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segunda-feira, 15 de junho de 2015

83ª 24 Horas de Le Mans: E os donos da casa voltaram

Me recordo de uma frase dita por Tony Kanaan durante uma matéria que foi exibida antes das 500 Milhas de Indianápolis deste ano, onde ele dizia que “que aquela pista tinha vida própria. Ela escolhia quem deveria vencer naquele ano”. De certa forma ele tem razão: quantas foram as vezes que vimos um piloto estar com a vitória garantida no Brickyard e simplesmente por um problema mecânico ou acidente, perdê-la? Foram muitas até. Acho que essas pistas míticas, como é o caso de Indianápolis, costumam pregar essas peças tendo a participação ativa dos “deuses do automobilismo” na escolha de quem deve receber todas às glórias da conquista. A pista de Sarthe, a exemplo de sua “irmã mais velha”, tem esse dom de nos surpreender.
Olhando friamente esta edição, quem poderia apostar algo num trio em que dois deles visitavam a pista francesa pela primeira vez? Certamente as apostas repousavam sobre os mais velhos: o Porsche #18, com aquela fabulosa pole feita por Neel Jani, nos deixava com a dúvida se aquele desempenho ultra veloz poderia repetir-se em algum estágio de um certamente tão longo e cheio de armadilhas que é esta prova; o outro Porsche #17, o vermelho que remete ao legendário 917K de 1970, o primeiro Porsche a vencer na geral em Le Mans, carregava a experiência do ano anterior e um vencedor da prova (Timo Bernhard). Por outro lado, o favoritismo da Audi era forte, principalmente por conta do carro #7 com a trinca atual vencedora (Marcel Fässler/ André Lotterer/ Benoit Tréluyer). Toyota, a atual campeã do mundo apresentava-se abaixo da média e a Nissan... bem, as condições do seu novo protótipo são bem criticas descartando qualquer chance de lutar por algo melhor. Ou seja, a luta dar-se-ia entre as duas fábricas alemãs.
A classificação tinha sido um show a parte por conta da Porsche: simplesmente três carros tomando conta das três primeiras posições, dando a entender que criariam uma “barreira” a qual a Audi e os demais pretendentes deveriam transpor caso quisessem assumir a liderança. A volta de Neel Jani tinha sido mágica: cravando um tempo absurdamente veloz (3’16’’8), a melhor para esta era dos LMP1 em Sarthe e uma das melhores de todos os tempos do traçado, entrando para o top 10 deste quesito. Os outros dois Porsches acompanharam o ritmo e fizeram bons tempos, a ponto de apenas administrarem essas marcas na quinta-feira. Isso deu a Porsche a tranquilidade de trabalhar no ritmo de prova, testando alguns stints para a corrida. A Audi pouco se aproximara, mas a carta na manga para os dois de corrida já estava guardada, que era puramente estratégia baseada nos pneus, cujo trunfo deste R18 e-ttron Quattro é na economia dos
pneus frente a sua co-irmã. E tinha sido isso, aliado a erros de estratégia da Porsche e pilotagem de seus pilotos, que garantiram os dois sucessos para fábrica das quatro argolas nas duas corridas iniciais. Se para uma sobrava a manha de Sarthe, para a outra restava apenas a fabulosa história que tinha sido construída sobre as suas 16 vitórias anteriores. A Porsche tinha que dar uma resposta a si própria: recuperar-se de erros que tinham roubado deles vitórias em Silverstone e Spa, era uma questão de honra e Le Mans é um palco perfeito para este tipo de situação.
A corrida estava a ser um clássico do endurance: enquanto que a Porsche dominava as ações com o #17 e #18, a Audi subia com seu ataque em “bloco”, com o #7, #8 e #9 a atacar o #19 e superá-lo rapidamente. Conforme as horas foram passando, ficava claro que o #17 da Porsche parecia ser o mais tarimbado para guiar a equipe ao triunfo, e essa idéia se reforçou quando a Audi começou a enfrentar seus primeiros problemas: enquanto que o #7 voltava aos boxes alguns giros depois de seu pit-stop para trocar um pneu furado, num momento que estava prestes a assumir a liderança, o #8 acabou acidentando-se na parte de Indianápolis num trecho que deveria estar em bandeira amarela (slow zone) e que os comissários se atrapalharam ao sinalizar com a verde. Com os carros – em boa parte os GTs – desacelerando, Duval passou por uma Ferrari por fora e bateu de frente, danificando totalmente a dianteira. O carro foi levado aos boxes e alguns minutos depois, devolvido à pista, mas com a prova totalmente comprometida.
O período de Safety Car foi importante para que os carros se juntassem e ao dar a relargada, o duelo entre o Porsche #17 e o Audi #9 levantou a torcida nas arquibancadas com uma disputa visceral entre estes dois carros. Para Filipe Albuquerque, no comando do Audi #9, foi um momento brilhante: aproveitando-se bem do vácuo do #17, conseguiu quebrar naquele momento o recorde de melhor volta para aquela pista que já durava 44 anos, e que pertencia à Jackie Oliver. Mais tarde esse recorde voltaria a ser quebrado pelo Audi
#7 com Lotterer ao volante, ao descer dos 3’17”6 de Albuquerque para 3’17”4. Infelizmente problemas mecânicos e outros contratempos tirariam qualquer chance destes dois Audis de vencer: o #9 teve problemas com seu sistema híbrido e viu suas chances caírem por terra; para o #7, a carenagem solta também atrasou bastante o passo deste trio que tentava o seu quarto triunfo em Sarthe. De se elogiar sempre a pilotagem de André Lotterer, que desde um bom tempo tem se mostrado o melhor piloto de endurance do momento. A tocada limpa e precisa, entremeada com velocidade pura e cadenciamento – quando é preciso – tem sido a alma desse trio, sinceramente. O trabalho do trio do Audi #9 também precisa ser elogiado ao máximo, ainda mais Filipe Albuquerque com uma pilotagem muito precisa. Não foi de se estranhar a alta expectativa que foi criada em torno deles neste terceiro carro, especialmente montado para Le Mans, pois o ritmo estava excelente e tinham boas chances de disputar e sair com a vitória.
A Porsche também teve lá os seus problemas: o #17 parecia intocável e num passo firme para abrir caminho em meio aos retardatários e isso foi o que acabou matando as chances deste trio, quando Webber fez uma ultrapassagem em bandeira amarela e teve que pagar um penalty que o jogou um pouco para trás na classificação. Enquanto isso, o #18 enfrentava problemas – aparentemente de freios – que fez o carro escapar duas vezes para fora da pista e deixar as coisas complicadas para aquele trio. A surpresa para a Porsche foi o #19 ter um ritmo excepcional em todas as fases da prova: enquanto que o gêmeo #17 e #18 travava duelos contra os três Audis, este ficava apenas acompanhando de perto sem nunca perder contato com os ponteiros, esperando exatamente a sua vez na corrida. Quando assumiu a liderança ainda na nona hora, eles não largaram mais e entrando numa zona mais fria que é a noite e madrugada, igualaram a batalha com a Audi em consumo de pneus e isso deixou seus pilotos mais à vontade para ditar o ritmo. O trio mandou a bota – especialmente Earl Bamber no meio da madrugada – que deixou o #19 em boa condição de administrar a vantagem e apenas responder quando fosse preciso. Os problemas na carenagem do Audi #7 os deixou ainda mais perto da vitória, principalmente por estarem
levando uma volta de vantagem sobre o #17 e três sobre o #7. Apenas um desastre tiraria essa conquista. Restou apenas a Nico Hulkenberg assumir o comando e guiar o carro de forma imaculada a uma vitória inédita para os três.
Em relação aos japoneses, coube apenas a decepção: a Toyota nem foi sombra do desempenho que fez ano passado ao fechar em sexto e oitavo (#2 e #1) com oito e nove voltas, respectivamente, de desvantagem para o vencedor. Vencer neste ano, somente com um golpe de muita sorte. A Nissan largou com seus três carros e nenhum completou, nesta que foi um dos maiores papelões da história recente da prova. Despejar altas doses de dinheiro e não desenvolver um protótipo de forma decente para ao menos andar com dignidade próxima as outras fábricas, foi de jogar o nome da Nissan na lama e pisotear.
Para a Rebellion, que estreou seu R-One nesta corrida, foi uma prova mais que tranqüila, pois a ByKolles não ofereceu nenhuma resistência a equipe suíça que venceu entre as particulares na LMP1.

As outras categorias

LMP2

A KCMG dominou amplamente aquela classe, sendo que desde a segunda hora eles assumiram a liderança e não largaram mais. Nicolas Lapierre/ Richard Bradley/ Matthew Howson deram à KCMG a primeira vitória em Le Mans nesta classe e particularmente, para Lapierre, foi a desforra após ter sido dispensado pela Toyota ano passado, tirando dele a chance de ganhar o campeonato junto de Davidson/ Buemi. Ainda tendo visto que o desempenho da Toyota foi bem pífio, o prazer desta sua conquista deve ter sido ainda maior.
A segunda colocação foi da Jota Sport, que enfrentou problemas de câmbio no inicio do certame, conseguiu uma bela recuperação devido, especialmente, a pilotagem de Mitch Evans e Oliver Turvey para abrir caminho na parte final e conseguir o pódio frente ao #26 da G-Drive e o #48 da Murphy Motorsport.
A única equipe que parecia ainda com ritmo para dar combate ao carro da KCMG era o #46 da Thiriet, mas este acabou sendo acertado pelo Aston Martin #99 (com Fernando Rees ao volante) e ficando de fora.

LMGTE-PRO

As disputas nessa classe são sempre o grande atrativo, e neste ano não foi diferente: Ferrari, Corvette e Aston Martin estiveram numa luta brutal pelas primeiras posições e que foram decididas através dos problemas e acidentes que iam tirando os carros de linha.
Para a Corvette acabou sendo uma prova recompensadora após a perca do #63 nos treinos, após o acidente de Jan Magnussen que impossibilitou os reparos no carro. Apesar de um início bem tímido, o trio formado por Oliver Gavin/ Tommy Milner/ Jordan Taylor, foram subindo na classificação aos poucos e os problemas com os rivais mais diretos ajudaram bastante a conseguir uma importante e gratificante vitória para eles e Corvette, que não vencia desde 2011.
A Ferrari perdeu uma corrida que poderia ter sido dela, não fosse os inúmeros problemas que rondaram os #51 e #71 da AF Corse. Enquanto que o #51 se viu envolvido no enrosco do Audi #8 fazendo com que ele fosse ao boxe reparar os danos, voltando bem trás dos seus rivais, o #71 estava em grande forma ao disputar diretamente com a Aston e Corvette a dianteira da prova, mas problemas no motor de arranque atrasaram suas pretensões. Mas a Ferrari tinha ganho um fôlego com o retorno do #51 à disputa e com chances de ameaçar a Corvette, mas problemas com o câmbio forçaram a saída momentânea de Gianmaria Bruni/ Toni Villander/ Giancarlo Fisichella da prova, conseguindo voltar para terminar em terceiro. A segunda posição acabou para a outra Ferrari #71 de Davide Rigon/ James Calado/ Olivier Beretta, numa boa recuperação do trio.
Para a Aston Martin, que estava com ótimas chances de vencer nessa classe, restou apenas a desilusão de ver seus três ficarem de fora por problemas mecânicos - #95 e #97 – e o #99, que estava na disputa direta, ter se acidentado quando Rees estava para ser dobrado pelo #46 da LMP2.
Os Porsches do Team Manthey foram verdadeiros coadjuvantes nesta edição, sem ter lutado pela liderança em momento algum. Enquanto que o #92 foi limado da prova logo no início por uma quebra de motor, o #91 ainda tinha esperanças de beliscar um pódio, mas um vazamento de óleo tirou essa chance deles.

LMGTE-AM

Apesar da forte oposição vindo da Ferrari #72 da SMP Racing, não era de duvidar muito que a vitória não escaparia das mãos do trio Pedro Lamy/ Paul Dalla Lana/ Mathias Lauda. Porém, quando faltavam menos de 50 minutos para o fim, Dalla Lana acabou escapando e batendo forte na curva chicane Ford e tirando a chance de vez de vitória. Coube ao trio do Ferrari #72 – Victor Shaytar/ Andrea Bertolini/ Aleksey Basov vencer a prova.
A segunda colocação ficou com a Dempsey-Proton Racing com seu Porsche #77, guiado por Patrick Dempsey/ Patrick Long/ Marco Seefried, nesta que foi a melhor colocação da equipe em Le Mans.
E a terceira foi da Ferrari #83 da AF Corse com François Perrodo/ Emmanuel Collard/ Rui Águas.

Mais um grande dia para a história de Le Mans

Sem dúvida foi outro grande dia para os inúmeros acontecimentos que já entraram para história dessa grande prova. Um ano após o seu retorno a classe principal, a Porsche nos brindou com uma vitória irretocável de um trio que nem estava entre os favoritos para a conquista dessa corrida. Foi o primeiro carro não diesel a vencer em Sarthe em dez anos.
Por outro lado, ter convivido com a desconfiança da maioria em torno da sua confiabilidade, foi um verdadeiro cala a boca com toda força e competência que é normal de uma equipe alemã. As lágrimas do diretor da Porsche e dos outros integrantes, assim como de Nico Hulkenberg, traduzem e muito todo o trabalho que foi feito até aquele momento. Para a Porsche, um desafio e tanto com este projeto do 919 Hybrid e para os pilotos, uma conquista histórica, particularmente falando.
Enquanto que Nick Tandy era o mais experiente dos três com duas participações em Le Mans, Earl Bamber era um bicampeão da Porsche Super Cup Ásia e assim como Nico Hulkenberg, fazia o seu debut na maior prova de endurance do mundo. As prestações que estes três tiveram a bordo do 919 Hybrid #19 foi de um primor altíssimo: seguraram bem o ritmo no início da prova, ganharam posições conforme os da frente iam tendo problemas e assumiram a liderança no meio da noite para não largar mais, sempre com velocidade pura por parte dos três. Foi um trabalho recompensado com uma inédita conquista para os três: Bamber e Hulkenberg tornaram-se os primeiros pilotos a vencerem as 24 Horas de Le Mans logo na sua estréia – o último tinha sido Aurent Aiello em 1998 com a... Porsche, exatamente na última conquista da marca. E Nico foi o primeiro piloto da F1 em atividade a vencer a prova desde a conquista de Johnny Herbert e Bertrand Gachot na vitória pela Mazda em 1992. Para a Porsche foi a 17ª conquista em Sarthe e no mesmo dia que completa outra data importante para o time de Stuttgart: há 45 anos eles chegavam a primeira vitória no geral em Sarthe, com o 917K de Hans Hermann/ Richard Attwood. Melhor dia para esta conquista, não existe.
A Porsche retoma as chaves de casa e agora é uma forte ameaça ao império conquistado pela Audi nos últimos anos.

Habemus duelo!  

sábado, 13 de junho de 2015

83ª 24 Horas de Le Mans: 7ª Hora

E começa anoitecer em Le Mans...
Do mesmo modo que a última hora, esta também foi de poucas movimentações. É um momento em que começa anoitecer em Sarthe e os pilotos começam a brandar o ritmo.
A Porsche continua no comando com o seu #17, seguido pelo #9 da Audi que herdou a posição do gêmeo #7.
Na LMP2, a KCGM continua intocável na liderança da prova com o seu #47 e sempre seguida pelo Oreca #46 da Thiriet, agora com uma boa vantagem. Em terceiro aparece o Alpine #36 da Signatech.
Na LMGTE-PRO, as coisas cessaram também e a liderança é do Corvette #64. Com onze segundos de atraso, aparece o #97 da Aston Martin e em terceiro o outro Aston de #99.
Na LMGTE-AM, o Aston Martin #98 lidera seguido pelo Ferrari #83 da AF Corse e em terceiro o Ferrari #72 da SMP Racing. 

83ª 24 Horas de Le Mans: 6ª Hora

Não tem sido uma boa jornada para a Toyota em Le Mans, este ano: além de seus dois carros não darem conta de acompanhar o ritmo de Porsche e Audi, eles ainda enfrentaram problemas com o #1 que escapou em uma das curvas e danificou a suspensão dianteira, fazendo com que recolhessem o carro. Ao sair para a pista novamente, agora com Nakajima ao volante, quase pega um desatento mecânico da Corvette no pit. O #1 ocupa a nona posição e o #2 a sétima. 
Foi uma hora bem tranquila, bem diferente das demais onde sempre teve algum contratempo.
A Audi, com o #9 e com Albuquerque ao volante, liderou boa parte dessa hora, mas desceu para terceiro após a sua parada no box. A liderança voltou para o Porsche #17 e a segunda colocação é do Audi #7.
Na LMP2, liderança cada vez mais absoluta para o #47 da KCMG que já leva quase uma volta sobre o #46 da Thiriet. Em terceiro aparece o #48 da Murphy Motorsport.
As batalhas na LMGTE-PRO cessaram, por enquanto, e a liderança é do Aston Martin #99, seguido pelo Corvete #64 e Aston Martin #97.
Na LMGTE-AM, liderança também para a Aston Martin com o #98. Em segundo aparece o Ferrari #72 da SMP Racing e em terceiro o Ferrari #83 da AF Corse.

83ª 24 Horas de Le Mans: 5ª Hora

Se a quarta hora foi bem morna devido o SC, esta quinta hora de corrida foi de cortar o fôlego: os duelos na LMP1 e LMGTE-PRO, foram os grandes momentos dessa corrida e ainda tivemos um recorde para celebrar.
Na LMP1, o duelo entre o Porsche #17 e Audi #9 foi brutal, com ambos a trocarem de posições em algumas oportunidades e com o Porsche vermelho a ganhar a batalha. Mas o que chamou a atenção foi o que Filipe Albuquerque conseguiu durante este duelo: cravou a melhor volta da história da prova ao fazer 3'17''647, suplantando um recorde que pertencia a Jackie Oliver em 1971. No momento a liderança ainda segue com o #17, seguido pelo #9 e o #7.
Na LMP2, liderança intocável por parte do #47 da KCMG e em segundo o #41 da Greaves, que herdou esta posição após o pit-stop do #6 da Thiriet.
A LMGTE-PRO, continua a nos oferecer belos duelos e destaque para Fernando Rees que saiu de quarto, com seu Aston Martin #99, para primeiro. Mas depois a liderança foi recuperada pelo Corvette #64. Em terceiro aparece o Aston Martin #97.
Na LMGTE-AM, liderança para o Aston Martin #98 com o #72 da SMP Racing em segundo e o Viper #53 em terceiro. 

83ª 24 Horas de Le Mans 2015: 4ª Hora

Apenas um susto para o Porsche #19...
Devido o longo período que a prova ficou sob a intervenção do SC, para os reparos do guard rail na parte da Indianápolis, proveniente do acidente de Duval, a corrida retomou seu passo normal faltando 17 minutos para o vencimento da quarta hora.
Apesar de uma ataque fortíssimo dos Audis #9 e #7 no reinício, a liderança mante-se sob o controle da Porsche com o #17. A segunda e terceira colocações está por conta da Audi com os #9 e #7, respectivamente.
Na LMP2, a liderança segue para o #47 da KCMG e a segunda para o #46 da Thiriet. A terceira posição no momento é da OAK Racing com seu Ligier #32.
Na LMGTE-PRO, o pau come a solta com disputa direta entre o Corvette, Ferrari e Aston Martin pela liderança. O Corvette #64 agora é o líder, com sete décimos de vantagem sobre o Aston Martin #99 e seis segundos sobre o Ferrari #71.
Na LMGTE-AM, o Ferrari #72 da SMP Racing voltou a liderança com o #98 da Aston Martin em segundo e o Viper #53 da Riley em terceiro.   

83ª 24 Horas de Le Mans 2015: 2ª Hora

Pra lá de excitante este duelo entre Porsche e Audi pelo comando da prova em Le Mans, pautado por estudo total entre as duas equipes. Lotterer, que está no comando do Audi #7 neste momento, conseguiu se intrometer entre os dois Porsches que iam na liderança (#17 e #18), chegando até assumir a liderança por algum momento. Neste instante ele acaba de voltar a liderança.
Na LMP2, liderança para o #47 da KCMG que leva sete segundos de vantagem sobre o #46 da Thiriet. Em terceiro aparece o #41 da Greaves, com mais de um minuto de atraso.
Na LMGTE-PRO, batalha sensacional entre o Ferrari #71, Corvette #64 e o Aston Martin #99 pela quarta posição (foto). O Ferrari #71, pilotado por James Calado, conseguiu uma bela manobra ao conseguir suplantar os dois carros ao mesmo tempo. A liderança é da Aston Martin, com o #95 e o Ferrari #51 em segundo.
Na LMGTE-AM, as posições estão embaralhadas devido as paradas de box, mas liderança segue com o #72 da SMP Racing. 

quarta-feira, 10 de junho de 2015

24 Horas de Le Mans: A Porsche dita o ritmo

O Porsche #17 conduzido por Brendon Hartley/ Mark Webber/ Timo Bernhard foram os melhores na primeira sessão de treinos livres em Le Mans cravando o tempo de 3'21"362, cerca de quatro décimos melhor que o tempo feito por Nakajima na obtenção da pole ano passado. É uma idéia bem clara que os tempos podem cair durante a classificação.
A segunda posição foi do Audi #8 (Lucas Di Grassi, Loic Duval, Oliver Jarvis), com uma desvantagem de 0''588. Em terceiro e quarto fecharam os demais Porsches, #18 e #19, seguidos pelos Audis #7 e #9. Os Toyota ficaram longe cerca de três segundos e quatro décimos, no caso do #1. O #2 da fábrica japonesa ficou quatro segundos atrás e fechou em oitavo.
Os Nissans tiveram uma melhora bem tímida: o melhor deles, o #21, marcou um tempo dezoito segundos pior que o Porsche. Os outros Nissans, #23 e #22, terminaram com 19 segundos de atraso.
Entre os LMP2, a melhor marca foi do #47 da KCMG com o tempo de 3'39''897, 1.4 segundos melhor que o Ligier #34 da OAK Racing.
Na LMGTE-PRO, melhor marca para o Aston Martin #99 com 3'55''895. Foi seguido pelo Corvette #64 e o Aston Martin #97.
Na LMGTE-AM, o Aston Martin #98 é quem ficou com o melhor tempo ao fazer 3'58''783.
Daqui a pouco inicia o primeiro classificatório.  

segunda-feira, 16 de junho de 2014

24 Horas de Le Mans: Outra lição da Audi



(Foto: John Dagys/ Sportscar 365)
Quando escrevi o meu texto sobre as expectativas para com a prova deste final de semana, eu tinha em mente que apenas algum problema poderia parar a Toyota em Sarthe. Não querendo desdenhar do poderio da Audi neste tipo de corrida, mas apenas por entender que a fábrica japonesa estava em um momento melhor. As duas etapas anteriores foram interessantes para vermos este aspecto: a durabilidade dos japoneses foi sempre elogiada, sendo que em nenhum instante das provas em Silverstone e Spa eles tivessem tido algum contratempo mecânico. Outra coisa interessante foi a velocidade deles, que foi confrontada apenas pela Porsche em Spa, mas ainda sim não tendo um duelo que estendesse por um longo tempo, afinal a equipe alemã enfrentaria problemas durante o certame. Por outro lado a Audi tinha feito uma corrida desastrosa a ponto de não chegar ao fim com nenhum dos seus dois carros em Silverstone. Um duro golpe para eles que não tinham um resultado tão negativo desde a corrida de Sebring de 2009. Em Spa as coisas voltaram ao normal, completando a prova com os três carros inscritos, mas mesmo assim sem ter um desempenho tão próximo da Toyota. Olhando por todos estes acontecimentos, era normal que a maioria apontasse a fábrica nipônica como favorita para Sarthe. Mas lá a história é outra. A prova tem dezoito horas a mais que as habituais seis das demais pistas do calendário; tráfego pesado durante a corrida; o terror noturno, principalmente quando se vai dobrar algum retardatário; a fadiga mecânica, etc, etc, etc...
A prova deste ano foi uma das mais caóticas neste sentido, principalmente na LMP1. Quem imaginaria que quase todos os protótipos das três principais equipes enfrentariam problemas mecânicos ou eletrônicos? Foi uma loteria que quase premiou a Porsche em seu retorno à classe principal após 15 anos, e isso só não foi possível porque um problema da bomba de óleo tirou o 919 #20 de combate justamente quando Mark Webber tomou posse do carro no lugar de Timo Benhard, que havia feito um bom stint e liderado um bom par de voltas. Talvez não conquistassem a vitória, pois o desempenho do Audi R18 e-tron #2 nas mãos de Marcel Fässler e Andre Lotterer nas horas finais foi irretocável. Eles sabiam que tinham que dar tudo para conseguir recuperar uma prova que escapou das mãos da fábrica de Ingolstadt por duas vezes, devido à
troca do turbo no #1 e posteriormente no #2. Estes problemas nos turbos dos dois carros pegaram a equipe de surpresa: primeiramente o #2 teve este contratempo quando liderava folgadamente à frente do Porsche #20 com três voltas de vantagem na 16ª hora. Esta vantagem foi importante, pois o carro foi recolocado à pista e depois teve que retornar para fazer algum reparo. Quando voltou definitivamente, tinha quase uma volta de desvantagem para o #20 que agora contava com os trabalhos de Brendon Hartley na segunda posição. Marc Gene assumiu a liderança no Audi #1 e fez um stint muito bom, a ponto de colocar quase duas voltas sobre o Porsche #20 de Timo Benhard. Mas exatamente quando o comando do carro #1 foi passado para Tom Kristensen, entre a 20ª e 21ª hora, o mesmo problema do turbo aparecera agora no #1. Outro longo período nos boxes e o carro foi devolvido com três voltas de desvantagem para o Porsche #20 que ainda estava sob os cuidados de Benhard, mas a sombra do #2 da Audi já se fazia presente com o ótimo turno apresentado por Lotterer que cravava voltas extremamente velozes – algumas cerca de dez segundos melhor que o do Porsche, tanto que a melhor volta da prova foi feita exatamente nesta caçada. Um duelo dos bons viria pela frente! Com Webber já no volante do #20, ele entrou nos boxes para fazer mais um pit stop, momento que Lotterer assumiu a liderança. Mark voltou em segundo e quando todos esperavam uma briga direta pela liderança, já que Andre havia feito a sua parada, a bomba de óleo do Porsche deixou o australiano na mão. O carro veio lento para os boxes e a batalha ficou apenas na imaginação. O #14 também teve o mesmo problema do seu gêmeo, tanto que os dois tinham sido declarados fora da prova. Mas a Porsche arrumou o problema e entregou os dois carros para recebessem a quadriculada, ato que rendeu aplausos de todos nos boxes. E para a Audi, só restou baixar a adrenalina – que havia sido altíssima nas últimas horas – para levar os dois carros juntos para a bandeirada. Um final de prova justo para eles que chegavam a sua 13ª conquista em Sarthe. A estratégia de sempre levar três carros para a prova – apesar de ter perdido o #3 ainda na segunda hora de corrida, devido o acidente com o Toyota #8 e Ferrari #81, fazendo com que corresse “manca” pelas 22 horas seguintes – mostrou-se eficaz mais uma vez.
Para a Toyota restou apenas o gosto do terceiro lugar obtido pelo #8. Foi uma pena para o time japonês que teve na segunda hora de prova este mesmo carro envolvido num acidente na Mulsanne, quando desabou o segundo aguaceiro. Segundo Nicolas Lapierre, ele buscou o freio assim que viu alguns carros à sua frente sem o uso da luz de chuva – que é obrigatório neste tipo de condição – e no momento da
travagem percebeu que alguém havia tocado o seu carro, que foi de frente no guard-rail. Sam Bird, com a Ferrari #81 da GT AM, passou feito um raio e encontrou mais à frente o Audi #3 que estava sob o comando de Marco Bonanomi. O acidente forçou a entrada do Safety Car para a retirada dos carros acidentados. Milagrosamente o Toyota #8 voltou para os boxes com a frente danificada, mas o #3 da Audi e o Ferrari #81 não tiveram a mesma sorte e abandonaram. O Toyota ficou por um bom tempo nos boxes e voltou após os reparos, com uma desvantagem descomunal para os ponteiros. A performance deste trio formado por Nicolas Lapierre/ Sebastien Buemi/ Stéphane Sarrazin mostrou o quanto que o carro estava bem acertado e resistente. A quebra do #7 foi uma tremenda dose de azar, que fica ainda mais reforçada quando se lembra do que aconteceu na segunda hora de corrida com o #8, que ainda salvou um terceiro lugar. Certamente o fantasma do GT ONE deve ter sido lembrado por aquelas bandas...
Das três grandes fábricas, eu não tinha grandes expectativas para com a Porsche, exatamente pelos problemas que eles enfrentaram nas duas primeiras corridas. Mas havia um trunfo na mão que era a velocidade, e isso ficou bem claro desde as classificações e foi reforçado com o bom andamento do #20 por quase todo certame e que ainda viria a ter a hipótese de vencer. O #14 teve uma série de problemas, principalmente no início da prova – onde ele acabou ficando um bom  tempo nos boxes e voltando bem atrás na classificação – e depois na parte final. Mas também pôde mostrar um bom ritmo durante a sua recuperação. Com um pouco mais de durabilidade, será um forte concorrente para o restante do campeonato. Foi uma boa surpresa, confesso.

As outras categorias

Na LMP2 o domínio foi quase que constante do Ligier JSP2 #35 Nissan de Alex Brundle/ Jan Mardenborough/ Mark Shulzhitskiy durante boa parte da corrida, tendo em alguns momentos a oposição do outro Ligier JSP2 #46 Nissan de Pierre Thiriet/ Ludovic Badey/ Tristan Gommendy. Porém, problemas mecânicos com tiraram o Ligier #35 de combate já na fase final da prova, deixando caminho aberto para o
outro Ligier #46 chegar à vitória. Mas o Zytek Z11SN Nissan #38 de Simon Dolan/ Harry Tincknell/ Oliver Turvey deu o bote na hora final após um ótimo duelo com o Ligier #46 e chegando assim a sua vitória nesta classe. A terceira colocação ficou com o Alpine A450 Nissan de Nelson Panciatici/ Pierre Chatin/ Oliver Webb. Para os protótipos que disputam regularmente o Mundial de Endurance, foi uma jornada desastrosa em Le Mans, sendo que o único a chegar ao final foi o Oreca 03 Nissan #27 da SMP. Os demais saíram por acidente ou falha mecânica.
A LMGTE PRO manteve a sua sina de nunca desapontar os fãs desta classe ao oferecer ótimos duelos pela liderança, que teve certos momentos que quatro ou até cinco carros estiveram discutindo a posição de honra. Coube à Ferrari 458 #51 da AF Corse de Giancarlo Fisichella/ Gianmaria Bruni/ Toni Villander conquistar a vitória com uma certa folga até, depois de longas horas sob batalha duríssima contra os Corvetes, Porsches e Aston Martin, em especial o #97 de Darren Turner/ Bruno Senna/ Stefan Mücke. Infelizmente o Aston Martin #97 teve problemas hidráulicos na 19ª extamente quando Bruno lutava contra Villander pela liderança da classe. Foi uma pena, pois tanto ele quanto os outros dois companheiros de Aston, estavam em perfeita sintonia: o trio liderou a classe da 7ª hora até a 19ª, quando aconteceu o problema, excetuando-se os momentos em que paravam para o pit-stop. Foi mais um duro golpe para a equipe inglesa, que também teve azar ano passado com o acidente de Fred Makowiecki – que este ano pilotou para a Porsche – num momento em que estava bem na GTE PRO. Na segunda posição, com uma volta de desvantagem, ficou o belo Corvete C7 #73 de Jan Magnussen/ Andy Taylor/ Antonio Garcia e a terceira com o Porsche 911 #92 de Marc Holzer/ Fred Makowiecki/ Richard Lietz.
Se na GT PRO a Aston não teve sorte, na LMGTE AM as coisas foram muito positivas com a vitória irretocável do trio dinamarquês formado por Nicki Thiim/ David Heinemeier-Hänsson/ Kristian Poulsen no Aston Martin #95, o mesmo carro com o qual Allan Simonsen perdera a vida lá mesmo em Le Mans. O domínio deles foi tão grande que a equipe se deu ao luxo de recolher o carro para os boxes e fazer um rápido check-up e entregar o carro de volta à pista, sendo que a vantagem que eles tinham sobre o Porsche 911 #88 de Klaus Bachler/ Khaled Al Qubaisi/ Christian Ried era de três voltas quando foram para o pit stop, e ainda voltaram com duas de folga. A terceira posição ficou para a Ferrari 458 #61 da AF Corse conduzido por Luis Perez-Companc/ Mirko Venturi/ Marco Cioci.

Apesar de estar do outro lado da tela, há centenas de quilômetros da pista francesa, foi mais uma vez muito agradável acompanhar às 24 Horas de Le Mans que merecidamente, segundo a National Geographic, é o melhor evento esportivo do mundo. A volta da Porsche, a batalha entre Toyota e Audi e os inúmeros duelos nas demais classes, deram o tom para esta edição - a 82ª da história – que foi uma das mais dramáticas e tensas dos últimos anos, rivalizando com a prova de 2010 e 2011 – a meu ver, pelo menos.
E assim, como nas edições de 2010 e 2011, a Audi deu mais uma lição de como vencer em Sarthe. E pela 13ª vez na sua história.


sábado, 14 de junho de 2014

24 Horas de Le Mans 2014: 6ª e 7ª Horas

(Foto: Toyota Motorsport/Facebook)
A sexta hora de prova em Le Mans foi de certa forma tranquila, com a liderança continuando nas mãos do Toyota #7 que mais tarde torcaria de condutor, com a saída de Sarrazin para a entrada de Kakzuki Nakajima, o homem que garantira a pole para os seus conterrâneos na quinta. O melhor de tudo é que até aqui, nesta sétima hora, ele tem tido um ritmo satisfatório. O outro Toyota encontra-se na 11ª colocação.
A Audi continuava vagueando com seus dois carros entre a segunda, terceira e quarta posições, até que o #2 de Tréluyer se estabilizou na segunda colocação. O Audi #1 teve que batalhar o terceiro posto contra o Porsche de Brendon Hartley, que mais tarde seria conquistado totalmente após alguns erros do jovem neozelandês. Neste momento a Audi continua com seus dois carros na segunda e terceira posições.
A Porsche teve bons momentos que incluem a sua liderança ainda na quinta hora de prova, mas na sexta as coisas começaram a desandar um pouco para o time de Weissach, principalmente após Hartley quase bater no muro de pneus da primeira chicane na Hanaudiéres e mais tarde escapar para a caixa de brita, perdendo cerca de dois minutos para voltar. Isso lhe custou a terceira posição, que batalhava intensamente contra a Audi #1. Em seguida Mark Webber assumiu o comando do #20 que se encontra em quarto neste momento. O outro Porsche, o #14, continua a sua ótima recuperação e ocupa a sexta posição na mesma volta do Rebellion #5. Por falar nos suiços, a equipe perdeu o #13 por problemas no motor.
Na LMP2, liderança do Alpine #36 com o Ligier #35 em segundo e a terceira posição do Oreca #34 da Race Performance.
Na LMGTE PRO, batalha das boas neste exato momento com o Aston Martin #97 de Darren Turner assumindo a liderança frente a briga antiga do Corvete #74 e do Ferrari #51. Batalha maravilhosa naquela classe.
Na LMGTE AM, a Aston Martin faz dobradinha com o #98 de Paul Dalla Lana na frente e do #95 de Nick Thim em segundo. A terceira posição é do Ferrari #72 da SMP Racing.
A prova teve um período de Safety Car durante o complemento da sétima hora devido o acidente de Imperatori na curva Porsche, após uma rodada. O resultado até aqui.

E aqui a escapada de Brendon Hartley na primeira chicane

24 Horas de Le Mans 2014: 5ª Hora

A Toyota retomou a liderança com a parada de box do Porsche #20 e não a perdeu mais, nem mesmo quando fez outro pit-stop e conseguindo retornar com três segundos de vantagem sobre o Porsche. O Audi #2, conduzido por Bernard Tréluyer, tomou a segundo posição quando Hartley foi aos boxes com o seu Porsche. O #14 encontra-se em sexto e o Toyota #8 em 20º.
A LMP2 proporcionou bons duelos pela primeira posição, com destaque para Alex Brundle que assumiu a liderança quando Michel Frey errou em uma das curvas. Mas ele pouco pôde aproveitar, já que estava para ir aos boxes. A briga continuou entre Michel Frey com o #34 e Chatin, no #36 da Alpine. Após as paradas de box, a liderança é de Alex Braundle com o Ligier #35.
Tommy Milner continua como líder da GTE PRO e agora tem a companhia de Bruno Senna que assumiu o volante do Aston Martin #97,  que travou um bom duelo com os dois Porsches do Team Manthey conseguindo superá-los. Jorg Bergmeister é o terceiro com o Porsche #91 da Team Manthey.
Na LMGTE AM a liderança pertence ainda a Chris Nygaard com o Aston Martin #98, seguido pelo Ferrari #53 da RAM Racing e do outro Ferrari #72 da SMP Racing.
E aqui segue o resultado geral até aqui. 

24 Horas de Le Mans 2014: 4ª Hora

Enfim uma jornada mais tranquila em Sarthe, após duas horas bem complicadas devido a chuva. A Porsche 919 #20 lidera com Brendon Hartley ao volante, enquanto que a Toyota #7 vai em segundo com Sarrazin ao volante e em terceiro aparece  Audi #2 com Tréluyer ao volante. O Porsche #14 vai subindo na classificação após o seu problema na primeira hora de corrida e neste momento ocupa a 11ª posição, há cinco voltas do líder. O acidentado Toyota #8, agora com Sebastien Buemi, está em 43º no geral.
Na LMP2 segue a liderança para o Oreca #34 da Race Performance, com o Alpine #36 em segundo e Ligier #46 em terceiro. Houve até uma boa disputa pela liderança, mas as coisas se acalmaram por lá.
Na LMGTE PRO que a batalha ficou interessante com o Corvete #74 de Tommy Milner desfiando e conquistando liderança dos Porsches do Team Manthey, sendo que Jorg Bergmeister é quem liderava nesta classe com o Porsche #91. A terceira posição é do outro Porsche #92 de Marc Holzer.
Na LMGTE AM, liderança nas mãos de Chris Nygaard com o Aston Martin #98. Patrick Dempsey assumiu comando do Porsche #77 da sua equipe e está em segundo, com o Ferrari #53 da RAM Racing em terceiro.
A classificação completa está aqui.   

24 Horas de Le Mans 2014: 3ª Hora

E mais uma vez a chuva se fez presente em Sarthe e nessa ela veio mais forte, sempre nos trechos da Tertre Rouge, Hanaudiéres e Mulsanne. O race control, de imediato, mandou o SC à pista antes que o caos se instalasse novamente.
Foi uma pena, pois a disputa pela liderança na LMP2 pela liderança estava animadíssima, com Alex Brundle assumindo a liderança naquele momento para a OAK Racing. Agora ele ocupa a quarta posição na classe, que é liderada pelo Oreca Judd #34 da Race Performance.
Enquanto isso, na LMP1, a Porsche tem a liderança com o seu 919 #20 que está sob os cuidados de Timo Benhard. A Toyota perdeu a liderança após o seu pit-stop, tanto que o comando do Toyota #7 está com Stephane Sarrazin, seguido pelo Audi #2 de Bernard Tréluyer.
Na LMGTE PRO, dobradinha da Porsche com os dois carros do Team Manthey e a terceira colocação para o Corvete #74 de Tomy Milner.
Pedro Lamy, em posse do Aston Martin #98, lidera na LMGTE AM seguido pelo Porsche #77 da Dempsey Racing-Proton e pelo Ferrari #53 da RAM Racing.

A classificação do momento aqui.

24 Horas de Le Mans 2014: 2ª Hora

No momento que as coisas pareciam acalmar em Sarthe, principalmente com relação a LMP1, a chuva apareceu timidamente ainda na Tertre Rouge para, cinco minutos depois, desabar impiedosamente na pista em especial na Hanaudiéres e Mulsanne.
Nessa é que se deu o primeiro grande acidente da prova, quando Nicolas Lapierre rodou em plena Mulsanne vindo a bater. Envolveram-se nessa bagunça, o Ferrari #81 de Sam Bird - então líder da LMGTE AM - e o Audi #3 de Marco Bonanomi. De imediato o Safety Car veio à pista e para desespero de Bonanomi, o seu carro não pôde ser recuperado, forçando o seu abandono. Grande azar para Fillipe Albuquerque e Olivier Jarvis que nem puderam guiar o carro. Bird também abandonou e Lapierre voltou para os boxes, onde se encontra neste momento.
A LMP2 a liderança é do Oreca Judd #34 da Race Performance, seguido pelo Oreca Nissan #47 da KCMG e pelo Alpine #36 da Signatech.
Na LMGTE PRO, Olivier Gavin com o Corvete #74 é o líder no momento e tem a companhia da Porsche 911 #91 do Team Manthey em segundo e o outro Corvete #73 em tereceiro.
Na LMGTE AM, Patrick Long é o novo líder a categoria com o Porsche 911 #77 da Dempsey Racing-Proton. Em segundo aparece a Ferrari #53 da RAM Racing e em terceiro o Ferrari #57 a Krohn Racing.

LMP1

LMP2

LMGTE PRO

LMGTE AM

24 Horas de Le Mans 2014: 1ª Hora

E após a largada dada por Fernando Alonso, a 82ª 24 Horas de Le Mans começou insana com o Toyota #7 abrindo uma boa vantagem sobre o Porsche #14, que mais tarde seria superado pelo Toyota #8. Os Audis começaram o seu ataque ao Porsche #20 de Timo Benhard na terceira volta quando Lotterer passou-o na luta pela quarta posição. Momentos depois, ele seria ultrapassado pelos outros dois Audis.
A caçada do time de Ingolstadt continuou quando Lotterer superou o #14 de Neel Jani. O #14 da Porsche teve problemas algumas voltas depois quando perseguia o Audi #2 e neste momento encontra-se no box. Andre Lotterer ainda ganharia a segunda posição quando Nicolas Lapierre, n Toyota #8 errou na segunda chicane da Mulsanne.
Na LMP2, a briga começou interesante entre os dois Ligier, o Zytek da Jota Sport e pelo Alpine. Após as paradas de box, a liderança pertence ao #47 da KCMG com o seu Oreca Nissan.3
Na LMGTE PRO, batalha sensacional entre as Ferraris da AF Corse, os Corvetes da Corvete Racing e Aston Martin. A liderança neste momento pertence a Gianmaria Bruni no Ferrari #51.
No LMGTE AM, liderança para a Ferrari #66 da JMW Motorsports com a Porsche #76 da IMSA Performance Matmut em segundo e a Ferrari #81 da AF Corse em terceiro.

LMP1

LMP2

LMGTE PRO

LMGTE AM

quinta-feira, 12 de junho de 2014

WEC: Toyota é pole para a 82ª 24 Horas de Le Mans

(Foto: autosport)
Apesar da forte oposição vinda da Porsche, a Toyota definiu a parada à seu favor exatamente quando começou o terceiro treino classificatório quando Kazuki Nakajima destroçou a marca que ele mesmo fizera no fim do segundo treino. O piloto japonês, em posse do Toyota #7, baixou a marca de 3'22''589 para 3'21''789 e não sendo mais alcançado por ninguém. O Porsche #14 ficou na segunda colocação, há 0''357 da marca de Nakajima. A terceira posição é do outro Toyota #8.
A Audi ocupa a quinta, sexta e sétima colocações com os R18 e-tron #3, #2 e #1. A Rebellion terminou com a duas últimas posições da classe LMP1.
Na LMP2, pole para o Ligier JSP2 #46 da Thiriet By TDS Racing com a marca de 3:37.609. A segunda posição ficando para o Zytek Z11 #38 da Jota Sport e em terceiro o Ligier JS P2 #36 da OAK Racing.
Na LMGTE PRO, a primeira posição ficando com a Ferrari 458 da AF Corse, com a marca de 3'53''700, seguido pelo Corvete C7 #73 da Corvete Racing e do Aston Martin Vantage #97 da Aston Martin Racing.
Na LMGTE AM, pole para a AF Corse com o seu Ferrari 458 #81 com a marca de 3:54.665. A segunda colocação e terceira, ficando para a Aston Martin Racing com os seus Aston Martin Vantage de número #98 e #95.
Tivemos algumas baixas nestes treinos: James Calado deve ser substituído por Pierre Kaffer no Ferrari 458 #71 da  AF Corse após o seu acidente que acontecera mais cedo. Gianluca Roda, no Ferrari 458 #90 da 8Star, bateu na curva Porsche - mais um - e ainda temos que ver se o carro estará inteiro para o sábado. Mas como foi uma pancada dianteira, é bem provável que esteja pronto para a corrida. Karun Chandok bateu na curva Indianápolis na parte final do terceiro treino. Mas a exemplo da 8Star, o #48 da Murphy Prototypes só teve avarias na dianteira do protótipo e deve estar no grid do próximo sábado.
Segundo o race control, alguns carros serão investigado por ter ignorado as bandeiras amarelas na curva Indianápolis durante o resgate do carro de Karun Chandok. Talvez tenhamos algumas mudanças no grid.

LMP1


LMP2

LMGTE PRO

LMGTE AM


quarta-feira, 11 de junho de 2014

WEC: Toyota comanda a primeira sessão de treinos livres em Le Mans

(Foto: Autosport)
Antes que o acidente de Loic Duval com o Audi #1 interrompesse o treino em Sarthe, Anthony Davidson, em posse do Toyota #8, cravou o tempo de 3'23''652 que terminou por ser o melhor da sessão. Na segunda colocação apareceu o outro Audi #2 que teve Fassler ao volante, ficando 0''324 décimos mais lento que o Toyota e terceira colocação o outro Toyota #7, com Kazuki Nakajima no comando. A quarta e quinta posições ficaram para os outros dois Audi, sendo o #1 teve a sua marca feita por Lucas Di Grassi - claramente antes do acidente de Duval - e o #3 com Olivier Jarvis. Os Porsches ficaram cerca de três segundos do ponteiro, com Timo Bernard no #20 e Neel Jani no #14. A Rebellion, com os seus R One, terminou com a oitava (#12) e nona (#13) colocações
Na LMP2, melhor tempo para o novo Ligier JSP2 da OAK Racing que foi pilotado por Jann Mardenborough. A segunda posição ficou com a Murphy Prototypes que teve Karun Chandhok no comando do Oreca-Nissan 03R.
Na GTE PRO, Gianmaria Bruni levou a Ferrari 458 da AF Corse ao topo da tabela, seguido pelo Aston Martin #97 de Darren Turner e pelo Corvete #73 de Jan Magunussen.
Na GTE AM, melhor marca para Nicki Thim com o Aston Martin #95, com o Porsche 911 #77 da Dempsey Racing em segundo e a Ferrari 458 #81 em terceiro.
A tabela de tempos você pode ver aqui. 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Foto 291: Uma vitória franco-luso-brasileira na 52ª 24 Horas de Daytona

(Foto: IMSA/TUSC)
Num suspense no melhor estilo Le Mans as 24 Horas de Daytona, que completou a sua 52ª edição neste final de semana, teve uma vitória triplamente latina: o Corvete DP #5 da Action Express Racing chegou a conquista pelas mãos de Sebastian Bourdais (FRA), João Barbosa (POR) e Christian Fittipaldi (BRA) após um duelo contra o outro Corvete DP #10 da Wayne Taylor Racing, tripulado por Jordan Taylor/Ricky Taylor/Wayne Taylor/Max Angelelli, com direito a uma bandeira amarela no final da prova - nos últimos 10 minutos, mais precisamente. Coube ao português João Barbosa conduzir magistralmente o carro da Action Express à vitória, deixando Max Angelelli para trás assim que a bandeira verde foi agitada.
Para Sebastian Bourdais foi a primeira vitória nas 24 Horas de Daytona e também o primeiro francês a conquistar esta prova desde Emmanuel Collard, que venceu em 2006. Para João Barbosa e Christian Fittipaldi, foi a segunda conquista: o piloto português repetiu o feito de 2010 e Fittipaldi tornou-se o primeiro brasileiro a vencer a mítica prova pela segunda vez, sendo que a conquistou há exatos 10 anos quando esteve no comando de um  Ford Doran.
Desta vez os Riley Ford, que estiveram no comando dessa prova desde 2005, não tiveram uma boa jornada: os dois carros da Chip Ganassi - que neste período venceu cinco edições - não completaram a prova. O outro Riley Ford EcoBoost #60 da Mike Shank Racing, que contou com Oswaldo Negri Jr. no volante, teve problemas no câmbio que tiraram qualquer chance de um bom resultado. Eles voltaram para a corrida, terminando em 47º (12º na classe DP).
De toda forma foi um bom início para o novo campeonato promovido pela IMSA, o TUSC (TUDOR United SportsCar Championship). Uma pena que a equalização feita durante o Roar Before The Rolex 24 at Daytona jogaram os LMP2 para trás dos DPs. Quem sabe num futuro próximo não teremos um confronto direto entre americanos e europeus em terras ianques.
Seria - ou será - sensacional.

sábado, 11 de janeiro de 2014

"The Intimidator" nas 24 Horas de Daytona, 2001

Por mais que a sua carreira tenha sido muito bem sucedida na NASCAR, era difícil - ou praticamente impossível - ver Dale Earnhardt Sr. pilotando em outras categorias. Fora algumas aventuras na famosas provas do IROC, onde pilotos de outras categorias se confrontavam numa melhor de três corridas, Dale sempre esteve ligado unicamente à NASCAR.
Mas em 2001 o maior nome da categoria resolveu dividir o volante de um Corvete C5-R - com o mítico #3 gravado nele - com seu filho Dale Earnhadt Jr., Andy Pilgrim e Kelly Collins para disputar, pela primeira vez, as 24 Horas de Daytona. O carro foi inscrito na categoria GTS e o quarteto, que largou na 19ª colocação na geral, fechou na quarta posição com 14 voltas de atraso para os vencedores  Johnny O'Connell / Ron Fellows / Chris Kneifel / Franck Fréon que estavam ao volante do Corvete C5-R #2.
Abaixo um pouco da primeira entrada de Dale Earnhardt na prova de 2001.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Crash: Fórmula Renault 2.0 e ADAC GT Masters

Os acidentes de Andrea Pizzitola - Fórmula Renault 2.0 - durante a etapa da categoria disputada em Paul Ricard e os dois acidentes de Gerd Beisel (Corvete) e Rahel Frey (Audi R8)durante a largada para a primeira corrida da rodada dupla do ADAC GT Masters que encerrou a temporada na pista de Hockenheim.
Os pilotos nada sofreram.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Grand-Am: Detroit, 5ª Etapa

E aqui fica o vídeo - na íntegra - da quinta etapa da Grand-Am Rolex Sportscar Series, disputada nas ruas de Detroit no último sábado.
A vitória na categoria DP ficou com Max Angelelli/ Jordan Taylor (Corvete DP #10); na categoria GT, mais uma vitória para o Camaro #57 de John Edwards/Robin Liddell e na GX vitória para a dupla do Mazda 6 #00 de Joel Miller/Tristan Nunez.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...