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quarta-feira, 23 de junho de 2021

Foto 976: Michèle Mouton e Fabrizia Pons, Rallye Sanremo 1981

 


O momento de quebrar a escrita dos rallies... Michèle Mouton e Fabrizia Pons deixando o típico rastro de poeira em um dos estágios do Rallye de Sanremo de 1981 com o Audi Quattro. Era a décima etapa do Mundial de Rally daquele ano. 

Michèle e Fabrizia disputaram a liderança e a vitória desta etapa desde o segundo estágio quando subiram da 13ª posição - onde terminaram no primeiro estágio - para a quarta posição, ficando apenas vinte segundos da primeira colocação, que era ocupada pelos italianos Michele Cinotto e Emilio Radaelli que também estavam a bordo de um Audi Quattro. E essa colocação de Michèle/ Fabrizia melhoraria no terceiro estágio, quando subiram para segundo e relegaram o Porsche 911 SC de Walter Röhrl e Christian Geitsdörfer - que lideraram o primeiro estágio - para terceiro. Porém, o melhor conhecimento do percurso por conta de Cinotto/ Radaelli davam a eles uma vantagem e isso contribuiu para que elevassem a diferença para a dupla feminina de 20 segundos para 32. 

Porém, no terceiro estágio, é onde se deu a grande disputa entre as duas duplas da Audi: foi uma troca de melhores performances aguerridas, onde Cinotto ganhava e perdia em algumas especiais, enquanto que o mesmo acontecia com Mouton. Mas o italiano é quem teve seus azares ao perder onze segundos após quase acertar um carro civil que lhe atravessara a frente e depois ele teve que lutar contra uma febre que o acometia. Por conta disso, numa tentativa de responder o grande avanço de Michèle/ Fabrizia - que a esta altura já liderava com onze segundos -, ele perdeu o controle de seu Audi e acabou abandonando. A dupla franco-italiana continuou a sua grande jornada naquele estágio para encerrar com mais de três minutos de vantagem sobre Röhrl/ Geitsdörfer e também para o Ford Escort de Ari Vatanen/ David Richards que estavam com 1 segundo de atraso para o segundo colocado. 

O quarto estágio começou bem para a dupla do Audi Quattro #14 ao conseguirem manter a diferença para o Porsche de Röhrl/ Geitsdörfer, e as coisas melhoraram quando o Porsche quebrou a suspensão traseira após um salto e teve que abandonar. Agora a batalha seria contra o Ford de Vatanen/ Richards, mas apesar do melhor manejo do Audi contra o Ford, os problemas apareceram para Michèle/ Fabrizia: uma pinça de freio quebrou e elas tiveram que fazer reparos e ainda levaram uma penalização de dois minutos. O melhor desempenho de Vatanen/ Richards em um dos trechos fez a diferença descer ainda mais - 38 segundos -, mas a troca do eixo no Audi #14 deu a Mouton/ Pons a chance de retornar a tempo e equilibrar o jogo no final do dia. Elas perderam mais quatro segundos e fecharam aquele estágio com 34 segundos de avanço sobre o Ford Escort de Vatanen/ Richards. 

A disputa seria acirrada naquele quinto e último estágio: abrindo o caminho no meio da noite os dois oponentes partiram e o Ford Escort #4 era o mais veloz naquele inicio, já conquistando oito segundos sobre o Audi, mas aí veio o infortúnio de Vatanen: na ânsia de tirar a diferença, Ari toca num muro e acaba perdendo o controle do carro que acerta uma pedra e de imediato destrói o eixo dianteiro, forçando ele abandonar a luta pela vitória e completar a prova em sétimo. Para Michèle/ Fabrizia foi apenas um detalhe, onde os azares do estágio anterior quase tiraram delas a chance de vencer. A dupla franco/ italiana apenas administrou a vantagem três minutos sobre o Talbot Sunbeam Lotus de Henri Toivonen/ Fred Gallagher (Grupo 2) para vencerem o Rally de Sanremo. Para Michèle Mouton não apenas foi a primeira vitória, como também tornou-se a primeira mulher a vencer um rally no Campeonato Mundial. 

Algum tempo depois ela relembrou esse grande dia: "Eu me lembro não apenas porque foi uma vitória, mas também porque foi uma grande luta até ao último dia. Fabrizia me lembrou na outra noite que tínhamos um problema com as pastilhas de freios, então perdemos muito tempo. Terminamos a um dia para o final, 34 segundos na frente de Ari Vatanen. Nós dirigimos para a última especial, de noite. Voltamos para o hotel e eu não consegui dormir, quatro horas pela frente e sem dormir. Então chego ao inicio da etapa, tem cerca de 42 km, olho para Fabrizia e disse: 'Tudo bem, esquecemos tudo e fingimos que estamos de novo na primeira especial do rali, porque um de nós vai perder'. E assim, Ari bateu numa pedra e nós vencemos o rali."

A grande Michèle Mouton completa hoje 70 anos.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Foto 826: Rally de Acrópole, 1986

Os reparos nos Peugeot 205 Turbo 16 E2 durante os intervalos dos estágios do Rally de Acrópole de 1986, sexta etapa do WRC (ou Grupo B, como queiram) daquela temporada.
Na foto, pela ordem, o #5 de Juha Kankkunen/ Juha Piironen, o #9 de Bruno Saby/ Jean-François Fauchille e o #1 de Timo Salonen/ Seppo Harjane.
Apenas dois destes Peugeot chegaram ao final, com o #5 de Kankkunen/ Piironen vencendo a etapa, seguido pelo Lancia Delta S4 #8 de Mikki Biasion/ Tiziano Siviero e com o outro Peugeot #9 de Saby/ Fauchille em terceiro.
O Peugeot de Salonen/ Harjane abandonou por problemas na suspensão.
Juha Kankkunen/ Juha Piironen e a Peugeot venceram aquele mundial de 1986, com o duo finlandês vencendo três provas (Suécia, Acrópole e Nova Zelândia) e a Peugeot ganhando 6 das treze etapas.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Vídeo: O teste do Ford Escort RS1800

Björn Waldegard e Hannu Mikkola testando o Escort RS1800 em 1978, na Suécia. Aos três minutos vemos também o Ford Fiesta 1600, que foi utilizado por Ari Vatanen.
A Ford terminou o Mundial de Rally de 1978 na segunda posição com 100 pontos, trinta e quatro a menos que a FIAT que sagrou-se campeã de construtores com o FIAT 131 Abarth.
O campeão entre os pilotos foi Markku Alén (FIAT 131 Abarth) com 52 pontos.
O vídeo foi originalmente postado no blog Zona Rápida.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Vídeo: Bjorn Waldegaard com o Lancia Stratos, Robin Hood Rally 2008

Um breve vídeo de Bjorn Waldegaard, o primeiro campeão mundial oficial do WRC em 1979, testando o lendário Lancia Stratos no traçado que foi usado no Robin Hood Rally, na Grã-Bretanha.
Bjorn veio a falecer hoje pela manhã na Suécia após um longo período doente. Tinha 70 anos.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Foto 271: Safari

Considerado como o rali mais difícil do mundo, o Rally Safari - que fez parte do calendário do WRC entre os anos de 1973/2002 - tinha os seus percalços.
Na foto que encabeça este post, era bem possível que o piloto e navegador encontrassem uma girafa atravessando o caminho dos carros. A foto é da edição de 1984.

terça-feira, 12 de março de 2013

Revista Speed - Edição 9

Com 74 páginas de informação e qualidade, a Revista Speed chega a sua nona edição com um guia completo da 64ª Temporada de F1 mostrando pilotos e equipes e o calendário. Além disso a revista trás as matérias sobre a MotoGP e WRC.
Há também uma ótima matéria que conta a vida e carreira de Bruce Mclaren, assim como o primeiro chassi campeão do Team Mclaren, o M23, que foi conduzido por Emerson Fittipaldi em 1974.
Nesta edição a minha contribuição foi com os textos sobre a participação de José Carlos Pace como dublê do Al Pacino no filme "Bobby Deerfield" e sobre a vitória de Jean Pierre Beltoise em Mônaco, no ano de 1972.
E aqui fica  link desta nova edição: https://speedrevista.wordpress.com/2013/03/12/speed-9-marco-2013/
Boa leitura!

segunda-feira, 4 de março de 2013

Foto 177: Rally de Monte Carlo, 1973


Um dos mais belos carros de competição do último século, o Alpine-Renault A110 1800 que foi conduzido por Jean Claude Andruet e Michèle Petit no Rally de Monte Carlo de 1973 que acabariam por vencê-lo. Foi um bom ano para a a Alpine naquela ocasião, já que a fábrica conquistaria o Mundial de Construtores de Rallies naquele ano.
Jean Claude Andruet foi um dos pilotos mais versáteis daquela época. Além de competir em alto nível nos Rallies, onde conquistou por duas vezes o título do campeonato francês de Rally (1968 e 1970); Campeão Europeu de Rally (1970) além de outras duas vitórias no WRC (Tour de Corse de 1974 e Rally de San Remo 1977), ainda teve uma vida longa no Mundial de Marcas e Esporte Protótipos onde correu com inúmeros carros. As sua melhores colocações remontam à duas quintas colocações em 1972 (Ferrari 365 GTB4) e 1981 (Ferrari 512 BB LM) todos em parceria com o francês Claude-Ballot Lena. A sua última participação nas 24 Horas de Le Mans foi em 1989, quando pilotou um Cougar C20B formando trio com Phillipe Farjon e Syunji Kasuya, terminando na 14ª colocação. No WRC ele competiu de 1973 à 1986, mas voltou em 1995 especialmente para correr no Rally de Monte Carlo sempre em parceria com Michèle Petit a bordo de um Mini. Mas abandonaram por problemas de suspensão.
Michèle "Biche" Petit competiu como navegadora, quase que sempre ao lado de Andruet, com quem conquistou os seus melhores resultados como as vitórias no Rally de Monte Carlo (1973) e Tour de Corse (1977). Participou do WRC até o ano de 1986, voltando em 1995 apenas para disputar o Rally de Monte Carlo ao lado de Andruet. No início deste ano, aos 62 anos, participou novamente do Rally de Monte Carlo como navegodora de outro veterano dos Rallies, Maurizio Verini, com um Mitsubishi Lancer EVO IX, mas não completaram a competição.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Revista Speed - Edição 7

Com uma edição mais enxuta do que a passada, principalmente pela entre-safra que vivem as categorias, o sétimo número da Revista Speed foi ao ar ontem com ótimas matérias sobre o Rally Dakar - que é o carro chefe deste mês - WRC, NASCAR, as 24 Horas de Daytona e MotoGP.
Paulo Alexandre Teixeira destacou no sua coluna "O Grande Circo", o fim da equipe Hispania que teve sua falência decretada ao final de 2012; ele ainda descreve os dias do Rally Dakar aqui na América do Sul, assim como as perspectivas sobre o WRC para este 2013. Ainda sob seu comando, ele apresenta um ótimo texto sobre o melhora carro da saga dos Fittipaldi com a sua equipe na F1: o FA5 de 1978, que foi ao pódio do GP do Brasil de 1978 - disputado no finado Jacarepaguá - com Emerson Fittipaldi em segundo, que também é destacado nesta edição.
A NASCAR tem a sua vez nesta edição com a estréia do Felipes (Felipe Antonio e Felipe Pires), que falam sobre os principais pilotos da categoria e o que esperar deles e dos pilotos brasileiros nas demais categorias.
Daniel Machado também apresenta quem pode brilhar na MotoGP este ano e Bruno Mendonça montou uma lista dos campeões de 2012. Pedro Luís Perez mais uma vez nos brinda com um dos seus Paper Model, que destaca a 312T4 com Gilles Villeneuve ao volante o seu melhor estilo: no contra-esterço.
Rafael Ligeiro, na sua coluna "Papo Ligeiro", nos apresenta uma crônica de um destes garotos que não impressionam muito em treinos, mas acabam sendo brilhantes em ritmo de prova impressionando muitos e calando a boca de tantos outros.
E eu colaborei com um texto sobre as 24 Horas de Daytona, que terão ao final deste mês a sua 51ª Edição que promete ser uma das mais disputadas da história. E o automobilismo brasileiro será muito bem representado com a presença de 16 pilotos nesta prova. E boa parte deles com chance de vencer em suas respectivas classes.
E todos, uma ótima leitura.

Link: http://speedrevista.wordpress.com/2013/01/15/speed-7-janeiro-2013/

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Foto 110: Bebericando

Sebastian Löeb, Ken Block e Kimi Raikkonen num momento de descontração em um bar de Cardiff durante o fim de semana do Rally do País de Gales de 2010.
Isso tem história meus amigos...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Foto 53: Multidão

As provas de rali são emocionantes, principalmente as dos anos 80, onde as pessoas desafiavam os poderosos carros turbo do saudoso Grupo B. 
Nesta foto o Lancia 037 abre caminho em meio a multidão, que arrisca a vida por uma foto.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Em duas rodas

Marcus Grönholm, bi-campeão do WRC nos anos 2000 e 02, venceu a a quinta etapa do Europeu de RallyCross disputado no circuito de Lydden Hill, no Reino Unido. Até aí tudo bem, mas a vitória veio num lance de pura habilidade do piloto finlandês:

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...