes de dez anos atrás

É sempre bom voltar ao passado e ver como as coisas funcionavam e quando você presenciou os fatos, não importando se foi in loco ou à distância, sempre terá uma opinião mais firme sobre os fatos.
No grid de largada para o GP da Austrália de 2000 havia três jovens estreantes, mas dois desses, em especial, carregavam uma futura esperança que as suas nações automobilísticas depositavam neles: o inglês Jenson Button e o alemão Nick Heidfeld. O terceiro debutante era o argentino Gaston Mazzacane. Com relação a Luciano Burti, este fez apenas a corrida da Áustria pela Jaguar em substituição a Irvine que estava doente, então não cabe como análise esta sua única participação em 2000.
Os dois primeiros eram jovens e velozes e tinham um destino que, suas respectivas nações, acreditavam que eles eram os salvadores da pátria. Para Jenson significava levar a Inglaterra ao topo da F1 novamente, que já que estes não tinham um piloto de classe desde a aposentadoria de Nigel Mansell e que Damon Hill, mesmo vencendo o mundial de 96, nunca tinha inflado a torcida como nos tempos do “Leão”. Já para Nick, este era apontado como o sucessor natural de Schumi quando este aposentasse e suas qualidades mostradas em duas belas temporadas na F3000 (vice em 98 e campeão em 99) e sendo assistido pela Mercedes, tanto que foi piloto de testes da Mclaren nestes dois anos, deixava a crítica alemã totalmente certa que ali estava a figura de um campeão. Mazzacane não teria grandes aspirações, pois era o mais velho dos três e seu currículo pré-F1 não empolgava multidões.
Destes três Button, então com 20 anos, tinha sido o mais privilegiado ao estrear pela Williams que estava se reestruturando com a chegada da BMW para o fornecimento de motores. Ele também teria como companheiro Ralf Schumacher, que por mais que fosse jovem também, apenas 24 anos, tinham já em suas costas três temporadas completas e de alguma forma isso seria um grande aprendizado para o inglês. Ele teve sua idade questionada quanto a pouca experiência em monopostos, que era resumida a dois anos de F-Ford (98) e F3 (99) todas na Inglaterra, mas isso dissiparia no decorrer do daquele mundial. Heidfeld, com 23 anos, foi correr na Prost Grand Prix sendo talvez uma péssima escolha e teria a companhia do veterano Jean Alesi. Gaston estava na Minardi e como todos sabem a equipe não tinha muito a oferecer-lhe, a não ser experiência em corridas de F1.
Jenson Button, em Spa, na sua melhor apresentação naquele ano

Nick Heidfeld teve inúmeros problemas na Prost naquele ano e vários acidentes

Mazzacane só fez figura durante aquele ano e foi superado com facilidade pelo seu companheiro Marc Gené. Das 17 provas daquele ano, largou treze vezes em último

A primeira temporada deles foi até previsível. Button, com um carro melhor, conseguiu surpreender os críticos e fez frente à Ralf em algumas situações, como conseguir largar por cinco vezes na frente do alemão. Entre estas conquistas foi de se destacar a suas classificações em Spa, quando fez o terceiro tempo, e em Suzuka, ao largar em quinto, quando todos já sabem que são os dois circuitos mais técnicos e desafiadores do calendário. Marcou 12 pontos, terminando o mundial em oitavo e sua melhor classificação numa corrida foi em Hockenheim, quando terminou em quarto. Nick teve dias complicados na Prost, como já era de se esperar. Motores Peugeot com pouca potência e a bagunça interna na equipe, não deram nem a ele e Alesi a chance de trabalharem e mostrem resultados, principalmente para ele que era um estreante. Vale lembrar também que ele se envolveu em vários acidentes naquela temporada, num número elevado que poderia ter sepultado seu futuro na F1 desde já. Não marcou um ponto se quer naquele ano e sua melhor posição de chegada foi a oitava colocação em Mônaco.
Passados dez anos, Button e Heidfeld tiveram suas carreiras quase que esquecidas dentro da categoria, simbolizando um fracasso do que poderiam ter conseguido com o talento que os reservava. Jenson passou pela Renault em 2002, esquentando lugar para Fernando Alonso, e em 2003 desembarcou na mutante BAR (que mais tarde tornar-se-ia Honda, BrawnGP e agora MercedesGP) onde viveu o céu e o inferno. Ótimas temporadas em 2003, 04 e uma mediana em 2005. Em 2006, ano que a equipe se tornou Honda, venceu na Hungria mas o campeonato foi complicado e pioraria ainda mais nos dois anos seguintes. A estréia arrasadora do seu compatriota Lewis Hamilton em 2007, deixou Button ainda mais esquecido entre fãs e imprensa britânica. A sorte lhe sorriu quando a Honda saiu e deu lugar a BrawnGP, onde conseguiu o seu campeonato mundial em 2009. Heidfeld sempre foi discreto e mesmo sendo mais rápido que seus companheiros desde a sua entrada na Sauber em 2001, sempre ficou para trás os vendo conquistar vitórias e títulos, Foi assim com Kimi Raikkonen em 2001 e Massa em 2002, superou-os com tranqüilidade, mas ficou pelo caminho quando estes foram para equipes melhores, com Raikkonen indo para a Mclaren em 2002 e Massa saindo para ser piloto de testes na Ferrari e voltando em 2004 pela Sauber muito mais experiente. Nick ainda correu pela Jordan em 2004 e pela Williams em 2005, onde obteve até hoje seu melhor resultado geral na categoria ao marcar a pole para o GP da Europa em Nurburgring. Voltou para a Sauber em 2006 e assim como em outros tempos, foi suplantado por Kubica que estava muito melhor que ele nos dois últimos anos da associação BMW Sauber. Sem emprego, foi ser piloto de testes da Mercedes e neste segundo semestre, foi escolhido pela Pirelli para testar seus pneus que serão usados em 2011.
Mazzacane ainda correu 4 provas pela Prost Grand Prix em 2001. Depois saiu da F1 e vagueou por outras categorias, entre elas a já extinta ChampCar e a Fórmula Truck brasileira, atualmente corre em categorias do seu país natal, a Argentina.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...