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quinta-feira, 4 de maio de 2023

Foto 1025 - Alain De Cadenet/ Desiré Wilson, 1000km de Monza 1980

(Foto: Motorsport Images)

 

Um momento importante para uma situação especial.

A troca de guarda entre Alain De Cadenet e Desiré Wilson no Lola LM1 Ford (batizado de Cadenet LM1) #34 durante os 1000km de Monza, então 4ª Etapa do Mundial de Marcas de 1980.

A dupla formada por Cadenet/ Wilson venceu esta prova após herdar a liderança no final da corrida, precisamente quando faltava três voltas para o final, depois que Henri Pescarolo precisou levar o Porsche 935K #21 (que ele dividia com Jürgen Barth) aos boxes para um rápido reabastecimento. A piloto sul-africana teve apenas o trabalho de guiar o Lola até a vitória, nesta que foi a primeira de uma mulher em um campeonato mundial organizado pela FIA na geral. 

O sucesso voltaria a bater à porta desta dupla quinze dias depois na disputa das 6 Horas de Silverstone, quinta etapa.

Mais uma vez eles tiveram o desafio dos Porsche: um 908/3 #5 de Jürgen Barth e Siegfried Brunn e o 935K3-80 da Porsche Kremer pilotado por John Fitzpatrick/ Guy Edwards/ Axel Plankenhorn - estes últimos lideraram a fase inicia da corrida, mas um  problema de pistão forçou o abandono. 

A conquista do De Cadenet LM1 teve alguns percalços que poderiam muito bem ter atrapalhado o andamento, quando Desiré Wilson teve a perda de uma volta após ter cortado a chicane Woodcote.

A dupla ainda lutaria com um problema de ignição, mas recuperariam a liderança quando faltavam 25 minutos para o fim da corrida para vencer mais uma vez e de forma consecutiva.

sábado, 20 de abril de 2019

Foto 753: Mauricio Gugelmin, Laguna Seca 1993

(Foto: 4Quatro Rodas)

Mauricio Gugelmin a bordo do Lola Ford da equipe de Dick Simon, durante a etapa de Laguna Seca que encerrou a temporada de 1993 da Indycar.
O piloto brasileiro estreou na prova de Mid-Ohio onde abandonou na 62ª volta; em Nazareth  largou na 25ª posição e abandonou na volta 145 e na prova final, em Laguna Seca, terminou na 13ª posição após largar em oitavo. Mauricio esteve na Indycar de 1993 até 2001 onde conquistou 4 poles, 8 pódios e 1 vitória e a sua melhor qualificação no campeonato foi em 1997, quando fechou na quarta colocação.
Mauricio Gugelmin completa hoje 56 anos.

quinta-feira, 28 de março de 2019

Foto 718: Hubert Hahne, Nurburgring 1968

Hubert Hahne e o seu Lola BMW durante o GP da Alemanha de 1968, disputado em Nurburgring, onde o piloto alemão largou na décima oitava posição e terminou em décimo, dez minutos atrás do vencedor Jackie Stewart.
Foram poucas aparições de Hahne na F1: além dessa de 1968, esteve em 1967 - abandonou por conta de uma quebra de suspensão; em 1969 não largou, apesar de ter conseguido a 17a posição no grid e em 1970, com um March-Cosworth, não conseguiu se qualificar. Todas no GP da Alemanha.
No entanto, Hubert teve uma boa carreira em categorias de acesso ao conseguir títulos em categorias de turismo na Alemanha (com um BMW 1800 Ti em 1964) e no ano seguinte conquistando o campeonato europeu.
Hubert Hahne foi o primeiro piloto a rodar abaixo de dez minutos no Nurburgring com um carro de turismo, quando venceu uma prova preliminar da F1 em 1966 ao fazer uma volta em 9'58"5 com um BMW 2000ti. No mesmo ano Hahne venceria, em parceria com Jacky Ickx, as 24 Horas de Spa com um BMW 2000ti. Hubert encerrou a sua carreira em 1970.
Hoje o piloto alemão completa 84 anos.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Foto 265: Ganassi

Um belo pôster com alguns dos Ganassi desde o Lola-Chevrolet de Eddie Cheever em 1990 - ano que a equipe estreou na extinta CART - até o DW12-Honda com que Scott Dixon venceu o seu terceiro campeonato na IRL no último sábado em Fontana.
E claro, sempre com o apoio da rede de lojas de varejo Target.

sábado, 5 de outubro de 2013

Foto 261: Bruce e Graham, Riverside 1966

Como eram belos estes carros da Can-Am. Nesta foto, tirada durante a etapa de Riverside de 1966, Bruce Mclaren (Mclaren Elva Mark IIB Chevrolet #4) na cola de Graham Hill (Lola T70 Mk.2 Chevrolet #3).
A etapa de Riverside foi a quinta daquele campeonato que marcava a estréia da Can-Am. Entre os Mclarens e Lolas existentes carros como o Hamil SR3, Porsche 906, Genie MK.2, Chaparral 2E também faziam parte do certame.
A prova de Riverside foi vencida por John Surtees, que era companheiro de Graham Hill e dono da equipe. E o próprio Surtees veio a sagrar-se campeão do primeiro ano da Can-Am com 27 pontos, seis a mais que Mark Donohue.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

WEC: Um pouco sobre a segunda edição das 6 Horas de São Paulo


A largada das 6 Horas de São Paulo
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

Pela segunda vez estive presente no fim de semana do WEC em Interlagos, a primeira para acompanhar a corrida “in loco”, já que ano passado fui somente ao treino classificatório e a corrida acompanhei via streaming. Foi um ótimo evento.
Começando pela corrida, havia uma ansiosa espera por um duelo entre a Toyota e a Audi no solo paulistano, mas eu via essa possibilidade com algum ceticismo devido ao desempenho dos carros nipônicos nas três corridas anteriores: mesmo com um TS030 revisado, a fábrica japonesa não havia conseguido fazer frente aos alemães em Spa, Silverstone e Le Mans. O carro até que conseguiu importunar a Audi em Spa e Silverstone, mas foi por pouco tempo. As quebras nestas duas corridas e mais a surra que foi levada em Sarthe, deixou dúvidas de como as coisas seriam em Interlagos pista na qual eles derrotaram a Audi em 2012 conquistando uma bela vitória naquela ocasião e deixando a fábrica de Ingolstadt em alerta com a sua performance, principalmente quando repetiu o feito em Xangai e Fuji. Mas passado um ano daquela vitória, a Toyota não esteve em grande forma em São Paulo vindo a conquistar, apenas, um breve domínio no primeiro treino livre de sexta-feira. A Audi, com os seus dois e-trons, dominaram todas as ações desde a segunda prática até a bandeirada final. Nos 35 minutos em que esteve na pista, o Toyota estava em terceiro e via a sua diferença aumentar consideravelmente para os dois Audis, mas aposta dos japoneses repousava estritamente nas paradas de boxes que, segundo eles, deveria ser uma a menos que o dos Audis. Portanto era de se esperar uma briga boa no final da corrida se isso tivesse acontecido e se eles conseguissem manter uma distância aceitável para os carros alemães. Infelizmente as ambições nipônicas caíram por terra quando Stéphane Sarrazin foi dobrar o Lotus T128 #32 de Dominik Kraihamer e este, na tentativa de corrigir uma saída de traseira do carro, como ele disse após a prova, acabou acertando o Toyota na curva do Sol e indo de encontro nas barreiras de pneus. Apesar do esforço de Sarrazin em levar o carro de volta para os boxes, a frente ficou muito danificada e a corrida para Toyota terminou ali de forma prematura com um pouco mais de 35 minutos de corrida realizada. Um balde de água gelada em todos (o que não seria nada mal, devido ao forte calor que fez domingo) que acreditavam num possível duelo pela vitória na LMP1.
Com a ameaça mais forte de fora pela briga da vitória na LMP1, restou para a Audi fazer o seu passeio dominical na pista paulistana e nem mesmo um susto com a roda solta do #2 de Loïc Duval, que levou este preso no seu carro até os boxes, interferiu na dobradinha da casa das quatro argolas. Marcel Fässler/Andre Lotterer/Bénoit Tréluyer levaram o #1 à vitória após seis horas de corrida e 235 voltas, três a mais que o trio Allan McNish/Tom Kristensen/Loïc Duval. O abandono da Toyota acabou ajudando a Rebellion Racing, que pôde levar o seu Lola Toyota para a terceira posição com o trio Nicolas Prost/Mathias Beche/Nick Heidfeld.
Na LMP2 a G-Drive Racing, com o seu Oreca Nissan #26, venceu na categoria com um belo desempenho do trio formado por Roman Rusinov/Mike Conway/John Martin que colocaram uma volta sobre o segundo e terceiro colocados (#35 Bertrand Baguette/Martin Plowman/Ricardo Gonzalez e #49 Nicolas Minassian/Pierre Kaffer/Luis Perez-Companc).
Na LMGTE-PRO duelo dos bons entre a Ferrari da AF Corse #51 de Giancarlo Fisichella/ Gianmaria Bruni contra o Aston Martin #97 de Stefan Mücke/Darren Turner durante todo o certame da prova, com as duplas terminando com uma pífia vantagem de 1.4 segundos. A terceira colocação nessa classe pertenceu ao Porsche 911 #91 do Team Manthey, pilotado por Jörg Bergmeister/Patrick Pilet. Já na LMGTE-AM vitória ficou com o Aston Martin #96 de Stuart Hall/Jamie Campbell-Walter, após estes terem herdado a vitória que já era certa do trio da Aston Martin #95 Nicki Thiim/Christoffer Nygaard/Kristian Poulsen, que tiveram um pneu solto quando estavam próximos da curva do Café e isso acabou forçando o abandono. O pódio dessa classe foi completado por Rui Águas/Enzo Potolicchio/Davide Rigon com a Ferrari #81 da 8Star Motorsports e por  Paolo Ruberti/Gianluca Roda/Christian Ried com o Porsche 911 #76.
Para os pilotos brasileiros, a tarde não foi das melhores: Bruno Senna vinha bem até se envolver num incidente que danificou a suspensão do seu Aston Martin #99 na segunda hora de prova, forçando o seu abandono. Fernando Rees, que comando o Corvete #50 ao lado de Julien Canal e Patrick Bornhauser, enfrentou problemas mecânicos que custou ao trio a perda de 11 voltas parado nos boxes. Eles voltaram para corrida, concluindo-a na sexta posição da classe, 19º no geral.
O único susto nessa corrida ficou por conta do fogo no Ferrari #71 de Kamui Kobayashi/ Toni Vilander, exatamente quando o finlandês estava ao volante. O fogo começou na parte traseira do carro ainda no miolo do circuito, e o piloto só encostou a Ferrari já na subida para a curva do Café. A traseira do carro ficou bem destruída.
A próxima etapa do WEC acontecerá em Austin, nos dias 20, 21 e 22 de setembro.
 
O Audi e-tron quattro de Marcel Fässler/Andre Lotterer/Bénoit Tréluyer, que venceu o duelo contra o seu
"irmão gêmeo" pilotado por

Allan McNish/Tom Kristensen/Loïc Duval na LMP1(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

O Oreca Nissan da G-Drive, pilotado por Roman Rusinov/Mike Conway/John Martin, vencedores na LMP2(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

O Ferrari da AF Corse, conduzido por Giancarlo Fisichella/ Gianmaria Bruni, venceram na LMGTE-PRO após
um belo duelo contra o Aston Martin de Stefan Mücke/ Darren Turner
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

E na LMGTE-AM, a vitória escapou de um Aston, mas caiu no colo de outro: Stuart Hall/Jamie Campbell-Walter herdaram a vitória do trio
Nicki Thiim/Christoffer Nygaard/Kristian Poulsen(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)
 


O evento

Ano passado estive presente apenas na sexta-feira para acompanhar os treinos – livre e classificatório - a corrida acompanhei via internet. Mas visível a melhora do evento: ano passado apenas a roda-gigante era a grande atração para a molecada (e porque não dizer, dos adultos também) e algumas lojas (poucas, por sinal) estavam instaladas para a venda de souvenires. Este ano todo o estacionamento, que fica no antigo trecho da curva do sol, foi tomado por lojinhas, barracas de alimentação, um parque de diversão com mais brinquedos do que ano passado, tendas com simuladores, autorama, um telão para acompanhar a prova... este ano a coisa estava mais completa e pôde deixar o público entretido, afinal não é todo mundo que aguenta ficar vendo seis horas de corrida direto. A não ser que você seja um doente por corridas, assim como este que vos escreve...
A criançada, além do parque, simuladores e do cineminha da Disney, tiveram uma aula de trânsito numa “pista” improvisada na parte de cima de onde havia uma exposição de carros antigos. Nesta exposição, alguns carros que fizeram história do automobilismo nacional e mundial, com destaque para o Kharman Ghia que pertenceu a José Carlos Pace e Wilson Fittipaldi; o Opala que foi campeão da Stock Car de 1983, com Paulo Gomes ao volante e outro Opala, que foi conduzido por Wilson Fittipaldi nos anos 90. E claro, a presença do Penske com o qual Emerson Fittipaldi venceu a Indy 500 de 1993, mais o Pace Car da prova de 1989, que o “Rato” também venceu. Só achei que esta exposição ficou mais “largada” que a do ano passado.
Bom, por outro lado, o mais legal de tudo é facilidade com que você tem para se locomover pelas dependências do autódromo, principalmente por causa dos eventos extra que ela proporcionou ao espectadores. Sim, eu aproveitei bastante essa facilidade em andar de um local para o outro sem ter aquela preocupação em ser barrado. Rendeu boas fotos essa andança por Interlagos, principalmente no domingo.

A visitação dos boxes durou 50 minutos. Foi bem aproveitável, mas no box da Aston Martin a muvuca era maior, só
comparável ao da Audi e Toyota. Pra tirar essa foto de Bruno Senna e Rob Bell, tive arranjar um canto rapidamente, caso
contrário, não teria conseguido.
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

O homem que comanda a poderosa Audi: Dr. Wolfgang Ulrich esteve pela primeira vez em solo paulistano e pôde
comandar mais uma conquista dos "Auto Unions"
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)


Allan McNisch, Loïc Duval e o senhor Le Mans, Tom Kristensen, durante os autográfos. Ao fundo, a estrela maior
esperando o momento de entrar na pista de Interlagos
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

O Corvete de Fernando Rees e de seus parceiros Julien Canal e Patrick Bornhauser, enfrentaram problemas com o
motor, que passou a trabalhar com apenas 6 cilindros devido falhas com as velas. Mas enquanto esteve firme, o "Trovão" V8 gritou forte
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

O solitário Toyota TS030 foi entregue para Stéphane Sarrazin, Sebastien Buemi e Anthony Davidson. Infelizmente estes
dois últimos não tiveram o gosto de pilotar o carro durante a corrida, devido o enrosco de Sarrazin com a Lotus de Dominik Kraihamer antes dos 40 minutos de prova. Desaire para a equipe vencedora em 2012
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

O Copersucar FD04 com o qual Emerson Fittipaldi disputou o mundial de 1977 da Fórmula-1. Olhando bem o carro, vi o quanto que as dimensões deste bólido dos anos 70 era menor do que os atuais e a sua fragilidade. Mas em questão de beleza, dá um banho nos F1 de hoje
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

O Morgan Nissan da OAK Racing, o "Art Car" como foi apelidado. Um dos mais belos layouts da competição automobilística da atualidade...
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

...e Emerson Fittipaldi não resistiu e deu algumas voltas com ele em Interlagos
(Foto: Fernando Lima)
No meio de tantas fotos "repetidas", devido ao ângulo em que elas foram feitas, fiz uma arte no Audi #2 no finzinho da tarde de domingo
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

O Lola Toyota da Rebellion Racing foi preferido da galera, pelo jeito. E as cores em preto, dourado e vermelho, casaram bem. A foto foi feita minutos antes da bandeirada quadriculada. Gostei do resultado
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

Bom, até que a foto ficou decente,  já que eu estava longe. Foi um belo fim de semana em Interlagos, enfim. Agora é esperar por 2014
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)



sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Vídeo: Can-Am em Mid Ohio, 1971

Uma pena que o vídeo não seja um resumo do que foi a prova, mas já é o suficiente para ver o quanto eram belos estes carros da Can-Am em 1971 e ouvir o som dos V8 trabalhando fortemente na quinta etapa daquele campeonato realizado em Mid-Ohio.
Foi a época de ouro da Can-Am e também da Mclaren, que dominava amplamente aquele campeonato desde 1967. A pole para aquela etapa foi de Denny Hulme com o Mclaren M8F #5 Chevrolet, com Peter Revson na segunda colocação com outro Mclaren M8F #7 e em terceiro Jackie Stewart, com o Lola T260 da Carl Haas Racing.
Apesar da superioridade da Mclaren naquela época, os carros na tradicional cor laranja não venceram: Hulme e Revson abandonaram com problemas mecânicos e a vitória ficou com Stewart, seguido por Jo Siffert (Porsche 917/10) e Tony Adamowicz (Mclaren M8B).
O título daquela temporada ficou para Peter Revson, que derrotou Denny Hulme por dez pontos (142x132).

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Marlboro Challenge (1987-1992)

O pódio do Marlboro Challenge de 1991, disputado em Laguna Seca: Michael Andretti comemorando a sua segunda
vitória no evento, seguido por Emerson Fittipaldi e Rick Mears, que perdera essa prova a poucos metros do fim.
(Foto: Flickr/Keepergplea)
Entre 1987 e 1992 a Marlboro promoveu uma corrida entitulada como "Marlboro Challenge", que destinava a dar prêmios em dinheiro para o piloto, ou pilotos, que vencessem as três corridas patrocinadas pela gigante do tabaco: além do Marlboro Challenge, as outras duas provas eram a Marlboro 500 (Michigan) e a Marlboro Grand Prix (Meadowlands). O piloto que vencesse as três corridas no mesmo ano, automaticamente ganharia 1.000.000 de dólares, ou então um bônus de 150.000 U$ caso vencesse ao menos duas corridas deste evento.
O "Marlboro Challenge", em si, não contava pontos para o campeonato, mas destinava uma boa quantia para o vencedor do evento que girava em torno de 200.000 à 300.000 dólares. Os pilotos que participavam deste evento era somente os que haviam vencido provas no ano anterior e no ano corrente, o atual campeão da categoria, o vencedor da Indy 500 e também aqueles que haviam marcado pole. Caso o grid fosse pequeno, pilotos que tivessem conseguido um bom número de segundos lugares ou terceiros, também entrariam na competição. A prova era disputada com a metade da sua totalidade e sempre era realizada aos sábados que antecediam o evento oficial.
Em seis edições disputadas, cinco pilotos venceram a prova: em 1987 Bobby Rahal (Lola-Cosworth), venceu a corrida na pista de rua de Miami (Tamiami Park); em 1988 foi a vez de Michael Andretti vencer com o Lola-Cosworth da Kraco Racing, também na pista de Tamiami Park; em 1989 a prova foi realizada em Laguna Seca e Al Unser Jr., com o Lola-Chevrolet da equipe Galles, foi o vencedor; em 1990 Rick Mears venceu a prova em Nazaré, com o Penske-Chevrolet do senhor Roger Penske; Michael Andretti voltou a vencer a corrida em 1991, agora pilotando o Lola-Chevrolet da Newmann-Haas, com a prova sendo disputada em Laguna Seca; Emerson Fittipaldi venceu a última edição do "Marlboro Challenge" em 1992, pela Penske, quando a corrida foi disputada em Nazaré.
A Marlboro acabou com a corrida em seguida, quando reorganizou para 1993 o seu plano de patrocinío para as corridas na América do Norte.
Abaixo um vídeo do primeira "Marlboro Challenge", disputado em Tamiami Park e vencido por Bobby Rahal em 1987.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Vídeo: Historic Cars em Montlhéry, 1991

Belo vídeo com mais de 22 minutos onde é mostrado um final de semana de corrida de carros históricos, reunindo carros de F1, da Fórmula francesa e dos belos protótipos e carros sport no lendário circuito de Linas Montlhéry.
A corrida dos protótipos contou a com a presença ilustre de Henri Pescarolo, pilotando o Matra MS650, David Piper, conduzindo o Porche 917, e de David Hunt (irmão de James Hunt), que pilotou o Lola T70.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Foto 157: Espaciais

(Foto: Motorsport Golden Age/ Facebook)
Parecendo ter saído de algum filme de ficção científica dirigido por George Lucas, o Porsche Turbo 908/80 #5 de Jochen Mass/ Reinhold Joest/ Volkert Merl ao lado do Lola T600 Ford #1 de Guy Edwards/ Emilio de Villota na primeira fila das 6 Horas de Silverstone de 1981, válida para o World Sports Car Championship de 1981
O Porsche não completou nenhuma volta, abandonando após a largada devido um acidente. O Lola de Edwards/ Villota foi a até a 94ª volta quando teve que deixar a prova devido uma pane seca.
A vitória foi do Posrche 935J #22 da Vegla Racing, conduzida pelo trio Walter Röhrl / Harald Grohs / Dieter Schornstein.

domingo, 17 de junho de 2012

24 Horas de Le Mans: Um passeio da Audi e mais uma vitória no bolso



O esquadrão da Audi: 11ª vitória em Sarthe
(Foto: Divulgação)
Para quem acompanha automobilismo com certa regularidade, não era muito difícil prever uma vitória da Audi em Sarthe. Não era necessário ser uma mãe Dinah da vida ou algum Robério de Ogum para sacar que a fábrica de Ingolstadt levaria a sua 11ª vitória nas 24 Horas de Le Mans. Sem a Peugeot, que se retirou das competições no início do ano por questões financeiras, a conquista da Audi nessa prova e no Mundial de Endurance já é cantada há tempos, mas vale lembrar que mesmo correndo “sozinha” a Toyota esteve surpreendentemente próxima dos carros alemães desde os treinos. Ou seja: qualquer descuido poderia ser traduzido numa derrota vergonhosa para dois carros zero quilômetro que estavam estreando na temporada. E Audi teve duas aulas de como não menosprezar o adversário em 2010 e 2011.
Mas isso não aconteceu claro. Dr. Wolfgang Ulrich comandou mais uma conquista da Audi com mãos de ferro, mantendo seus pilotos atentos sempre. As cinco primeiras horas de prova é que foram, na verdade, as mais intensas tendo a Audi a compania da Toyota, que esteve no encalço dos quatro carros alemães por todo esse tempo. Porém os acidentes, com curto espaço de tempo, limaram os japoneses da corrida: primeiro foi Anthony Davidson que acabou sendo abalroado por uma Ferrari na freada do fim da Mulsanne, e acabou decolando seu Toyota #8 e chocando-se, com violência, contra a barreira de pneus. Apesar de ter saído relativamente bem do acidente, foi constatado, mais tarde, que ele quebrara duas vértebras. Meia hora depois, exatamente após a saída do safety car, Kazuki Nakajima resolveu jogar para fora da pista o Delta Wing, Isso lhe custou avarias no Toyota #7 que, apesar de terem sido brevemente reparadas, forçou o abandono horas mais tarde. Para o Delta Wing-Nissan, a prova terminou exatamente após este acidente causado por Kazuki e a cena de esforço de Satoshi Motoyama para recolocar o carro de volta à corrida, já virou um dos marcos dessa 80ª Edição das 24 Horas de Le Mans, mostrando bem como é o espírito dessa corrida. Mais tarde a Toyota mandou que Nakajima fosse pedir desculpas à Nissan pelo acidente.
Apesar de a corrida ter se decidido nestes dois lances infelizes para a Toyota, a Audi enfrentou alguns contratempos: antes que Davidson voasse com seu carro, o Audi #3 bateu de frente na curva Posche e Romain Dumas, que estava ao volante, desceu do carro e arrancou todos os pedaços soltos e voltou para a corrida com um dos pneus tortos. Recolheu para os boxes, arrumou as avarias e voltou para a corrida com um bom número de voltas de atraso para os dois Lolas da Rebellion. Apesar do esforço do trio formado por Dumas/ Duval/ Gené, que descontaram voltas e mais voltas entre a noite e o dia, o erro de Marc Gené quando estavam já na quarta posição, o relegaram para o quinto posto. Desse modo uma possível quadra da Audi foi desfeita.
Outros dois Audis também sofreram algum tipo de incidente: Fässler rodou com o #1 no meio da madrugada, entregando a liderança de bandeja para o trio formado pelos senhores Mcnish/ Capello/ Kristensen. Este último, por exemplo, vem seguindo a sua nona vitória desde o ano passado quando Mcnish a desperdiçou muito cedo naquele pavoroso acidente na primeira hora de corrida. Dessa vez o escocês botou tudo a perder ao bater, sem grandes danos, na curva Indianápolis. Alan é um baita piloto de endurance, veloz, mas tem nele uma impaciência que, quando vem, coloca todo um trabalho no lixo. Fora todos estes contratempos, a Audi esteve absoluta em Sarthe e o trio formado por Lotterer/ Fässler/ Tréluyer levou o bi-campeonato da prova.
Para se destacar nessa corrida previsível, o desempenho sólido da Rebellion Racing que teve um dos seus carros na quarta posição com o trio Heidfeld/ Prost/ Jani e o experiente Pedro Lamy que conduziu o Corvete, versão 2011, da Larbre Competition a uma vitória espetacular na classe LMGTE-AM, mostrando que ainda é uma dos bons pilotos de Endurance do mundo.
Essa vitória da Audi é histórica, por sinal: é a primeira de um carro híbrido, tecnologia que já está sendo preparada por outras grandes fábricas como Mazda, Lotus, Porsche para o ano de 2014. Talvez, quem sabe, mais outras montadoras não resolvam investir no Endurance e desafiar o poderio da Audi, que conquistou a sua 11ª vitória em 13 participações. Uma aula de competência e tecnologia.
A edição de número 80 das 24 Horas de Le Mans se foi. Não pude acompanhá-la como fiz ano passado, mas tive a oportunidade de ler os pedaços dela via twitter e de ótimos blogs como do Rodrigo Mattar e do Paulo Alexandre Teixeira.
E como disse no twitter, quando a prova estava a poucos minutos do fim, a saudade começava a bater. E que venha logo 2013!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Crash: Mario Andretti, Toronto 1989

O velho Mario escapou por pouco de ter se machucado sério neste acidente durante a prova de Toronto válida pela CART, em 1989. 
Ao tentar ultrapassar Teo Fabi, ele acabou acertando em cheio o March-Alfa Romeo de Roberto Guerrero que estava parado no canto direito da reta oposta após abandono por fuga de óleo. O Lola-Chevrolet deslizou até a área de escape e Andretti saiu sem nenhum ferimento.
O erro foi do bandeirinha, que ao invés de mostrar a bandeira amarela, agitou a branca que indica carro lento na pista. Neste caso o March de Guerrero já estava parado naquele ponto há quase uma volta. 
A dica é do site Motorsport Retro.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Vídeo: Rothmans International F5000 Series: Adelaide, 1978

Segunda etapa do campeonato australiano de F5000, disputado no circuito de Adelaide International Raceway.
Dos 29 inscritos, 22 largaram e 17 concluiram a corrida. A pole foi de Warwick Brown, com um Lola T333/T332 Chevrolet V8, cravando a marca de 49.8 segundos. O próprio Warwick venceu a corrida após 50 voltas, com o tempo de 42 minutos e 45 segundos. Vern Schuppan (Elfin MR8B-C/ Chevrolet V8) e Johnny Walker (Lola T332/ Chevrolet V8) completaram o pódio.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Emerson Fittipaldi vs Nigel Mansell, Cleveland 1993

Lembro-me desse dia como se fosse hoje. Mansell tinha trocado a F1 pela Indy no final de 1992 após a conquista de seu único campeonato pela Williams. Ele encontrou nos EUA um cenário diferente do que tinha se acostumado no último 1 ano e meio na F1, quando dominava a seu bel prazer com os insuperáveis Williams-Renault.
Na Indy, ele desembarcara na equipe da Newman-Haas tendo como companheiro o grande Mario Andretti e o Lola T9306- Ford XB para pilotar. Do outro lado o duo da Penske, com Paul Tracy e sua juventude aliada a uma velocidade impressionante e o mestre Emerson Fittipaldi ao volante dos elegantes Penske PC22- Chevrolet C. Aliás, tanto estes motores quanto os chassis eram os únicos que estavam em pista na maioria das provas.
Por todo o campeonato a briga foi direta entre o duo da Newman-Haas e Penske pelo campeonato, mas na oitava etapa, disputada na pista do aeroporto de Burke Lake Front, Cleveland, Mansell e Emerson então líder e vice no campeonato, travaram um duelo memorável.
Paul Tracy tinha largado na pole e liderado a prova inteira, exceto por algumas voltas quando teve que ir aos boxes para a troca de pneus e reabastecimento e nisso Mansell aproveitou-se para liderar por um curto espaço de tempo.
Nas últimas dez voltas, ele e Emerson travaram uma batalha das boas pela segunda posição, com o brasileiro a ultrapassá-lo na volta 75, mas o Leão fez valer seu apelido e foi a caça de Fittipaldi. Nas voltas 77 e 78 ambos trocaram de posição várias vezes, chegando em algumas delas contornarem curvas lado a lado. No final foi Emerson quem conseguiu a segunda posição e Mansell ficando em terceiro.
Tracy venceu a corrida com mais de 18 segundos à frente de Fittipaldi, mas a batalha dos dois grandes pilotos tinha sido fabulosa.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...